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'Volto rápido' e 'tô apavorado': as últimas mensagensmbbs cbetvítimas da covid-19:mbbs cbet
Aos familiares e amigos das vítimas da covid-19, restam a saudade e as lembranças. Em decorrência do isolamento imposto a pacientes com o coronavírus e da intubação adotadambbs cbetcasos graves, milharesmbbs cbetpessoas não conseguiram dar o último adeus.
Para muitos parentes e amigos, as mensagens trocadas por meiombbs cbetaplicativos estão entre as últimas recordações. À BBC News Brasil, pessoas que perderam entes queridos mostram algumas das últimas mensagens trocadas, que ajudam a dar dimensão humana à tragédia por trás dos números.
'Volto rápido'
Monique Batista se formoumbbs cbetMedicina na Universidade Federalmbbs cbetMato Grosso (UFMT)mbbs cbetmeadosmbbs cbet2019. Desde o início da pandemiambbs cbetcovid-19, ela estava na linhambbs cbetfrente do combate à doença, na cidadembbs cbetCampo Verde (MT).
"O sonho da vida dela, desde a infância, sempre foi ser médica. Ela era extremamente prestativa e, mesmo sendo asmática, nunca pensoumbbs cbetpararmbbs cbettrabalhar quando a pandemia começou", diz o engenheiro agrônomo Arthur Varmeling, noivo da médica.
Em 11mbbs cbetjulho, Monique teve uma intensa faltambbs cbetar. Ela acreditou que fosse uma crisembbs cbetasma. Após passar por exames, foi diagnosticada com a covid-19 e precisou ser internada. Segundo o noivo, 60% dos pulmões dela já estavam comprometidos.
A asma é apontada por algumas entidades médicas como um fator que pode agravar o quadrombbs cbetcovid-19. Há estudos, porém, que consideram que a doença não costuma representar um risco maiormbbs cbetcomplicações pelo coronavírus.
No casombbs cbetMonique, segundo Arthur, os médicos consideraram que a asma agravou duramente a situação dela. Ele conta que a faltambbs cbetar foi o principal sintoma da noiva.
A situação da médica piorou. Em 14mbbs cbetjulho, ela encaminhou mensagens ao noivo antesmbbs cbetser levada para a Unidadembbs cbetTerapia Intensiva (UTI).
Primeiro, Monique pediu que ele cuidasse da irmã caçula dela, Letícia,mbbs cbet26 anos. "Seja apoio", escreveu. Em seguida, a médica disse que logo retornaria para casa. "Eu volto rápido. Eu prometo", afirmou, por meiombbs cbetmensagensmbbs cbettexto.
Pouco antesmbbs cbetser levada para a UTI, ela perguntou sobre a mãe, que ainda não sabia que a filha seria intubada. "Estou raciocinando, tentando ser o mais calmo possível para pensarmbbs cbetcomo falar com ambbs cbetmãe", respondeu o noivo.
Para Arthur, as últimas mensagensmbbs cbetMonique mostram o quanto ela se preocupava com a família. "Ela era inspiração e força para a mãe e para a irmã", diz o engenheiro agrônomo.
Naquela tardembbs cbet14mbbs cbetjulho, Monique foi intubada na UTImbbs cbetum hospital particularmbbs cbetCuiabá. Ela permaneceu sob cuidados intensos durante quase um mês. "Foram dias conturbados,mbbs cbetmuita oração e lágrimas", resume Arthur, que também teve a covid-19, mas apresentou sintomas considerados leves.
Segundo o noivo, o quadro dela se tornou ainda mais grave após ela contrair uma infecção hospitalar na UTI. Monique morreumbbs cbet10mbbs cbetagosto. "Tem sido um período muito difícil", diz o engenheiro agrônomo. Ele e Monique estavam juntos havia um ano e quatro meses. "A gente se amava muito. Nunca imaginei perdê-la", lamenta.
"Por toda a minha vida, vou cuidar da mãe e da irmã dela, como ela havia me pedido", afirma Arthur.
'Tô apavorado'
Felipe Garcia,mbbs cbet36 anos, estava assustado após apresentar sintomas da covid-19, no iníciombbs cbetsetembro. Em algumasmbbs cbetsuas últimas mensagens, expressou o medo da doença.
"Ora por mim. Tô apavorado", escreveu Felipe,mbbs cbetmensagens enviadas à irmã, a auxiliar comercial Ana Cláudia Garcia, na madrugadambbs cbet7mbbs cbetsetembro. Na data, o estadombbs cbetsaúde dele havia piorado.
A família acredita que ele, que era gerente comercial e moravambbs cbetTramandaí (RS), contraiu o vírusmbbs cbetuma viagem a trabalho.
Dias antesmbbs cbetapresentar os primeiros sintomas, Felipe dormiu na casa da irmã e do cunhado,mbbs cbetGravataí, também no Rio Grande do Sul.
