De 'mofo no pulmão' a infecção no coração: sequelas da covid-19 ameaçam 'recuperados':qual melhor cassino da bet365

qual melhor cassino da bet365 Cinco dias depoisqual melhor cassino da bet365anunciar que estava curado do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro disse que sentiu fraquezas e que passou a tomar antibióticos para combater uma infecção no pulmão.

"Também, depoisqual melhor cassino da bet36520 diasqual melhor cassino da bet365casa, a gente pega outros problemas. Peguei mofo no pulmão", brincou Bolsonaroqual melhor cassino da bet365umaqual melhor cassino da bet365suas lives na internet, na quinta-feira.

Há poucas informações sobre o mais recente problemaqual melhor cassino da bet365saúde do presidente. Sequer existe uma confirmaçãoqual melhor cassino da bet365que a infecção teria sido consequência direta do coronavírus que o acometeu.

Mas o problema pulmonarqual melhor cassino da bet365Bolsonaro levanta um debate sobre quando um paciente pode ser considerado "recuperado" ou não da covid-19.

Mesmo que o paciente seja declarado livre da doença, o que se tem observado é que o coronavírus pode provocar sequelas e outros problemasqual melhor cassino da bet365saúde.

O rótuloqual melhor cassino da bet365"paciente recuperado" que aparecequal melhor cassino da bet365diversas estatísticas oficiais sugere que a pessoa conseguiu voltar àqual melhor cassino da bet365vida normal sem transtornos, mas isso pode ser enganoso.

Estudos recentes mostram que ainda é preciso investigar mais profundamente quem se recuperou totalmente da doença — e quem segue vivendo com sequelas da covid-19.

Problemas cardíacos

Dois novos estudos publicados nesta semana revelam um lado assustador da recuperação do coronavírus.

Ambos foram feitos com pacientes na Alemanha e publicados pela revista científica Journal of the American Medical Association (Jama).

O primeiro deles, com 100 pacientes que tiveram coronavírus, mostrou que 78% apresentaram algum tipoqual melhor cassino da bet365anomalia no coração maisqual melhor cassino da bet365dois meses depoisqual melhor cassino da bet365se recuperarem da covid-19. Boa parte dos doentes (67%) tiveram uma forma branda da doença e sequer foram hospitalizados.

Masqual melhor cassino da bet36560% dos casos, foi detectada uma inflamação no coração cercaqual melhor cassino da bet36570 dias depois.

O preocupante nesse estudo é que os pacientes analisados eram considerados saudáveis e com idade médiaqual melhor cassino da bet36549 anos. Outra fontequal melhor cassino da bet365preocupação é que muitos desses problemas cardíacos aconteceramqual melhor cassino da bet365forma silenciosa.

Os pacientes não apresentaram sintomas externos, e as deficiências no coração foram detectadas apenas com ressonância magnética e examesqual melhor cassino da bet365sangue.

"Nós não queremos gerar ainda mais ansiedade mas sim incitar outros pesquisadores a examinarem cuidadosamente os dados existentes e que serão coletados para confirmar ou negar nossas descobertas", escreveram os pesquisadores Clyde Yancy e Gregg Fonarow, que assinam um artigo na revista.

A segunda pesquisa envolveu a autópsiaqual melhor cassino da bet36539 vítimasqual melhor cassino da bet365covid-19. Em 24 delas (61%), foi detectada a presença do coronavírus no coração. Os cientistas dizem que isso indica que é preciso investigar mais profundamente o potencial dano que o Sars-CoV-2 pode causar no coração.

Há ainda inúmeros relatosqual melhor cassino da bet365pessoas que desenvolveram diferentes sintomas após contrair a doença, como problemas pulmonares e perdaqual melhor cassino da bet365paladar e olfato.

Cientistas também pesquisam sobre o efeito que o coronavírus pode ter no cérebro, como inflamação, e na maior incidênciaqual melhor cassino da bet365coágulos do sangue, que podem causar derrames.

'Mofo no pulmão'

Problemas respiratórios, como o relatado por Bolsonaro, estão entre as sequelas analisadas por alguns cientistas.

No começoqual melhor cassino da bet365julho, a revista Jama publicou outra pesquisa com 143 recuperadosqual melhor cassino da bet365covid-19 na Itália feita pela Policlínica Gemelli,qual melhor cassino da bet365Roma.

Dois meses depois da doença, apenas 12,6% dos pacientes disseram estar completamente recuperados, sem nenhum sintoma.

Os outros 87,4% reclamaramqual melhor cassino da bet365pelo menos algum problema. Entre os sintomas relatados, estão fadiga (53,1%), faltaqual melhor cassino da bet365ar (43,4%), dor nas juntas (27.3%) e dor no peito (21,7%).

Para 44,1%, houve uma piora na qualidadequal melhor cassino da bet365vida.

Como a covid-19 é uma doença nova, ainda não se conseguiu estudar quanto tempo leva para se recuperar dela e quais podem ser as implicaçõesqual melhor cassino da bet365longo prazo.

Os autores do estudo ressaltaram a importânciaqual melhor cassino da bet365se acompanhar pacientes recuperados mesmo meses depois da doença.

