Violinista que sofreu acidente há 30 anos volta a tocar com tecnologia criada por brasileiro:spin poker

Rosemary Johnson

Crédito, Volvo/Sky Atlantic

Legenda da foto, Rosemary Johnson usa touca com eletrodos para selecionar notas usando os olhos

spin poker Uma violinista que perdeu os movimentos após um acidentespin pokercarro há 30 anos voltou a "tocar" usando uma tecnologia envolvendo ondas cerebrais.

À frente dela está o brasileiro Eduardo Miranda, professor na Universidadespin pokerPlymouth, na Inglaterra, que se dedica há anos a pesquisas que combinam música, computação e biologiaspin pokerforma a possibilitar que pessoas com deficiências possam se expressar musicalmente.

Rosemary Johnson não consegue mais se mover ou falar, mas usando sensores acoplados àspin pokercabeça conseguiu selecionar notas exibidasspin pokeruma tela - que foram, tocadas, então,spin pokertempo real, por uma antiga colega, a violinista Alison Balfour-Paul.

A perfomance, ao ladospin pokeruma orquestra, foi documentadaspin pokerum curta metragem.

"Na primeira vez que fizemos um teste com a Rosemary, fomos às lágrimas. Podíamos sentir a alegria vindo dela", lembrou o brasileiro, que também é compositorspin pokermúsica clássica contemporânea.

"Quando vi Rosie pela primeira vez, algo estalou. É muito interessante trabalhar com ela. Uma vez que ela é uma musicista clássica, não preciso perguntá-la muitas coisas. Por meio da tecnologia, estamos quase instantâneamente trabalhando no domínio da comunicação musical".

"Trabalhar com ela está nos ajudando a desenvolver e formatar esta tecnologia. É uma mistura maravilhosa entre ciência e criatividade", diz Eduardo Miranda.

O professor Eduardo Miranda
Legenda da foto, 'Podíamos sentir a alegria vindo dela', lembra o professor brasileiro Eduardo Miranda | Foto: Divulgação/ Plymouth University

Acidente a caminhospin pokerapresentação

Uma instrumentista clássica promissora, Johnson tinha 22 anos e era a quarta violinista da Ópera Nacionalspin pokerGalesspin poker1988 quando sofreu um acidentespin pokercarro, a caminhospin pokerum concerto.

Ela estava na orquestra havia apenas nove meses quando se acidentou.

Balfour-Paul, que vivespin pokerCardiff, capital do Paísspin pokerGales, foi contatada há seis semanas por uma amigaspin pokercomum, que manteve contato com Johnson. Até então, a equipe não havia encontrado uma pessoa que pudesse tocar com ela. Balfour-Paul permaneceu na Ópera Nacionalspin pokerGales após o acidente da violinista e agora trabalha como instrumentista autônoma.

"Aceitei porque fui colegaspin pokerRosie há 29 anos. Ela era uma musicista amável, com tudo indo a seu favor. Mas se envolveu neste terrível acidente, que danificou gravemente o seu cérebro", conta Balfour-Paul.

Alison Balfour-Paul
Legenda da foto, Alison Balfour-Paul foi colegaspin pokerJohnson

Tecnologiaspin pokerdesenvolvimento

Segundo Eduardo Miranda, a tecnologia, cujo desenvolvimento tem parceria do Hospital Real para Deficiências Neurológicasspin pokerLondres, vem sendo estudada desde 2003 com uma equipespin pokerengenheiros e profissionais da área da saúde.

"A ideia surgiu quando eu li uma notícia que cientistas estavam desenvolvendo métodos para controlar máquinas usando sinais elétricos cerebrais, chamados eletroencefalogramas. Eu achei a ideia fascinante e comecei a investigar a possibilidadespin pokerusar esse tipospin pokertecnologia para criar instrumentos musicais eletrônicos", lembra o brasileiro.

"No início, minha intenção eraspin pokerdesenvolver uma especiespin pokerestetoscópio cerebral para escutar e gravar os sinais elétricos do meu cérebro".

Aí Miranda conheceu Wendy Magee, uma médica australiana que trabalha com terapia musical para pacientes severamente paralisados, e resolveu focar o projetospin pokerpessoas nessa situação. Agora, o professor conta que a tecnologia ainda tem um longo caminhospin pokeraperfeiçoamento pela frente e deve chegar ao Brasil.

"Estouspin pokercontato com algumas instituições brasileiras para ver se podemos mostrar o trabalho no país no ano que vem. Mas, o trabalho não está pronto ainda para ser usado mais amplamente. Tem muito a ser feito para resolver varios problemas técnicos e práticos", disse o brasileiro, que afirma depender da disponibilidadespin pokercolaboradores espin pokerfinanciamento para seguirspin pokerfrente com a tecnologia.