Não é só Flávio Bolsonaro: MP investigapixbet master corinthianssigilo dezenaspixbet master corinthiansdeputados após rachadinhas no RJ:pixbet master corinthians

Andre Ceciliano

Crédito, Tomaz Silva/Ag. Brasil

Legenda da foto, Gabinetepixbet master corinthiansAndre Ceciliano (PT) teria movimentado quase R$ 50 milhões

O alto volumepixbet master corinthiansoperações — que incluem investigações sobre membrospixbet master corinthiansrivais políticospixbet master corinthiansFlávio Bolsonaro, como o deputado petista André Ceciliano — contrasta com boatos que circulampixbet master corinthiansredes sociais sobre um eventual favoritismo contra o filho do presidente nas investigações decorrentespixbet master corinthiansum relatório sobre movimentações atípicas por membros da Assembleia Legislativa do Riopixbet master corinthiansJaneiro (Alerj)pixbet master corinthians2016.

Flávio Bolsonaro tem repetido que seria uma vítima um complô que agiria politicamente.

"O senador Flávio Bolsonaro é vítimapixbet master corinthiansum grupo político que tem patrocinado uma verdadeira campanhapixbet master corinthiansdifamação. Essas pessoas têm apenas um objetivo: recuperar o poder que perderam na última eleição", disse o parlamentar,pixbet master corinthiansnota.

Flavio Bolsonaro e Fabricio Queiroz

Crédito, Reprodução/Instagram

Legenda da foto, Caso Fabrício Queiroz deu notoriedade para investigações sobre Flavio Bolsonaro

Mas fontes ouvidas pela reportagem apontam que a visibilidadepixbet master corinthiansFlávio Bolsonaro no caso seria frutopixbet master corinthianssua própria atuação. Entre os elementos que explicariam as manchetes sobre ele estariam,pixbet master corinthiansprimeiro lugar, o parentesco com o chefe do Executivo, eleito com discurso anticorrupção.

Em segundo lugar, as tentativaspixbet master corinthiansFláviopixbet master corinthiansbarrar as investigações — foram nove desde 2018. Em terceiro, viria o suposto vínculo entre os desvios com lideranças importantes das milícias da zona Oeste carioca, como Adriano Magalhães da Nóbrega — uma descoberta que, segundo relatos, pegou promotorespixbet master corinthianssurpresa durante a investigação.

Foragido desde 2019 e mortopixbet master corinthiansfevereiro deste ano durante uma controversa operação policial no interior da Bahia, Nóbrega é acusadopixbet master corinthianschefiar a milícia e redepixbet master corinthiansassassinospixbet master corinthiansaluguel Escritório do Crime, que teria relação, entre outros feitos, com o assassinato da vereadora Marielle Francopixbet master corinthians2018.

Segundo a Promotoria, Queiroz teria usado empresas controladas pelo miliciano para lavar parte dos recursos repassados por servidores do gabinetepixbet master corinthiansFlávio. As defesaspixbet master corinthianstodos negam as acusações.

Sigilo

A estratégia adotada pelo MP fluminensepixbet master corinthianstodos os casos épixbet master corinthiansdiscrição. Diferentepixbet master corinthiansoutras investigações famosas, a começar pelo braço da operação Lava Jatopixbet master corinthiansCuritiba, a narrativa escolhida pela promotoria do Riopixbet master corinthiansJaneiro épixbet master corinthiansafastamento dos holofotes.

À reportagem, a áreapixbet master corinthianscomunicação da promotoria disse que as diligências para apurar irregularidades nos gabinetes dos 21 políticos "continuam sendo realizadas sob sigilo”.

Flavio Bolsonaro e Jair Bolsonaro

Crédito, AFP

Legenda da foto, O parentescopixbet master corinthiansFlávio Bolsonaro com o presidente Jair Bolsonaro deu destaque para as investigações

O órgão disse que 11 procedimentospixbet master corinthiansinvestigação contra políticos correm no âmbito do Grupopixbet master corinthiansAtribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geralpixbet master corinthiansJustiça (Gaocrim), que investiga deputados estaduais com mandato na Alerj. Em paralelo, outros 10 políticos são investigados sob a tutela do Grupopixbet master corinthiansAtuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc), que apura irregularidades envolvendo ex-deputados — casopixbet master corinthiansFlávio Bolsonaro, que mudoupixbet master corinthiansforo ao se eleger senador.

