Como os pássaros conseguem dormirtimes classificadospleno voo sem cair?:times classificados
Às vezes elas dormem com um hemisfério cerebral acordado e outras vezes dormem nos dois hemisférios. Mesmo assim conseguem manter o controle aerodinâmico.
Sebastián Cruz, um biólogo equatoriano especializadotimes classificadosaves marinhas, é coautor do estudo. Ele desempenhou um papel determinante na escolha da espécie que seria estudada: a fragatatimes classificadosGalápagos.
Por que fragatas?
As fragatas (fragata minor) "se alimentam exclusivamente no mar e realizam viagenstimes classificadosvários diastimes classificadosduração sem parar, sempre voando", disse Sebastián Cruz à BBC Mundo, o serviçotimes classificadosespanhol da BBC.
A razão mais importante para a escolha é que "ao contráriotimes classificadosoutras aves marinhas, as fragatas não conseguem descansar na superfície do mar, já que suas penas não são impermeáveis e podem absorver água".
Elas também são grandes o bastante para suportar o pesotimes classificadosum leitortimes classificadosondas cerebrais e um GPS.
As fragatas precisam percorrer grandes distâncias para se alimentar.
Cruz disse que elas tentam cobrir a maior área possíveltimes classificadosbuscatimes classificadoscomida no mar, voandotimes classificadosum grande círculo para gastar a menor quantidade possíveltimes classificadosenergia.
Dessa forma, aproveitam correntestimes classificadosar e se beneficiamtimes classificadossua morfologia peculiar: um corpo pequeno e asas muito grandes.
"Elas empregam uma estratégiatimes classificadosvoo lenta, mas eficaz. Ganham altitude, centenastimes classificadosmetros, com correntestimes classificadosar ascendentes e depois se deslocam para a direção que querem planandotimes classificadosforma a ganhar distância e perder altitude."
Partes do cérebro
Os dispositivos mostraram que as fragatas conseguem dormirtimes classificadosmaneiras diferentes, segundo Niels Rattenborg.
"Um jeito é chamadotimes classificadossonotimes classificadosondas lentas, porque o cérebro gera esse tipotimes classificadosonda que pode ser detectadatimes classificadosum eletroencefalograma", explica.
Esse tipotimes classificadossono pode ocorrertimes classificadosambos os hemisférios cerebrais outimes classificadosapenas um. Quando ocorretimes classificadosapenas um se chama sono uni-hemisférico. Nele, o olho oposto ao hemisfério cerebral permanece aberto.
Em um estudo anterior, Rattenborg já havia demonstrado que os patos que estão na parte mais externatimes classificadosum grupo, expostos a perigos, dormem com um um olho aberto. Aqueles que estão no centro do grupo, mais seguros, dormem com os dois hemisfériostimes classificadosuma só vez.
O segundo tipotimes classificadossono que as aves podem ter é o sonotimes classificadosmovimentos oculares rápidos, ou REM,times classificadosondas mais curtas e rápidas.
Menostimes classificadoscinco segundos
"Muitos pensavam que as aves dormiam sótimes classificadosforma uni-hemisférica", disse Rattenborg.
Mas os registrostimes classificadosondas cerebrais mostraram que as fragatas também podem dormir com os dois hemisférios simultaneamente.
"Não sabemos extamente como o fazem. Talvez usem um mecanismo similar ao que lhes permite dormir quando estão paradas. No caso das fragatas, isso significa que conseguem dormir enquanto mantêm suas asastimes classificadosposiçãotimes classificadosplanar", disse o cientista alemão.
Ele disse ainda que foi uma surpresa descobrir que as aves também têm sono REM - embora esse estado duretimes classificadosmédia só cinco segundos.
42 minutostimes classificadossono por dia
Somando todos os tipostimes classificadossono, as fragatas dormemtimes classificadosmédia 42 minutos por dia.
"Isso foi inesperado. Se conseguem realizar tantos tipostimes classificadossono ao voar, por que dormem tão pouco?", questiona Rattenborg.
"Neste momento realmente não temos ideias sólidas para explicar como as fragatas se adaptaram a funcionar com tão pouco sono, enquanto tantas outras espécies,times classificadosabelhas a humanos, sofrem dramaticamente as consequências da faltatimes classificadossono."
O pesquisador destacou que uma pesquisa sobre os mecanismostimes classificadosadaptação dessas aves pode também ajudar a entender o impacto da faltatimes classificadossonotimes classificadosseres humanos.
"Baseando-setimes classificadosnosso estudo do sono uni-hemisférico dos patos, Masako Tamaki e seus colegas (da Brown University dos Estados Unidos) publicaram um trabalho explicando que quando as pessoas estãotimes classificadosum ambiente novo, o hemisfério esquerdo dormetimes classificadosforma menos profunda e responde mais a sons que o hemisfério direito, somente na primeira noite", diz.
"Isso sugere que, como os patos, os seres humanos têm a capacidadetimes classificadosacordar ao menos parcialmente a metadetimes classificadosseu cérebrotimes classificadosresposta a circunstâncias potencialmente arriscadas."