'Não são só médicos e enfermeiros': o pedido por visibilidade ao trabalhoekitike fifa 22maqueiros no combate à covid-19:ekitike fifa 22

Os comentários eram relacionados a uma foto postada por seu filho, João Soares, um estudanteekitike fifa 22Direitoekitike fifa 2230 anos, que mostrava o pai vestido com todos os equipamentosekitike fifa 22proteção, no hospital onde trabalhaekitike fifa 22Mossoró, no sertão do Rio Grande do Norte.

Ele estava pronto para mais um dia no combate à pandemiaekitike fifa 22coronavírus. Até a quinta-feira (23/4), a cidade potiguar tinha 110 casos da doença e oito óbitos registrados, segundo o boletim mais recente da Secretariaekitike fifa 22Saúde do Estado.

"Sempre senti orgulho da minha profissão, mas dessa vez eu senti ainda mais. Os hospitais não são só médicos e enfermeiros. São também copeiros, recepcionistas, limpeza, manutenção".

Antônio trabalha há 37 anosekitike fifa 22hospitais, 20 deles como maqueiro, carregando e movendo pacientes que chegam ou que já estão internados.

O seu trabalho, agora mais conhecido após a publicação que viralizou no Twitter, inspirou relatosekitike fifa 22filhos desses profissionais que trabalhamekitike fifa 22unidadesekitike fifa 22saúde.

A ideia, diz João, era adicionar outras profissões ao rol daquelas que estão sendo homenageadas com a hashtag #ProfissionaisdeSaúde.

"Claro que os médicos e enfermeiros são importantíssimos, não negamos isso. Mas todos se arriscam igualmente e todos merecem ser reconhecidos", completa.

Não há dados disponíveis sobre a quantidadeekitike fifa 22maqueiros contaminados ou afastados por causa da covid-19. Porém, alguns relatos se espalham nas redes sociais.

A Secretariaekitike fifa 22Saúde do Rioekitike fifa 22Janeiro compartilhou uma homenagemekitike fifa 22colegas a um maqueiro que morreu com a doença, na capital fluminense.

No Ceará, fotosekitike fifa 22um profissional do maior hospital públicoekitike fifa 22Fortaleza também foram compartilhadas após ele falecerekitike fifa 22decorrência do coronavírus.

Primeiro da linhaekitike fifa 22frente

Rosinaldo da Conceição,ekitike fifa 2247 anos, diz estar na "frente da linhaekitike fifa 22frente no combate ao coronavírus".

Maqueiro há 15 anosekitike fifa 22um hospital municipalekitike fifa 22Itaboraí, no Rioekitike fifa 22Janeiro, ele é o primeiro a ter contato com muitos pacientes que chegam à unidade. Vai ao carro ou à ambulância, coloca a pessoa na maca e, às vezes, até a carrega no colo.

A fotoekitike fifa 22Rosinaldo vestido para trabalhar também ganhou compartilhamentos no Twitter após a publicação feita porekitike fifa 22filha, Brunna Soares,ekitike fifa 2220 anos. "Orgulho é a palavra que me define hoje", dizia.

A imagem havia sido enviada pelo maqueiro à família, preocupadaekitike fifa 22casa, para mostrar que estava "tudo bem".

"Eu chorei quando vi a foto dele, todo orgulhoso trabalhando. Eu acho que esses profissionais precisam ser homenageados", disse Brunna.

Com problema na coluna e diabetes — uma doença que o coloca no grupoekitike fifa 22maior riscoekitike fifa 22ter complicações da covid-19 —, Rosinaldo diz que não vai deixarekitike fifa 22trabalhar, ainda mais durante uma pandemia.

"Eu tenho muito amor pelas pessoas. Quando você vê uma pessoa entrar doente, sem conseguir andar ou respirar direito, e ela sai andando, não tem preço."

"Fiquei muito feliz e emocionado pelo reconhecimento da minha filha e das pessoas. Quando se falaekitike fifa 22saúde, não se fala quem está ali por trás — e, no meu caso, à frente —ekitike fifa 22médicos e enfermeiros", ressalta.

Nova rotina

Com contato direto com os pacientes, a pandemiaekitike fifa 22coronavírus mexeu com a rotina dos maqueiros.

Ao chegar do trabalho, Antônio Soares nem entraekitike fifa 22casa. Vai para o quintal, onde tem um balde com desinfetante lhe esperando. Limpa os equipamentos, dá banho na moto e só então vai encontrar a família.

Em Itaboraí, Rosinaldo já falou para filha que não vai atender mais ligações ou responder mensagens no horárioekitike fifa 22trabalho. "[O aparelho] é fonteekitike fifa 22contaminação", diz.

Para arrumar forças, os dois profissionais dizem que tomam o que fazem como missão. "Não tenho medo, eu tenho que ajudar os outros que precisamekitike fifa 22mim", diz Antônio.

E, agora, eles também se apegam ao apoio que vemekitike fifa 22desconhecidos na internet. "Eu achei incrivelmente revigorante receber tantas mensagensekitike fifa 22carinho", diz João.

"É gratificante quando nos consideram e nos aplaudem como profissionaisekitike fifa 22saúde", finaliza Rosinaldo.

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