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'Voltei da morte e me descobri presaewinner freebetmeu próprio corpo':ewinner freebet
E seus três filhos têm de, imediatamente, tomar medicamentos para prevenir que eles se contaminem com a mesma bactéria mortífera que afetou você.
Foi esse o cenário vivido pela cientista Rikke Schmidt Kjaergaard, então com 38 anos, no primeiro dia do anoewinner freebet2013 - tudoewinner freebet"um piscarewinner freebetolhos", frase que virou o títuloewinner freebetseu recém-lançado livroewinner freebetmemórias (The Blink of an Eye, no originalewinner freebetinglês).
5%ewinner freebetchancesewinner freebetsobrevivência
"Em um intervaloewinner freebet12 horas, eu fuiewinner freebetme sentir mal a entrarewinner freebetcoma", ela conta. "Tive falência múltiplaewinner freebetórgãos, choque séptico, centenasewinner freebetcoágulos no sangue. As minhas chances (de sobrevivência) eram muito, muito pequenas."
Os médicos estimaramewinner freebet5% a possibilidadeewinner freebetela sobreviver à meningite bacteriana que a acometera, causada pela mortífera bactéria Streptococcus pneumoniae.
Rikke - que é dinamarquesa e viveewinner freebetCopenhague - ficou dez diasewinner freebetcoma, sob riscoewinner freebetdanos cerebrais.
E, à medida que saía do coma, descobriu-se consciente, mas incapazewinner freebetusar seu próprio corpo.
Algo vai mal
Peter, seu marido, foi o primeiro a perceber que algo ia mal.
Tudo começou quando Rikke começou a se queixarewinner freebetfrio depoisewinner freebetum passeio familiar e foi se deitar. Mas logo começou a sentir febre e a vomitar.
"Peter percebeu antesewinner freebetmim que as coisas não iam bem", diz ela à BBC News. "Eu tentava dizer a ele que estava apenas gripada."
Peter acrescenta, se voltando à mulher: "Você não estavaewinner freebetcondição nenhumaewinner freebetperceber o quão doente estava. A última coisa que você me disse antesewinner freebetentrarewinner freebetcoma foi 'Lembre-seewinner freebetcancelar a sessãoewinner freebetmassagem'."
Não havia nenhuma sessão marcada - Rikke já estava delirando àquela altura. Sua temperatura havia subidoewinner freebet35ºC a 42ºCewinner freebetapenas 15 minutos.
A família chamou um médico, que prescreveu medicamentos para a gripe. Mas, na manhã seguinte, Rikke não conseguia sequer se sentar. Mais um médico foi examiná-la - e, a essa altura,ewinner freebetsobrevivência já estava a perigo.
"Se (ele tivesse chegado) dez minutos depois, nós não estaríamos juntos hoje", conta Peter.
'Tudo escureceu'
No caminho ao hospital, o coração dela parouewinner freebetbater por 40 segundos.
"É um tempo longo", ela diz. "Não tenho nenhuma lembrança disso. Tudo havia escurecido - não havia nada."
Peter conta que, a partir disso, ouviu da equipe médica que deveria se preparar para o momentoewinner freebetque seriam desligados os aparelhos que mantinhamewinner freebetmulher viva. "Todo o mundo achou isso ia acontecer (a morteewinner freebetRikke)."
"Mas ela é muito teimosa", ele acrescenta, sorrindo. "Ela não aceitou abandonar a vida."
Piscar para se comunicar
Ao recuperar a consciência, a gravidade do quadroewinner freebetRikke começou a se formar.
"Com o tempo, fui percebendo o que estava acontecendo", ela relembra. "Percebendo que eu não conseguia me mexer ou falar. É terrível a sensaçãoewinner freebetficar presa ao seu corpo."
Peter certo dia perguntou a Rikke se ela conseguia vê-lo, e notou que ela piscou. "Foi quando percebemos que ela ainda estava responsiva", conta. "Saber que não tínhamos perdido ela... foi um dos momentos mais bonitos da minha vida."
A partir daí, começaram a se comunicar com piscadelas: uma era "não", duas eram "sim".
"Foi um alívio descobrir que eu conseguia me comunicar", diz Rikke. "Mas, ao mesmo tempo, era tão difícil conseguir fazê-lo."
Rikke conta que suas memórias desse período são confusas, mas que ela encontrou forças no marido.
"A única coisaewinner freebetque eu me lembro bem éewinner freebetque precisava escutar a vozewinner freebetPeter, ver Peter", diz. "Quando eu o via ou escutava, me acalmava. Ele foi o meu salva-vidas."
Questionada a respeitoewinner freebetqual foi o momento principalewinner freebetsua recuperação, Rikke sorri e diz que foram "várias vitórias". Mas acrescenta: "Provavelmente foi a primeira palavra (dita com a recuperação da fala). Meus filhos estavam ali, Peter estava ali. Foi simplesmente incrível."
A palavra que ela escolheu dizer? "Estranho."
Foi a palavra que resumiu suas circunstâncias, bem como o fatoewinner freebetque - como ela mesmo diz - teveewinner freebet"aprender a fazer tudo outra vez".
"Aprender a respirar, a engolir, a me mexer."
'Viver o dia a dia'
O mais difícil disso tudo, diz Rikke, foi não conseguir "ser mãe e mulher". "Não conseguir estar presente para as crianças e para Peter. Isso foi devastador."
Mas, passados quatro mesesewinner freebetsua internação, quando ela explicou a uma enfermeira o quanto sentia faltaewinner freebetabraçar seus filhos, foi autorizada a dormir com eles na cama hospitalar.
"Eu fiquei nas nuvens", ela lembra. "Eles pularam na cama."
"Com muito cuidado", brinca Peter.
Rikke conseguiu se recuperar depoisewinner freebetcinco meses internada, ainda que com sequelas graves: a maioriaewinner freebetseus dedos da mão tiveramewinner freebetser amputados após gangrenarem, e ela é quase cegaewinner freebetum olho.
Mas sobreviveu e se reabilitou, aos poucos e contra todos os prognósticos.
Depois, decidiu abrirewinner freebetprópria empresa - cuja missão é ajudar pessoas com doenças crônicas a controlar seus dados médicos - e escrever um livro, que ela espera que acolha familiares, médicos e pessoas que vivam experiências semelhantesewinner freebetenclausuramento dentro do próprio corpo.
"A equipe médica disse que ficaria muito grata por eu escrever isso, para ajudar-lhes (a entender como lidar com pacientes) e facilitar as coisas."
Rikke diz que hoje tem plena consciência do presente que recebeu e quer queewinner freebetvivência ajude mais pessoas a darem valor a suas vidas.
"Quero devolver à vida com este livro", diz. "E viver a vida, dia a dia."
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