Por que especialistas aprovam, mas seguidoresroyalwin freebetBolsonaro e Moro criticam volta do Ministério da Segurança Pública:royalwin freebet
Em reação às críticas, o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabineteroyalwin freebetSegurança Institucional, saiuroyalwin freebetapoio a Bolsonaro, que compartilhou as mensagens do subordinado emroyalwin freebetpágina no Twitter.
"Ou vocês confiam no Capitão Jair Bolsonaro, que teve visão e coragem para, sem recursos, enfrentar o Sistema e nos dar esperançaroyalwin freebetmudar, ou continuarão atacando-o e devolverão o Brasil à esquerda,royalwin freebet2023", concluiu o general, após uma sequênciaroyalwin freebetseis tuítesroyalwin freebetque destacou que Bolsonaro é o "CAPITÃO DO TIME" e que ainda estava "estudando" a recriação da pasta.
Queda da criminalidaderoyalwin freebetdisputa
Estatísticas indicam que a queda da criminalidade, iniciadaroyalwin freebet2018, ganhou mais força no país no ano passado — números preliminares apontam para uma reduçãoroyalwin freebetcercaroyalwin freebet20% nos homicídios. Com isso, a políticaroyalwin freebetsegurança pública se tornou a principal vitrineroyalwin freebetMoro, ao mesmo temporoyalwin freebetque a percepção sobre o combate à corrupção tem piorado na sociedade.
Para o presidente do Fórum Brasileiroroyalwin freebetSegurança Pública, Renato Sérgioroyalwin freebetLima, a recriaçãoroyalwin freebetum ministério específico para a área é importante para melhorar a articulação das políticasroyalwin freebetcombate ao crime e à violência no país, que sãoroyalwin freebetresponsabilidade dos Estados. Na atual conjuntura, porém, ele considera que essa mudança também atenderia ao interesse políticoroyalwin freebetBolsonaroroyalwin freebetrecuperar o controle da agendaroyalwin freebetcombate ao crime.
Quem está sendo cotado para assumir a pasta, caso ela seja recriada, é o coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal e ex-deputado federal Alberto Fraga (DEM), aliado próximoroyalwin freebetBolsonaro. Figura polêmica, foi importante liderança da chamada "bancada da bala" no Congresso e hoje enfrenta um processo criminal por suposto recebimentoroyalwin freebetpropina quando foi secretárioroyalwin freebetTransportes no Distrito Federal — por enquanto, foi condenadoroyalwin freebetprimeira instância e absolvido na segunda.
"Como o Moro assumiu para si o discursoroyalwin freebetredução da criminalidade, o Bolsonaro precisa recompor e dizer que essa ação é também dele, porque da forma como está sendo colocado (o papel do ministro na queda dos crimes), Moro ficou maior do que o Bolsonaro", analisa Renato Lima.
"Hoje, boa parte da base eleitoralroyalwin freebetBolsonaro é composta por policiais. Ele não pode perder essa batalha da segurança, e aí precisa colocar alguém da absoluta confiança dele (para comandar a área). Alberto Fraga é Bolsonaro, Moro é uma aliança tática com data para acabar", acrescenta o especialista.
Se for mesmo objetivoroyalwin freebetBolsonaro enfraquecer Moro, é impossível prever se a estratégia funcionará com a criaçãoroyalwin freebetuma nova pasta, ressalta a cientista política Lara Mesquita, pesquisadora da FGV.
"Segurança pública é uma área complexa,royalwin freebetque as políticas públicas dependem dos Estados e podem demorar a dar resultado. Se o presidente tirarroyalwin freebetMoro essa área e a criminalidade voltar a crescer, darároyalwin freebetpresente a Moro o discursoroyalwin freebetque ele que reduziu os crimes. Se criminalidade continuar a cair, Moro também poderá dizer que o novo ministério deu continuidade ao que ele estava fazendo", observa Mesquita.
Queda da criminalidade pode ser atribuída a Moro?
A Constituição estabelece a segurança pública como responsabilidade dos Estados. Por isso, no nível federal, a área foi historicamente submetida ao Ministério da Justiça. No entanto, diante da crescente violência no país, o governo Michel Temer atendeu a uma antiga reivindicação dos estudiosos da segurança pública e criou uma pasta própria para cuidar dessas políticasroyalwin freebetfevereiroroyalwin freebet2018.
O Ministério da Segurança Pública ficou sob comandoroyalwin freebetRaul Jungmann, antes Ministro da Defesa, e incorporou três órgãos que eram do Ministério da Justiça: a Secretaria Nacionalroyalwin freebetSegurança Pública, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal.
A redução nacional dos índicesroyalwin freebetcriminalidade começouroyalwin freebet2018 e se intensificou no ano passado, segundo estatísticas oficiais. À BBC News Brasil, Jungmann disse que são os Estados os principais responsáveis pelos números positivos.
"Nosso governo apoiou e colaborou, e o atual também, mas os Estados respondem por 85% dos gastos com Segurança Pública. Eles são os responsáveis pela área", destacou.