"(O Gaocrim) já obteve o deferimentopixbet master corinthiansoito quebraspixbet master corinthianssigilo bancário e fiscal pelo Órgão Especial do TJRJ", diz o MP. Já no Gaecc, "três quebraspixbet master corinthianssigilo bancário e fiscal foram obtidas junto à Justiça", segundo o órgão.

O pontopixbet master corinthianspartida para a ampla operação foi um relatório sobre movimentações suspeitas na Assembleia Legislativa do Riopixbet master corinthiansJaneiro entre janeiropixbet master corinthians2016 e janeiropixbet master corinthians2017 produzido pelo antigo Coaf, hoje Unidadepixbet master corinthiansInteligência Financeira (UIF), órgão que atua na prevenção e combate à lavagempixbet master corinthiansdinheiro.

Em agostopixbet master corinthians2019, enquanto avançavam as investigações contra o filho, o presidente Jair Bolsonaro editou medida provisória com uma sériepixbet master corinthiansalterações no antigo Coaf, incluindo mudançapixbet master corinthianspresidente,pixbet master corinthiansnome e na estrutura — ele deixoupixbet master corinthiansfazer parte do Ministério da Economia e passou a pertencer ao Banco Central. Segundo Bolsonaro, as mudanças visavam "blindar" o antigo Coafpixbet master corinthiansinterferências e pressões políticas.

Mas a alteração também foi vista como estratégia para ter mais controle sobre as atividades prestadas pelo órgão anticorrupção.

Petista também é investigado

O relatório caiu como uma bomba na classe política fluminense, apontando "movimentação financeira suspeita” nas contaspixbet master corinthians75 funcionários e ex-funcionáriospixbet master corinthiansdeputados. Pelo menos 21 deputados estaduaispixbet master corinthians14 partidos apresentariam irregularidades.

Segundo o MP, dois deputados estaduais tiveram investigações arquivadas: Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) e Tio Carlos (Solidariedade).

Os dois, alémpixbet master corinthiansAndré Ceciliano (PT) e Paulo Ramos (PDT), haviam se apresentado voluntariamente para prestar esclarecimentos ao MP.

Mas as apurações sobre Ceciliano, hoje presidente da Alerj, e Ramos, segundo a reportagem apurou, continuam.

Segundo o relatório do Coaf, o gabinetepixbet master corinthiansCeciliano ocuparia o topo no rankingpixbet master corinthianssupostas movimentações suspeitas, com R$ 49,3 milhõespixbet master corinthians2016. Em maio do ano passado, o petista também ganhou manchetes ao ter seu sigilo bancário e fiscal quebrado pela Justiça.

Ramos viriapixbet master corinthiansseguida, com R$ 30,3 milhõespixbet master corinthianssupostas movimentações irregulares.

Os dois negam qualquer irregularidade e afirmam que se ofereceram espontaneamente para prestar esclarecimentos e apresentaram seus sigilos bancários e fiscais às autoridades.

As investigações ativas do MP fluminense contra políticos a partir do relatório do antigo Coaf incluem casospixbet master corinthiansmovimentações suspeitaspixbet master corinthiansverbas públicas, irregularidadespixbet master corinthiansdoações eleitorais e as famosas “rachadinhas”, termo que se refere à práticapixbet master corinthiansdesvio ou rateio dos saláriospixbet master corinthiansassessores com os políticos que os empregam.

Rachadinha e milícias

Desde 2018, Flávio Bolsonaro tem usado todas as instâncias possíveis — Tribunalpixbet master corinthiansJustiça (RJ), Superior Tribunalpixbet master corinthiansJustiça e Supremo Tribunal Federal — para tentar barrar as investigações contra si próprio. Foram nove tentativas sem sucesso, o que acabou chamando atenção da mídia e gerando notícias sobre decisões judiciaispixbet master corinthianssérie.

Dias Toffoli

Crédito, Mauro Pimentel/AFP

Legenda da foto, Dias Toffoli paralisou centenaspixbet master corinthiansinvestigações após pedidopixbet master corinthiansFlávio Bolsonaro

A mais famosa foi uma decisão individual do presidente do STF, Dias Toffoli, que,pixbet master corinthiansjulhopixbet master corinthians2019, paralisou centenaspixbet master corinthiansinvestigações e processos criminais após um pedido do senador Flávio Bolsonaro. Meses mais tarde, o plenário da corte reverteu a decisão que favorecia o herdeiro bolsonarista.

Além do parentesco presidencial e dos embates na justiça, o suposto elo entre os desvios apurados e membros da milícia da zona oeste do Riopixbet master corinthiansJaneiro trouxe mais importância ao caso.

