Por que Trump deve sofrer impeachment na Câmara, mas não deixar o cargo:bet365 presidente aposta

O presidente dos EUA Donald Trump durante a Convenção do Clima das Nações Unidas,bet365 presidente apostasetembrobet365 presidente aposta2019

Crédito, REUTERS/Carlo Allegri/File Photo

Legenda da foto, Trump nega que tenha participadobet365 presidente apostaqualquer tentativabet365 presidente apostatrocabet365 presidente apostafavores, corrupção ou extorsão

Na Câmara, onde a oposição estábet365 presidente apostamaior número, a investigação prosperará, mas será barrada no Senado, onde Trump conta com ampla maioria.

Do que Trump é acusado?

Embora tenha sido reiteradamente acusado pelos democratasbet365 presidente apostacondutas ilegais e impróprias ao longo do mandato e tenha sido alvobet365 presidente apostauma investigação sobre as relaçõesbet365 presidente apostasua campanha presidencial com a espionagem russa, o processobet365 presidente apostaimpeachmentbet365 presidente apostaTrump nada tem a ver com inquéritos anteriores.

O gatilho para a investigação atual foi um telefonema entre o presidente americano e o ucraniano, Volodymyr Zelensky,bet365 presidente apostajulho desse ano.

Trump disse ao colega que gostariabet365 presidente apostalhe pedir "um favor": uma investigação sobre o filhobet365 presidente apostaum dos pré-candidatos dos rivais democratas, Joe Biden. Hunter Biden fez parte da diretoriabet365 presidente apostauma empresa ucranianabet365 presidente apostagás sobre a qual recaem acusaçõesbet365 presidente apostacorrupção enquanto seu pai era vice-presidente do governobet365 presidente apostaBarack Obama.

Um funcionário público que ouviu a conversabet365 presidente apostajulho denunciou, anonimamente, que Trump propunha uma espéciebet365 presidente apostaquid pro quo: se o presidente ucraniano não anunciasse a investigação sobre o filhobet365 presidente apostaseu possível rival, os Estados Unidos não liberariam uma verba milionáriabet365 presidente apostaauxílio militar, nem receberiam Zelensky na Casa Branca.

A expressão latina quid pro quo ganhou destaque no vocabulário político americano e se refere a uma trocabet365 presidente apostafavores.

A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, ao ladobet365 presidente apostaJerrold Nadler (canto esquerdo) e Adam Schiff (canto direito), anunciou acusação formal contra Trump por obstrução do Congresso e abusobet365 presidente apostapoder

Crédito, EPA

Legenda da foto, A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, ao ladobet365 presidente apostaJerrold Nadler (canto esquerdo) e Adam Schiff (canto direito), anunciou acusação formal contra Trump por obstrução do Congresso e abusobet365 presidente apostapoder

A Ucrânia sofre intensa pressão econômica e militar da vizinha Rússia, que a invadiu pela última vezbet365 presidente aposta2014. Logo, tanto o dinheiro quanto a demonstração clarabet365 presidente apostaproximidade com os americanos são vitais para que Zelensky proteja o território do paísbet365 presidente apostaações russas.

O que aconteceu durante as investigações?

Ao longo das investigações, os democratas acusaram Trumpbet365 presidente apostausar dinheiro do contribuinte americano para se beneficiar política e pessoalmentebet365 presidente apostauma disputa eleitoral.

Disseram ainda que Trump ameaçou a segurança nacional ao incluir um país estrangeiro como elemento no pleitobet365 presidente aposta2020. E chegaram a qualificar os atos do presidente como corrupção e extorsão, mas optaram por não levar adiante formalmente tais acusações por temer faltabet365 presidente apostaapoio político.

No pior momento para Trump, seu embaixador para a União Europeia, Gordon Sondland, disse que "houve um claro quid pro quo" na relação entre os dois presidentes. E que seguia ordensbet365 presidente apostaTrump ao conduzir as relações entre os dois países.

O embaixador disse ainda que demais integrantes da gestão, como o secretáriobet365 presidente apostaEstado, Mike Pompeo, e o vice-presidente, Mike Pence, sabiam dos interesses pessoaisbet365 presidente apostaTrump na relação com a Ucrânia.

Sondland era um empresário republicano do setor hoteleiro no Oregon até que doou um milhãobet365 presidente apostadólares para a festa da possebet365 presidente apostaTrump e acabou catapultado ao posto diplomático, onde se envolveu diretamente na relação entre autoridades americanas e ucranianas.

Presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky (esquerda) e o presidente dos EUA, Donald Trump

Crédito, EPA

Legenda da foto, A história girabet365 presidente apostatornobet365 presidente apostauma ligação entre o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (esquerda), e o presidente dos EUA, Donald Trump

Embora suas palavras tenham peso, especialmente quando ditas ao vivo e transmitidasbet365 presidente apostacadeia nacionalbet365 presidente apostatelevisão, Sondland mostrou-se muito longebet365 presidente apostaser um profissional da política: não tinha anotações sobre suas ações, algo importante nesse tipobet365 presidente apostafunção, e também admitiu ter se orientado com basebet365 presidente apostacoisas que o presidente nunca lhe disse.