O ex-ministro defendeu a volta daroyalwin freebetantiga pasta e destacou o apoio à recriação dado por governos estaduais e congressistas ligados à área. "Minha posição não tem nada a ver com o atual ministro, muito pelo contrário, mas eu sempre defendi que a Segurança precisavaroyalwin freebetum ministério exclusivo para cuidar dessa política pública", ressaltou.
Segundo Renato Lima, o númeroroyalwin freebetEstados que estão reduzindo a criminalidade é crescente no país desde 2016. Naquele ano, 9 Estados diminuíram os homicídios;royalwin freebet2017, foram 15; eroyalwin freebet2018, a queda atingiu 24 das 27 unidades federativas. Os dados preliminaresroyalwin freebet2019 indicam que a redução da criminalidade continuou se ampliando no ano passado.
"Não existe uma causa nacional que explique essa queda. Há um esforço coletivo dos Estados e do governo federal, com integração, modernização das gestões estaduais", nota Lima.
Para o presidente do Fórum Brasileiroroyalwin freebetSegurança Pública, ainda é cedo para avaliar o desempenhoroyalwin freebetMoro, até porque faltam boas estatísticas e mecanismos para medir a eficiência das políticas nessa área. "Na prática, o discurso político prevaleceu, e o debate sobre a efetividade da política pública ficouroyalwin freebetsegundo plano", afirma.
O ministro da Justiça costuma exaltar seu papel na transferênciaroyalwin freebetlideranças do crime organizadoroyalwin freebetSão Paulo para presídio federalroyalwin freebetBrasília. No entanto, ressalta Lima, isso não foi uma decisãoroyalwin freebetMoro — o ministro atendeu ao pedido feito pelo governadorroyalwin freebetSão Paulo João Doria e que foi autorizado pela Justiça.
A grande novidade apresentada até o momento por Moro na árearoyalwin freebetsegurança é um projeto-pilotoroyalwin freebetenfrentamento à criminalidade, o "Em Frente, Brasil". Ele tem apresentado resultados positivos, com ações integradas entre os governos federal, estaduais e municipaisroyalwin freebetcinco cidades nas cinco regiões do país: Ananindeua (PA), Paulista (PE), Cariacica (ES), São José dos Pinhais (PR), e Goiânia (GO). O grande desafio, porém, é expandir o programa — especialistas desconfiam da possibilidaderoyalwin freebetser replicadoroyalwin freebetlarga escala devido a questões orçamentárias.
'Ministério exclusivo para melhorar estatísticas'
Apesar do ministério exclusivo criado por Temer ter durado menosroyalwin freebetonze meses, especialistas celebram a criação do Sistema Únicoroyalwin freebetSegurança Público (Susp), com objetivoroyalwin freebetestabelecer diretrizes comuns para as políticas estaduaisroyalwin freebetcombate à criminalidade e promover integração e colaboração entre as diversas esferas públicas na árearoyalwin freebetsegurança. Outro ponto considerado importante foi o esforço para melhorar as estatísticas sobre violência e as informações sobre as polícias estaduais.
"A criaçãoroyalwin freebetum Ministério da Segurança Pública é uma reivindicação histórica da área, principalmenteroyalwin freebetrazão da integração e dos dados. A primeira coisa que a gente precisa para responder aos problemasroyalwin freebetviolência e segurança no Brasil é compreendê-los, e para isso é preciso ter dados confiáveis, sérios e consistentes", nota Silvia Ramos, coordenadora da Rederoyalwin freebetObservatóriosroyalwin freebetSegurança Pública do Centroroyalwin freebetEstudosroyalwin freebetSegurança e Cidadania.
"A árearoyalwin freebetSegurança Pública é um caosroyalwin freebettermosroyalwin freebetconhecimento, informação e dados. É como se na área da Saúde, cada Estado classificasse as doençasroyalwin freebetuma forma. No Brasil, cada Estado classificaroyalwin freebetforma diferente crimes como homicídio, latrocínio", exemplifica.
Para Ramos, a atuaçãoroyalwin freebetMoro até o momento ficou muito focada na aprovação no Congressoroyalwin freebetum "pacote penal", como ela prefere chamar o que ficou conhecido como "pacote anticrime".
"Houve priorização totalroyalwin freebettemas legislativos e muita pouca capacidaderoyalwin freebetintervenção dos rumos do que o Brasil precisa na árearoyalwin freebetsegurança pública, que é uma profunda reforma que tire as polícias militares dos quartéis, que modernize os sistemasroyalwin freebetsegurança, que produza segurança pública não só baseada nessa receita eternaroyalwin freebetmultiplicaçãoroyalwin freebetviaturas, armas e contingente policial", crítica.
Apesarroyalwin freebetconsiderar positiva a recriação da pasta, a especialista considera que será negativo se o ministério ficar submetido a interesses "corporativistas" das categorias policiais.
Esse é o risco apontado por Renato Lima na eventual nomeaçãoroyalwin freebetAlberto Fraga, coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal. "Fraga tem grande articulação com as polícias estaduais. Se isso vai ser bom ou ruim pararoyalwin freebeteventual atuação como ministro, é algo a conferir", nota ele.
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