Temperatura para impeachmentbambu corinthiansBolsonaro 'vai esquentando', diz vice-presidente da Câmara:bambu corinthians

Crédito, Agência Câmara

Legenda da foto, Ramos pediu a Arthur Lira acesso aos maisbambu corinthians120 pedidosbambu corinthiansimpeachment contra Bolsonaro

"Sebambu corinthiansalgum momento eu virar presidente interino, aí eu terei que fazer a segunda análise: a análise se juridicamente é possível que eu tome essa atitude (sendo presidente interino da Câmara) e a análise se politicamente cabe dentrobambu corinthiansquem exerce provisoriamente a Presidência da Câmara acatar um pedidobambu corinthiansimpeachment", acrescenta.

Para Ramos, não há clima ou votos para impeachment no momento, mas a temperatura "vai esquentando". Nas últimas semanas, cresceu o desgastebambu corinthiansBolsonaro devido a denúnciasbambu corinthianspossíveis esquemasbambu corinthianscorrupção na aquisiçãobambu corinthiansvacinas — o que o presidente nega.

Além disso, aumentaram os protestosbambu corinthiansrua a favor do impeachment, inicialmente liderados por movimentosbambu corinthianscentro-esquerda. Agora, gruposbambu corinthiansdireita, como o Movimento Brasil Livree, também decidiram convocar atos pela cassaçãobambu corinthiansBolsonaro para setembro.

"Eu acho que hoje não tem clima, não tem votos suficientes, mas a água que estava fria, ainda não está fervendo, mas já esquentou", disse Ramos à BBC News Brasil.

"A população começa a se mobilizar, começa a cobrar a Câmara dos Deputados. O presidente avança sobre a autonomia e independência da Câmara dos Deputados. Avança sobre as regras democráticas que preveem eleição no ano que vem (com as acusações sem provabambu corinthiansBolsonaro sobre fraude na urna eletrônica) e, obviamente, que a temperatura vai esquentando", reforçou.

Bolsonaro acusou Ramosbambu corinthiansser o responsável pela aprovação do fundãobambu corinthiansR$ 5,7 bilhões, que foi incluído na Leibambu corinthiansDiretrizes Orçamentárias (LDO) aprovada no Congresso. Segundo o presidente, o deputado teria evitado que um destaque apresentado pelo partido Novo para excluir o fundão da LDO fosse votado nominalmente (sistemabambu corinthiansque o votobambu corinthianscada parlamentar fica registrado).

Como o destaque foi derrubadobambu corinthiansvotação simbólica (sem registro individual dos votos), todos os deputados que votaram a favor da LDO estão sendo cobrados pelo apoio ao fundão, inclusive o filho do presidente, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

"Os parlamentares aprovaram a LDO. É um documento enorme, com vários anexos. Tem muita coisa lá dentro. Muitos parlamentares tentaram destacar essa questão (fudão eleitoral). O responsável por aprovar isso é o Marcelo Ramos lá do Amazonas. Ele que fez isso tudo", afirmou Bolsonaro, no domingo.

Na entrevista, o vice-presidente da Câmara rebateu as críticas do presidente e disse que os líderes do seu governo no Congresso que articularam o fundãobambu corinthiansR$ 5,7 bilhões, mais que o triplo do valor das últimas eleições,bambu corinthianscercabambu corinthiansR$ 1,7 bilhão.

Ramos desafiou Bolsonaro a vetar o valor aprovado no Congresso (veto que depois pode ser derrubado ou mantido no Parlamento) e repudiou a possibilidadebambu corinthiansuma "acordão" para aprovar no lugar um fundãobambu corinthiansR$ 4 bilhões. O novo montante estaria sendo articulado pela base do governo no Congresso, segundo o jornal Folhabambu corinthiansS. Paulo.

