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'Atirei na cabeça dos meus pais aos 14 anos e não sei por que fiz isso':aposta ganha roleta
Nathon confessou à polícia que pegou a pistola .22 Smith and Wessonaposta ganha roletaum móvel trancado num dos quartos da casa, entrou no quartoaposta ganha roletaseus pais e disparou com a arma.
Entre os tiros que atingiram os paisaposta ganha roletaNathon, um deles feriu a área do rosto abaixo do olho da mãe, Beth, e outro a testa do pai, Jon. Surpreendentemente, ambos sobreviveram.
Ambos permaneceram conscientes após os disparos, e Jon ainda conseguiu ligar para polícia. O serviçoaposta ganha roletaemergência chegou logo depois do ocorrido.
Na gravação da chamada, Jon diz a um policial: "Acordei e percebi que tínhamos levado tiros".
Os pais foram diagnosticados com transtornoaposta ganha roletaestresse pós-traumático após o incidente. Jon descreve ter "muitas, muitas, muitas noites sem dormir, com pesadelos, e várias questões para superar".
A família se mudou para uma casa nova,aposta ganha roletaparte para escapar das lembranças dolorosas.
O fatoaposta ganha roletaterem sobrevivido também os deixou desconcertados. Beth recorda que perguntou ao neurocirurgião que a tratou como era possível que estivesse viva, e que ele respondeu "nenhumaposta ganha roletanós sabe", e que ela era a primeira que ele "encontrava assim, andando e falando".
'Um bom menino'
Nos Estados Unidos, morrem,aposta ganha roletamédia, cinco pais a cada semana nas mãosaposta ganha roletaseus filhos, segundo dados da professora Kathleen Heide, da Universidade do Sul da Flórida.
O que parece mais raro no casoaposta ganha roletaNathon é que aparentemente não houve nenhum sinal que alertasse do perigo. Seus pais eaposta ganha roletaavó o descrevem como "um bom menino".
Caiden, seu melhor amigo no colégio, conta uma história parecida.
"Todos gostavam dele na escola. Nos esportes, ele era um dos melhores. E todas as garotas gostavam dele, com certeza", afirma.
As imagens do interrogatório policial na noite do ataque mostram Nathonaposta ganha roletaestadoaposta ganha roletachoque.
"Não sei o que estava pensando", disse, enquanto chorava. "Os filhos simplesmente não fazem isso, apontar uma arma contra seus pais".
Um policial comenta durante o interrogatório: "Você é um bom menino", e Nathon responde: "Aparentemente não. Eu quase matei meus pais".
Na sequênciaaposta ganha roletainterrogatório, Nathon parece admitir a lógica da intenção por trásaposta ganha roletasua ação.
"O que você estava tentando fazer quando puxou o gatilho?", pergunta o policial.
"O que uma arma faz... matar", responde Nathon.
No dia do incidente, os paisaposta ganha roletaNathon tinham colocado eleaposta ganha roletacastigo por ter recebido uma detenção na escola. Poucas horas antes do ataque, Jon terida dito: "Vá dormir. Você terá muito trabalho a fazer (tarefas domésticas) e não poderá jogar (um torneioaposta ganha roletabasquete que se aproximava)". Nathon contou que essa frase do pai "foi o clique".
Adulto ou menor?
Durante o processo judicial, o promotor, Angus Lee, pediu que Nathon fosse julgado como maioraposta ganha roletaidade - a legislação dos EUA permite isso - por tentativaaposta ganha roletahomicídio. Ele tinha 14 anos na época do crime.
Lee acreditava que se Nathan fosse julgado como menor, sairia da cadeia aos 21 anos, e isto seria um perigo para a segurança pública.
O tribunal acabou o argumentoaposta ganha roletaLee, mas Nathon evitou o julgamento ao se declarar culpadoaposta ganha roletaum delito menor,aposta ganha roletaagressão com arma mortífera; e,aposta ganha roletafevereiroaposta ganha roleta2015, foi sentenciado a 15 anos e meioaposta ganha roletaprisão. Ele será libertadoaposta ganha roleta2028, quando tiver 29 anos.
Jon explicou a difícil e delicada posiçãoaposta ganha roletaque ele eaposta ganha roletamulher se encontraram naquele momento.
"O promotor não nos interrogaria porque somos os pais do acusado. A defesa também não, porque somos as vítimas. Então não sabíamos bem o que estava acontecendo... mas sentimos que Nathon precisava ser punido", explica.
"Naquele momento nos demos contaaposta ganha roletaque não poderíamos dar o tratamento que Nathon precisa. A Justiça pode fazer isso", acrescentou.
Contato normal
Nathon e seus pais mantém contato e parecem ter uma boa relação. Quando seus pais o visitam na prisão, falamaposta ganha roletacoisas normais - comoaposta ganha roletamãe ter desaprovadoaposta ganha roletanova barba e perguntado se ele tem escovado os dentes regularmente.
Mas Jon admite que "nunca vai entender" exatamente por que Nathon fez aquilo.
Já no fim do documentário, ao acabar a visita, seus pais o abraçam e dizem que o amam. Ele responde da mesma forma.
"Estou feliz que não morri - apenas por Nathon", diz Beth. "Assim Nathon não terá que carregar este fardo".
Depressão
Nathon ainda tenta entender o que fez com a ajudaaposta ganha roletasua terapeuta, Shanna Shultz.
Desde que está preso, passou por várias avaliações psiquiátricas. Shultz, que vem tratando ele há vários anos, disse que não vê "nenhum transtornoaposta ganha roletapersonalidade", nem mesmo "traços antissociais".
O advogadoaposta ganha roletadefesa diz acreditar que não há sinaisaposta ganha roletaque poderia ter ocorrido algum tipoaposta ganha roletaabuso na casa.
Ao chegar à prisão, Nathon recebeu diagnósticosaposta ganha roletatranstorno desafiadoraposta ganha roletaoposição (ODD, na siglaaposta ganha roletainglês), transtorno por déficitaposta ganha roletaatenção com hiperatividade (TDAH) e transtorno bipolar.
Mas todos eles foram revisados, com baseaposta ganha roletanovas avaliações. Seu diagnóstico atual, explica Shultz, éaposta ganha roletaum transtorno depressivo maior (TDM).
Não há evidência definitiva que vincule o diagnósticoaposta ganha roletaNathon ao crime, mas que a terapia pelo menos o está ajudando a aceitar e entender o que fez.
"Sentar lá e pensar e não saber por que era terrível. E saber que você causou tanta dor... Não ter resposta era muito, muito difícil. Eu me senti muito culpado, porque como eu poderia ter feito aquilo e não saber o motivo?", ele conta.
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