"Depois que o meu irmão foi embora, eu e meu esposo apresentamos sintomas, mas nos recuperamos. Acredito que o Felipe já estava com o vírus, ainda não tinha sintomas e transmitiu para a gente", explica Ana.
Logo que apresentou sintomas, Felipe passou a contar aos parentes sobre ambbs cbetsituação.
"Desde os primeiros sintomas, o meu irmão procurou uma UPA (Unidadembbs cbetPronto Atendimento)mbbs cbetTramandaí, mas foi liberado. Receitaram os remédios e disseram para ele ficarmbbs cbetcasa", relata Ana.
Uma tomografia apontou, segundo a irmã, que 70% dos pulmõesmbbs cbetFelipe haviam sido comprometidos pela covid-19. "Ele estava gordo e acredito que isso piorou ainda mais a situação. Mesmo com as dificuldades dele, não quiseram interná-lo", critica Ana.
Distante do irmão, ela conta que ficou muito preocupada com ele. "Fiquei nervosa e com medo. Até penseimbbs cbetbuscá-lombbs cbetTramandaí, mas ele não quis", relata.
"Sempre tive uma ligação forte com o meu irmão. Ele era uma partembbs cbetmim. Foi quem me ensinou a andarmbbs cbetbicicleta, dormiu comigo quando eu tive medo e era uma pessoa que eu sabia que podia ligar a qualquer hora", relata.
Nos dias 7 e 8mbbs cbetsetembro, Felipe contou à família, por meiombbs cbetmensagens, que estava com muitas dificuldades para respirar, alémmbbs cbetsintomas como febre e vômito.
Para Ana, as mensagens nas quais o irmão manifesta o desesperombbs cbetrazão dos sintomas da covid-19 ilustram as duras consequências que a doença pode ter. "Me senti impotente. Toda a minha família está acabada com tudo isso", lamenta.
Ela conta que o ultimo contato que teve com Felipe foi por meiombbs cbetvideochamada, por volta das 18hmbbs cbet8mbbs cbetsetembro. "No mesmo dia, ele também conversou com a nossa mãe, com uma tia e com o filho dele (de três anos)", detalha Ana.
A situaçãombbs cbetFelipe piorou. Os parentes contam que ele procurou ajuda médica na UPAmbbs cbetTramandaí, novamente, na madrugadambbs cbet9mbbs cbetsetembro. Horas depois, ele não resistiu e faleceu na unidadembbs cbetsaúde.
Na certidãombbs cbetóbito consta que ele morreumbbs cbetdecorrênciambbs cbetsíndrome respiratória aguda grave e cita a suspeitambbs cbetcovid-19, confirmada dias depois.
"Se ele tivesse recebido o atendimento médico adequado, provavelmente teria sobrevivido", declara Ana.
"Na UPA, nos disseram que não o intubaram porque ele estava muito gordo. Falaram que fizeram tudo o que podiam pelo meu irmão. Porém, penso que foram muito negligentes com ele", acrescenta.
A BBC News Brasil questionou a Prefeiturambbs cbetTramandaí sobre o atendimento dado a Felipe, mas não obteve respostas até a conclusão desta reportagem.
'Quero rosas brancasmbbs cbetmeu caixão'
Entre as últimas mensagens do técnicombbs cbetenfermagem Klediston Kelps,mbbs cbet22 anos, havia um pedido sobre o arranjombbs cbetflores que ele queria emmbbs cbetdespedida.
"Quero rosas brancas enfeitando o meu caixão e apenas uma vermelha", escreveu para a mãe, por meio do WhatsApp, antesmbbs cbetser intubado na UTI. O jovem disse a ela,mbbs cbetmensagemmbbs cbettexto, que sabia que não sobreviveria à covid-19.
"Está sendo pessimista!", respondeu a mãe dele, a técnicambbs cbetenfermagem Elisangela da Silva Faria,mbbs cbet40 anos,mbbs cbetuma tentativambbs cbettranquilizar o filho mais velho.
De acordo com a mãe do jovem, as mensagens foram encaminhadas na noitembbs cbet18mbbs cbetjulho. Klediston morreu uma semana depois.
O rapaz estava na linhambbs cbetfrente do combate à covid-19mbbs cbetPrimavera do Leste (MT), onde morava. A família acredita que ele contraiu o vírus no trabalho.
Ao todo, ele passou um mês internadombbs cbetuma unidadembbs cbetsaúdembbs cbetPrimavera do Leste. Desde que deu entrada no hospital até momentos antesmbbs cbetser levado para a UTI, Klediston conversou com frequência com a mãe.
"Nunca vou me acostumar a ficar sem o meu filho. É uma dor que nunca vai passar", diz Elisangela. Ela, que tem outros dois filhos, conta que era inspiração para o jovem, que decidiu seguir na mesma profissão da mãe.
