Bolsonaro, Moro, PF, Queiroz, Marinho... Tudo o que voce precisa saber para entender a complicada crise politica brasileira:betsul. com

O senador Flávio Bolsonaro com o pai, Jair Bolsonaro

Crédito, Reuters

Legenda da foto, O senador Flávio Bolsonaro com o pai, Jair Bolsonaro,betsul. comBrasília; o parlamentar é investigado por irregularidades quando atuou como deputado estadual no RJ

betsul. com O inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que apura se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal ganhou novos capítulos nos últimos dias, após o empresário Paulo Marinho ter dito que houve vazamentobetsul. comuma investigação da PF ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente.

Em entrevista ao jornal Folhabetsul. comS.Paulo, Marinho, que foi um dos mais próximos apoiadoresbetsul. comBolsonaro na campanhabetsul. com2018 e se elegeu suplente na chapabetsul. comFlávio para o Senado, afirmou que o filho do presidente foi avisado com antecedência por um delegado da PF sobre a deflagração da Operação Furna da Onça. A operação levou à prisãobetsul. comdiversos parlamentares do Estado do Riobetsul. comnovembrobetsul. com2018 e atingiu Fabrício Queiroz, ex-assessorbetsul. comFlávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu que a PF colha o depoimento do empresário Paulo Marinho no âmbito desse inquérito, o que deve ocorrer ainda nesta quarta-feira (20/05), na Superintendência da PF no Rio.

Também nos últimos dias, foi divulgado que Flávio Bolsonaro repassou R$ 500 mil do fundo público partidário ao advogado Victor Granado Alves, investigado no caso Queiroz.

Ao mesmo tempo, é aguardada a decisão do ministro Celsobetsul. comMello, do STF, a respeito da divulgação do vídeo da reunião ministerial realizadabetsul. com22betsul. comabril, considerado peça-chave neste caso. Na ocasião, segundo o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, Bolsonaro tratoubetsul. commudanças na PF. Por enquanto, vieram a público dois trechos da reunião transcritos pela Advocacia-Geral da União (AGU).

Em dez pontos, entenda os principais pontos desse caso e como eles se relacionam:

1. O que disse e quem é Paulo Marinho?

O empresário Paulo Marinho disse,betsul. comentrevista à Folhabetsul. comS.Paulo, que Flávio Bolsonaro soube com antecedência que a Operação Furna da Onça, que atingiu Queiroz, seria deflagrada. Segundo o relato, Flávio foi avisado da existência dela entre o primeiro e o segundo turnos das eleições, por um delegado da Polícia Federal que era simpatizante da candidaturabetsul. comJair Bolsonaro.

O delegado-informante (cuja identidade ainda não veio a público) teria ainda aconselhado Flávio a demitir Queiroz e a filha dele, que trabalhava no gabinete do então deputado federalbetsul. comJair Bolsonarobetsul. comBrasília, e teria dito que a operação, então sigilosa, seria "segurada" para que ela não ocorresse no meio do segundo turno, prejudicando assim a candidaturabetsul. comBolsonaro.

Marinho foi um dos principais apoiadores da campanha presidencialbetsul. comBolsonaro e cedeubetsul. comcasa no Riobetsul. comJaneiro para a campanha. Também foi eleito suplente na chapabetsul. comFlávio para o Senado. Atualmente, ele é pré-candidato a prefeito do Rio pelo PSDB.

Após o relatobetsul. comMarinho, a defesabetsul. comVictor Granado Alves, advogado e ex-assessorbetsul. comFlávio, confirmou que ele compareceu à reuniãobetsul. comdezembrobetsul. com2018, no Rio,betsul. comque o filhobetsul. comBolsonaro teria relatado o vazamento a elebetsul. cominformaçõesbetsul. comuma investigação sigilosa da Polícia Federal.

