OnlyFans:roleta do raioimagens sensuais a sexo explícito, brasileiros contam como ganham dinheiro se exibindo:roleta do raio

Durante a pandemiaroleta do raiocovid-19, muita gente viu no site uma salvação financeiraroleta do raiomeio à crise, e o númeroroleta do raiousuários cresceu exponencialmente. O OnlyFans afirma ter hoje maisroleta do raio130 milhõesroleta do raiomembros no mundo — eram 20 milhões antes do coronavírus —, e maisroleta do raio1,25 milhão deles são criadoresroleta do raioconteúdo. Atualmente, 500 mil novos usuários se inscrevem diariamente, diz a empresa à BBC News Brasil.

Há criadores que conseguem ganhar muito dinheiro, segundo o OnlyFans. O site estima que maisroleta do raio300 pessoas já receberam maisroleta do raioUS$ 1 milhão (cercaroleta do raioR$ 5 milhões).

Mas, por trás da ilusãoroleta do raiodinheiro fácil, há uma rotinaroleta do raiotrabalho intenso, na busca por formas para agradar os assinantes, além do risco do vazamento indevidoroleta do raioimagens pessoais. Isso demanda uma atenção extra com as políticas da plataforma e às mudanças que ela pode fazer no modeloroleta do raionegócios, o que pode afetar quanto dinheiro entra na contaroleta do raioquem divulga conteúdo por lá.

O crescimento do OnlyFans

Em reportagem recente do Financial Times, o OnlyFans informou queroleta do raioreceita cresceu 553% entre janeiro e novembroroleta do raio2020. Os usuários gastaram US$ 2,36 bilhões no site, um aumentoroleta do raiosete vezes desde o início da pandemia, nos primeiros mesesroleta do raio2020.

Esse sucesso é uma convergência entre exibicionismo, transformação do corporoleta do raiomercadoria e consequências da crise econômica na pandemia, diz Clotilde Perez, professora da Escolaroleta do raioComunicação e Artes da Universidaderoleta do raioSão Paulo (USP).

"Muitos quiseram unir o útil ao agradável: exponho meu corpo por meioroleta do raiouma expressão fetichista, transformando o corporoleta do raiomercadoria sem julgamento, e ainda ganho dinheiro com isso durante a pandemia", diz Perez à BBC News Brasil.

Foi justamente na pandemia que Cezar passou a usar a plataforma, enquanto continuou no emprego. Ele diz que vislumbrou a possibilidaderoleta do raioganhar dinheiro dessa forma quando passou a publicar fotos sensuais emroleta do raioconta no Twitter e viu o númeroroleta do raioseguidores quadruplicarroleta do raioum ano.

"Eu não ganhava dinheiro (no Twitter), era só 'biscoitagem' (exibição) e nada muito explícito. Mas vi que o pessoal gostou. Muitos fãs pediram para criar um perfil no OnlyFans. Eu tinha um poucoroleta do raiopreconceito. Relutei muito", diz Cezar.

Ele conta que mudouroleta do raioideia ao ver famosos aderindo ao OnlyFans e,roleta do raionovembro passado, passou a produzir imagens para o site com a ajudaroleta do raioum fotógrafo e alguns conteúdos com nudez explícita.

Com o tempo, passou a planejar publicações conforme os pedidos dos fãs e diz que isso ajudou também a atrair novos assinantes. "Eu postava uma prévia no Twitter, e o pessoal acabava assinando", lembra.

Cezar diz que chegou a ter 150 assinantes. As mensalidades variavamroleta do raioUS$ 10 (cercaroleta do raioR$50) a US$ 13 (cercaroleta do raioR$ 65), além das eventuais gorjetas.

Ele conta que seus relatos sobre o OnlyFans no Twitter incentivaram algunsroleta do raioseus seguidores a criar seus próprios perfis. "Muitos vieram pedir informação, perguntar como funcionava, como se inscrevia. Até meninas, mas para muitas delas acaba sendo mais complicado pelo machismo", conta Cezar.