Klediston, que estava prestes a concluir o curso superiormbbs cbetEnfermagem, tinha diversos sonhos e um dos principais objetivos dele, segundo a mãe, era ser um bom profissional na área da saúde.
"Perder meu filho foi pior que perder a minha vida. Ajoelhei e pedi a Deus que me levasse e não levasse ele. Hoje, as pessoas podem me olhar sorrindo e vivendo aparentemente normal, mas eu não sou mais a mesma pessoa", diz à BBC News Brasil.
"Quando não estou ocupada, estou chorando. Fico lembrando dele o tempo todo", lamenta.
Elisangela conta que não conseguiu levar o arranjo pedido pelo filho quando o enterrou,mbbs cbetum sábado. "Eu tive poucas horas para enterrá-lo. Foi tudo muito rápido", explica. Dois dias depois, ela cumpriu o desejombbs cbetKlediston. "Arrumei as flores, como ele tinha pedido, e levei ao cemitério", diz a mãe do jovem.
Segundo Elisangela, Klediston escolheu as flores como formambbs cbethomenagear a família. "O pai dele, que morreu quando o meu filho ainda era bebê, sempre me dava rosas brancas. Ele (Klediston) sabia dessa história. E a rosa vermelha foi escolhida por causambbs cbetuma tatuagem que tenhombbs cbetmeu braço esquerdo", diz.
'Nadambbs cbetpânico'
Em suas últimas mensagens, a médica Terezinha Aparecidambbs cbetMatos,mbbs cbet64 anos, confessou à cunhada que estava com medo das consequências da covid-19. Apesar disso, tentou tranquilizar a irmã, Elizete, e pediu calma.
Filha mais velha, Terezinha era considerada um exemplo para os irmãos, Maurício e Elizete, e para o pai,mbbs cbet90 anos — a mãe já havia falecido. Na juventude, foi técnicambbs cbetenfermagem. "Com esse trabalho, a doutora Terezinha conseguiu pagar o cursombbs cbetMedicina e depois a especialização (em Neurologia)", diz a cunhada dela, a professora Elaine Stande.
A médica trabalhava no Institutombbs cbetInfectologia Emílio Ribas,mbbs cbetSão Paulo (SP), e estava na linhambbs cbetfrente do combate à covid-19. A família acredita que ela foi infectadambbs cbetmeio a algum plantão durante a pandemia.
Ela foi internadambbs cbet11mbbs cbetmaio, quando apresentou problemasmbbs cbetsaúdembbs cbetdecorrência da covid-19. Segundo a família, Terezinha não tinha doença pré-existente.
Em 15mbbs cbetmaio, quando já estava na UTI, ela se comunicou com a família pela última vez, por meio do WhatsApp.
Nas últimas mensagens enviadas à irmã, a médica contou que dormiumbbs cbetbruços, técnica que ajuda muitos pacientes no combate a doenças respiratórias graves. Terezinha relatou que, mesmo com a terapia, apresentou saturação baixambbs cbetoxigênio e tevembbs cbetser levada para a UTI. "Não estou na intubação, claro, mas não descartam", escreveu a médica.
Ela pediu calma à irmã e explicou que foi levada à UTI como uma medidambbs cbetprevenção. "Nadambbs cbetpânico", disse a Elizete. A médica escreveu que esperava que o seu quadrombbs cbetsaúde não piorassembbs cbetdecorrência do que ela chamoumbbs cbet"vírus maldito".
Pouco após as mensagens para a irmã, Terezinha conversou por mensagens com a cunhada. No diálogo, a médica desabafou sobre o medo que estava sentindo.
"Oi, estou na UTI. A Zete (irmãmbbs cbetTerezinha) entroumbbs cbetpânico. Ela faz perguntas que não tenho como responder. Ninguém conhece essa doença e eu não tenho como ajudá-la agora. Nem sei o que falar. Tômbbs cbetpânico", escreveu a médica, nas mensagens enviadas a Elaine.
Dias depois do último diálogo com a família, Terezinha foi intubada. As complicações da covid-19 pioraram cada vez mais. Em 10mbbs cbetjunho, ela não resistiu.
Elaine considera que as últimas mensagensmbbs cbetTerezinha à irmã mostram o cuidado que a médica tinha com a família. "Ela protegia muito a irmã e o pai. Ela guardava as preocupações e os problemas para protegê-los. Tanto que quando ela foi internada, sempre pediu para a equipe entrarmbbs cbetcontato comigo, não com a irmã ou com o pai, para protegê-los", diz.
Meses depois da mortembbs cbetTerezinha, a família ainda vive com a intensa dor da perda. "As lembranças e a saudade vêm muito à tona", diz a cunhada da médica.
