A guerrapixbet lotteryversões entre Bolsonaro e Moro sobre reunião ministerial e trocas na PF:pixbet lottery

A reunião ministerial foi registradapixbet lotteryfotos e vídeos pela Presidência da República

Crédito, Marcos Corrêa / PR

Legenda da foto, A reunião ministerial foi registradapixbet lotteryfotos e vídeos pela Presidência da República

pixbet lottery Declarações do presidente Jair Bolsonaropixbet lotteryuma reunião ministerialpixbet lottery22pixbet lotteryabril, transcritas e divulgadas pela Advocacia-Geral da União (AGU), reacenderam as acusações que o ex-ministro Sergio Moro fez contra o mandatáriopixbet lotteryinterferência na Polícia Federal e iniciaram nova guerrapixbet lotteryversões entre os dois ex-aliados.

O ministro decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Celsopixbet lotteryMello, deve decidir nesta sexta-feira (15) se retira o sigilo do vídeo da reunião tida como peça-chave no inquérito aberto para investigar o presidente Bolsonaro sob acusaçãopixbet lotterycrimes como advocacia administrativa e corrupção - ele nega ter cometido qualquer irregularidade.

Vieram a público na imprensa brasileira trechospixbet lotterydeclaraçõespixbet lotteryBolsonaro, que estão sob sigilo no STF, nas quais ele cobra o recebimentopixbet lotteryrelatóriospixbet lotteryinteligência da PF e ameaça demitir subordinados a fimpixbet lotteryproteger familiares e amigos.

As defesaspixbet lotteryMoro e Bolsonaro divergem sobre o teor das declarações do presidente. De um lado, a AGU afirma que o mandatário estava preocupado com a segurança físicapixbet lotterysua família, e que isso não tem a ver com a PF.

De outro, o advogado do ex-ministro afirma que a transcrição confirma a pressão que Bolsonaro fazia sobre a PF para obter informaçõespixbet lotteryinquéritos envolvendo seus filhos.

Mas o que diz a transcrição?

A AGU transcreveu duas declaraçõespixbet lotteryBolsonaro durante a reunião.

Na primeira, segundo transcrição divulgada por jornais brasileiros, o presidente afirma:

"Eu não posso ser surpreendido com notícias. Pô. eu tenho a PF que não me dá informações; eu tenho as inteligências das Forças Armadas que não têm informações: a Abin tem os seus problemas, tem algumas informações, só não tem mais porque tá faltando realmente... temos problemas... aparelhamento, etc. A gente não pode viver sem informação."

Bolsonaro e Moro vivem intensa trocapixbet lotteryacusações desde que o ministro deixou o governo, no fimpixbet lotteryabril

Crédito, AFP

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E complementa: "E não estamos tendo. E me desculpe o serviçopixbet lotteryinformação nosso — todos — é uma vergonha, uma vergonha, que eu não sou informado, e não dá para trabalhar assim, fica difícil. Por isso, vou interferir. Ponto final. Não é ameaça, não é extrapolação da minha parte. É uma verdade".

Cinquenta minutos depois, segundo a AGU, Bolsonaro fez uma segunda declaração.

"Já tentei trocar gente da segurança nossa no Riopixbet lotteryJaneiro oficialmente e não consegui. Isso acabou. Eu não vou esperar f... minha família todapixbet lotterysacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura. Vai trocar; se não puder trocar, troca o chefe dele; não pode trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira", afirmou o presidente.

O que Bolsonaro epixbet lotterydefesa dizem?

De acordo com a AGU, a primeira declaraçãopixbet lotteryBolsonaro sobre relatóriospixbet lotteryinteligência e a segundapixbet lotteryque ameaça demitir subordinados estãopixbet lotterycontextos diferentes.

"As declarações presidenciais com alguma pertinência NÃO estão no mesmo contexto, muitíssimo pelo contrário: estão elas temporal e radicalmente afastadas na própria sequência cronológica da reunião", afirmoupixbet lotterymanifestação no inquérito do STF, divulgada pelo jornal O Estadopixbet lotteryS. Paulo.