Ele diz ter ouvido alguns comentários sobre esse seu trabalho na cidade onde mora, Umuarama, no interior do Paraná. "As pessoas pensavam: nossa, ele está no OnlyFans. Mas, depois viram que deu certo, que estava rendendo dinheiro, e entenderam e apoiaram", comenta.

Escritora e produtoraroleta do raioconteúdo adulto

Para evitar comentáriosroleta do raioconhecidos, há criadores que não falam abertamente sobre o assunto, como a escritora Lara,roleta do raio28 anos, que começou na plataformaroleta do raiojaneiro deste ano. Ela assumiu esse nome para esse trabalho. Sua família não saberoleta do raionada.

"Meus amigos e parceiros sabem. Minha namorada é quem tira 90% das minhas fotos, mas não quero ter essa conversa (com a família) se não precisar", diz.

Lara tem emprego fixoroleta do raioSão Paulo e usa o OnlyFans para complementar a renda. "Ganho entre R$ 1 mil e R$ 2 mil por mês (com o site)", afirma. Hoje, ela conta que dedicaroleta do raiotrês a quatro horas diárias à criaçãoroleta do raioconteúdo e interação com centenasroleta do raiofãs.

Ela ficou desempregada durante alguns meses no último ano. Mas, ao contrárioroleta do raiomuitos que recorreram ao OnlyFans por dificuldades financeiras na pandemia, preferiu se restabelecer profissionalmente.

"Eu pensava: se fizer só porque estou precisando do dinheiro, talvez faça do jeito errado. Então, amadureci a ideia, fiquei pensando para entender o tiporoleta do raioconteúdo que se produzia e o que eu poderia fazer", conta.

Militante dos movimentos pela celebraçãoroleta do raiocorpos diversos e LGBT, Lara afirma que já estava acostumada a se expor na internet. Logo que criou o perfil no OnlyFans, compartilhou fotosroleta do raiolingerie e praticando pole dance, como faziaroleta do raiooutras redes.

Conforme ganhou experiência, ajustou seu conteúdoroleta do raioacordo com os pedidos dos assinantes. "Comecei a produzir algumas coisas mais explícitas sob demanda, para fidelizar os clientes", conta.

Ela criou uma tabelaroleta do raiopreçosroleta do raioseu perfil: uma foto sensual custa US$ 5, e um vídeo personalizadoroleta do raiostrip tease, o item mais caro, US$ 12. "Estou constantemente perguntando para a audiência o que procuram, para ver o que posso oferecer que está dentro dos meus limites", diz.

Lara acredita que o contato com os assinantes é uma das partes mais importantes do trabalho. "Mantenho o OnlyFans sempre aberto no meu celular para ir checando para ver se tem gente nova. Mando mensagem para quem se inscreve, agradeço comentários, troco ideia."

Ela busca por novos assinantes dentro do próprio OnlyFans, por meioroleta do raiooutras criadorasroleta do raioconteúdo. Elas fazem acordos e divulgam umas as outras para seus fãs.

Enquanto muitos optam por manter o perfil apenas para assinantes, Lara permanece por enquanto comroleta do raiopágina gratuita e ganha dinheiro com conteúdos personalizados. "Há fãs que compram tudo, e sei que se eu resolver focar num perfil fechado, que é meu plano, essas pessoas vão acompanhar", afirma Lara. "Estou apostando muitoroleta do raiomelhorar o conteúdo e para crescer."

Para Lara, uma das principais vantagens são os pagamentosroleta do raiodólares. "Você pode cobrar baixo e mesmo assim ganhar bastante", diz. Ela conta que seu público é formado majoritariamente por usuários do exterior.

"Acho que só tem esse movimento tão granderoleta do raiobrasileiras produzindo para o OnlyFans porque é um site gringo", diz. "Quando você está lidando com pessoas do Brasil, pensa: 'putz, essa pessoa pode pegar o carro e vir até minha casa'. Isso dá medo."

'É o trabalho perfeito'

Entre os que se exibem no OnlyFans, há pessoas que trabalham com conteúdo sexual na internet há anos e têm na plataforma uma nova oportunidade para faturar, como Emanuelly Raquel, que começou a fazer showsroleta do raiowebcam aos 18 anos. Na época, ela se exibia por meio do extinto programaroleta do raiomensagens MSN.

