DNA revela miscigenação entre ramos humanos ancestrais nas Américas há 13 mil anos:apostas 18

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Legenda da foto, Entender como o homem ocupou as Américas é um dos maiores desafios dos cientistas

Ainda que tais populações tenham se mantido distantes por milênios, portanto, elas conservam um DNA comum.

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Legenda da foto, Na América no Norte, principalmente no Canadá, Primeiras Nações é o termo usado para se referir aos povos indígenas

Quando analisadas hoje, as populações indígenas atuais da América Central e do Sul apresentamapostas 1842% a 71% do genoma oriundo do ramo norte. E isso deixou os cientistas surpresos. A maior proporção dessa influência genética apareceu justamente no extremo sul do continente, no Chile, na área do sítio arqueológicoapostas 18Monte Verde,apostas 1814,5 mil anos atrás – um dos mais antigos assentamentos humanos conhecidos da América.

Para a antropóloga especializadaapostas 18genética Christiana Scheib,apostas 18Cambridge, essa descoberta é "intrigante". Mas, segundo ela, por faltaapostas 18amostrasapostas 18DNA mais antigo é impossível saber ao certo quando foi que esse ramo do norte chegou à América do Sul.

Antesapostas 1813 mil anos atrás, a migração para o sul era extremamente difícil porque havia muito gelo bloqueando o caminho.

Por outro lado, justamente a áreaapostas 18Monte Verde é um local que não teria sido coberto pelo gelo. Ou seja: uma vez instalada no local, é altamente provável que a população tenha permanecido isolada por um longo tempo, preservandoapostas 18continuidade genética.

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Legenda da foto, Indígenas das Américas do Sul e Central, como esta mulher da Guatemala, seriam descendentes do ramo sul – mas também têm DNA do ramo norte

Separação e miscigenação

De acordo com a pesquisa, é possível tentar desenhar como foi o trajeto do povoamento americano, segundo as variações genéticas.

Entre 18 mil e 15 mil anos atrás, há indíciosapostas 18que os primeiros povos do ramo norte se separaramapostas 18dois núcleos, muito possivelmente seguindo facilidades naturais decorrentes do degelo da última fase da Era Glacial.

Alguns desses ancestrais, como apontam genomasapostas 18sítios da regiãoapostas 18Ontário, no Canadá, migraram para o leste, justamente na região dos Grandes Lagos. Outro seguiram, ao longo da costa do Pacífico,apostas 18direção ao sul, provavelmente "pulando"apostas 18ilhaapostas 18ilha.

Foi este ramo, segundo o estudo, que deu origem ao povo pré-histórico batizadoapostas 18Clovis – assim nomeado por contaapostas 18resquícios encontrados perto da cidadeapostas 18Clovis, no Novo México, e até pouco tempo atrás considerados como ancestraisapostas 18todos os nativos americanos. Esses nativos teriam vivido há cercaapostas 1813 mil anos.

Mas as descobertas não param por aí. Os genomas indicam que, por voltaapostas 1813 mil anos atrás, as duas populações então separadas geograficamente sofreram uma "reconvergência", ou seja, um processoapostas 18miscigenação.

Para o antropólogo e biólogo Ripan S. Malhi, do Institutoapostas 18Biologia e Genomaapostas 18Illinois, nos EUA, esses resultados servem para que "possamos aprender mais sobre as complexidades das histórias ancestrais nas Américas, graças às tecnologias paleogenômicas".

Ele diz que, com o estudo, fica claro que os modelos anteriores eram "irrealisticamente simples demais".