Brasil está entre países que fecharam escolas por mais tempo na pandemia: 'É uma das decisões mais difíceis':vaidebet de ponta cabeça
vaidebet de ponta cabeça A pandemia do novo coronavírus tem sido como um "abalo sísmico" na educação global, aponta relatório divulgado nesta quinta-feira (8/9) pela OCDE, que coloca o Brasil no grupo dos países já com mais tempovaidebet de ponta cabeçaescolas fechadas desde o início da pandemia.
Até o fimvaidebet de ponta cabeçajunho,vaidebet de ponta cabeça46 países avaliados no relatório, 52% deles haviam fechado suas escolas por 12 a 16 semanas e 28% as mantiveram fechadas por 16 a 19 semanas. O Brasil, onde a maioria das escolas permanecem fechadas, está bem no limiar — com 16 semanas contabilizadas até 30vaidebet de ponta cabeçajunho.
Em média, porém, os países da OCDE haviam mantido suas escolas fechadas por 14 semanas até o fimvaidebet de ponta cabeçajunho.
Outros 17% dos países iniciaram a reaberturavaidebet de ponta cabeçasuas escolas após no máximo 12 semanas fechadas.
A OCDE destaca, porém, que os dados devem ser vistos com cautela, uma vez que muitas vezes a situação varia dentrovaidebet de ponta cabeçacada país (já que autoridades municipais têm autonomia sobre seus sistemas educativos locais) e porque algumas redes incluíram férias e feriados durante os períodosvaidebet de ponta cabeçafechamento.
Além disso, muitos países no hemisfério Norte reiniciaram seu ano letivo agoravaidebet de ponta cabeçasetembro, ficandovaidebet de ponta cabeçafora dos números acima.
No relatório anual Education At Glance, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o chamado "clube dos países ricos" avalia aspectos da educaçãovaidebet de ponta cabeçaseus 38 países-membros evaidebet de ponta cabeçapaíses parceiros, que é o caso do Brasil.
A ediçãovaidebet de ponta cabeça2020 focou no impacto da covid-19 sobre a educação mundial, mas tambémvaidebet de ponta cabeçadiferentes segmentosvaidebet de ponta cabeçapolíticas educacionais, como ensino técnico e preparaçãovaidebet de ponta cabeçajovens para o mercadovaidebet de ponta cabeçatrabalho.
Tamanho das turmas e desafios da reabertura
O tamanho das turmas é, segundo a OCDE, "um parâmetro crítico" para a reabertura das escolas, já que "países com turmas menores podem ter mais facilidadevaidebet de ponta cabeçacumprir com as novas exigênciasvaidebet de ponta cabeçadistanciamento social".
Nesse ponto, o Brasil tem uma situação mais desafiadora que a maioria da OCDE: aqui, o tamanho médio das turmas dos anos iniciais do ensino fundamental évaidebet de ponta cabeça24 alunos nas escolas públicas, contra 21 na médiavaidebet de ponta cabeçapaíses da organização.
Esse número sobe para 28 alunos por turma nos anos finais do ensino fundamental (contra médiavaidebet de ponta cabeça23 na OCDE).
No entanto, destaca o relatório, "a necessidadevaidebet de ponta cabeçareduzir o tamanho das turmas pode dependervaidebet de ponta cabeçaoutros fatores, como espaço físico, disponibilidadevaidebet de ponta cabeçasalas evaidebet de ponta cabeçafuncionários e decisões pessoaisvaidebet de ponta cabeçaestudantes e educadores sobre o retorno às aulas".
Como e quando reabrir escolas, lembra o relatório, "é uma das decisões mais difíceis e sensíveis das agendas políticas" da atualidade, destacando que diferentes países foram forçados a tomar diferentes medidas com base nos estágios da pandemia e nas possibilidadesvaidebet de ponta cabeçanovas ondasvaidebet de ponta cabeçacontágio.