No texto, a AGU argumentou que Bolsonaro não menciona "direta ou indiretamente" os termos "Polícia Federal", "superintendente" ou "diretor-geral". A defesa diz que a ameaçapixbet lotterydemissãopixbet lotteryintegrantes da “segurança nossa no Rio Janeiro” feita pelo presidente faz referência à segurança presidencial epixbet lotteryseus familiares, sob responsabilidade do Gabinetepixbet lotterySegurança Institucional (GSI), e não da PF.

O ministro Celsopixbet lotteryMello com expressão neutra sentado na cadeira do Supremo Tribunal Federal

Crédito, Nelson Jr./SCO/STF

Legenda da foto, Ministro Celsopixbet lotteryMello deve decidir nesta sexta-feira sobre sigilopixbet lotteryreunião ministerial envolvidapixbet lotteryinvestigação

Bolsonaro já deu ao menos três declarações a jornalistas sobre o tema.

No dia 12, ele afirmou não ter feito qualquer referência à PF. "Não existe, no vídeo todo, a palavra 'Polícia Federal' nem 'superintendência'. Não existe 'superintendente' nem 'Polícia Federal'. Essa interpretação vai da cabeçapixbet lotterycada um. Não tem a palavra 'investigação'."

Um dia depois, disse "a preocupação minha sempre foi depois da facada,pixbet lotteryforma bastante direcionada para a segurança minha e da minha família" e que "a Polícia Federal nunca investigou ninguém da minha família".

Em seguida, nesta sexta (15), admitiu ter mencionado PF na reunião no contextopixbet lotterycríticas a relatóriospixbet lotteryinteligência. "Palavra 'PF'. Duas letras. Tem a ver com a Polícia Federal, mas é reclamação PF, no tocante ao serviçopixbet lotteryinteligência."

O que Moro epixbet lotterydefesa dizem?

O advogadopixbet lotteryMoro, Rodrigo Rios, afirmou que os trechos transcritos pela AGU reforçam a tentativapixbet lotteryinterferência na PF, mas defendeu a divulgação da íntegra do vídeo para contextualizar as falaspixbet lotteryBolsonaro.

Para ele, a transcrição parcial "busca apenas reforçar a tese da defesa do presidente” e omite contexto e "trechos relevantes para a adequada compreensão, inclusive na parte da 'segurança do RJ'".

Rios argumenta que, ainda assim, a troca do diretor-geral da PF e do superintendente do órgão no Rio, confirmam "que as referências diziam respeito à PF e não ao GSI".

Moro pediu demissão do cargo no dia 24/4, horas depois da exoneraçãopixbet lotteryMaurício Valeixo do comando da PF.

Em seu depoimento à Polícia Federalpixbet lottery2/5, o ex-ministro disse: "O presidente afirmou que iria interferirpixbet lotterytodos os Ministérios e quanto ao MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública), se não pudesse trocar o superintendente do Riopixbet lotteryJaneiro, trocaria o Diretor Geral e o próprio ministro da Justiça".

Bolsonaro tentou nomear o então chefe da Agência Brasileirapixbet lotteryInteligência (Abin), Alexandre Ramagem, para o lugarpixbet lotteryValeixo, mas o ministro Alexandrepixbet lotteryMoraes, do STF, barrou a nomeação por entender que houve desviopixbet lotteryfinalidade.

Dias depois, assumiu então o posto o delegado Rolando Alexandre. Um dos primeiros atos dele foi a troca do superintendente da PF no Riopixbet lotteryJaneiro.

O que disseram ministros?

Segundo o jornal Folhapixbet lotteryS.Paulo, oito pessoas ouvidas pela Polícia Federal no âmbito da investigação confirmaram a versãopixbet lotteryMoropixbet lotteryque Bolsonaro queria trocar Valeixo desde 2019 e sete delas confirmaram os planos do presidentepixbet lotterymexer no comando da superintendência fluminense da PF.

Ao se demitir no dia 24/4, Moro afirmou que o presidente lhe disse ”maispixbet lotteryuma vez que ele queria ter uma pessoa do contato dele que ele pudesse ligar, que ele pudesse colher informações, colher relatóriospixbet lotteryinteligência".

Para o ex-ministro, não é apropriado que o presidente tenha acesso direto a esse tipopixbet lotteryinformação e qualquer mudança no comando da PF sem razões técnicas deixaria claro que "havia uma interferência política na Polícia Federal, que gera um abalo à credibilidade minha, mas também do governo”.

