Insetos, novas texturas e comida impressabet bet aposta3D: autor prevê a alimentação do futuro:bet bet aposta
Embora se diga certo da mudança, Castells não arrisca opinar quando uma ferramenta assim estará disponível. "Acredito que ainda falte um tempo até que a tecnologia se consolide e assegure que os cartuchosbet bet apostaalimentos cumpram com as regrasbet bet apostasegurança alimentar."
Atualmente, algumas pesquisas já são realizadas para o uso das impressoras 3D na produçãobet bet apostaalimentos, e já há algumas versões disponíveis no mercado, mas estão mais voltadas a facilitar o modobet bet apostapreparo (como o micro-ondas, no início), do que a produçãobet bet apostaalimentos nutritivos.
Apesarbet bet apostaele acreditar que o uso do fogo direto se manterá no futuro, os aparelhos rápidos e econômicos devem ganhar protagonismo, como o próprio micro-ondas, além da tecnologiabet bet apostacocção por indução e os fornos automáticos ebet bet apostaprecisão.
Outra transformação importante que Castells prevê embet bet apostaobra é a incorporaçãobet bet apostainsetos e algas também na alimentação ocidental. "Produtos que agora são considerados residuais para alguns grupos populacionais se transformarãobet bet apostaelementos do cotidiano. Atualmente, se calcula que maisbet bet aposta2 bilhõesbet bet apostapessoas comam insetos habitualmente e que estes são imprescindíveis nabet bet apostadieta. Mas a rejeição aos insetos é cultural e somente ações globais podem resolver essa questão."
E para que essas e outras questões sejam resolvidas, Castells apostabet bet apostaum elemento que, segundo ele, é cada vez mais importante: o poder midiático da culinária. "Hojebet bet apostadia a cozinha tem muita popularidade e é preciso aproveitar isso para desenvolver todos os projetos sociais que pudermos", afirma.
Impacto social
Apesar do impacto tecnológico, Castells destaca que a transformação mais importante da cozinha do futuro será o impacto social - cujo caminho já começou a ser traçado, segundo ele.
"A mudança mais significativa virá com a questão da sustentabilidade - da forma como conservamos o nosso entorno e criamos estruturas que permitam que todas as comunidades do mundo cozinhem e se alimentem. Essa revolução deve vir, pelo menosbet bet apostaparte, da cozinha e das suas influências".
Ele vê o Brasil na dianteira nesse ponto. "Por causa da grande riqueza agrícola brasileira e das vastas tradições culinárias, há muitas regiões que podem se autopromover (e se tornar mais conhecida do restante do mundo), mas acredito que o grande diferencial do Brasil é o potencialbet bet apostasustentabilidade, e vocês têm o Cerrado e a Amazônia como exemplos que o mundo todo conhece. Fiquei alucinado com o potencial do Cerrado."
"O Cerrado apresenta uma grande biodiversidade e proporciona produtos pouco conhecidos para a cozinha, mas que podem ter um grande futuro. É necessário, porém, considerar uma gestão que priorize abet bet apostasustentabilidade, ligada à divulgação e educação sobre esses produtos".
Para que esse potencial seja aproveitado, o pesquisador não descarta a necessidadebet bet apostavontade pública e política - ebet bet apostaalgumas adaptações nas legislações vigentes a fimbet bet apostafacilitar o trânsito e a comercializaçãobet bet apostanovos produtos e do escoamento da produção regional.
Nesse sentido, ele destaca desde ações para a maior circulação e conhecimento sobre ingredientes encontrados in natura pelo Brasil como frutas, legumes, etc, até a facilitaçãobet bet apostatransportebet bet apostaalimentosbet bet apostapequenos produtores.
"É preciso acreditar que o Brasil tem um grande potencial e criar estruturas sociais e econômicas que tornem possíveis a comercializaçãobet bet apostavários produtos da Amazônia ebet bet apostaoutras partes do país. Se as leis não se adaptarem à culinária e à alimentação do futuro, as consequências serão gravíssimas".
Além do poder público, Castells reconhece a importância das grandes indústrias alimentícias para garantir que tanto as mudanças tecnológicas como sociais sejam colocadasbet bet apostaprática.
"A sociedade futura não poderá se dar ao luxobet bet apostadesconfiarbet bet apostasua indústria alimentar e das cadeiasbet bet apostafast food, que devem melhorar seus produtos e processos para conquistar a confiança da população. A industrialização e as redesbet bet apostafast food devem mudar a percepção social variando suas receitas para que sejam mais adaptadas às necessidades sociais".
O poder do regional
Mas a cozinha do futuro será acessível a todos? Questionado sobre o acesso das populações mais carentes tanto à alimentação saudável e à diversificação alimentar como às ferramentas tecnológicas da culinária - problemáticas atuais da alimentação -, Castells acredita que haja uma "confusão"bet bet apostapadrões.
"Não podemos associar a alimentação orgânica ou ecológica como (sendo necessariamente) mais saudável. Produtos mais baratos, regionais e simples podem ser muito saudáveis. Mas precisamos recuperar tradições alimentares".
Ou seja: na avaliação do pesquisador, toda a globalização alimentar deve ser feita respeitando as tradições locais e com cuidado para que a extração dos alimentos não seja descontrolada.
"Todas as tradições deverão ser acompanhadasbet bet apostatecnologia que permita otimizar melhor os recursos alimentares e culinários. A perda das identidades locais provocaria uma desestruturação culinária e alimentar que dificultaria muito a sustentabilidade futura e a eliminação do déficit alimentar global", diz ele.
"A força midiática da cozinha está produzindo projetosbet bet apostarecuperação da cultura gastronômica das diferentes comunidades do mundo que estavam perdendo parte do patrimônio alimentar", finaliza.