Confira a seguir os principais trechos da entrevista concedida na terça-feira (20/7).

bambu corinthians BBC News Brasil - O presidente Jair Bolsonaro indicou a intençãobambu corinthiansvetar os R$ 5,7 bilhões aprovados no Congresso para o fundão eleitoralbambu corinthians2022. E o jornal Folhabambu corinthiansS. Paulo diz que a base do governo estaria articulando um novo valorbambu corinthiansR$ 4 bilhões. O senhor acha que esse é um caminho intermediário para a crise ou o Congresso deve derrubar o veto presidencial, caso se confirme?

bambu corinthians Marcelo Ramos - Não, a sociedade brasileira não vai aceitar um acordãobambu corinthiansR$ 4 bilhões. O fundo hoje ébambu corinthiansR$1,7 bilhão. R$ 4 bilhões é mais do que o dobro do valor atual, e a sociedade não aceita R$ 5,7 bilhões, como não aceita R$ 4 bilhões. Eu sei que a palavra dele (Bolsonaro) não vale muito, mas ele precisa cumprirbambu corinthianspalavra, fazer o veto total e devolver pra Câmara para que a Câmara democraticamente tome abambu corinthiansdecisão, inclusive lembrando que, se o veto chegar na Câmara, o voto será obrigatoriamente nominal (o votobambu corinthianscada deputado ficará registrado e aberto para a sociedade).

Então, esse tipobambu corinthiansacordão não faz bem, e eu começo a suspeitar que eu fui vítimabambu corinthiansuma grande armação. De que o presidente já arrumou pra aprovar esses R$ 5,7 bilhões com um acordo preconcebidobambu corinthiansbaixar para R$ 4 bilhões e ainda aparecer como bom moço. Eu tenho sérias suspeitasbambu corinthiansque eu fiquei no meiobambu corinthiansuma grande armação orquestrada pelo presidente da República.

bambu corinthians BBC News Brasil - Essa informação sobre um acordo para o fundão receber R$ 4 bilhões é do jornal Folhabambu corinthiansS. Paulo. O presidente não falou publicamente nesse valor. Esta negociação está acontecendo nos bastidores?

bambu corinthians Ramos - Está claro pelo que a gente ouve nos bastidores que estão tentando construir um acordão, mas o povo brasileiro não vai aceitar acordão. O presidente, repito, tem que cumprir a palavra dele. Tem que fazer o veto total da proposta. E não adianta fazer o veto total e depois mandar outro projeto pra colocar R$ 4 bilhões no fundão, porque o povo não é bobo.

Crédito, EPA

Legenda da foto, Bolsonaro acusa Ramosbambu corinthiansser o responsável pelo fundãobambu corinthiansR$ 5,7 bilhão, enquanto o deputado diz que valor foi acordado por líderes do governo sembambu corinthiansparticipação

bambu corinthians BBC News Brasil - O senhor estava presidindo a sessão que aprovou o aumento do fundão eleitoral e tem argumentado que simplesmente colocoubambu corinthiansvotação a LDO da forma como foi articulada pelos próprios líderes do governo. Por que não houve votação nominal do destaque que buscava retirar o fundãobambu corinthiansR$ 5,7 bilhões da LDO? Como foi uma votação simbólica, isso impediu a sociedadebambu corinthianssaber quembambu corinthiansfato estava contra e a favor. Não é direito da sociedade saber?

bambu corinthians Ramos - Eu vou separarbambu corinthiansduas partes a resposta. Primeiro, uma resposta técnica. Pelo regimento da Câmara, depoisbambu corinthiansuma votação nominal você tem um interstíciobambu corinthiansuma hora para o pedidobambu corinthiansuma nova votação nominal. Acontece que os líderes, orientados pelo governo, pediram a votação nominal no texto principal da LDO justamente para fugir da votação nominal no texto do destaque do partido Novo (destaque que pedia a votação nominal). Então, não foi feito nominal porque estava dentro do interstício.

Alémbambu corinthiansestar dentro do interstício, a votação nominal ocorre quando há dúvidas sobre o resultado da votação. Quando o painel na votação simbólica está dividido, pode pedir verificação. Só que,bambu corinthianstodos os partidos da Câmara, só cinco partidos encaminharam a favor do destaque do Novo: o Novo, o PSOL, o Podemos, o Cidadania e a Rede. São menosbambu corinthians50 deputadosbambu corinthians513. Todos os outros partidos, inclusive a liderança do governo, encaminharam contra o destaque do Novo, portanto, a favor do fundão.

