Coronavírus: apoio a Bolsonaro nas redes é minoritário, mas coeso e mobilizado, aponta FGV:cassino 77

Nessas manifestações, o grupo mostra coesão e persistência na defesacassino 77duas bandeiras importantescassino 77Bolsonaro — a crítica ao isolamento social e a defesa da cloroquina para tratamentocassino 77covid-19.

O presidente é defensor da substância, apesarcassino 77não haver comprovaçãocassino 77sua eficácia contra o coronavírus. Ele também entroucassino 77intenso conflito com governadores desde o início da pandemia por discordarcassino 77decisões como fechar comércio, restaurantes e suspender as aulas nas escolas, para reduzir o contágio da nova doença. Para Bolsonaro, essas medidas são exageradas e afetam negativamente a economia.

Oposição ao presidente nas redes se amplia e se diversifica

Apesarcassino 77forte mobilizaçãocassino 77seus apoiadores, são perfiscassino 77oposição ao presidente que têm protagonizado as discussões no Twittercassino 77momentos críticos do debate sobre pandemia no Brasil, como no finalcassino 77março, quando Bolsonaro dissecassino 77pronunciamento à nação que sentiria apenas uma "gripezinha" caso contraísse a doença.

Outro momentocassino 77que o apoio ao presidente nas redes ficou reduzido foicassino 777cassino 77julho, quando Bolsonaro confirmou que foi diagnosticado com covid-19, assunto que gerou 3,2 milhõescassino 77tuítes naquele dia.

Após a confirmação do diagnóstico, a basecassino 77apoio do presidente se mobilizoucassino 77torno da hashtag #forçabolsonaro, mas só agregou 13% dos perfis e 32% das interações envolvendo esse tema, segundo a FGV.

"Enquanto isso, perfiscassino 77oposição e sem alinhamento partidário retomaram protagonismo, com 60% dos perfis, com a alusão às falas negligentes do governo sobre a pandemia, alçando a hashtag #forçacovid à lista das principais hashtags no debate", diz o relatório.

De acordo com a FGV, a pandemia trouxe uma nova dinâmica para o debate público no Twitter, que antes era fortemente polarizado entre a base do presidente e uma oposiçãocassino 77perfil mais partidarizado e institucional, que incluía políticos da esquerda à centro-direita, jornalistas e instituições públicas.

Após a entrada do coronavírus no Brasil, nota o relatório, essa oposiçãocassino 77caráter mais institucional se ampliou com a entradacassino 77antigos aliados políticoscassino 77Bolsonaro ecassino 77governadores. Secassino 772019, os governadorescassino 77São Paulo (João Doria) e Riocassino 77Janeiro (Wilson Witzel) eram os principais a antagonizar com Bolsonaro, a partir da pandemia, o presidente foi alvocassino 77comentários negativos atécassino 77aliados, como o governadorcassino 77Goiás, Ronaldo Caiado.

Além disso, a oposição a Bolsonaro no Twitter passou a reunir também mais manifestações críticas vindascassino 77influenciadores digitais e celebridades, como o humorista Whindersson Nunes, o biólogo e divulgador científico Atila Iamarino e o empresário e youtuber Felipe Neto — esse último já antigo opositor do presidente.

"A partircassino 77março, quando se intensifica a discussão no país sobre a pandemiacassino 77covid-19, a estrutura polarizada que organizou o debate político no Brasil desde 2014 se reorganiza:cassino 77um lado, base sólidacassino 77apoio ao governo federal permanece com forte atividade digital, mas sem atrair novos perfis e estabelecer pontescassino 77diálogo com outros grupos", diz o relatório.

"Enquanto isso, formou-se um grupocassino 77oposição ampliada (...) alinhado pela defesa do isolamento social e pela crítica à política federalcassino 77combate à pandemia", acrescenta o documento.

Segundo o coordenadorcassino 77linguística da FGV DAPP, Lucas Calil, o envolvimento maiorcassino 77celebridades e influenciadores ocorre "porque a pandemia não é só uma questão política".

"A gente monitora as pessoas reclamando da quarentena, falandocassino 77saúde mental, alcoolismo, insônia, depressão. E por força do contexto político, isso mobiliza as pessoas a fazer uma correlaçãocassino 77temascassino 77saúde com outras conjunturascassino 77políticas públicas, o que levou influenciadores digitais, principalmente da cultura, a abordar o coronavírus e se aproximarcassino 77um debate político", ressalta.

Humor como crítica

Esse grupo costuma usar o humor como linguagem para se opor ao governo, analisa o relatório da FGV. Em 2cassino 77junho, por exemplo, Whindersson Nunes escreveu no Twitter "Então morre satanás" (sic), ao reagir à seguinte fala do presidente sobre as vítimas do coronavírus: "A gente lamenta todos os mortos, mas é o destinocassino 77todo mundo".

O post atingiu 252 mil curtidas e 53,9 mil compartilhamentos. Ao ser criticado por essa manifestação, ele respondeu,cassino 77mais um comentário que viralizou: "Rapaziada, quando alguém diz 'é o destinocassino 77todos morrer' e alguém diz 'então morre satanás' não quer dizer que a pessoa mataria a outra não, animal, é pra interpretar. Todo mundo não morre?? Então morre desgraça, já que tu não liga, é isso. Se fazcassino 77doido não".

A pandemia já matou maiscassino 7770 mil pessoas no país, e o presidente tem sido constantemente criticado, seja por seu governo não ter conseguido limitar a quantidadecassino 77vítimas fatais, seja por não dar declaraçõescassino 77respeito aos mortos e seus familiares.

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