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Coronavírus: o que diz o protocolo que libera cloroquina para casos leves no SUS:bigwin222
De acordo com as evidências mais sólidas existentes até agora, a cloroquina e a hidroxicloroquina não têm influência sobre a mortalidadebigwin222pacientes por covid-19.
O anúnciobigwin222novas recomendações sobre a cloroquina e a hidroxicloroquina já era esperado após a saídabigwin222Nelson Teich do comando do Ministério da Saúde na sexta-feira passada.
A pressão por parte do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para que seu uso fosse estendido para todos os pacientes com covid-19, independentemente da gravidade do caso, foi apontada como um dos motivos que levaram Teich a deixar a pasta, hoje sob o comando interino do general Eduardo Pazuello.
O tema da cloroquina também foi, junto com as medidasbigwin222distanciamento social, um dos motivos do desgaste do também ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta com Bolsonaro.
Mandetta se recusou a indicar seu uso mais amplo sem que houvesse evidências científicas sólidasbigwin222que isso era eficaz e seguro.
O novo protocolo destaca isso e exige que o paciente confirme estar cientebigwin222que "não há garantiabigwin222resultados positivos".
O doente é informadobigwin222que "não há estudos demonstrando benefícios clínicos" e o tratamento envolve o riscobigwin222ter graves efeitos colaterais que podem piorarbigwin222condição, provocar sequelas temporárias ou permanentes, prolongarbigwin222internação e até mesmo matar.
Uso é combinado com antibiótico
O protocolo sobre o "tratamento precoce"bigwin222pacientes adultos com diagnósticobigwin222covid-19 recomenda o uso da cloroquina ou do sulfatobigwin222hidroxicloroquina nos cinco primeiros dias depoisbigwin222aparecem os sintomas da doença.
O períodobigwin222tratamento é o mesmo da norma anterior, mas agora o protocolo recomenda o uso combinadobigwin222azitromicina, um antibiótico.
Também foi alterada a chamada dosebigwin222ataque da cloroquina e da hidroxicloroquina. Essa quantidade maior do medicamento é normalmente administrada no início do tratamentobigwin222uma doença infecciosa, como a covid-19, para que haja logobigwin222partida uma quantidade suficiente da droga no corpo para combater um micro-organismo.
No novo protocolo, a dosebigwin222ataque foi reduzida pela metade: passoubigwin222900 mg para 450 mgbigwin222cloroquina ebigwin222800 mg para 400 mgbigwin222hidroxicloroquina.
Além dessas drogas, será mantido o tratamento convencional para a covid-19.
Tratamento será feito mesmo sem internação hospitalar
O protocolo anterior recomendava o uso destes medicamentos sóbigwin222pacientes hospitalizadosbigwin222estado grave e aquelesbigwin222estado crítico.
As novas regras indicam o tratamento para os casos leves, sem que seja necessária a internação.
A possibilidadebigwin222internação deve ser avaliada se o sinais da doença forem moderados, o que inclui tosse e febre diária persistentes, tosse persistente com a piora progressivabigwin222outros sintomas da covid-19, como fraqueza, prostração, faltabigwin222apetite e diarreia, ou a presençabigwin222qualquer um destes sintomas anteriores junto com algum outro fatorbigwin222risco, como ter uma doença crônica, imunidade reduzida ou maisbigwin22260 anosbigwin222idade.
O paciente deve ser hospitalizado quando tiver sintomas graves, apontados no protocolo como faltabigwin222ar ou pressão baixa.
O Ministério da Saúde aponta no documento que "ainda não há meta-análisesbigwin222ensaios clínicos multicêntricos, controlados, cegos e randomizados que comprovem o benefício inequívoco destas medicações".
Mas ressalta que elas são usadasbigwin222"diversos protocolos" e têm "atividade in vitro demonstrada contra o coronavírus".
Isso quer dizer que os resultados foram positivos apenasbigwin222laboratório, mas ainda não há testesbigwin222humanos que apontem que essas drogas funcionam. "Assim, fica a critério do médico a prescrição", diz o documento.
Paciente deve assinar termobigwin222consentimento
O paciente também precisa assinar um termobigwin222consentimento para autorizar o tratamento.
O documento informa que essas drogas são usadas para o tratamentobigwin222malária e doenças reumáticas, como artrite reumatóide e lupus e que "investigadores chineses" demonstrarambigwin222testes feitosbigwin222laboratório que elas inibem a replicação do coronavírus.
Aponta também que "um estudo francês mostrou que a eliminação do coronavírus da garganta"bigwin222pacientes com covid-19 ocorreu "de forma mais rápida" com a combinação destes medicamentos com a azitromicina.
"Entretanto, não há, até o momento, estudos demonstrando melhora clínica dos pacientes com covid-19 quando tratados com o hidroxicloroquina", afirma o termo.
O paciente ainda é informado que a cloroquina e a hidroxicloroquina podem causar efeitos colaterais, como redução dos glóbulos brancos, disfunções do fígado e cardíacas, e danos à retina.
Ao assinar o documento, o paciente diz que aceita correr estes riscos "por livre iniciativa". O documento também deve ser assinado pelo médico responsável pelo tratamento.
Condições e contraindicações
O protocolo afirma ainda que o uso destas medicações deve ser feito após uma avaliação médicabigwin222unidadesbigwin222saúde e que, além dos testes clínicos para o diagnóstico, deve ser feito um exame laboratorial ou radiológico.
Grávidas não devem fazer esse tratamento, assim como pessoas que desenvolvam algum problema na retina ou mácula com uso destas drogas ou que tenham miastenia grave (uma doença autoimune neuromuscular).
O protocolo diz que crianças devem ser tratadas com hidroxicloroquina, por causa do risco dos efeitos tóxicos da cloroquina.
Também é recomendada "precaução" no uso da cloroquina por quem tem doenças cardíacas, hepáticas ou renais, hematoporfiria e doenças mentais.
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