Por que o ser humano não é 'programado' para se exercitar, segundo cientista:esportes serie b

Legenda do áudio, Por que o ser humano não é 'programado' para se exercitar, segundo cientista

Estamos programados para evitar esforços desnecessários, não para triatlos ou esteiras, disse ele. Então, seria um mito dizer que é normal fazer exercício.

O ser humano, ressalta, nunca evoluiu para fazer exercício e, do pontoesportes serie bvista científico, é uma atividade estranha.

Ou seja, embora tenhamos evoluído para nos movermos, para sermos fisicamente ativos, "o exercício é um tipo particularesportes serie batividade física: é uma atividade física voluntáriaesportes serie bprol da saúde e da boa forma".

Essa é uma "invenção" relativamente nova, enfatizou o pesquisador.

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Legenda da foto, O ser humano, diz o especialista, nunca evoluiu para fazer exercício e, do pontoesportes serie bvista científico, é uma atividade estranha

Não faria sentido, por exemplo, para um caçador ou pequeno agricultoresportes serie bsubsistência gastar energia extra desnecessariamente correndo 8 quilômetros pela manhã: ele perderia calorias valiosas que necessita para atividades prioritárias.

"Temos esses instintos muito arraigados para evitar atividades físicas desnecessárias", explica o paleoantropólogo.

Hoje, porém, "consideramos que as pessoas são preguiçosas se não se exercitam. Mas não são preguiçosas. São apenas normais", diz Lieberman.

Mas isso não quer dizer que o exercício não seja benéfico; só explica por que é tão difícil para muitosesportes serie bnós fazermos o suficiente.

E Lieberman acha que entender isso pode nos ajudar a fazer mais.

"Já que indicar e promover exercícios obviamente não está funcionando, acho que seria melhor pensarmos como antropólogos evolucionistas."

Felizmente, é exatamente isso que ele é, então aqui estão quatroesportes serie bsuas recomendações:

1. Não fique bravo consigo mesmo

Não se sinta mal por não querer se exercitar, seu instinto é não fazer mais do que o necessário.

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Mas também somos seres racionais.

Estamos conscientesesportes serie bque construímos um mundo que nos beneficiou imensamente, mas, como já não nos obriga a ser fisicamente ativos, colocouesportes serie brisco a nossa saúde.

É um mundoesportes serie bque se tornou necessário fazer mais do que o necessário.

Inúmeros estudos têm demonstrado isso.

Se aprendermos a reconhecer esses instintos, podemos superá-los mais facilmente, diz Lieberman.

"Quando me levantoesportes serie bmanhã para correr, muitas vezes está frio e isso é muito complicado, porque não tenho vontadeesportes serie bme exercitar. Minha mente me dá todos os tiposesportes serie brazões para adiar. Às vezes tenho que me forçar sair pela porta", diz.

"Meu ponto aqui é ser compassivo consigo mesmo e entender que essas pequenas vozes emesportes serie bcabeça são normais e que todos, mesmo 'viciadosesportes serie bexercícios', lutam com elas."

2. Não se esqueçaesportes serie bduas coisas

Existem apenas duas razões pelas quais evoluímos para sermos fisicamente ativos: suprir necessidades e nos gratificar socialmente.

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Legenda da foto, Tornar o exercício divertido é uma das principais orientações para adquirir o hábitoesportes serie bse movimentar

"A maioriaesportes serie bnossos ancestrais saía para caçar ou coletar todos os dias porque senão morreriamesportes serie bfome."

"As outras vezesesportes serie bque eles eram fisicamente ativos eram durante atividades divertidas, como dançar e jogar", diz o especialista.

Para eles, assim como para nós, a diversão trazia benefícios sociais.

Após anosesportes serie bestudos, o paleoantropólogo aconselha a ter essa mesma mentalidadeesportes serie brelação ao exercício.

"Torne-o divertido, mas também necessário", diz.