"Comecei porque é uma coisa que eu gosto, e me identifiquei desde o princípio. Para mim, é o trabalho perfeito", afirma ela, que hoje tem 31 anos.

Emanuelly, que moraroleta do raioBalneário Camboriú,roleta do raioSanta Catarina, diz que criou esse nome fictício para manterroleta do raioprivacidade. Ela relata que a família e os amigos sabem do trabalho erótico. "Tenho muita sorte, porque nunca sofri preconceito. Às vezes, leio algum comentário ruim na internet, mas lidoroleta do raioforma tranquila com isso", diz.

No passado, ela diz que buscava clientesroleta do raiosalasroleta do raiobate-papo. Quando alguém se interessava, acertava um show no MSN. Depois, migrou para outros sites, e, no fimroleta do raio2020, passou a focar no OnlyFans, após começar a ganhar menos com a plataforma à qual se dedicava.

"De um dia para o outro, meu salário caiu pela metade. Por isso, decidi investir no OnlyFans, comecei a postar todos os dias, e se tornou a minha principal plataformaroleta do raiotrabalho", comenta.

Ela diz ter atualmente maisroleta do raiomil assinantes — muitosroleta do raiooutros países. Estima que ganha cercaroleta do raioUS$ 10 mil por mês no OnlyFans, o maior valor desde que começou a produzir conteúdo erótico na internet. "Estou entre os menosroleta do raio1% que conseguem esse valor", afirma.

Ela cobra US$ 9,99 por assinatura, na qual a pessoa pode ver os vídeos e fotos que ela compartilha, e oferece conteúdos sob demanda. São fotos nua, vídeosroleta do raiomasturbação e cenasroleta do raiosexo com um parceiro.

A produção e a divulgação são feitas por ela própria. "Gravo três vezes por semana, umas 12 horas por dia. Nos outros dias, me dedico às minhas redes", explica. No Instagram, onde compartilha imagens sensuais e divulga intensamente seu perfil no OnlyFans, tem 424 mil seguidores.

Emanuelly diz que o modoroleta do raiofaturar na internet com conteúdo adulto amador está se tornando cada vez mais profissional. "No começo, era complicado, porque não tinha sites como hoje. Atualmente, é mais fácil conseguir clientes, porque muitos estão esperando por esse tiporoleta do raioconteúdo. No passado, a gente precisava ir atrás das pessoas até montar uma clientela", afirma.

Com o que ganhou ao longo dos anos na carreira, diz ter comprado apartamentos e que está construindo duas casas. "Serão a minha aposentadoria", planeja.

Emanuelly diz que viu muitas mulheres perderem empregos na pandemia e abrirem contas no site. "Os perfis das pessoas que ganham dinheiro nessas plataformas mudou. Antes, eram mais tímidas e tinham medoroleta do raiose exibir, mas aí veio o boom do OnlyFans", comenta.

'Isso não vai sujar a minha imagem'

Muitos dos que já se exibiam no site antes da pandemia viram seus ganhos saltarem nesse mesmo período. João Marcos,roleta do raio28 anos, diz que foi assim com ele.

"Hoje, se souber fazer direito, pode ganhar até R$ 50 mil. Conheço gente que ganha nessa faixa, mas há outros que não conseguem nada. Muitos, quando filmam sexo, é algo mecânico. Isso não atrai assinantes, porque as pessoas querem ver um prazer real", afirma João.

João conta que atualiza o perfil três vezes por semana com vídeosroleta do raiosexo ao lado do companheiro ouroleta do raiooutros homens. "O conteúdo precisa ser espontâneo. As pessoas não gostamroleta do raiosexo por obrigação", afirma.

Ele começou no OnlyFansroleta do raiomaioroleta do raio2019. No ano anterior, tinha começado a compartilhar fotos eróticas no Twitter, após ver outros perfis que faziam isso. Na época, diz ele, era por puro prazer, sem receber nada.

