O projeto que tenta resolver 'briga' entre agricultores e arara ameaçadaestratégia apostas esportivasextinção na Caatinga:estratégia apostas esportivas

"O aumento da populaçãoestratégia apostas esportivasararas é o resultado direto da integração dessas ações, quer desenvolvidasestratégia apostas esportivasconjunto ouestratégia apostas esportivasforma isolada, há maisestratégia apostas esportivastrês décadas", diz.

Mas com o aumento do número das aves vieram os conflitos com os agricultores, principalmente com os plantadoresestratégia apostas esportivasmilho, que, na região, serveestratégia apostas esportivasalimentos para as pessoas, o gado e as galinhas.

E agora, contra a vontade dos produtores, alimenta também as araras-azuis-de-lear. "Infelizmente, a espécie é considerada praga por eles na região do Raso da Catarina, por atacar sistematicamente milharais", conta Kilma.

Segundo ela, os ataques às lavourasestratégia apostas esportivasmilho ocorremestratégia apostas esportivasdiversas fasesestratégia apostas esportivascultivo, mas principalmente durante o períodoestratégia apostas esportivasamadurecimento das espigas.

"E por causa do grande númeroestratégia apostas esportivasararas que compõem os bandos que atacam os milharais, os danos costumam ser bastante severos, resultandoestratégia apostas esportivasperdaestratégia apostas esportivaspraticamente toda a área cultivada e, por conseguinte, acarretando sérios prejuízos aos agricultores", explica Kilma.

Um bando grande delas, por exemplo, é capazestratégia apostas esportivasdestruir um hectareestratégia apostas esportivaslavoura (cercaestratégia apostas esportivas1,5 camposestratégia apostas esportivasfutebol)estratégia apostas esportivasum ou dois dias.

No contra-ataqueestratégia apostas esportivasdefesaestratégia apostas esportivassuas plantações, os produtores usam pedras, paus e até armasestratégia apostas esportivasfogo.

Desmatamento

Segundo Kilma, os conflitos ocorrem por dois motivos principais: o crescimento vertiginoso da populaçãoestratégia apostas esportivasararas, principalmente nos últimos 15 anos, e o aumento significativo das áreas desmatadas, com a destruição da vegetação nativa, que fornecia alimentos para as aves.

Entre as plantas que oferecem comida para as araras-azuis-de-lear e que tiveramestratégia apostas esportivasárea diminuída está a palmeira licurizeiro, que produz o coquinho licuri, a iguaria preferida delas.

Também contribuíram as secas, cada vez mais constantes e prolongadas, que reduzem a ofertaestratégia apostas esportivasalimentação natural na caatinga.

"Então temos por um lado, um número muito maiorestratégia apostas esportivasararasestratégia apostas esportivasbuscaestratégia apostas esportivascomida eestratégia apostas esportivasoutro um aumento contínuo da área desmatada", explica Kilma.

"Resumindo, temos mais aves e menos alimentos da vegetação nativa. Então, com isso elas se lançam nas áreas agrícolas."

Recompensa

Para mitigar o conflito entre os agricultores e as aves, Kilma criou a ONG ECO — Organização para Conservação do Meio Ambiente, que desenvolve o Projeto para Ressarcimentoestratégia apostas esportivasDanos aos Milharais Decorrentesestratégia apostas esportivasAtaquesestratégia apostas esportivasAraras-Azuis-de-Lear, que repõe aos produtores a mesma quantidade milho que elas destroem.

"O objetivo principal da iniciativa é evitar atitudes hostis (muitas das quais resultantesestratégia apostas esportivasmorte das aves) contra as araras, por parte dos agricultores que têm suas lavouras atacadas e, muitas vezes, completamente destruídas", explica Kilma.

A iniciativa foi concebida,estratégia apostas esportivas2005, pela americana Linda Wittkoff, hoje falecida, que veio morar no Brasil com o marido, William,estratégia apostas esportivas1961, e na época presidia a Fundação Lymington. Ela e a Parrots International, uma ONGestratégia apostas esportivaspreservação dos Estados Unidos, se tornaram as instituições pioneiras no financiamento do projeto.

Hoje, o projeto é financiado também por outras instituições nacionais e internacionais.

Kilma diz que a iniciativa tem contribuído para evitar conflitos entre as araras e os agricultores, assim como, indiretamente, para o aumento da ofertaestratégia apostas esportivasalimentos disponíveis para as aves, pois os produtoresestratégia apostas esportivasmilho, por terem a certezaestratégia apostas esportivasque serão ressarcidos dos danosestratégia apostas esportivassuas lavouras, terminam por permitir que elas se alimentem livremente das plantações.

"Isso acaba favorecendo a melhoria das condiçõesestratégia apostas esportivasvida delas, pois é maior a ofertaestratégia apostas esportivasalimentos para a totalidadeestratégia apostas esportivassua população nativa existente na região", explica.

Os resultados do Projeto para Ressarcimentoestratégia apostas esportivasDanos aos Milharais Decorrentesestratégia apostas esportivasAtaquesestratégia apostas esportivasAraras-Azuis-de-Lear mostram a distribuição de, aproximadamente, 8,3 mil sacasestratégia apostas esportivasmilhoestratégia apostas esportivas60 kg, que beneficiaram cercaestratégia apostas esportivas1 mil agricultores familiares, cujas lavouras foram destruídas pelos ataques das aves ao longo dos últimos 15 anos.

Por isso, a situação está hoje mais controlada, ainda que os ataques tenham alcançado uma áreaestratégia apostas esportivasabrangência muito maior que no começo do projeto.

"Mesmo com um maior númeroestratégia apostas esportivasmilharais atacados e, por conseguinte, um número igualmente maiorestratégia apostas esportivasagricultores afetados, a percepção negativa que eles tenderiam a construir e manter sobre essas aves é sistematicamente desconstruída pelas nossas ações", comemora Kilma.

Isso ocorre principalmente porque os danos provocados aos milharais são integralmente ressarcidos, ao que se soma o fatoestratégia apostas esportivasque os agricultores e demais moradores das áreas rurais abrangidas pelo projeto passam a ter um melhor entendimentoestratégia apostas esportivastodo o contexto dos ataques às lavouras.

"Eles agora entendem que é uma resposta das araras à faltaestratégia apostas esportivasalimentos oferecidos pela vegetação nativa da Caatinga, que tem sido bastante desmatada", diz Kilma.

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