2. O que Flávio Bolsonaro respondeu sobre acusaçãobetsul. comMarinho?

Em nota, o senador disse que as informações divulgadas por Marinho se tratavambetsul. com"invençãobetsul. comalguém desesperado e sem votos".

"É fácil entender esse tipobetsul. comataque ao lembrar que ele, Paulo Marinho, tem interessebetsul. comme prejudicar, já que seria meu substituto no Senado. Ele sabe que jamais teria condiçõesbetsul. comganhar nas urnas e tenta no tapetão. E por que somente agora inventa isso, às vésperas das eleições municipaisbetsul. comque ele se coloca como pré-candidato do PSDB à Prefeitura do Rio, e não à épocabetsul. comque ele diz terem acontecido os fatos, dois anos atrás?", diz na nota.

Queiroz (à dir.) é ex-motorista e ex-segurança do hoje senador Flávio Bolsonaro

Crédito, Reprodução/Instagram

Legenda da foto, Queiroz (à dir.) é ex-motorista e ex-segurança do hoje senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente

3. Caso Queiroz e a Operação Furna da Onça

Fabrício Queiroz, ex-assessorbetsul. comFlávio Bolsonaro na Alerj e amigobetsul. comJair Bolsonaro desde a décadabetsul. com1980, passou a ser investigadobetsul. com2018 depois que o Coaf (atual Unidadebetsul. comInteligência Financeira) identificou diversas transações suspeitas embetsul. commovimentação bancária.

Segundo o órgão, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre janeirobetsul. com2016 e janeirobetsul. com2017, valor que seria incompatível com seu patrimônio e ocupação, e recebeu transferências embetsul. comcontabetsul. comsete servidores que passaram pelo gabinetebetsul. comFlávio.

A suspeita ébetsul. comque Queiroz seria operadorbetsul. comum esquemabetsul. com"rachadinha" (quando funcionários são coagidos a devolver parte do salário) no gabinetebetsul. comFlávio na Assembleia.

Para os investigadores, Flávio é chefebetsul. comuma organização criminosa que atuoubetsul. comseu gabinete na Alerj entre 2007 e 2018, e parte dos recursos movimentados no esquema foi lavadabetsul. comuma franquiabetsul. comlojabetsul. comchocolates da qual ele é sócio.

Flávio é investigado sob suspeitabetsul. compeculato, lavagembetsul. comdinheiro e organização criminosa. Não há informações detalhadas sobre os próximos passos nem previsãobetsul. comconclusão porque os processos correm sob sigilo.

O senador nega ter cometido qualquer ilegalidade no caso.

4. Como apareceu o nomebetsul. comGustavo Bebianno nessa crise?

Marinho citou o nomebetsul. comGustavo Bebianno, ex-ministrobetsul. comBolsonaro,betsul. comalguns pontos da entrevista. Em um deles, disse que Bebianno tinha um celular pelo qual "interagiu durante toda a campanha (de 2018) e a transiçãobetsul. comgoverno com o capitão (Bolsonaro)" e mencionou que o aparelho estaria "com uma pessoa nos Estados Unidos".

A declaração levantou suspeitasbetsul. comque essas trocasbetsul. commensagens poderiam trazer novas informações sobre o suposto vazamentobetsul. cominformações a favor do senador Flávio Bolsonaro.

Bebianno, que era pré-candidato à prefeitura do Rio pelo PSDB, morreubetsul. cominfartobetsul. commarçobetsul. com2020.

Segundo a Folhabetsul. comS.Paulo, Bebianno já tinha revelado a amigos que um delegado da PF tinha vazado informaçõesbetsul. cominvestigações que envolviam Queiroz e o filho do presidente Jair Bolsonaro na época da campanha eleitoral.

No fimbetsul. com2019,betsul. comentrevista ao Uol, Bebianno disse que a investigação foi "brecada" para não atrapalhar a campanha e que falaria sobre esse tema "na hora certa".