Naquele mesmo dia, Bolsonaro fez um pronunciamentopixbet lotteryque afirmou que a prerrogativapixbet lotterynomeação do diretor-geral da Polícia Federal é do presidente da República. “Quero um delegado, que eu sinta que eu possa interagir com ele. Por que não? Interajo com os homens da inteligência das Forças Armadas, interajo com a Abin. (...) Eu nunca pedi para ele o andamentopixbet lotteryqualquer processo. Até porque, com ele, a inteligência perdeu espaço na Justiça."

Durantepixbet lotteryfala, o presidente afirmou também que havia sugerido a Moro a troca do superintendente do Riopixbet lotteryJaneiro por causapixbet lotteryinvestigações que envolveram Bolsonaro e umpixbet lotteryseus filhos no âmbito da apuração sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco.

Dois ministros do governo Bolsonaro afirmaram a investigadores da PF que o presidente não cobrava acesso a investigações, mas a relatóriospixbet lotteryinteligência.

O ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, disse que Bolsonaro “não demonstrava insatisfação com elementos da polícia judiciária, mas apixbet lotteryinsatisfação era com os dadospixbet lotteryinteligência, que precisavam ser ao presidente fornecidos para tomadapixbet lotterydecisões”.

Moro afirmou à PF que o então colega ministro general Augusto Heleno (Gabinetepixbet lotterySegurança Instituicional, o GSI) lhe disse certa vez que “esse tipopixbet lotteryrelatório que o presidente quer ele não pode receber”. Maspixbet lotterydepoimento, Heleno declarou não se lembrarpixbet lotteryter afirmado isso e que Bolsonaro não queria ter acesso a investigações.

Por outro lado, os depoimentospixbet lotteryHeleno epixbet lotteryoutro ministro, general Luiz Eduardo Ramos (Secretariapixbet lotteryGoverno), contradizem o presidente Bolsonaro e relatam que o mandatário fez sim menções à PF na reunião ministerialpixbet lottery22/4.

Pouco depois, Bolsonaro afirmou a jornalistas que Ramos se “equivocou”.

O que mais foi dito na reunião?

A íntegra do conteúdo só será conhecida caso o ministro Celsopixbet lotteryMello retire o sigilo total do conteúdo, mas trechos vieram à luz na imprensa brasileira depois que o vídeopixbet lotteryreunião foi exibido na íntegra para algumas pessoas relacionadas ao inquérito na no dia 12/5, no Instituto Nacionalpixbet lotteryCriminalística (INC), na Polícia Federalpixbet lotteryBrasília.

Assistiram ao vídeo o ex-ministro Moro, acompanhadopixbet lotteryseu advogado; policiais federais envolvidos com a investigação; integrantes da equipe do procurador-geral da República, Augusto Aras; e um juiz que trabalha com o relator do caso no STF, Celsopixbet lotteryMello. O advogado-geral da União, José Levi, também esteve na PF. Todos tiverampixbet lotterydeixar os celulares do ladopixbet lotteryfora da sala.

Além dos pontos citados por Moro, outros assuntos também foram tratados na reunião ministerial do dia 22pixbet lotteryabril. A reunião envolveu críticas a ministros do STF, a governadores e prefeitos e “broncas” no primeiro escalãopixbet lotteryseu governo.

Segundo a colunistapixbet lotteryO Globo Bela Megale, fontes que participaram da reunião relataram que Bolsonaro estavapixbet lottery"péssimo humor" no encontro. O presidente teria usado o encontro para dar uma "bronca"pixbet lotterytodos os seus ministros, dizendo que todos estavam passíveispixbet lotterydemissão.

Em vários momentos, Bolsonaro usou palavrões. Ainda segundo a colunista, o encontro registrou uma discussão acalorada entre os ministros Paulo Guedes (Economia) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional).

Ainda durante o encontro, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, teria dito que os ministros do Supremo Tribunal Federal "tinham que ir para a cadeia", segundo O Estadopixbet lotteryS. Paulo.

Já a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, teria sido registrada durante o evento defendendo a prisãopixbet lotterygovernadores e prefeitos. Durante o encontro, Bolsonaro teria se referido ao governadorpixbet lotterySão Paulo, João Doria, como "bosta". Pessoas do governo do Riopixbet lotteryJaneiro seriam "estrume", no dizer do presidente, segundo O Estadopixbet lotteryS. Paulo.

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