Lázaro Barbosa é morto após fuga20 dias: 4 momentos dramáticos da 'caçada':
Lázaro Barbosa, acusadomatar quatro pessoasuma mesma famíliaCeilândia (DF)9junho, foi morto nesta segunda-feira (28/06) após uma busca que durou quase três semanas.
Ele foi baleado pela polícia e morreu, segundo informação publicada no Twitter pelo diretor da Agência BrasileiraInteligência (Abin), Alexandre Ramagem.
"Parabéns à PM/GO e demais forças pelo sucesso nas diligênciaslocalização e todo esforço na captura. Planejamento, cooperação e inteligência encerraram a reincidênciacrimes hediondos e mais tragédias a outras possíveis famílias", escreveu Ramagem, com fotoLázaro Barbosa com um carimbo que diz "Mortoconfronto ao resistir à prisão".
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Pouco antes, o governadorGoiás, Ronaldo Caiado (DEM), havia anunciado a captura do foragido.
"Acaboreceber neste momento uma informaçãotodas as forçassegurança que estão ali na regiãoCocalzinho que o Lázaro foi preso", disse Caiado,vídeo publicado no Twitter.
"[Quero] cumprimentar a todos aqueles que estão ali há vários dias trocando informações e chegando a esse resultado final, com a prisão do Lázaro. Meus cumprimentos a todas as forçassegurança que ali interagiram, trabalharam com determinação para mostrar que a lei está acimatudo."
"Goiás não é Disneylândiabandido", escreveu Caiado.
A operação para achá-lo envolveu policiais civis, militares e federais, além do auxíliocães farejadores e aeronaves.
Ao longo dos vários diasfuga, Barbosa passou por várias chácaras na região, fez reféns e baleou pessoas, segundo a polícia.
As buscas se iniciaram após a mortequatro membros da mesma família.
Cláudio Vital,48 anos, e seus filhos Gustavo, 21, e Carlos Eduardo, 15, foram encontrados com marcastiros e facadas emcasa, segundo a polícia.
A mãe dos jovens, Cleonice MarquesAndrade,43 anos, foi achada morta três dias depoisum córrego. Segundo os policiais, Barbosa a sequestrou e a matou com um tiro na cabeça.
A BBC News Brasil lista a seguir quatro momentos dramáticos da perseguição.
1. Incêndioresidências
Em 12junho, segundo a Polícia MilitarGoiás, Barbosa passou a tarde bebendouma chácara, onde teria mantido um caseiro refém.
Em seguida, segundo a polícia, Barbosa invadiu outra chácara, baleou três homens e roubou armasfogo.
Tarde da noite, ele teria ainda incendiado uma casa e trocado tiros com a polícia antesfugir para a mata.
2. Roubocarro
Na manhã13junho, segundo a polícia, Barbosa entrououtra chácara, onde teria exigido que moradores cozinhassem para ele. De lá, fugiu com cercaR$ 200, roupas e celulares.
À noite, segundo os policiais, Barbosa invadiu uma casaCeilândia, amarrou um morador e roubou um carro do modelo Fiat Palio, fugindoseguida para Cocalzinho.
Um investigador disse que Barbosa ateou fogo ao veículo antesabandoná-lo na rodovia BR-070 e que contou com a ajudaum colega.
3. Policiais baleados
Na tarde do dia 15junho, policiais se aproximaramuma chácara onde Barbosa fazia três pessoas refénsEdilândia, segundo os investigadores.
Houve trocatiros e um policial foi atingidoraspão.
A família foi resgatadasegurança.
O policial foi levadohelicóptero a um hospitalAnápolis. Ele já foi liberado e passa bem.
4. Buscasterreiros e deputada com fuzil
Em 19junho, sacerdotesterreiros afro-brasileiros divulgaram uma nota afirmando terem sofrido abordagens truculentas da polícia durante as buscas por Barbosa.
Os policiais entraramterreirosÁguas Lindas, Girassol, Cocalzinho e Edilândia.
Na nota, os sacerdotes manifestaram "repúdio aos violentos ataques racistas praticados contra as casasmatrizes africanas" e se queixaram da tentativaassociá-las ao foragido.
Já a SecretariaSegurançaGoiás afirmou que estava "trabalhando com um único propósito: garantir a paz à população da região e capturar Lázaro Barbosa, nos limites da legalidade".
No mesmo dia, a deputada federal Magda Mofatto (PL-GO) publicou nas redes sociais um vídeo onde aparecia com um fuzil dentroum helicóptero e prometia capturar Barbosa.
"Se o Ronaldo Caiado (governadorGoiás) não deu contate pegar, eu estou indo aí te pegar", afirmou.
Em nota, o governo goiano afirmou que a postura da deputada era desrespeitosa e contraproducente.
Este texto foi publicado originalmente22/06 e atualizado no dia 28 após o anúncio da prisãoLázaro Barbosa.
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