"Flávio era investigado já durante a campanha. A investigação foi brecada para não atrapalhar a campanha. (Wilson) Witzel não tinha sido eleito (para o governo do Rio), o MP já estava nisso antes da eleição, fazendo investigação focadabetsul. comvários parlamentares. Flávio era um deles e a investigação foi brecada. Sobre isso vou falar na hora certa", disse.

5. O que disse Moro e qual é o alvo do inquérito no Supremo?

Ao deixar o governo, o ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro acusou o presidente Bolsonarobetsul. comtentar interferir na PF.

Depois disso, o procurador-geral da República, Augusto Aras, fez pedidobetsul. comaberturabetsul. cominquérito e o ministro Celsobetsul. comMello, do STF, autorizou o início do processo para investigar se Bolsonarobetsul. comfato tentou interferir na corporação para ter acesso a investigaçõesbetsul. comcurso.

No dia 2betsul. commaio, Moro prestou depoimento por maisbetsul. comoito horas na Superintendência da Polícia Federalbetsul. comCuritiba. Ele disse que Bolsonaro pediu a ele, no começobetsul. commarço deste ano, a troca do chefe da PF no Riobetsul. comJaneiro.

Moro disse que recebeu, pelo WhatsApp, a seguinte mensagembetsul. comBolsonaro: "Moro, você tem 27 Superintendências, eu quero apenas uma, a do Riobetsul. comJaneiro".

O ex-ministro e ex-juiz disse também que não acusou Bolsonarobetsul. comter cometido algum crime e que entende que essa avaliação quanto a práticabetsul. comcrime cabe às instituições competentes.

Horas antes da oitiva, Bolsonaro chamou o ex-auxiliarbetsul. com"Judas"betsul. comum texto no Twitter que acompanha um vídeo sobre a tentativabetsul. comassassinato que ele sofreu durante as eleiçõesbetsul. com2018.

Montagem com fotosbetsul. comBolsonaro e Moro, ambosbetsul. comperfil

Crédito, AFP

Legenda da foto, Após demissãobetsul. comMoro (dir.), Bolsonaro chegou a chamar seu ex-ministrobetsul. com'Judas'

6. O que há no vídeo da reunião ministerial nas mãos do Supremo?

Considerado peça-chave no caso, o vídeo da reunião ministerial realizadabetsul. com22betsul. comabril ainda não veio a público. Na ocasião, Bolsonaro teria tratadobetsul. commudanças na PF, segundo Moro.

O ministro Celsobetsul. comMello ainda precisa decidir se vai autorizar a divulgação da íntegra do vídeo. Por enquanto, vieram a público apenas dois trechos da reunião transcritos pela Advocacia-Geral da União (AGU).

Na primeira fala, Bolsonaro afirma: "Eu não posso ser surpreendido com notícias. Pô. eu tenho a PF que não me dá informações; eu tenho as inteligências das Forças Armadas que não têm informações: a Abin tem os seus problemas, tem algumas informações, só não tem mais porque tá faltando realmente... temos problemas... aparelhamento, etc. A gente não pode viver sem informação."

E complementa: "E não estamos tendo. E me desculpe o serviçobetsul. cominformação nosso — todos — é uma vergonha, uma vergonha, que eu não sou informado, e não dá para trabalhar assim, fica difícil. Por isso, vou interferir. Ponto final. Não é ameaça, não é extrapolação da minha parte. É uma verdade".

Cinquenta minutos depois, segundo a AGU, Bolsonaro fez uma segunda declaração.

"Já tentei trocar gente da segurança nossa no Riobetsul. comJaneiro oficialmente e não consegui. Isso acabou. Eu não vou esperar f... minha família todabetsul. comsacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura. Vai trocar; se não puder trocar, troca o chefe dele; não pode trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira", afirmou o presidente.

