As 4 coisas que toda criança deveria aprender para 'se proteger'grupo real betabusos:grupo real bet
"Já a criança não preparada se torna um alvo muito mais fácil para abusos. A descoberta sexual começa na infância, se você não trabalha isso, você exclui a sexualidade da criança."
Para preencher o que veem como "lacuna" nas escolas, algumas ONGs e institutos oferecem atividades para crianças e treinamento para professores sobre educação sexual.
A própria Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) lançou uma cartilha mundialgrupo real bet2010 com uma "Orientação Técnica Internacional sobre Educaçãogrupo real betSexualidade" para ser usada como base nas escolas.
A BBC Brasil consultou especialistas e preparou uma lista com estratégias que podem ser adotadas para ensinar educação sexual para crianças.
1) Reconhecimento do corpo: diferenças entre meninos e meninas
A primeira coisa que pode ser ensinada às crianças é o reconhecimento do corpo delas e as diferenças entre os meninos e as meninas. "Passamos para as crianças a ideiagrupo real betque os corposgrupo real betmenino e menina são diferentes e aí trabalhamos a questão do respeito", explica Vilela. "Na hora que ela perceber que não está sendo respeitada, significa que é para parar ali."
Para Vilela, o tema é um forte tabu para muitos pais. "Quando eles sabem que os professores estão falando algo para os filhos sobre sexo, eles já acham que os filhos vão começar a transar e ficam preocupados. Há uma grande resistência."
"O reconhecimento do corpo não vai fazer nenhum mal para as crianças, só vai fortalecê-las."
Emgrupo real betcartilha, a Unesco diz que "pesquisasgrupo real bettodo o mundo indicam claramente que a educação sexual raramente leva a um início sexual precoce, se é que o faz".
"A educação sexual pode levar a um comportamento sexual mais tardio e mais responsável, ou pode não ter nenhum impacto discernível sobre o comportamento sexual", diz o documento.
Vilela afirma ainda que é importante também ensinar a criança a cuidargrupo real betseu corpo. "O objetivo é fazer essa criança se tornar uma pessoa autônoma nesses cuidados. Quanto menos ela precisargrupo real betalguém que a limpe, que a lave, menos exposta ela vai estar e mais autonomia ela tem."
2) O que pode e o que não pode, partes do corpo que são 'públicas' e outras que são 'privadas'
Outra questão importante é explicar para a criança quais partes do corpo podem ser tocadas e quais não podem. "Elas precisam entender o conceitogrupo real betpúblico e privado. Entender que essas partes privadas do corpo, as pessoas não podem tocar", disse a educadora do Instituto Kaplan.
Vítimagrupo real betabuso na infância, a nadadora Joanna Maranhão trabalha essa questãogrupo real betatividades que promove com a ONG que fundou, a Infância Livre.
"A gente tem que explicar que existem partes que podem e outras que não podem ser tocadas, a não ser que seja por um médico ou pelo pai e pela mãe por causagrupo real betalgum exame", disse Joanna à BBC Brasil.
"Tem até um joguinho, um pingue-pongue que eu faço com as crianças mostrando: mão aqui pode, mão aqui não pode. E tem vezes que tem menino que confunde, que acha que pode. Tem como sergrupo real betuma forma lúdica, mas ao mesmo tempogrupo real betuma forma séria."
3) O dono do seu corpo é você
Alémgrupo real betensinar o reconhecimento do corpo à criança, é preciso também passar para ela a ideiagrupo real betque aquele corpo tem um dono.
"Seu corpo é seu: ninguém pode tocá-lo semgrupo real betpermissão. Estabelecer uma comunicação direta com as crianças logo cedo sobre as partes privadas do corpo, usando os nomes corretos para as genitais, vai ajudar as crianças a entender o que é permitido para adultos que estejamgrupo real betcontato com eles. E vai ajudar a identificar comportamentos abusivos", diz a cartilha elaborada pelo Conselho da Europa para defesa dos Direitos Humanos sobre o tema.
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"Elas precisam entender o funcionamento desse corpo, que ele tem sensibilidade, tem sensações, que essas sensações podem ser gostosas, mas podem também não ser. Vale pra qualquer parte do corpo. Carinho é uma coisa que a gente só recebe quando quiser", afirmou Vilela.
4) Estratégia: não gostou? Conte para alguémgrupo real betconfiança
Outra medidagrupo real betproteção contra abusos é conscientizar as criançasgrupo real betque, caso alguém faça alguma coisa que elas não gostem, é preciso contar isso para uma pessoagrupo real betconfiança.
"Vá embora! Conte. Essa é uma das estratégias que devem ser ensinadas às crianças para que elas estejam preparadas a dizer 'não' a contatos físicos que julgarem inapropriados e para fugirgrupo real betsituações pouco seguras. Além disso, elas precisam contar o que aconteceu a um adultogrupo real betsua confiança o quanto antes", é a orientação da cartilha europeia.
Muitas vezes, o abusador da criança é alguém muito próximo, da família até. Sendo assim, é importante também que os adultos próximos estejam preparados para ouvir o que a criança tem a dizer e não desacreditá-la logogrupo real betcara.
"Esse é um trabalho ainda mais complicado, com o adulto. Ele precisa dar ouvidos à criança", diz Vilela.
"Porque geralmente (o abuso) é com uma pessoa próxima. A reação dos pais normalmente é 'não seja mal educado'. O adulto precisa estar atento à mudançagrupo real betcomportamento da criança e, quando ela fizer a queixa, investigargrupo real betvezgrupo real betlogo desacreditá-la", concluiu Vilela.