Flavio Bolsonaro já fez homenagens ao ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega, que foi expulso da PM fluminensepixbet master corinthians2014 por relação com jogo do bicho, e empregoupixbet master corinthiansseu gabinete a mãe e a mulher dele — esta, por maispixbet master corinthiansuma década.

A descoberta, segundo fontes, teria sido uma surpresa para os investigadorespixbet master corinthiansmeio às investigações sobre movimentações financeiras.

Flávio Bolsonaro nega qualquer vínculo com milicianos e diz ter defendido e homenageado maispixbet master corinthiansuma centenapixbet master corinthiansagentespixbet master corinthianssegurança ao longopixbet master corinthianssua trajetória parlamentar.

Na épocapixbet master corinthiansque os fatos vieram à tona, ele disse que o parentesco entre suas duas ex-assessoras e um acusadopixbet master corinthianscomandar milícia é "mais uma ilação irresponsável daqueles que pretendem me difamar".

"Aqueles que cometem erros devem responder por seus atos", prosseguiu.

A atenção dada pela promotoria ao caso acompanharia um movimentopixbet master corinthianspriorização ao combate às milícias pelo MP fluminense nos últimos anos.

"A milícia hoje é o maior problemapixbet master corinthianssegurança pública do Riopixbet master corinthiansJaneiro. Diferente do tráfico, na maior parte das vezes, a milícia comumente tem agentes públicos que se usam da estrutura estatal para o praticar crime. Seu alcance é muito maior", diz uma autoridade com familiaridade com o tema.

"A investigação sobre o Queiroz esbarrou nessa história justamente no momentopixbet master corinthiansque todos têm clareza sobre a natureza nefasta das milicias para a sociedade", continua.

O Ministério Público do Riopixbet master corinthiansJaneiro afirma que a milícia supostamente comandada por Adriano da Nóbrega cometia agiotagem, receptaçãopixbet master corinthianscarga roubada, extorsãopixbet master corinthiansmoradores, cobrançapixbet master corinthianstaxas para prover serviços ilegais e intimidação com uso da força. A mãepixbet master corinthiansAdriano e ex-assessorapixbet master corinthiansFlávio Bolsonaro, Raimunda Veras Magalhães, também é citada no relatório do antigo Coaf.

Queiroz preso

Fabrício Queiroz foi presopixbet master corinthiansAtibaia a pedido do Ministério Público do Riopixbet master corinthiansJaneiro e com autorização dada pela Justiça do Rio.

Fabricio Queiroz preso

Crédito, AFP

Legenda da foto, Queiroz foi preso a pedido do Ministério Público do Riopixbet master corinthiansJaneiro

Segundo o Coaf, ele teria movimentado quase R$ 7 milhõespixbet master corinthianstrês anos. Entre janeiropixbet master corinthians2016 e janeiropixbet master corinthians2017, recebeu depósitos e fez saquespixbet master corinthiansum totalpixbet master corinthiansR$ 1,2 milhão, valor que seria incompatível com seu patrimônio e ocupação.

Ele era servidor público cadastrado da Assembleia Legislativa do Rio, com saláriopixbet master corinthiansR$ 8.517, e acumulava rendimentos mensaispixbet master corinthiansR$ 12,6 mil da Polícia Militar.

O antigo Coaf identificou diversas transações suspeitas feitas pelo ex-assessor, que aparecepixbet master corinthiansfotos antigas fazendo churrasco com o presidente e os filhos.

Uma delas envolve um chequepixbet master corinthiansR$ 24 mil depositado na conta da hoje primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O relatório mostra também que sete servidores da Alerj que passaram pelo gabinetepixbet master corinthiansFlávio Bolsonaro fizeram transferências para a conta mantida por Queiroz.

Chamava a atenção também que o próprio Queiroz depositou outros R$ 94.812 empixbet master corinthiansconta e fez 176 saquespixbet master corinthiansdinheiropixbet master corinthiansespécie ao longopixbet master corinthians2016.

Queiroz epixbet master corinthiansdefesa já disseram diversas vezes que ele sempre agiupixbet master corinthians"forma lícita". Segundo ele, funcionários do gabinetepixbet master corinthiansFlávio Bolsonaro depositavam partepixbet master corinthiansseus salários empixbet master corinthiansconta a fimpixbet master corinthiansampliar, informalmente e sem o conhecimento do parlamentar, a basepixbet master corinthiansfuncionários ligados ao então deputado estadual.

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