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Monoglotas e alienados? A avaliaçãoluva bet.coestudantes brasileirosluva bet.co'competência global':luva bet.co
luva bet.co Os estudantes secundaristas brasileiros mantêm,luva bet.comédia, pouco contato com pessoasluva bet.cooutros países, são mais monoglotas (ou seja, falam um idioma só) e declaram ter menos conhecimento sobre questões globais do que alunosluva bet.cooutros países mensurados pela OCDE, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
Esse descolamento pode ser uma barreira adicional para estudantes brasileiros desenvolverem plenamente o que a organização chamaluva bet.co"competências globais", cada vez mais necessáriasluva bet.coum mundo mais competitivo e cujos desafios superam as fronteiras nacionais — como pandemias e mudanças climáticas.
A avaliação da OCDE foi feita por meioluva bet.coquestionários aplicadosluva bet.co2018 durante o exame internacional Pisa, que mediu os conhecimentosluva bet.coleitura, ciências e matemáticaluva bet.co600 mil estudantesluva bet.co15 anosluva bet.co79 países-membros, economias ou países parceiros da OCDE (caso do Brasil).
Pela primeira vez,luva bet.cocaráter experimental, a organização perguntou aos estudantes o quanto eles sentem ter conhecimento (e iniciativa para agir) sobre problemas globais, seu contato com imigrantes e outras culturas,luva bet.cohabilidadeluva bet.cofalar outras línguas eluva bet.coaprendizagem sob perspectivas diferentes das suas próprias.
O material sobre "competências globais" foi publicadoluva bet.corelatório nesta quinta-feira (22/10), intitulado Os estudantes estão prontos para prosperarluva bet.coum mundo interconectado?.
O relatório não traz nenhum tipoluva bet.coranking dos países participantes, e análises das diferentes perguntas permitem diferentes conclusões sobre o grauluva bet.cointerconectividade dos estudantesluva bet.cocada nação.
Mas, segundo a OCDE, trata-seluva bet.couma iniciativa inicial para mensurar a capacidade dos estudantes do mundoluva bet.co"1) analisar questõesluva bet.cosignificância local, global e cultural; 2) entender e levarluva bet.coconsideração as visõesluva bet.comundo dos demais; 3) engajar-seluva bet.cointerações interculturais abertas, apropriadas e eficientes; e 4) ser capazluva bet.coagir pelo bem-estar coletivo e pelo desenvolvimento sustentável".
Para Andreas Schleicher, chefeluva bet.coeducação da OCDE, "ao lidar com a globalização, esta geração precisaráluva bet.conovas habilidades. Sejaluva bet.coambientesluva bet.cotrabalho tradicionais ou empreendedores, os jovens precisarão colaborar com pessoasluva bet.codiferentes disciplinas, culturas e sistemasluva bet.covalor,luva bet.comodo a resolver problemas complexos e criar valor social e econômico".
As respostas dos estudantes do Brasil
Cercaluva bet.co11 mil estudantes na faixa dos 15 anos participaram do Pisa 2018 e, por consequência, do questionário sobre interconectividade.
E eles estão no grupoluva bet.coestudantes com menos proximidade com pessoasluva bet.cooutros países: enquantoluva bet.colugares como Albânia, Alemanha e Grécia ao menos 70% dos estudantes disseram ter contato com estrangeiros, essa porcentagem foiluva bet.co20% a 30%luva bet.coBrasil, Argentina, México, Turquia e Vietnã.
No Brasil, pouco maisluva bet.coum terço dos estudantes afirmaram falar maisluva bet.coum idioma, índice só maior do que Coreia do Sul, México, Colômbia e Vietnã.
Em comparação, maisluva bet.co90% dos estudantes da Croácia, da Estônia eluva bet.coHong Kong afirmaram serem capazesluva bet.cose expressarluva bet.comaisluva bet.coum idioma.
Segundo a OCDE, existe uma associação "positiva e significativa" entre contato com estrangeiros e domínioluva bet.cooutras línguas com a atitude dos estudantes, emluva bet.co"adaptabilidade cognitiva,luva bet.co(percepção de) autoeficiência sobre temas globais e seu interesseluva bet.coaprender sobre outras culturas, seu respeito por pessoasluva bet.cooutras culturas eluva bet.cocapacidadeluva bet.cover sob diferentes perspectivas".
Mesmo no Brasil, quanto mais os estudantes tinham conhecimentoluva bet.cooutros idiomas, mais demonstravam ter consciêncialuva bet.coquestões relevantes globalmente.
É bom fazer a ressalvaluva bet.coque, à diferençaluva bet.comuitos países participantes do questionário da OCDE, o Brasil é um paísluva bet.codimensões continentais, com um único idioma oficial, e uma presençaluva bet.coimigrantes recentes relativamente pequena ao seu tamanho.
Dito isso, os estudantes brasileiros tiveram uma média muito inferior à da OCDE no quesito "consciência sobre assuntos globais".
A entidade mediu isso perguntando aos estudantes o quão familiarizados eles estavam a temas como aquecimento global, conflitos internacionais, desnutrição, causas da pobreza e igualdade entre homens e mulheres.
Alunosluva bet.coAlbânia, Lituânia e Grécia foram os que se autodeclararam mais capazesluva bet.coresponder sobre esses assuntos. Já o Brasil ficouluva bet.co53° entre os 65 países que participaram desse ponto do questionário.
Assim comoluva bet.cooutros pontos da pesquisa, a OCDE encontrou aqui uma forte correlação entre o status socioeconômico dos estudantes eluva bet.coconsciência sobre assuntos globais: os estudantesluva bet.coclasses sociais mais prósperas tinham mais conhecimento sobre esses assuntos do que seus pares mais pobres, tanto no Brasil comoluva bet.cooutros países.
"Essas diferençasluva bet.coconscientização relacionadas ao status socioeconômico podem ser resultadoluva bet.coum acesso desigual a oportunidades na escola,luva bet.coaprender sobre assuntos globais", diz o relatório.
A OCDE também perguntou aos professores dos estudantes se eles sentiam necessidadeluva bet.codesenvolvimento profissional para ensinarluva bet.coum segundo idioma eluva bet.coum ambiente multicultural. Entre todos os países participantes, os professores do Brasil foram os que mais responderam "sim" às duas perguntas.
Em compensação, maisluva bet.co75% dos alunos brasileiros estudavamluva bet.coescolas que realizavam celebrações e festivaisluva bet.cooutras culturas, índice bem superior aoluva bet.co35% dos países da OCDE.
Em todos os países pesquisados, quanto mais prazer os estudantes tinham na leitura, mais eles tinham consciência sobre assuntos globais — provavelmente porque a leitura prazerosa aumentava a chanceluva bet.coesses alunos ganharem mais conhecimentos e serem expostos a diferentes fontesluva bet.coinformação.
Para Schleicher, da OCDE, a escola tem um papel fundamentalluva bet.coajudar os estudantes a pensar e aprenderluva bet.comodo autônomo e a ampliarluva bet.cocompreensãoluva bet.cooutras culturas, tradições, modosluva bet.covida e formasluva bet.copensar.
"A habilidadeluva bet.coler e entender a diversidade eluva bet.coreconhecer valores liberais centraisluva bet.conossas sociedades, como tolerância e empatia, pode ajudar a responder ao extremismo e à radicalização", afirmou ele.
"Atitudes abertas e flexíveis serão vitais para os jovens coexistirem e interagirem com pessoasluva bet.cooutras fés e outros países. Também o serão os valores humanos comuns que nos unem."
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