Então, a sociedade tem como saber sim como cada um votou. Se o PSL (partido do deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente) encaminhou a favor do fundão e não houve protesto (do PSL contra a votação simbólica) durante a votação, todos os deputados representados pela liderança do PSL votaram contra o destaque do Novo. E assim vale para todos os partidos.

bambu corinthians BBC News Brasil - Após ter recebido críticas duras do presidente Jair Bolsonaro, o senhor pediu a análise dos maisbambu corinthians120 pedidosbambu corinthiansimpeachment que estão na mesa do presidente da Câmara, Arthur Lira. Qual é exatamente seu objetivo com essa análise? O senhor cogita dar abertura a um processobambu corinthiansimpeachment quando estiver interinamente na Presidência da Câmara?

bambu corinthians Ramos - Eu vou chegar nisso, só quero dizer antes qual foi o meu papel nesse processo (de aprovação do novo fundão). Eu sou leal até com quem não é leal com ninguém, como o presidente Bolsonaro. No texto que ele encaminhou da LDO para o Congresso Nacional, não havia essa previsãobambu corinthiansfundão.

Na Comissão Mistabambu corinthiansOrçamento (CMO), que eu não faço parte, não participeibambu corinthiansnenhuma reunião, não participeibambu corinthiansnenhum acordo com os líderes do governo e dos partidos da base, fizeram um acordo e o relator (da LDO),bambu corinthianscumprimento desse acordo, incluiu o fundão no seu relatório que foi à votação no plenário, certo?

No plenário, o meu papel é apenasbambu corinthianscoordenação dos trabalhos, eu nem voto, eu não oriento o voto (como os líderes dos partidos), eu não escolho como cada deputado vota. Naquele dia, eu abri a sessão do Congresso 11h da manhã e levantei da mesa 1h30 da manhã, trabalhando para ajudar o governo numa pauta importante pro país, para ser vítimabambu corinthiansuma deslealdade como a que o presidente fez.

Em relação a pedidobambu corinthiansimpeachment, eu possobambu corinthiansalgum momento ocupar interinamente a Presidência da Câmara, se o presidente Arthur Lira viajar ou se ele assumir provisoriamente a Presidência da República na ausência do presidente (Bolsonaro) e do vice (Hamilton Mourão). Se eu assumir, eu vou ser questionado sobre os pedidosbambu corinthiansimpeachment. Então, eu quero primeiro os pedidos para que eu avalie a existência ou nãobambu corinthiansindíciosbambu corinthianscrimebambu corinthiansresponsabilidade. Essa é a primeira análise.

Sebambu corinthiansalgum momento eu virar presidente interino, aí eu terei que fazer a segunda análise: a análise se juridicamente é possível que eu tome essa atitude (sendo presidente interino da Câmara) e a análise se politicamente cabe dentrobambu corinthiansquem exerce provisoriamente a Presidência da Câmara acatar um pedidobambu corinthiansimpeachment.

Eu trato as minhas coisas com muita prudência: impeachment não é uma matéria que você aceite ou rejeite por vingança, por simpatia ou antipatia com quem quer que seja. Impeachment é algo sério na vida do país, e eu vou tratar com a seriedade que o tema exige. Agora, eu tenho deverbambu corinthiansconhecer os pedidos ebambu corinthiansestar preparado para, o casobambu corinthiansassumir interinamente a presidência, poder me manifestar sobre eles.

Crédito, Agência Câmara

Legenda da foto, Ramos conversa com Arthur Lira; presidente da Câmara tem bloqueado pedidosbambu corinthiansimpeachment

bambu corinthians BBC News Brasil - O senhor, então, não está descartando que pode abrir um processobambu corinthiansimpeachment a depender dessa avaliação jurídica e política?

bambu corinthians Ramos - Acatar pedidobambu corinthiansimpeachment a priori, sem nenhuma justificativa, é tão equivocado quanto negar a priori. Pedidobambu corinthiansimpeachment, se chegou, tem que analisar os pressupostos jurídicos e políticos e decidir o que fazer. Eu não sou da tesebambu corinthiansacatar ou rejeitar pedidobambu corinthiansimpeachment sem nem ler e nem sem ter a oportunidade concretabambu corinthianster que tomar essa decisão.