Filhambbs cbetElaine, a pequena Clara, afilhadambbs cbetTerezinha, ainda está aprendendo a lidar com a saudade. Emmbbs cbetúltima mensagem para a tia, a garota,mbbs cbetnove anos, havia desejado melhoras. "E quando melhorar, vamos sair juntas", escreveu a menina.
"Se Deus quiser, fofura. E quando tudo isso acabar, tudo será muito diferente", respondeu Terezinha.
Apesar do medo, a médica acreditava que poderia receber alta e concretizar um sonho antigo: ver a conclusão das obrasmbbs cbetsua casa. "A doutora Terezinha trabalhava muito para terminar essa construção, que era um sonho dela. Ela passou uma década focada nisso, para dar conforto ao pai e à irmã. Mas a doutora não conseguiu ver a entrada da garagem, que era a última coisa que faltava", comenta a cunhada da médica.
"A Terezinha não merecia trabalhar tanto e usufruir tão pouco disso", lamenta Elaine.
'Tá pertinho (para a chegada do bebê da amiga)'
Em 12mbbs cbetabril, a médica Carolina Barros Patrocínio,mbbs cbet29 anos, enviou um áudio à amiga Cristina Abreu, que estava grávida.
Na mensagem, encaminhada pelo WhatsApp, Carolina comemorou a aproximação do nascimento do bebê da amiga. "Você fala dia 21 (de abril) e parece tão longe, porque a gente perde a noção do tempo. Mas quando você fala que é na outra terça, sem ser esta, está pertinho", disse no áudio.
Carolina tinha lúpus, doença inflamatória autoimune, e tevembbs cbetse afastar dos atendimentos médicosmbbs cbetabril,mbbs cbetdecorrência da pandemia. "Ela tomava imunossupressores fortíssimos. Então, se ela pegasse a covid-19 poderia ser fatal. Por isso, a médica que a acompanhava pediu que ela se afastasse dos atendimentos", diz Cristina.
Quando mandou o último áudio para a amiga, Carolina estavambbs cbetisolamentombbs cbetcasa, no Riombbs cbetJaneiro (RJ). Ela e Cristina se conheciam desde a adolescência e moravam no mesmo condomínio. "A Carol era como uma irmã que eu nunca tive. Quando ela passou no vestibularmbbs cbetMedicina, na Universidade Federal do Riombbs cbetJaneiro, foi uma alegria absurda. Quando ela concluiu a universidade também foi um momento muito feliz", diz Cristina, que é médica veterinária.
O áudio foi o último contato por mensagensmbbs cbetWhatsApp. Depois, as amigas se falaram por diversas vezes por meiombbs cbetligações e até pessoalmente.
"Como a gente morava no mesmo prédio e eu estava isolada por conta da gravidez, aguardando o parto, nos vimos algumas vezes antesmbbs cbetela ser internada", comenta Cristina.
Em 19mbbs cbetabril, Carolina foi internadambbs cbetum hospital particular do Riombbs cbetJaneiro,mbbs cbetrazãombbs cbetcomplicações do lúpus.
"Quando ela deu entrada no hospital, foi testada para a covid-19 e o resultado deu negativo", comenta Cristina. Dias depois, a médica começou a ter febre intensa e passou a ter convulsões constantes, que não conseguiam ser controladas com remédios. Um novo exame, então, atestou que ela havia sido infectada pelo coronavírus.
A família acredita que a médica contraiu o vírus no hospital. Em razão das complicações que enfrentava pelo lúpus, a covid-19 logo se agravou. Carolina foi intubadambbs cbet25mbbs cbetabril. Em 12mbbs cbetmaio, ela morreu.
"A minha filha era conhecida pelo sorriso radiante, mesmo nos momentos difíceis. Ela era generosa e fazia amigos por onde passava. Apesar do vazio que ela me deixou, me conforta saber que ela foi feliz durante ambbs cbetvida", declara a donambbs cbetcasa Claudia Barros Patrocínio, mãe da médica.
O filhombbs cbetCristina nasceumbbs cbet21mbbs cbetabril. Carolina nunca soube da notícia, pois na data já estava inconsciente,mbbs cbetrazão dos medicamentos.
Cristina lamenta não ter compartilhado um dos momentos mais importantesmbbs cbetsua vida com a amiga. Ela também não conseguiu contar a Carolina uma notícia que estava guardando para compartilhar após o parto.
"Eu iria chamar a Carol para ser a madrinha do meu filho", lamenta.
"O coronavírus roubou o direito do meu filhombbs cbetter uma madrinha e roubou o direito da mãe da Carolmbbs cbetter ambbs cbetfilha por perto. Ele roubou a alegriambbs cbetuma família inteira. Esse vírus é real e as pessoas precisam acreditar nisso", diz Cristina.
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