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10 anos do iPhone: conheça as inovações esquecidas que tornaram possível o telefone mais revolucionário da história:sinal bet7k
Mas esses são apenas os fatos óbvios sobre esse produto. E quando você mergulha mais fundo no tema, as revelações são surpreendentes. Nós damos crédito a Steve Jobs e outras figuras importantes na Apple - seu primeiro parceiro Steve Wozniak, seu sucessor Tim Cook, o visionário designer Jony Ive - mas alguns dos atores mais importantes nesta história foram esquecidos.
Elementos essenciais
Pergunte-se: o que realmente fazsinal bet7kum iPhone um iPhone? Ésinal bet7kparte o design, a interface do usuário, a atenção aos detalhes na forma como o software e o hardware funcionam. Mas debaixo da superfície atrativa do iPhone há alguns elementos críticos que fizeram o iPhone, e todos os outros smartphones, possível.
A economista Mariana Mazzucato fez uma listasinal bet7k12 tecnologias-chave que fazem os smartphones funcionarem: 1) minúsculos microprocessadores, 2) chipssinal bet7kmemória, 3) discos rígidossinal bet7kestado sólido, 4) monitoressinal bet7kcristais líquidos e 5) baterias à basesinal bet7klítio. Esse é o hardware.
Depois, há as redes e o software. Aí entram: 6) Algoritmossinal bet7kTransformada Rápidasinal bet7kFourier - bits inteligentes que tornam possível transformar rapidamente sinais analógicos como som, luz visível e ondassinal bet7krádiosinal bet7ksinais digitais que um computador pode manipular.
No número 7: a internet. Um smartphone não é um smartphone sem a internet.
Em oitavo lugar estão HTTP e HTML, as linguagens e os protocolos que transformaram a Internet difícilsinal bet7kusar na World Wide Web (rede mundialsinal bet7kcomputadores)sinal bet7kfácil acesso. Em nono, as redes celulares. Caso contrário, seu smartphone não só não seria inteligente, como nem sequer seria um telefone. 10) GPS. 11) A tela sensível. 12) Siri, a ajudantesinal bet7kinteligência artificial ativada por voz.
Todas essas tecnologias são componentes importantes que fazem um iPhone, ou qualquer smartphone, funcionar. Algumas delas são indispensáveis. Mas quando Mazzucato montou esta listasinal bet7ktecnologias e revisousinal bet7khistória, ela encontrou algo impressionante.
O fator estatal
A figura fundamental no desenvolvimento do iPhone não foi Steve Jobs. Foi Tio Sam. Cada uma dessas 12 tecnologias-chave foi apoiadasinal bet7kforma significativa pelos governos - muitas vezes pelo governo americano.
Alguns destes casos são famosos. Muitas pessoas sabem, por exemplo, que a World Wide Web devesinal bet7kexistência ao trabalho do britânico Tim Berners-Lee. Ele era engenheirosinal bet7ksoftware empregado no Cern, o centrosinal bet7kpesquisasinal bet7kfísicasinal bet7kpartículassinal bet7kGenebra que é financiado por governossinal bet7ktoda a Europa.
E a própria internet começou como Arpanet - uma redesinal bet7kcomputadores financiada pelo Departamentosinal bet7kDefesa dos EUA no início dos anos 1960. O GPS, é claro, era uma tecnologia militar pura, desenvolvida durante a Guerra Fria e aberta ao uso civil apenas nos anos 1980.
Outros exemplos são menos famosos, embora não menos importantes.
A Transformada Rápidasinal bet7kFourier é uma famíliasinal bet7kalgoritmos que possibilitaram o deslocamentosinal bet7kum mundo onde o telefone, a televisão e o gramofone trabalhavamsinal bet7ksinais analógicos, para um mundo onde tudo é digitalizado e, portanto, pode ser processado por computadores.
O algoritmo mais comum foi desenvolvido a partirsinal bet7kuma percepção do grande matemático americano John Tukey. Em que Tukey estava trabalhando na época? Sim, uma aplicação militar.
Especificamente, ele estava no conselho consultivo do presidente Kennedy,sinal bet7k1963, tentando descobrir como detectar quando a União Soviética estava testando armas nucleares.
Tela sensível, assistentesinal bet7kvoz
Os smartphones não seriam smartphones sem suas telas sensíveis -, mas o inventor do touchscreen foi um engenheiro chamado E.A. Johnson, cuja pesquisa inicial foi realizada enquanto ele era empregado pelo Royal Radar Establishment, uma agência do governo britânico.
O trabalho foi desenvolvido no Cern. Eventualmente a tecnologia 'touch' foi comercializada por pesquisadores da Universidadesinal bet7kDelaware nos Estados Unidos - Wayne Westerman e John Elias, que venderamsinal bet7kempresa à Apple.
Depois está a garota com a voz do Vale do Silício: Siri.
No ano 2000, sete anos antes do primeiro iPhone, a Agênciasinal bet7kProjetossinal bet7kPesquisa Avançada da Defesa dos EUA (Darpa, na siglasinal bet7kinglês) encomendou ao Institutosinal bet7kPesquisasinal bet7kStanford o desenvolvimentosinal bet7kuma espéciesinal bet7kproto-Siri, um assistentesinal bet7kescritório virtual que poderia ajudar o pessoal militar a fazer seu trabalho.
Vinte universidades foram trazidas para o projeto, trabalhando com todas as tecnologias necessárias para tornar um assistente virtual ativado por voz uma realidade.
Sete anos mais tarde, a pesquisa foi comercializada como uma start-up, a Siri Incorporated - e foi apenassinal bet7k2010 que a Apple comprou os resultados por uma quantia não revelada.
Lista infindável
Quanto aos discos rígidos, bateriassinal bet7kíonsinal bet7klítio, monitoressinal bet7kcristal líquido e semicondutores há histórias semelhantes a serem contadas.
Em cada caso, houve brilho científico e abundância do empreendedorismo do setor privado. Mas havia também muito dinheiro endereçado por agências governamentais - geralmente agências dos EUA, especialmente algum braço do exército dos EUA.
O próprio Vale do Silício tem uma grande dívida com a Fairchild Semiconductor - a empresa que desenvolveu os primeiros circuitos integrados comercialmente viáveis. E a Fairchild Semiconductor,sinal bet7kseus primórdios, dependiasinal bet7kcompras militares.
É claro que os militares dos EUA não fizeram o iPhone. A Cern não criou o Facebook ou o Google. Estas tecnologias, que tantas pessoas confiam hojesinal bet7kdia, foram aprimoradas e comercializadas pelo setor privado. Mas foi o financiamentosinal bet7kgovernos e a tomadasinal bet7kriscosinal bet7kentes públicos que fez todas essas coisas possíveis.
Esse é um pensamento para manter ao ponderar os desafios tecnológicos que temos a frentesinal bet7kcampos como a energia e biotecnologia.
Steve Jobs era um gênio, não há como negar. Umsinal bet7kseus notáveis projetos paralelos foi o estúdiosinal bet7kanimação Pixar - que mudou o mundo do cinema quando lançou Toy Story.
Mesmo sem a tela sensível ao toque e a internet Steve Jobs poderia muito bem ter criado algo maravilhoso.
Mas não teria sido uma tecnologiasinal bet7kagitação mundial como o iPhone. O mais provável é que fosse, como Woody e Buzz, um brinquedo absolutamente encantador.
*Tim Harford é colunista do jornal "Financial Times". Seu podcast 50 Things That Made the Modern Economy (50 coisas que fizeram a economia moderna,sinal bet7ktradução livre) é transmitido pelo Serviço Mundial da BBC.
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