Cientistas identificam onda3 euro winegravidade gigantesca na atmosfera3 euro wineVênus:3 euro wine

Crédito, Planet C

Legenda da foto, Fenômeno3 euro wineforma3 euro winearco tem 10 mil km3 euro wineextensão e foi observado3 euro winenave espacial japonesa

Logo depois3 euro wineentrar na órbita3 euro wineVênus,3 euro wine2015, a nave espacial Akatsuki registrou um fenômeno3 euro wineforma3 euro winearco na atmosfera superior do planeta por vários dias.

Curiosamente, a estrutura brilhante - que se estende por 10 mil km (23 vezes a distância entre Rio3 euro wineJaneiro e São Paulo) - permaneceu fixa no topo das nuvens3 euro wineVênus.

O fenômeno surpreende porque na espessa atmosfera superior3 euro wineVênus, as nuvens se movimentam a 360 km/h.

Ou seja, se locomovem muito mais rápido do que a lenta rotação do planeta abaixo delas, onde 1 dia dura mais do que o tempo que o planeta leva para orbitar3 euro winetorno do sol.

Makoto Taguchi, da Universidade3 euro wineTóquio, Atsushi Yamazaki, da Agência3 euro wineExploração Aeroespacial do Japão (Jaxa) e outros cientistas mostraram que a zona luminosa ficou parada sobre uma região montanhosa na superfície do planeta, conhecida como Aphrodite Terra.

Eles também descobriram que ela era mais quente do que as partes circundantes da atmosfera.

Crédito, Akihiro Ikeshita

Legenda da foto, Akatsuki foi lançada3 euro winemaio3 euro wine2010 e chegou à órbita3 euro wineVênus3 euro winedezembro3 euro wine2015

'Fenômeno especial'

Segundo os cientistas, o fenômeno é o resultado3 euro wineuma onda3 euro winegravidade gerada na medida3 euro wineque a atmosfera mais baixa atravessa as montanhas e se espalha para cima através da atmosfera espessa3 euro wineVênus.

As ondas3 euro winegravidade ocorrem quando um fluido - como um líquido, gás ou plasma - é deslocado3 euro wineuma posição3 euro wineequilíbrio.

"Se um córrego flui sobre uma rocha, as ondas3 euro winegravidade se propagam para cima através da água. Na superfície do córrego, seria possível perceber alterações em3 euro winealtura", explica à BBC Colin Wilson, cientista planetário da Universidade3 euro wineOxford, na Inglaterra, que não participou da pesquisa.

"Mas o que acontece3 euro wineVênus é diferente, porque estamos vendo o fenômeno acontecer3 euro winemeio a temperaturas máximas nas nuvens. As partículas atmosféricas estão se movimentando para cima e para baixo, tal como as partículas da água", acrescenta.

O estudo,3 euro wineacordo com os pesquisadores, "mostra uma evidência direta da existência3 euro wineondas3 euro winegravidade estacionárias (fixas), e também indica que tais ondas3 euro winegravidade estacionárias podem ter uma escala muito maior - talvez a maior já observada no Sistema Solar".

"O que torna esse fenômeno especial é que ele se estende3 euro winepolo a polo3 euro wineVênus", destaca Colin.

"Acontece que não há uma formação como essa3 euro wineJúpiter porque, com a rotação do planeta é muito mais rápida,3 euro wineatmosfera é dividida3 euro winecinturões. A rotação lenta3 euro wineVênus permite, por outro lado, uma formação desse tipo", acrescenta o especialista.

Ainda não se sabe se as ondas3 euro winegravidade geradas pela topografia montanhosa3 euro wineVênus podem se movimentar para as partes superiores das nuvens do planeta.

Mas as observações indicam que a dinâmica atmosférica pode ser mais complexa do que os cientistas inicialmente previram.

Wilson participou da missão Venus Express, da Agência Espacial Europeia, que terminou3 euro winedezembro3 euro wine2014. Perto do fim da expedição, a nave espacial detectou sinais da existência3 euro wineatividade vulcânica no planeta vizinho da Terra.

"Nossa equipe só viu isso3 euro wineuma localidade3 euro wineVênus. O fato3 euro wineAkatsuki estar lá por alguns anos e equipada com o tipo correto3 euro winecâmeras vai permitir potencialmente detectar mais desses eventos vulcânicos ativos", concluiu Wilson.