Por que celebridades do pop internacional têm decidido falar abertamentebet pix netsua saúde mental?:bet pix net
bet pix net A listabet pix netcelebridades que revelaram sofrerbet pix netdepressão e ansiedade aumentou consideravelmente nos últimos meses: atores, músicos e modelos decidiram falar publicamente sobre saúde mental, um assunto que poucos tocavam.
Um dos exemplos mais recentes foi obet pix netZayin Malik, 23 anos, ex-integrante do grupo One Direction, que cancelou uma sériebet pix netshows alegando "ansiedade extrema".
A cantora Selena Gómez anunciou uma pausa na carreira tambémbet pix netsetembro devido a crisesbet pix netdepressão e ansiedade e chegou até a se internar voluntariamente.
Bruce Springsteen escreveu embet pix netbiografia lançadabet pix netsetembro, Born to Run, sobre como luta há anos com a depressão. O músico americano chegou até a admitir que a doença o "subjugou"bet pix netalgumas ocasiões.
A modelo Cara Delevigne confessou também que chegou até a pensarbet pix netmorrer para sair da depressão.
A atriz Demi Lovato revelou que sofrebet pix nettranstorno bipolar, e a cantora americana Jo-Jo lutou contra a depressão ao mesmo tempo que enfrentavabet pix netprópria gravadora devido a problemas ligados ao seu contrato.
Pelo menos para alguns famosos, parecem ter ficado para trás os diasbet pix netque agentes e assessores tinham que elaborar desculpas como "está com desidratação" ou "precisabet pix netdescanso pois está exausto (a)".
A estratégia para muitos, agora, parece ser abet pix net"sair do armário" e acabar com o preconceito sobre os problemasbet pix netsaúde mental.
"Há dez anos, nunca teríamos visto uma lista assim", afirma Seaneen Molloy-Vaughan, a escritora britânica que ficou famosa com seu blog The Secret Life of a Manic Depressive (A Vida Secretabet pix netum Maníaco Depressivo, na tradução livre).
Efeito
A tendência entre os "ricos e famosos" surpreende e leva muitos a questionarem se todos eles se sentem confiantes o bastante para expor problemas relacionados a saúde mental desta forma.
No programa Ouch, da BBC, que tratabet pix nettemas relacionados à saúde, especialistas deram várias explicações para esta nova tendência.
A primeira foi o celular e o fácil acesso a redes sociais.
"Uma das coisas que mudaram foram as expectativas que as pessoas têmbet pix netrelação às celebridades. Agora os fãs (e até aqueles que não são fãs) estão mais acostumados a ver seu cotidiano pelas redes sociais", disse à BBC Mark Brown, pesquisadorbet pix nettemasbet pix netsaúde mental. O ruído nas redes e o eco na mídia tradicional mudou radicalmente o vínculo entre fãs e celebridades.
Basta um exemplo para perceber a diferença. Quando Britney raspou a cabeçabet pix net2007, o mundo acompanhou o caso atravésbet pix netfotos dos paparazzi, publicadasbet pix netjornais e revistas.
Hoje, este mesmo caso já causaria ruídobet pix netuma questãobet pix nethoras, pois as pessoas iriam compartilhar a informação nas redes.
"Antes, essas coisas já aconteciam diante dos fotógrafos, mas não erabet pix netuma forma tão aberta. Agora há um diálogo com as celebridades, que tiraram os intermediários do caminho", explicou a blogueira Molloy-Vaughan.
Analistas afirmam também que a sensaçãobet pix netproximidade com as celebridades é uma ficção alimentada pelas próprias redes sociais e que esta familiaridade determina o tom do diálogo.
E também existe uma "permeabilidade entre famosos e não famosos" que, é claro, tem seus custos.
"As celebridades sacrificambet pix netprivacidadebet pix nettrocabet pix netmais seguidores e mais fama, e, como consequência, a saúde mental segue (esta tendência)", afirma Brown.
Mudança?
Para outros, o que está acontecendo é uma mudança na percepção da saúde mental.
"Estamos no fimbet pix netuma década onde estamos falando da saúde mental dos famososbet pix netuma outra maneira", explica Brown.
Nos anos 1950 e 1960, por exemplo, seria difícil imaginar Marilyn Monroe ou Gregory Peck falando tão diretamente sobre suas vidas. Hoje os famosos conseguem dezenasbet pix netmilharesbet pix netcurtidas apenas minutos depoisbet pix netpublicar um post no Facebook ou um tuíte.
"Quando entendemos que são pessoas e não apenas um rosto famoso, começamos a perceber quando elas estão bem e quando não estão", acrescentou o pesquisador.
Seguindo esta premissa, fica difícil para os famosos esconderem seus problemas do olhar - virtual porém onipresente -bet pix netseus seguidores.
Com este novo comportamento, é como se as celebridades não estivessem mais no pedestal imaginário. Como se dissessem: "Quer saber? Eu ia aparecer na televisão, ia voarbet pix netum jatinho, mas,bet pix netvez disso, tenho que ficarbet pix netcasa,bet pix netpijama, comendo cereal seco sem leite porque não posso sair para enfrentar o mundo."
Primeira pessoa
Muitos elogiam as celebridades que "saem do armário".
Quando Zayn Malik cancelou suas apresentações devido a problemas com ansiedade,bet pix netnamorada (a também famosa) modelo Gigi Hadid, elogioubet pix net"humanidade" e acrescentou que estava "orgulhosa" com a "honestidade" do namorado.
Mas nem sempre "se abrir" nas redes sociais é uma experiência boa. A blogueira Seaneen Molloy-Vaughan sofreu com isso ao relatarbet pix netprimeira pessoabet pix netluta.
"Foi difícil. Foi bom por um lado e sempre dei valor às pessoas que queriam interagir. Mas envolveu exposição e colocar tudo para fora", confessou Molloy-Vaughan que,bet pix netseu blog, escreve sobre seus problemas mentais.
"Sugerimos à pessoa famosa que é uma boa ideia expor (o caso) e ser uma espéciebet pix netsoldado contra o estigma das doenças mentais e isso permite dar uma diversidadebet pix netrostos e vozes para o problema,bet pix netvezbet pix netapresentar (o problema) como uma estatística abstrata", contou Brown, que faz parte da organização britânicabet pix netorientação e projetos sociais Social Spider.
"Mas o problema é que podemos controlar como alguém conta uma história mas não controlamos como as pessoas vão responder", acrescentou.
Ao mesmo tempo que as mensagensbet pix netapoio se multiplicam, também existe a possibilidadebet pix netbullying virtual.
Mesmo assim os psicólogos concordam que abrir o diálogo sobre saúde mental para milhõesbet pix netpessoas - jovens, embet pix netmaioria - é um benefício para a saúde pública e a sociedade.
Uma pesquisa feitabet pix net2014 pela Mind, uma organização britânica que trabalhabet pix nettemasbet pix netsaúde mental, sugere que 28% dos 2 mil entrevistados conseguiu falarbet pix netum problema psiquiátrico com um ente querido como consequência diretabet pix netuma declaração pública feita por uma pessoa famosa.
Além disso, outros 25% que ouviram uma celebridade falandobet pix netsuas dificuldades começaram a pensarbet pix netseus próprios problemas e acabaram pedindo ajuda.