bambu corinthians BBC News Brasil - O presidente Arthur Lira e outros deputados, até mesmobambu corinthiansoposição, têm dito que não tem clima para impeachment, que não há votos suficientes para aprovar. O senhor concorda? Está havendo alguma mudança nessa tendência?

bambu corinthians Ramos - Eu acho que hoje não tem clima, não tem votos suficientes, mas a água, que estava fria, ainda não está fervendo, mas já esquentou A população começa a se mobilizar, começa a cobrar a Câmara dos Deputados. O presidente avança sobre a autonomia e independência da Câmara dos Deputados. Avança sobre as regras democráticas que preveem eleição no ano que vem e, obviamente, que a temperatura vai esquentando.

bambu corinthians BBC News Brasil - Muitos analistas políticos atribuem o apoio que Bolsonaro mantém no Congresso às chamadas emendasbambu corinthiansrelator, adotadas pela primeira vez no ano passado, que permitem aos parlamentares destinar bilhõesbambu corinthiansreais da União a suas bases eleitorais. Os críticos dessa novidade dizem que é uma forma pouco transparentebambu corinthianso governo conseguir apoio do Congresso e alguns até consideram que é uma formabambu corinthians"comprar" esse apoio. Nabambu corinthiansavaliação, ébambu corinthiansfato isso que está garantindo o apoio ao governo?

bambu corinthians Ramos - Primeiro quero dizer que não sou contra elas por essência. Acho totalmente legítimo que um deputado busque recursos para ajudar a cidade, o Estado que ele representa. Agora, como é uma novidade, nós precisamos avançar nos mecanismosbambu corinthianstransparência. Tem que ter critériobambu corinthiansdistribuição e tem que ter a digitalbambu corinthiansquem está recebendo e para que foi. Não dá pra ser uma distribuição sem transparência, mas eu acho que é um instrumento importante do exercício do mandato parlamentar e tambémbambu corinthiansdescentralização dos investimentos na União nos maisbambu corinthianscinco mil municípios brasileiros.

Eu prefiro dizer, pelo que conheço da grande maioria dos deputados, que o que faz os deputados ajudarem o governo, o governo conseguir aprovar pautas (no Congresso), é o desejobambu corinthiansajudar o país. Eu sempre fui um crítico do presidente Bolsonaro, desde o meu primeiro diabambu corinthiansmandato, mas eu não fiz dessa crítica um instrumento para inviabilizar a Reforma da Previdência, que eu presidi (a comissão especial que debateu a reforma) porque ela é importante para o país.

Eu não fiz dessa antipatia um instrumento para inviabilizar a PEC Emergencial, quando eu presidi a sessão do Congresso Nacional que aprovou. A grande maioria dos deputados como eu quer ajudar o país, mas espera do presidente uma atitudebambu corinthianslealdade,bambu corinthiansrespeito à independência e harmonia entre os poderes,bambu corinthianspreocupação com o que é essencial pra vida do país.

Nós estaríamos aqui falandobambu corinthiansoutra coisa se o presidente saísse do hospital e, na coletiva dele, dissesse: "Olha, eu quero mandar uma mensagembambu corinthiansesperança pro povo brasileiro, daquibambu corinthiansdiante nós vamos colocar a vacina no braçobambu corinthianstodo mundo, nós vamos aprovar as reformas que o país precisa para os negócios voltarem a prosperar e os empregos voltarem a aparecer, nós vamos tocar rápido o novo Bolsa Família pra que quem não tem emprego tenha pelo menos o mínimobambu corinthiansdignidade e colocar comida nabambu corinthiansmesa".