"Na maioria dos países onde as escolas reabriram, a presença não é obrigatória para todos os estudantes, para levarvaidebet de ponta cabeçaconsideração os que estão doentes ou têm parentes no grupovaidebet de ponta cabeçarisco, ou porque as escolas não conseguiriam receber todos os estudantes por causa das novas medidas sanitárias que exigem distanciamento social", prossegue o relatório.
A maioria também reabriu gradualmente —vaidebet de ponta cabeçamuitos países europeus, priorizando a volta da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental, antes dos alunos mais velhos. Já a Coreia do Sul, por exemplo, deu preferência aos estudantes dos anos finais do ensino médio, prestes a prestar exames finais e se preparar para a universidade.
'Esnobado', ensino técnico é reforço para preparar jovens na crise
Em um contextovaidebet de ponta cabeçacrise econômica aguda, os jovens tendem a ser os mais afetados pelo desemprego. O ensino técnico, defende a OCDE, pode ser um escudo protetor, ajudando o aluno a entrar no mercadovaidebet de ponta cabeçatrabalhovaidebet de ponta cabeçaempregos mais qualificados e mais bem remunerados. Mas é uma modalidade que não recebe a atenção necessária.
"O ensino técnico oferece habilidades técnicas e profissionais para a forçavaidebet de ponta cabeçatrabalho. Comumente negligenciadovaidebet de ponta cabeçafavorvaidebet de ponta cabeçarotas acadêmicas mais prestigiosas, esse tipovaidebet de ponta cabeçaensino muitas vezes é deixadovaidebet de ponta cabeçaladovaidebet de ponta cabeçadebatesvaidebet de ponta cabeçapolíticas educacionais", diz o relatório.
Em média, diz o relatório, 11% dos estudantesvaidebet de ponta cabeçaensino médio do Brasil optam por programas técnicos ou vocacionais, número bem inferior à média da OCDE (42%).
A educação profissionalizante faz parte do Plano Nacionalvaidebet de ponta cabeçaEducação, conjuntovaidebet de ponta cabeçametas previstovaidebet de ponta cabeçalei para serem atingidas (embora muitas já tenham sido descumpridas) pelo Brasil até 2024.
No caso, a meta é ter 5,2 milhõesvaidebet de ponta cabeçamatrículasvaidebet de ponta cabeçaensino profissional no ensino médio. Em 2017, porém, o Brasil tinha apenas 1,8 milhão dessas vagas.
"Durante a quarentena, a dependênciavaidebet de ponta cabeçaserviços vitaisvaidebet de ponta cabeçamanufatura e saúde, muitos dos quais fincados na educação vocacional, joga luz, mais do que nunca, que precisamos olhar para ela com novos olhos e implementar medidas para aumentarvaidebet de ponta cabeçaatratividade para aprendizesvaidebet de ponta cabeçapotencial", diz, no relatório da OCDE, o secretário-geral da entidade, o mexicano Angel Gurría.
Um ponto positivo aferido pelo relatório da OCDE é que aumentou, entre 2009 e 2019, a quantidadevaidebet de ponta cabeçajovens brasileiros com diplomavaidebet de ponta cabeçaensino superior. No entanto, no ano passado, enquanto 21% dos brasileirosvaidebet de ponta cabeça25 a 34 anos tinha curso universitário completo, esse índice évaidebet de ponta cabeça45% na média dos países da OCDE.
Em artigo no relatório, Angel Gurría lembra que a pandemiavaidebet de ponta cabeçacovid-19 já aumentou as dificuldades dos alunos mais vulneráveis e, por conta da crise econômica, deve comprimir os gastos públicos com educação.
Enquanto as perspectivas futuras são incertas, diz Gurría, "a pandemia expôs nossa vulnerabilidade a crises e revelou o quão precárias e interdependentes são as economias que criamos. (...) Nossa capacidadevaidebet de ponta cabeçareagir efetiva e eficientemente no futuro dependerá da preparação dos governos. Por meiovaidebet de ponta cabeçaseu papelvaidebet de ponta cabeçadesenvolver as competências e habilidades necessárias para as sociedades do amanhã, os sistemas educacionais precisarão estar no âmago desse planejamento."
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