'Só volto para casa se quiser morrer': o drama das centenassonhador da sorte bet appdesabrigadossonhador da sorte bet appPetrópolis:sonhador da sorte bet app

Ela estava forasonhador da sorte bet appcasa quando o temporal caiu e só conseguiu chegar até lá dois dias depois, porque asonhador da sorte bet apprua ruiu.

"Minha casa ainda está inteira, só caiu o muro. Mas abriram três craterassonhador da sorte bet appvolta dela, e caiu uma barreira na casa do meu vizinhosonhador da sorte bet appcima, e ela pode vir para cima da minha", explicou Yasmin sobre a decisãosonhador da sorte bet appprocurar abrigo na escola onde um dia trabalhou.

"Não tem como voltar, é muito assustador."

Apesar da situação, ela encontra forças para dizersonhador da sorte bet apptomsonhador da sorte bet appbrincadeira que a moradia improvisada está "até melhor" do que antes. "Estou comendo presunto e queijo todo dia, teve pizza no jantarsonhador da sorte bet appontem. Quem diria eu jantando pizza…"

A vida já andava apertada antes do desastre, porque as festas que ela organizava minguaram com a pandemia, e os bicossonhador da sorte bet appfaxineira são muito inconstantes.

Sem casa e trabalho, Yasmin volta à dura realidade quando a reportagem pergunta se ela já tinha alguma ideia do que faria para sair dali.

"Não tinha pensado nisso ainda", disse ela, olhandosonhador da sorte bet appseguida para frente,sonhador da sorte bet appsilêncio. Depoissonhador da sorte bet appalguns segundos, ela respondeu: "Vou ter que voltar a me prostituir…".

"Se eu perdi tudo, é porque eu tinha alguma coisa. Não cheguei aqui à toa. Foi com muito trabalho e esforço, passei poucas e boas, então, vou conseguirsonhador da sorte bet appnovo."

Por enquanto, Yasmin segue morandosonhador da sorte bet appuma das salassonhador da sorte bet appaula que já limpou e, agora, divide com mais cinco famílias. Ela passa o dia circulando para cima e para baixo da escola com um carrinhosonhador da sorte bet appsupermercado carregando cobertores, roupas e outros produtos para ajudar os outros desabrigados.

A Papa João Paulo 2º foi uma das 19 escolas da cidade transformadassonhador da sorte bet apppontossonhador da sorte bet appapoio para as vítimas do desastre. Elas conseguem roupas, refeições, alimentos, produtos essenciais e, para quem perdeu a casa, um teto.

No momento da visita da BBC News Brasil, havia 180 pessoas abrigadas na escola. Entre elas, estavam maissonhador da sorte bet app50 crianças, e algumas delas sozinhas, porque tinham perdido os pais na tragédia.

Os quatro netos da costureira Silvia Regina Bernardo,sonhador da sorte bet app47 anos, estão morando ali desde a madrugadasonhador da sorte bet appquarta-feira, junto com a avó, a mãe, o pai e dois tios. A família inteira agora divide uma salasonhador da sorte bet appaula com outras 13 pessoas.

'Parecia um campo minado'

Silvia conta que eles decidiram abandonarsonhador da sorte bet appcasa depois que um deslizamento derrubou a parede do quarto, e o lugar começou a ser tomado por lama.

Ela relata que eles precisaram arrombar o basculante do banheiro para escapar para o terreno vizinho. Foi quando caiu a segunda barreira, que atingiu um barracão e desceu destruindo tudo.

"Ficamos encurralados", lembrou Silvia. No sufoco, eles conseguiram passar. E, então, aconteceu o terceiro deslizamento.

Ela conta que ainda houve um quarto, um quinto e, talvez, um sexto. "Parecia um campo minado."

Até que, finalmente, a família conseguiu chegar à escola para se abrigar.

Silvia lembra que,sonhador da sorte bet app2013, houve deslizamentos onde ela mora e que ela chegou a ser cadastrada para ganhar um auxílio financeiro e se mudar dali.

"Mas nunca recebi o aluguel social, e não tinha como pagar aluguelsonhador da sorte bet appoutro lugar", diz ela, explicando porque continuou na casa que ela tinha comprado.

"Agora, nem se quiser eu posso voltar. A casa ficou toda arrebentada, e tem uma telasonhador da sorte bet appuma obrasonhador da sorte bet appcontenção que, se romper, morre todo mundo. Só volto para casa se quiser morrer."

Mas a costureira também não sabe até quanto vai ficar na escola nem para onde todos irão. "Onde vou encontrar uma casa? Está tudo destruído…"

Anderson Ventura,sonhador da sorte bet app40 anos, também não tem mais para onde voltar. A casa onde ele vivia foi soterrada por um deslizamentosonhador da sorte bet appterra. "Não tem como eu ir para lá", lamenta.

Ele estava ali na tempestade, mas decidiu sair depois que uma vizinha pediu ajuda porque onde ela morava estava sendo inundado.

Anderson conta que quebrou uma parede para escoar a água e, depois, foi ajudar uma outra vizinha mais velha que vivia mais para baixo.

"Mas ela não quis sairsonhador da sorte bet appcasa e disse para eu ir me abrigar que ela estavasonhador da sorte bet appum lugar alto", disse ele.

Anderson lembra que uma barreira caiu bem atrás dele quando estava voltando para casa.

Chegando lá, ele subiu na laje e ouviu um estrondo. A vizinha que ele tinha ajudado gritou: "Sai daí, tá descendo tudo!".

"Eu nem pensei na hora, pulei e saí correndo, sentindo muita dor, com lama até o peito, mas consegui chegarsonhador da sorte bet appum lugar seguro", disse.

Ao receber atendimento médico, Anderson descobriu que tinha quebrado as duas pernas.

Agora, ele se recupera na escola, onde circulasonhador da sorte bet appuma cadeirasonhador da sorte bet approdas e ficou conhecido pela ajuda que prestou aos vizinhos.

Em meio a tanta tragédia, esse é o seu consolo. "Fui um herói", disse ele com orgulho.

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