A ex-miss que ganhou loteria e usa dinheiro para ajudar os outros:site esporte da sorte

Rachel Lapierre

Crédito, AFP

Legenda da foto, A ex-modelo Rachel Lapierre, que ganhou na loteria e criou uma organizaçãosite esporte da sortecaridade no Canadá para ajudar os outros

A entidade, localizadasite esporte da sorteSaint-Jerome, a 60 km e Montreal, usa as mídias sociais para conectar pessoas que precisamsite esporte da sorteajuda com aquelas que podem ajudá-las.

Rachel Lapierre coroada miss Quebec
Legenda da foto, Rachel Lapierre quando foi coroada Miss Quebecsite esporte da sorte1982 (Foto: arquivo pessoal)

Nasite esporte da sortepágina do Facebook, que tem 22 mil seguidores, as pessoassite esporte da sortedificuldade relatam suas necessidades; quem deseja ajudar pode informar as coisas ou serviços que podem doar.

"Vamos dizer que você tenha roupas para doar. A gente coloca vocêsite esporte da sortecontato com a família que precisa dessas roupas e deixamos que você dê a eles você mesmo", explica Rachel. "Não é apenas sobre coisas materiais. Você pode acabar levando um paciente com câncer a uma consulta."

Mundosite esporte da sorteglamour

A antiga carreirasite esporte da sorteRachel no mais glamuroso -- e alguns podem dizer, consumista -- mundo das modelos está bem no passado.

No início dos anos 1980, ela entrou para uma agênciasite esporte da sortemodelos onde foi encorajada a disputar o concursosite esporte da sortebeleza Miss Quebec. Parasite esporte da sortesurpresa, ela, então com 21 anos, ganhou a disputa.

"Eu achava que ser modelo era para loiras altassite esporte da sorteolhos azuis e eu era baixa e morena...Mas eu fiquei tão felizsite esporte da sorteter entrado para esse mundo, foi uma ótima experiência." No ano seguinte ela conseguiu viajar pelo Canadá como Miss Quebec e até conseguiu conhecer o primeiro-ministro da provínciasite esporte da sorteQuebec na época, Rene Levesque.

Ms Lapierre meets with a family of Syrian refugees in Saint-Jerome
Legenda da foto, Rachel (ao telefone) conhece uma famíliasite esporte da sorterefugiados sírios (Foto: Andreane Williams/Divulgação)

Isso a inspirou a criarsite esporte da sorteprópria escolasite esporte da sortemodelossite esporte da sorte1984, com dez pessoas trabalhando, para ensinar jovens mulheres a construir suas carreiras na indústria.

"Tocar o meu próprio negócios me ensinou sobre contabilidade e como gerenciar funcionários", diz Rachel.

Ela fechou o negócio no fim dos anos 1980 para se dedicar aos quatro filhos e ao trabalho voluntário. Ela fez várias viagens com organizações humanitárias, para lugares como a Índia e o Haiti.

Ajudando o outro

Foi essa paixão que a fez criar a Le Book Humanitaire há quatro anos.

Neste ano, a entidade promoveu maissite esporte da sorte15 mil ações diretas no Quebec,site esporte da sortemobiliar um apartamento para uma famíliasite esporte da sorterefugiados sírios a achar uma casa para uma sem-teto com dois recém-nascidos.

Rachel Lapierre indo entregar comida
Legenda da foto, A entidade também promove doaçõessite esporte da sortecomida (Foto: Andreane Williams/Divulgação)

Rachel fundou sozinha a organização, que hoje conta com 10 voluntáriossite esporte da sorteperíodo integral e um conselho, investindo 70 mil dólares canadenses (cercasite esporte da sorteR$ 179 mil).

"Esse dinheiro semanalsite esporte da sorte1 mil dólares canadenses (cercasite esporte da sorteR$ 2560) que ganhei da loteira me permitiu não ter que ir mais trabalhar e financiar minha organização", conta Rachel. "Pago o aluguel do escritório e outros custos administrativos."

Mesmo assim há limitações no orçamento. Após ela ter dado uma entrevista para uma emissora canadense, o númerosite esporte da sorteseguidores da Le Book Humanitaire saltousite esporte da sorte4 mil para 22 mil seguidores. Com isso, também aumentaram as solicitaçõessite esporte da sorteajuda, assim como asite esporte da sortedoações, e a organização sofreu para se manter.

Rachel Lapierre comsite esporte da sorteirmã e uma voluntária
Legenda da foto, Rachel (ao centro) discute a atuação da Le Book Humanitaire com uma voluntária e comsite esporte da sorteirmã (à direita) (Foto: Andreane Williams/Divulgação)

Foi preciso mais espaço para guardar as doações, e a ex-modelo não podia bancar isso sozinha. "Estamos contando com alguns municípios para nos emprestarem escritórios e fazerem doações", conta. "Sempre tem um jeitosite esporte da sortefazer as coisas acontecerem."

Alimento para a alma

Jean-Pierre Tchang, fundador da entidade Iris, que ajuda pessoas com deficiência visual, diz que é difícil construir uma organizaçãosite esporte da sortecaridade.

"O mais difícil é ter dinheiro e conseguir recursos" diz Tchang, que trabalhou com Rachel quando ela começousite esporte da sortetrajetória no serviço voluntário.

"Você também tem que saber seus limites. Você fica tocado com o trabalho e acaba se esquecendosite esporte da sortesi mesmo. Tenho certeza que as noites da Rachel são curtas."

Apesar dos desafios, Rachel não dá sinaissite esporte da sortediminuir o ritmo. Ela está fazendo um workshop sobre como gerenciar organizações sem fins lucrativos para melhorar seu desempenho.

O trabalho, que não é igual aosite esporte da sortetocar um negócio tradicional, continua lhe dando muitas alegrias, diz. "Alimenta minha alma."

"O trabalho voluntário vale bilhõessite esporte da sortedólares não contabilizados mundo afora. Sem isso, o mundo não funcionaria."