A decisãoroleta do raiocriar um perfil no Onlyfans, diz João, veio após vários pedidosroleta do raiopessoasroleta do raiodiferentes países no Twitter, onde tem maisroleta do raio195 mil seguidores. "Quando criei, era bem mais difícil ganhar dinheiro e atéroleta do raioreceber pagamentos aqui no Brasil", diz. Ele avalia que a situação melhorou no ano passado, com o aumentoroleta do raiousuários da plataforma.

Para João, esse trabalho mudouroleta do raiovida. Foi no OnlyFans que ele conheceu seu companheiro e conseguiu dinheiro para se mudar do interior do Rioroleta do raioJaneiro para a capital. "Toda a mobília da minha casa foi comprada com dinheiro do OnlyFans", diz.

Ele afirma que faz os vídeos pelo prazerroleta do raiose exibir e porque precisa ter um meioroleta do raioganhar dinheiro. Estima que fatura aproximadamente R$ 10 mil por mês — cada assinaturaroleta do raioseu perfil custa US$ 3 no primeiro mês e, depois, sobe para US$ 10.

A repercussão nas redes chegou a familiares e conhecidos. "Vieram me falar que aquilo poderia sujar minha imagem e que não teria nenhum retorno. Isso não é sujar a minha imagem. Todo mundo faz sexo, só que entre quatro paredes. A diferença é que o que eu faço é exposto."

'Com a internet, a dimensão é gigantesca'

Em meio aos perfisroleta do raiosexo explícito e outros conteúdos eróticos, o OnlyFans atrai muitas pessoas por não se restringir a essa temática, diz a cientista social Lorena Rúbia Pereira Caminhas, que é doutora pela Universidade Estadualroleta do raioCampinas (Unicamp) e está desenvolvendo um projetoroleta do raiopós-doutorado sobre o OnlyFans no país.

"Como não é inicialmente uma plataforma voltada a esse tiporoleta do raiotrabalho e simroleta do raiofinanciamento, as pessoas se veem mais aceitas ao colocar seus conteúdos ali", explica. "Até a (cantora) Anitta está no OnlyFans, e ela não faz trabalho sexual."

Mas muitos que estão na plataforma dizem que já ouviram propostas para fazer programa. Porém, muitos reforçam que suas atividades não vão além das telas — apesarroleta do raionão verem problema com quem se prostitui.

"Para mim, não tem nada a ver com prostituição. A pessoa está se exibindo, sem contato físico. Alguns homens confundem. Há meninas que se exibem nessas plataformas e também fazem programas, mas não são todas", comenta Emanuelly. Ela ressalta que não se incomoda quando pensam isso dela. "Cada um tem aroleta do raioopinião."

João Marcos também diz que não faz programa, mas afirma que já foi associado a isso por causa dos vídeos. "Esse tiporoleta do raiopensamento é mais incomum hoje, depois que se popularizou essa coisaroleta do raioexibicionismo na internet. A galera viu que a gente quer ganhar dinheiro com a nossa imagem e transando com quem a gente sente prazer", afirma.

Entre aqueles que assinam plataformas como o OnlyFans, há um "prazer voyeurista", pontua Clotilde Perez. Ela afirma que o site representa hoje, nas devidas proporções, algo como os shows eróticos do passado ou as seçõesroleta do raiofilmes pornográficosroleta do raiovideolocadoras. "A questão é que, agora, com a internet, a dimensão é gigantesca."

Com os vídeos e fotografias compartilhados na rede, há também os riscos da exposição. "Isso pode transbordar e chegar a outros lugares. Como a pessoa está se exibindo para desconhecidos, alguém pode gravar a tela e reproduzirroleta do raiooutras redes. Quem entra na plataforma precisa estar ciente disso", declara Perez.

A "dimensão gigantesca" da internet fez com que vídeosroleta do raioCezar fossem compartilhados com conhecidos que não tinham acesso à plataforma. "Fui alertado por amigos", diz.

Enquanto há criadoresroleta do raioconteúdo no OnlyFans que afirmam não se importar, Cezar se incomodou com a situação. "Já sabia que poderia acontecer e não impactou minha vida profissional, mas meio que coloquei tudo na balança e preferi dar um tempo", comenta.