E uma das melhores maneirasesportes serie batingir ambos os objetivos é tornar a atividade física uma atividade social, por exemplo, juntando-se a um grupoesportes serie bcorrida.

"A obrigação vai torná-lo divertido, social e necessário", afirma Daniel Lieberman.

3. Não se preocupe tanto

Lieberman sugere que "A abordagem antropológica final que pode ajudar é não se preocupar com quanto tempo e quanto exercício é necessário".

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Legenda da foto, Apesar do imaginário popular, especialista diz que "nossos ancestrais eram razoavelmente, mas não excessivamente ativos e fortes"

Ele ressalta que temos essa imagemesportes serie bque nossos antepassados eram realmente incrivelmente fortes... afinal, eles tinham que levantar pedras gigantes e caçar feras pesadas.

Mas o especialista garante que isso está longeesportes serie bser verdade.

"Nossos ancestrais eram razoavelmente, mas não excessivamente ativos e fortes."

"Eles também não corriam todos os dias, ou regularmente; provavelmente faziam isso uma vez por semana ou algo assim."

Além disso, Lieberman lembra que você não precisa ir tão longe no passado para descobrir, pois ainda existem povos com estilosesportes serie bvida semelhantes.

"Os caçadores-coletores típicos se envolvemesportes serie bapenas cercaesportes serie b2 ¼ horas por diaesportes serie batividade física moderada a vigorosa."

"Eles não são extremamente musculosos e passam tantas horas sentados quanto nós, quase 10 por dia."

A mensagem é que, embora exista o mínimo recomendado, um poucoesportes serie batividade física é extremamente saudável.

"Saber isso, acredito, pode ajudar as pessoas a se sentirem melhoresportes serie bfazer pelo menos um poucoesportes serie bexercícioesportes serie bvezesportes serie bnenhum", diz.

Os estudos mostram que 150 minutosesportes serie bexercício por semana - 21 minutos por dia - reduzem as taxasesportes serie bmortalidadeesportes serie bcercaesportes serie b50%, acrescenta.

Mas é crucial não só fazê-lo, mas também...

4. Não pararesportes serie bfazer

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Legenda da foto, A atividade física deve acompanhar as pessoasesportes serie btodas as fases da vida

"Inventamos o conceitoesportes serie baposentadoria no mundo ocidental moderno e, junto com isso, a noçãoesportes serie bque quando você chega aos 65 anos, é normal ir com calma", pondera Lieberman.

No entanto, "evoluímos para ser fisicamente ativos durante toda a vida."

Essa atividade, poresportes serie bvez, nos ajuda a viver mais e a permanecer saudáveis ​​à medida que envelhecemos.

"Isso ocorre porque a atividade física ativa uma ampla gamaesportes serie bmecanismosesportes serie breparação e manutenção que neutralizam os efeitos do envelhecimento", explica.

Uma prova disso são os caçadores-coletoresesportes serie bhoje, que tendem a viver quase tanto quanto suas contrapartes nas sociedades industrializadas ocidentais.

A diferença, ele observa, é queesportes serie b"expectativaesportes serie bsaúde" (o númeroesportes serie banos saudáveis ​​de vida) quase corresponde àesportes serie bexpectativaesportes serie bvida, enquanto nas sociedades industrializadas é comum temer que você passe anos incapacitado antesesportes serie bmorrer.

"À medida que as pessoas envelhecem no Ocidente, elas tendem a perder muita força e poder, e isso torna as tarefas básicas mais difíceis. E quando isso acontece, as pessoas se tornam menos ativas. Quando ficam menos ativas, se tornam menos aptas."

"É um ciclo vicioso realmente desastroso", finaliza Lieberman.

Portanto, supere seus instintos, mesmo queesportes serie bmente esteja relutanteesportes serie bajudá-lo, e continueesportes serie bmovimento, mesmo que já não seja necessário.

E se o exercício te aborrece, faça como na Idade da Pedra: comece a dançar!

- Este texto foi publicadoesportes serie bhttp://vesser.net/curiosidades-63139375

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