Daniela Vega, a atriz trans que colocou Hollywood a seus pés:freeroll 888

Daniela Vega no Festivalfreeroll 888Berlim

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Filme estrelado por Daniela Vega já havia ganhado o Ursofreeroll 888Prata no Festivalfreeroll 888Berlimfreeroll 8882017 por seu roteiro

Segundo a atriz, agora há muito mais pessoas transgênero. "A pergunta é onde estão e o que estão fazendo. E essa não é uma tarefa minha, porque estou aqui, visível. A tarefa é para os demais,freeroll 888abrirem essa possibilidadefreeroll 888se conectar."

Trajetória

Daniela Vega começoufreeroll 888carreira no teatro - atuoufreeroll 888peças como Migrantes e A Mulher Borboleta.

Em 2014, ela apareceu no clipe da música Maria, do cantor chileno Manuel García. No mesmo ano, fezfreeroll 888estreia no cinema com A Visita, do diretor Mauricio López Fernández.

Mas o salto internacional emfreeroll 888carreira aconteceu com Uma Mulher Fantástica, no qual interpreta Marina, uma transexual.

Daniela Vega e Sebastián Lelio
Legenda da foto, Daniela Vega conta que o diretor Sebastián Lelio a convidou para o papel depois que ela começou a dar uma espéciefreeroll 888consultoria a ele | Foto: Beatriz Díez/BBC Mundo

O diretor Lelio procurou Vega para que ela lhe ajudasse como uma consultora. "Ele pediu que eu contasse como via o mundo, o que eu fazia aos finaisfreeroll 888semana, que livros eu lia. Depoisfreeroll 888um tempão, ele me disse: 'Vai chegar uma coisa nafreeroll 888casa. Leia e depois me diz o que lhe parece'. Era um roteiro", conta.

Depoisfreeroll 888a atriz ler o material, Lelio a convidou para ser a protagonista. E ela topou sem pensar muito.

A música também faz parte da vidafreeroll 888Daniela Vega. Inspirada pela avó, ela é cantora lírica. Diz que transpira arte por todos os poros.

A arte, conta, salvoufreeroll 888vida diversas vezes. "Finalmente há mecanismos como a arte, que talvez podem não ser uma bússola, mas são um bálsamo ou uma chave para novas conquistas e para novos começos."

A atriz conta que continua sofrendo agressões verbais, mesmo com todo o sucesso do filme. "Olha, já passei 14 anos no meu corpo feminino. Vivi coisas como as que muitas mulheres vivem no resto do mundo, e te digo: cão que ladra não morde"

Segundo ela, "os que fazem golpefreeroll 888Estado, os que executam, os que geram terror, se guardam".

"No fim, o ouvido escuta todos os sons. Entre eles, há notas belas que uma pessoa podem agrupar e formar uma melodia. Mas o resto são apenas sons."

Daniela Vegafreeroll 888Berlim,freeroll 888fevereiro do ano passado

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Daniela Vega conta que sempre sonhoufreeroll 888ser atriz e desfilar no tapete vermelho

Daniela e Marina

No longa, Marina é uma mulher que trans que vê seu companheiro, que deixou a família tradicional para ficar com ela, morrer. Ela é transformadafreeroll 888suspeita pela morte, efreeroll 888vida vira um inferno. É proibida atéfreeroll 888ir ao funeral. Mesmo assim, tenta enfrentar tudo com dignidade, sem perder a linha.

"Marina é uma personagem muito resistente, digna, resiliente e muito humana", diz. "É como tudo na vida, uma pessoa não sabe como vai reagir até que as coisas aconteçam com ela. Marina tem essa reação (mais diplomática) porque ela também está perdida nela mesma, buscando seu próprio lugar, que lhe foi tirado", explica.

Em alguns momentos fica difícil distinguir a personagem da atriz, tendofreeroll 888conta a própria históriafreeroll 888resiliênciafreeroll 888Vega.

Ela conta que sofria bullying na escola por ser um menino "muito feminino". Quando tinha 15 anos, seus pais perguntaram se ela estava bem e se era homossexual. Daniela lhes disse: "Me sinto uma menina".

Seus pais foram para a praia para pensar por uns dias. Quando voltaram, deram à filha uma caixafreeroll 888maquiagem, um gesto que a emociona até hoje.