A AGU argumentou que Bolsonaro não menciona "direta ou indiretamente" os termos "Polícia Federal", "superintendente" ou "diretor-geral". A defesa diz que a ameaçabetsul. comdemissãobetsul. comintegrantes da "segurança nossa no Rio Janeiro" feita pelo presidente faz referência à segurança presidencial ebetsul. comseus familiares, sob responsabilidade do Gabinetebetsul. comSegurança Institucional (GSI), e não da PF.

Celsobetsul. comMello

Crédito, STF / Ascom

Legenda da foto, O ministro Celsobetsul. comMello, do STF, autorizou aberturabetsul. cominquérito para investigar declaraçõesbetsul. comMoro contra Bolsonaro

7. O que disseram integrantes da PFbetsul. comdepoimentos

A informação que mais chamou atenção, nos últimos dias, sobre os depoimentosbetsul. comintegrantes da PF é relacionada ao novo diretor-executivo da Polícia Federal, Carlos Henrique Oliveirabetsul. comSousa. Ele fez um novo depoimento e mudou versão sobre troca no comando da superintendência no Rio.

Ele disse, segundo a TV Globo, que foi procuradobetsul. com27betsul. comabril pelo diretor-geral da Agência Brasileirabetsul. comInteligência (Abin), Alexandre Ramagem, sobre a possibilidadebetsul. comassumir o segundo posto na hierarquia da PF.

No primeiro depoimento, ele dissera que "ninguém" o havia procurado sobre assumir o cargobetsul. comdiretor-executivo. Mas, conforme o relatório do novo depoimento, pediu para mudar a versão. E informou que Ramagem o procurou.

A coluna Painel, da Folhabetsul. comS.Paulo, aponta que as novas declaraçõesbetsul. comCarlos Henrique Oliveirabetsul. comSousa indicam uma contradição nas versõesbetsul. comAlexandre Ramagem e Jair Bolsonaro no inquérito que apura as acusações feitas por Sergio Moro. O depoimento mais recente sugere que Ramagem ocultou dos investigadores que a troca do comando no Rio estava definida.

Antesbetsul. comvirar número dois da PF, Sousa era o superintendente no Rio. Em agostobetsul. com2019, Ricardo Saadi foi substituído por Carlos Henrique Oliveira. Bolsonaro mencionou problemasbetsul. com"gestão e produtividade", mas a instituição negou problemasbetsul. comdesempenho da chefia.

Embora o superintendente da PF no Rio não tivesse ingerência sobre casos envolvendo a família Bolsonaro, houve uma avaliaçãobetsul. comque Bolsonaro trocou o superintendente porque a atuaçãobetsul. comSaadi estavabetsul. comsintonia com autoridades que lidavam com o Caso Queiroz — que investiga também supostos elos entre milícias do Riobetsul. comJaneiro — no âmbito estadual, com o Ministério Público do Riobetsul. comJaneiro.

Em 2020, depois da saídabetsul. comMoro do comando do Ministério da Justiça ebetsul. comMaurício Valeixo da chefia da Polícia Federal, Bolsonaro nomeou Ramage, amigobetsul. comsua família, para comandar a PF.

A nomeação, foi suspensa por decisão do ministro Alexandrebetsul. comMoraes, do STF, que citou as alegaçõesbetsul. comMoro e afirmou que há indíciobetsul. comdesviobetsul. comfinalidade na escolhabetsul. comRamagem, "em inobservância aos princípios constitucionais da impessoalidade, da moralidade e do interesse público".

Cinco dias depois da suspensão, Bolsonaro nomeou o delegado Rolando Alexandrebetsul. comSouza como novo diretor-geral da Polícia Federal.

Em depoimentobetsul. com11betsul. commaio, Valeixo disse que Bolsonaro teria afirmado, por telefone, que não tinha "nada contra abetsul. compessoa", mas que queria alguém no comando da PF com quem tivesse "mais afinidade". Afirmou, ainda, que não existiram interferências no trabalho da polícia enquanto Moro ocupou o postobetsul. comministro da Justiça e Segurança Pública.