A fadiga parece ser um dos sintomas mais recorrentes. Uma das condições estudadas se chama encefalomielite miálgica, que é popularmente conhecida como fadiga crônica.

Há anos cientistas estudam se essa fadiga crônica está relacionada com infecções virais. A observância desses casosqual melhor cassino da bet365ex-pacientesqual melhor cassino da bet365covid-19 reforçaria essa tese.

A síndromequal melhor cassino da bet365fadiga crônica é uma condição debilitantequal melhor cassino da bet365longo prazo no qual a pessoa afetada sente uma sériequal melhor cassino da bet365sintomas. O mais importante deles é um esgotamento que não melhora com repouso ou sono e que afeta os pacientesqual melhor cassino da bet365todos os aspectos daqual melhor cassino da bet365rotina.

Outros sintomas comuns são dor, faltaqual melhor cassino da bet365clareza mental e problemasqual melhor cassino da bet365memória equal melhor cassino da bet365sono. Pacientes com esse problema não conseguem mais ter uma vida normal, com uma rotinaqual melhor cassino da bet365trabalho, e acabam desenvolvendo problemasqual melhor cassino da bet365saúde emocional, como baixa auto-estima.

A BBC relatou o casoqual melhor cassino da bet365um escocêsqual melhor cassino da bet36528 anos que teve covid-19 e passou 12 semanas com fadiga crônica. Antesqual melhor cassino da bet365contrair o coronavírus, Callum O'Dwyer estavaqual melhor cassino da bet365forma e tinha boa saúde, sem nenhuma doença pré-existente.

No entanto, depoisqual melhor cassino da bet365lutar durante cinco semanas contra os principais sintomas da doença, ele não teve mais condiçõesqual melhor cassino da bet365morar sozinho e precisou voltar para a casa dos pais.

Há ainda um problema adicional: os assintomáticos. Em tese, mesmo quem teve coronavírus e não apresentou sintomas da doença poderia desenvolver complicações posteriores, como problemas respiratórios ou inflamação cardíaca. Mas ainda não há estudos suficientes sobre esses casos.

Estatísticas incompletas

Todas essas sequelas da covid-19 não aparecem nas estatísticas oficiais.

Pacientes que seguem sofrendo com problemas relacionados à doença são classificados oficialmente como "pacientes recuperados" — um amplo guarda-chuva que abriga todo mundo que não sucumbiu à doença.

Essa categoriaqual melhor cassino da bet365"paciente recuperado" aparecequal melhor cassino da bet365diversas estatísticas oficiais.

No portal do governo federal, é a estatística que tem com maior destaque: 1,8 milhõesqual melhor cassino da bet365pacientes recuperados —qual melhor cassino da bet365um universoqual melhor cassino da bet3652,6 milhões casos confirmados neste ano.

No mundo, são 10 milhõesqual melhor cassino da bet365recuperados entre 17 milhõesqual melhor cassino da bet365casos confirmados, segundo a universidade americana Johns Hopkins.

Mas não há uma distinção entre quem voltou àqual melhor cassino da bet365vida normal e quem precisa conviver com sequelas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera como recuperados aqueles que tiveram dois resultados negativos para Sars-CoV-2 com pelo menos um diaqual melhor cassino da bet365intervalo. Para os casos leves, a OMS estima que o tempo entre o início da infecção e a recuperação dure até 14 dias.

Mas o Brasil, assim como vários outros países, não segue exatamente esse critério por não haver testes suficientesqual melhor cassino da bet365escala.

No Brasil, os recuperados incluem pessoas que foram hospitalizadas e receberam alta e também os casos levesqual melhor cassino da bet365que não houve registroqual melhor cassino da bet365hospitalização ouqual melhor cassino da bet365óbito nos últimos 14 dias. Por esse último critério, o presidente Bolsonaro deve entrar nesta estatísticaqual melhor cassino da bet365recuperados.

O problema da recuperação incompleta provocou uma mudança nas políticas públicasqual melhor cassino da bet365saúdequal melhor cassino da bet365outros lugares, como na Inglaterra.

O NHS England, sistemaqual melhor cassino da bet365saúde da Inglaterra, vai lançar um portal especial chamado "Sua recuperação da covid" dedicado apenas às pessoas que estão sofrendo com sequelasqual melhor cassino da bet365longo prazo da doença. Segundo o sistema, há "dezenasqual melhor cassino da bet365milharesqual melhor cassino da bet365pessoas" nesta condição na Inglaterra.

O governo britânico pretende investir 8,4 milhõesqual melhor cassino da bet365libras (R$ 56 milhões)qual melhor cassino da bet365novos estudos sobre os efeitosqual melhor cassino da bet365longo prazo da covid-19.

Nos Estados Unidos, pessoas que tiveram covid-19 têm se mobilizado para enfrentar juntas a difícil tarefaqual melhor cassino da bet365se recuperar.

Uma sobrevivente do coronavírus criou o Survivor Corps,qual melhor cassino da bet365que pacientes recuperados — mas que sofrem com sequelas — relatam seu dia-a-diaqual melhor cassino da bet365formatoqual melhor cassino da bet365diário. O grupo também ajuda cientistas a encontrarem voluntários para participaremqual melhor cassino da bet365novos estudos sobre os efeitosqual melhor cassino da bet365longo prazo do coronavírus.

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