Era essa mensagem que a gente esperava do presidente da República, era essa mensagem que pacificaria o país, se uniria todobambu corinthianstorno dele. Mas ele sai do hospital cheiobambu corinthiansódio, cheiobambu corinthiansdesejobambu corinthiansdividir o país, porque ele não sabe governar. Como ele não sabe governar, ele precisabambu corinthiansuma crise a cada momento para alimentar essa passagem dele pela Presidência da República.

bambu corinthians BBC News Brasil - O senhor, por exemplo, recebeu recursos das emendasbambu corinthiansrelator? Poderia dizer quanto e qual foi a destinação, já que não há um acesso público a isso?

bambu corinthians Ramos - Eu recebi recursos no ano passado e fiz questãobambu corinthianspublicar nas minhas redes sociais cada centavo meu recebido e para que município foi destacado. Então, eu recebi recursos, não recebi dessas emendas secretas. Todos os recursos que eu recebi têm lá minha digital e o meu nome ficando claro que foi destinado ao município por indicação minha.

bambu corinthians BBC News Brasil - Recursos dentro das emendas do relator?

bambu corinthians Ramos - Eu sinceramente não sei dentrobambu corinthiansonde, porque isso é tratado pelos líderes partidários, e eu não sou líder do meu partido. Então, o líder comunica você que tem tantobambu corinthianstal ministério e você indica os municípios que vão ser beneficiados. Eu não sei sinceramentebambu corinthiansonde que veio. O que eu sei é que todas as minhas têm a minha digital, tem o valor e tem o município que foi beneficiado.

bambu corinthians BBC News Brasil - No caso do senhor e dos parlamentares do PL, por exemplo, quantobambu corinthiansmédia foi recebido?

bambu corinthians Ramos - Eu imagino que por voltabambu corinthiansuns R$ 30 milhõesbambu corinthiansmédia.

bambu corinthians BBC News Brasil - Voltando ao tema do fundão: o ministro das Comunicações, Fábio Faria, questionou o valorbambu corinthiansR$ 5,7 bilhões dizendo que uma das críticas ao voto impresso é que não haveria os R$ 2 bilhões necessários para implementação dessa novidade na urna eletrônica. Como vê esse tipobambu corinthianscrítica? Nabambu corinthianspercepção, qual o clima na Câmara para aprovar ou não o voto impresso?

bambu corinthians Ramos - Eu gosto do deputado Fabio Faria, é um amigo fraterno, e torço muito pela gestão dele à frente do ministério. O deputado Fábio Faria se apaixona muito rápido e trocabambu corinthianspaixão muito rápido. Com o mesmo entusiasmo que ele defendeu o governo no passado, ele defende esse governo, legitimamente.

Mas o debate sobre o voto impresso não é um debatebambu corinthiansquanto custa. O debate sobre o voto impresso é um debatebambu corinthiansum retrocesso a um sistemabambu corinthiansvotação (anterior ao) consolidado desde 1996, que nunca teve um indício sequerbambu corinthiansfraude, e que propõe um modelo que pode criar uma contradição insanável. Porque, veja, o momentobambu corinthiansdigitar o voto é secreto. Se o cidadão disser que digitou 40 e imprimiu 45, não tem como verificar se verdadeiramente ele digitou 40.

Agora, imagina um candidato mandando todos os seus correligionários paras as urnas fazer esse tipobambu corinthiansconfusão. Nós vamos criar o caos na eleição. Então, é uma matéria que na minha opinião, mais do que qualificar o desejo legítimo do processo eleitoral (ser aperfeiçoado), ela é muito mais uma tentativabambu corinthiansdesfocar o país do que é importante.

Eu me angustiobambu corinthiansir pra Câmara discutir voto impresso, se vai ter eleição ou se não vai ter eleição. Eu fico imaginando o cidadão desempregadobambu corinthianscasa, o cidadão que não tem um pratobambu corinthianscomida na mesabambu corinthianscasa, um empresário que está desesperado porque está vendo seu negócio se inviabilizar por conta da pandemia. Eu imagino esse cara ligar a televisão e assistir a Câmara discutindo voto impresso e se vai ter eleição ou não vai ter eleição.

Não é isso que o Brasil precisa. O que o Brasil precisa ébambu corinthiansmedidas que garantam a vacina no braço das pessoas, que garantam emprego e que garantam comida na mesa das pessoas. Esse é o nosso desafio e é nisso que nós precisamos nos concentrar. Eu espero que o presidente parebambu corinthiansatrapalhar um pouco pra que a gente toque o que é importante para o país.

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