Já Ramagem, tambémbetsul. comdepoimento, afirmou que tem respeito e apreço da família Bolsonaro pelos trabalhos realizados e pela confiança do presidente da República no trabalho dele, mas disse que não tem "intimidade pessoal". Afirmou, ainda, que foi consultado pelo presidente a respeito da indicaçãobetsul. comRolando Alexandrebetsul. comSouza, novo diretor-geral da PF.

Ele se tornou próximobetsul. comBolsonaro na campanhabetsul. com2018, quando foi destacado pela PF para coordenar a segurança do candidato após ele ter sido alvobetsul. comuma facadabetsul. comsetembro e quase morrer. Assim, ganhou proximidade com a família presidencial, tendo passado a viradabetsul. com2018 para 2019betsul. comuma festabetsul. comAno Novo com o vereador Carlos Bolsonaro.

8. O que disseram ministrosbetsul. comBolsonarobetsul. comdepoimento à PF

Os ministros Augusto Heleno (Gabinetebetsul. comSegurança Institucional), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria da Presidência) e Braga Netto (Casa Civil) também prestaram depoimento no âmbito do inquérito aberto para apurar as supostas tentativasbetsul. cominterferência na PF.

Eles afirmaram, segundo divulgado pela imprensa, que Bolsonaro não tinha como objetivo interferir na Polícia Federal.

Braga Netto disse que as declarações do presidente na reunião ministerialbetsul. comque era preciso trocar a "segurança" do Rio faziam referência à segurança pessoal dele.

9. O que o pagamentobetsul. comR$ 500 mil do fundo partidário a advogado tem a ver com o caso?

Nesta terça-feira (19), a Folha revelou que Flávio Bolsonaro repassou R$ 500 mil do fundo público partidário ao advogado Victor Granado Alves, investigado no caso Queiroz.

A pedidobetsul. comFlávio, segundo a reportagem, o PSL nacional contratoubetsul. comfevereirobetsul. com2019 o escritóriobetsul. comadvocaciabetsul. comGranado Alves, ex-assessor que hoje tem o nome envolvido no suposto vazamentobetsul. cominformações da Polícia Federalbetsul. combenefício da família do presidente da República. Foram 13 meses e meiobetsul. comcontrato, com custo aos cofres públicosbetsul. comao menos R$ 500 mil.

O advogado foi citado por Paulo Marinho como um dos assessores do senador que teriam recebidobetsul. comum delegado da Polícia Federal a informaçãobetsul. comuma operação envolvendo pessoas do gabinetebetsul. comFlávio.

Granado Alves foi funcionário do gabinetebetsul. comFlávio na épocabetsul. comque Queiroz teria operacionalizado o esquemabetsul. com"rachadinhas" e o relatório do Coaf também cita movimentações atípicas do advogado.

10. O que pode acontecer ao fim do inquérito?

Quando estiver encerrada a fasebetsul. comcoletabetsul. comevidências e depoimentos no âmbito do inquérito, cabe ao procurador-geral da República, Augusto Aras, decidir se denunciará ou não Bolsonaro ou alguma outra pessoa.

Segundo o pedidobetsul. comaberturabetsul. cominquérito da PGR, Bolsonaro pode ter cometido,betsul. comtese, os crimesbetsul. comfalsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstruçãobetsul. comJustiça e corrupção passiva privilegiada. Já Moro, segundo Aras, pode ter incorridobetsul. comcrimes contra a honra e no crimebetsul. comdenunciação caluniosa, se as acusações dele contra Bolsonaro se mostrarem falsas.

Se o presidente for efetivamente denunciado, caberá à Câmara dos Deputados decidir se ele será ou não investigado durante o mandato. Para que a investigação prossiga, são necessários os votosbetsul. com342 dos 513 deputados. Uma vez aceita a denúncia pela Câmara, o presidente é afastado do cargo durante seis meses — 180 dias — para que o Supremo possa concluir as investigações e dar uma decisão.

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