Candida auris: Brasil emite alerta sobre 1º caso0.5 1xbet'superfungo' fatal resistente a medicamentos:0.5 1xbet

Candida auris

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A maioria das infecções por Candida auris documentadas no mundo aconteceram0.5 1xbetambientes hospitalares

A Anvisa afirma que a amostra ainda será submetida a "análises fenotípicas (para verificar o perfil0.5 1xbetsensibilidade e resistência)" e "sequenciamento genético do microrganismo (padrão-ouro)" até a confirmação oficial do caso.

Diante da suspeita, a Anvisa recomendou o reforço da vigilância laboratorial do fungo0.5 1xbettodos os serviços0.5 1xbetsaúde do país, entre outras medidas0.5 1xbetcontrole e prevenção para evitar um surto.

Candida auris

Crédito, Science Photo Library

Legenda da foto, O Candida auris é um fungo que cresce como levedura

Obstáculos0.5 1xbetcontrole e prevenção

O fungo foi identificado pela primeira vez0.5 1xbet2009 no canal auditivo0.5 1xbetuma paciente no Japão. Desde então, houve casos identificados0.5 1xbetpaíses como Índia, África do Sul, Venezuela, Colômbia, Estados Unidos, Israel, Paquistão, Quênia, Kuwait, Reino Unido e Espanha.

Em 2016, a Opas, braço da Organização Mundial da Saúde para a América Latina e o Caribe, publicou um alerta recomendando a adoção0.5 1xbetmedidas0.5 1xbetprevenção e controle por causa0.5 1xbetsurtos relacionados ao fungo na região. O primeiro surto da região ocorreu na Venezuela, entre 2012 e 2013, atingindo 18 pacientes.

Além disso, o C. auris costuma ser confundido com outras infecções, levando a tratamentos inadequados.

"O C. auris sobrevive0.5 1xbetambientes hospitalares e, portanto, a limpeza é fundamental para o controle. A descoberta (do fungo) pode ser uma questão séria tanto para os pacientes quanto para o hospital, já que o controle pode ser difícil", explicou a médica Elaine Cloutman-Green, especialista0.5 1xbetcontrole0.5 1xbetinfecções e professora da University College London (UCL).

Nem todos os hospitais identificam o C. auris da mesma maneira. Às vezes, o fungo é confundido com outras infecções fúngicas, como a candidíase comum.

Hospital

Crédito, iStock

Legenda da foto, As infecções resistentes a medicamentos preocupam a comunidade médica

Em 2017, uma pesquisa publicada por Alessandro Pasqualotto, da Santa Casa0.5 1xbetMisericórdia0.5 1xbetPorto Alegre, analisou 130 laboratórios0.5 1xbetcentros médicos0.5 1xbetreferência na América Latina e descobriu que só 10% deles têm capacidade0.5 1xbetdetecção0.5 1xbetdoenças invasivas0.5 1xbetfungos0.5 1xbetacordo com padrões europeus.

Segundo a Anvisa, o surto0.5 1xbet20160.5 1xbetCartagena, na Colômbia, é um exemplo0.5 1xbetcomo o micro-organismo é difícil0.5 1xbetidentificar. Cinco casos0.5 1xbetinfecção foram identificados como três fungos diferentes até um método mais moderno0.5 1xbetanálise diagnosticar o patógeno corretamente como C. auris.

Além disso, o C. auris é muito resistente e pode sobreviver0.5 1xbetsuperfícies por um longo tempo.

Também não é possível eliminá-lo usando os detergentes e desinfetantes mais comuns.

É importante, portanto, utilizar os produtos químicos0.5 1xbetlimpeza adequados dos hospitais, especialmente se houver um surto.

Em alerta emitido0.5 1xbet2017, a Anvisa explicou que não se sabe ao certo qual é o modo mais preciso0.5 1xbettransmissão do fungo dentro0.5 1xbetuma unidade0.5 1xbetsaúde. Estudos apontam que isso pode ocorrer por contato com superfície ou equipamentos contaminados e0.5 1xbetpessoa para pessoa.

O maior surto ligado ao C. auris ocorreu0.5 1xbet20150.5 1xbetLondres, com 22 pacientes infectados e outros 28 colonizados.

Resistência a medicamentos

A resistência aos antifúngicos comuns, como o fluconazol, foi identificada na maioria das cepas0.5 1xbetC. auris encontradas0.5 1xbetpacientes.

Candida auris

Crédito, Reuters

Legenda da foto, A infecção pelo Candida auris é resistente a medicamentos e pode ser fatal

Isso significa que essas drogas não funcionam para combater o C. auris. Por causa disso, medicações fungicidas menos comuns têm sido usadas para tratar essas infecções, mas o C. auris também desenvolveu resistência a elas.

"Há registro0.5 1xbetresistência à azólicos, equinocandinas e até polienos, como a anfotericina B. Isso significa que o fungo pode ser resistente às três principais classes0.5 1xbetdrogas disponíveis para tratar infecções fúngicas sistêmicas", explicou o epidemiologista e microbiologista Alison Chaves, no Twitter.

Análises0.5 1xbetDNA indicam também que genes0.5 1xbetresistência antifúngica presentes no C. auris têm passado para outras espécies0.5 1xbetfungo, como a Candida albicans (C. albicans), um dos principais causadores da candidíase (doença comum que pode afetar a pele, as unhas e órgãos genitais, e é relativamente fácil0.5 1xbettratar).

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