Quando o episódio ocorreu, ele já havia atingido a metaroleta do raiocercaroleta do raioR$ 20 mil e parouroleta do raioatualizar seu perfil. "Estava consumindo minha energia, por mais que o dinheiro seja atrativo", relata.

À BBC News Brasil, o OnlyFans diz que proíbe a cópia, duplicação ou gravaçãoroleta do raioconteúdos sem a devida permissão e frisa que isso é proibido por lei.

Também afirma ter uma equipe antipirataria que cuida dos direitos dos conteúdos produzidos na plataforma para que sejam removidosroleta do raiooutros lugares da rede, caso sejam compartilhados indevidamente. "A taxaroleta do raiosucesso dos pedidosroleta do raioremoçãoroleta do raioconteúdos compartilhados indevidamente éroleta do raiomaisroleta do raio75%", diz.

Os cuidados com plataformas que comercializam conteúdo adulto

A cientista social Lorena Rúbia Caminhas faz ainda outro um alerta, especialmente para quem não está acostumado ao trabalho sexual ou não pretende adotá-lo a longo prazo: é preciso estar atento aos termosroleta do raiouso dos sites.

"As plataformas mudam os termos o tempo todo, então, se você não tiver ciência das mudanças, pode acabar perdendo esse conteúdo ou sendo impedidoroleta do raiopublica-loroleta do raiooutro lugar", aponta.

"Quem já faz camming (transmissão erótica pela internet) ou pornô entende mais ou menos (a dinâmica), mas pessoas que estão entrando agora para fazer por seis meses e sair podem não estar atentas", diz.

De acordo com a políticaroleta do raioprivacidade do OnlyFans, o criadorroleta do raioconteúdo concordaroleta do raioceder à empresa o direitoroleta do raiouso, reprodução, modificação e distribuiçãoroleta do raiosuas imagens e permite que a empresa as compartilhe com terceiros.

O site afirma que a cláusula existe apenas para que possa fazer operações rotineiras, como a aplicaçãoroleta do raiomarcas d'água para proteção das imagens, e que jamais venderá o conteúdo para outras companhias.

Especialistas afirmam que também é preciso observar com cuidado a evolução do modeloroleta do raionegócios dessas plataformas. Priscila M., pesquisadora e fundadoraroleta do raioprojeto que oferece treinamento para mulheres com esse tiporoleta do raioatividade com foco na defesa dos interesses das profissionais, diz que a publicidade do setor confunde, propositalmente, sobrevivência financeira com empreendedorismo.

Segundo ela, o Brasil não está protegidoroleta do raiouma possível "evolução problemática" do mercado. De acordo com a pesquisadora, com o surgimento e popularizaçãoroleta do raionovas plataformas eroleta do raiomodelos nos quais trabalhadores são pagos por meioroleta do raiogorjetas durante exibições gratuitas, houve uma precarização do trabalho sexual virtual.

"Quando esse mercado começou, na Romênia — berço do camming —, tudo aconteciaroleta do raiosessões privadas e pagas, você só podia ver a foto se pagasse", conta a pesquisadora. "Hoje, você tem mulheres recebendo 12%roleta do raiocomissão por gorjetas para fazer coisas muito extremasroleta do raiosalas abertas ao público."

Lorena Rúbia Caminhas também chama a atenção para a dicotomia entre a suposta liberdade do criadorroleta do raioconteúdo e a dependência das decisões da empresa. "Se amanhã o OnlyFans aumentar a taxa para você publicar seu conteúdo, você não tem muita opção para onde ir. Então, você fica confinada aos critérios da plataforma", reforça.

Priscila M. diz ser preocupante que os criadores estejam desamparados nessa profissão e que a única informação que se tenha (a respeito do trabalho sexual virtual) seja o marketing das próprias plataformas. "A pessoa muitas vezes não pensa que o objetivo é gerar lucro ao proprietário da plataforma, não cuidar do futuro ou da saúderoleta do raioalguém."

Esta reportagem foi alterada para modificar a identificaçãoroleta do raiouma das pessoas entrevistadas.

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