Coronavírus: estudo britânico questiona 'relação custo-benefício' do fechamentobons palpites de hojeescolas:bons palpites de hoje

O que diz o novo estudo?

A pesquisa, publicada no portal The Lancet Child and Adolescent Health, analisa 16 outros estudos, baseadosbons palpites de hojetrês epidemias distintas: a do novo coronavírus (causador da covid-19), a gripe sazonal e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), que atingiu a Ásia no início dos anos 2000 com outro tipobons palpites de hojecoronavírus.

Os cientistas concluíram que:

Quão confiáveis são essas conclusões?

Um dos autores do estudo da Universidade Collegebons palpites de hojeLondres, Russell Viner, afirmou serem “limitados” os dados relacionados aos benefícios obtidos com o fechamentobons palpites de hojeescolas, mas o pouco disponível já mostra que o impacto na saúde pública é pequeno.

“Além disso, os custos para o fechamento das instituiçõesbons palpites de hojeensinobons palpites de hojetodo um país são altos, a educação das crianças e a saúde mental delas são abaladas, assim como as finanças familiares.”

Para Viner, as autoridades ficar cientes dessas evidências ambíguas, e avaliar a reabertura das escolas assim que for possível. E não necessariamente esperar até setembro, como prevê o governo britânico, se for possível fazê-lo antes com segurança.

Não há consenso sobre o tema.

Neil Ferguson, especialista do Imperial Collegebons palpites de hojeLondres que trabalhou nos modelos matemáticos que embasaram a estratégia do governo britânico, afirmou que o estudo da Universidade Collegebons palpites de hojeLondres falha na avaliação do benefício associado do fechamentobons palpites de hojeescolas com medidasbons palpites de hojedistanciamento social.

“Quando essa medida é combinada com distanciamento social intenso, ela desempenha um papel importantebons palpites de hojegarantir interações apenas entre pessoas que moram juntas e ajudando assim a conter a transmissão do vírus.”

O distanciamento social busca o achatamento da curvabons palpites de hojecontágio, ou seja, haver menos pessoas doentes ao mesmo tempo para evitar a sobrecarga do sistemabons palpites de hojesaúde.

Qual é a política adotada no Brasil?

Ao longo da pandemia, que começoubons palpites de hojedezembro na China, todos os Estados brasileiros passaram a adotar o fechamento das escolas e universidades públicas. Instituições particularesbons palpites de hojeensino seguiram na mesma toada.

Segundo a Unesco, cercabons palpites de hoje53 milhõesbons palpites de hojeestudantes brasileiros foram afetados pela estratégia, da educação infantil ao ensino superior.

“A Unesco está apoiando os paísesbons palpites de hojeseus esforços para mitigar o impacto imediato no fechamento das escolas, mais especificamente para as comunidades mais vulneráveis, e para facilitar a continuidade da educação à distância.”

Em pronunciamento no dia 24bons palpites de hojemarço, o presidente Jair Bolsonaro criticou o fechamentobons palpites de hojeescolas e disse que são raros os casos fataisbons palpites de hojepessoas sãs com menosbons palpites de hoje40 anosbons palpites de hojeidade contaminadas por coronavírus.

"O sustento das famílias deve ser preservado. Devemos, sim, voltar a normalidade. (Os governadores) devem abandonar conceitobons palpites de hojeterra arrasada. Confinamentobons palpites de hojemassa", disse o mandatário, naquela ocasião.

Para atenuar o impacto dessa medida na disponibilidadebons palpites de hojeprofissionaisbons palpites de hojesaúde, por exemplo, o governo britânico elencou quais trabalhadores teriam direitobons palpites de hojeenviar seus filhos para escolas selecionadas, entre eles médicos, paramédicos e enfermeiros.

É factível reabrir as escolas?

As medidas emergenciais adotadas pelos países para combater o coronavírus, incluindo o fechamentobons palpites de hojeescolas, funcionambons palpites de hojemaneira conjunta.

Ainda que algumas tenham mais impacto que outras, não parece fazer sentido abrir mãobons palpites de hojeuma delas isoladamente.

Por exemplo, mesmo que as escolas sejam reabertas, dificilmente seriam revogadas as medidasbons palpites de hojedistanciamento social vigentes no Reino Unido ebons palpites de hojealguns Estados brasileiros, por exemplo, que os especialistas dizem serem bastante eficazes.

Assim, uma eventual volta das crianças às escolas não afetaria as recomendações (ou determinaçõesbons palpites de hojealguns países, como Itália)bons palpites de hojesó sairbons palpites de hojecasa para coisas essenciais ebons palpites de hojeas pessoas manterem uma distânciabons palpites de hojeao menos 2 metros umas das outras.

É preciso também avaliar o que fazer com os profissionais da educação que integram gruposbons palpites de hojeriscos da doença, como pessoas com diabetes ou doenças cardíacas.

Para Viner, da Universidade Collegebons palpites de hojeLondres, o retorno às aulas poderia ser gradual, com vetos a intervalos ou classes menores com cargas horárias reduzidas.

"Há um leque enormebons palpites de hojepossibilidades para escolas reabrirembons palpites de hojemodo que se respeite o distanciamento social", afirmou, como um primeiro passobons palpites de hojedireção ao fim das quarentenas.

Samantha Brooks, pesquisadora do King’s Collegebons palpites de hojeLondres e membro do Instituto Nacionalbons palpites de hojePesquisabons palpites de hojeSaúde do Reino Unido, comentou o estudo produzido por Viner e outros especialistas da Universidade Collegebons palpites de hojeLondres.

Para ela, é muito importante a descobertabons palpites de hojeque o maior impacto possível do fechamento das escolas é bastante limitado, o que pode levar à abertura gradual.

Para Robert Dingwall, professorbons palpites de hojesociologia da Universidade Trentbons palpites de hojeNottingham, o estudo “confirma o que muitosbons palpites de hojenós suspeitávamos”, ou seja, “os benefíciosbons palpites de hojesaúde pública no fechamento das escolas são desproporcionais aos custos socioeconômicos impostos a crianças e suas famílias”.

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