Trump nega que tenha havido qualquer tentativabet365 presidente apostatrocabet365 presidente apostafavores, corrupção ou extorsão. "Foi uma conversa perfeita com o presidente ucraniano", afirmou ele, embet365 presidente apostaconta no Twitter. E alega que liberou o dinheiro aos ucranianos sem que Zelensky anunciacesse investigações contra Biden e antes que o escândalo viesse à tona (na verdade, tanto a liberação da verba quanto a denúncia pública acontecembet365 presidente apostameadosbet365 presidente apostasetembro e não está claro se Trump já sabia das denúncias contra si no momento da liberação).

O presidente argumenta que o processobet365 presidente apostaimpeachment é só mais uma "agressão" dos democratas, que não aceitaram o resultado eleitoralbet365 presidente aposta2016 e querem apeá-lo do poder antes da hora ou prejudicarbet365 presidente apostacandidatura à reeleição. Também diz que os parlamentares aceitaram o custobet365 presidente apostaparalisar leis importantes do país apenas para fustigá-lo.

Ao acusar os democratasbet365 presidente apostaperseguição política, Trump colocou alguns dos parlamentares do partidobet365 presidente apostamaus lençóis, já quebet365 presidente aposta2020 haverá eleições também para cadeiras no Congresso.

Ao menos seis dos atuais deputados democratas concorrerão à reeleição no ano que vembet365 presidente apostadistritosbet365 presidente apostaque Trump ganhoubet365 presidente aposta2016 e segue popular. Ainda assim, esses políticos anunciaram apoio público ao processo contra o presidente.

Um deles, o deputado Ben McAdams,bet365 presidente apostaUtah, cujo distrito elegeu Trump por uma diferençabet365 presidente aposta13 pontos sobre Hillary Clinton, anunciou seu voto sem deixarbet365 presidente apostaresumir o sentimentobet365 presidente apostaparte dos eleitores a respeitobet365 presidente apostatodo o processo: "Eu vou votar sim, sabendo muito bem que o Senado provavelmente absolverá o presidentebet365 presidente apostauma exibição teatralbet365 presidente apostapartidarismo,bet365 presidente apostaque republicanos e democratas têm um desempenho perturbadoramente bom".

Como isso vai afetar a eleiçãobet365 presidente aposta2020?

Observadores da política americana apostam que o processo aprofundou ainda mais a polarização no país - jábet365 presidente apostaníveis considerados históricos.

O comitêbet365 presidente apostaregras da Câmara dos Deputados discute a votação do julgamentobet365 presidente apostaimpeachment

Crédito, REUTERS/Jonathan Ernst

Legenda da foto, A Câmara dos Deputados dos EUA decidirá na próxima quarta-feira, 18, se o presidente Donald Trump será submetido a um julgamentobet365 presidente apostaimpeachment pelo Congresso.

Ao longo do processo, o apoio popular à saída do presidente do cargo se manteve praticamente estável,bet365 presidente apostaacordo com um compiladobet365 presidente apostapesquisas feitas pelo site FiveThirtyEight. Em outubrobet365 presidente aposta2019, 47% dos americanos apoiavam o impeachmentbet365 presidente apostaTrump, contra 45,6%, que gostariambet365 presidente apostamantê-lo no cargo. Dois meses mais tarde, enquanto 47,7% querem tirá-lo do cargo, 43,8% desejam mantê-lo.

Entre os que se dizem favoráveis ao impeachment, 83% são democratas e apenas 9% republicanos, o que deixa clara a distância entre os eleitoresbet365 presidente apostaum partido ebet365 presidente apostaoutro. Quando o processo começou, no fimbet365 presidente apostasetembro, os dois lados estavam mais próximos: 71,6% dos democratas e quase 10% dos republicanos queriam a saídabet365 presidente apostaTrump.

No Congresso, o impeachment também falhoubet365 presidente apostase tornar algo suprapartidário: na Câmara, apenas dois democratas apoiaram Trump enquanto nenhum republicano disse ainda que pretende acusá-lo. No Senado, nenhum republicano indicou até o momento que irá apoiar o pedidobet365 presidente apostaimpeachment.

Isso sugere que,bet365 presidente apostavezbet365 presidente apostaabrir espaço para o diálogo, o processobet365 presidente apostaimpeachment provavelmente cristalizou as posições mais radicaisbet365 presidente apostaparte a parte e não virou nenhum voto na disputa eleitoral do próximo ano. Aqueles que estão com Trump tendem a ficar com elebet365 presidente aposta2020. E quem não o apoia se sente ainda mais fortalecido para rejeitá-lo.

Pode parecer um resultado óbvio - eleitores que se identificam com um partido vão defender políticos desse mesmo partido, mas o histórico do bipartidarismo americano mostra que tanto republicanos quanto democratas costumavam disputar os espaços do centro no espectro político.

Quando Bill Clinton sofreu o processobet365 presidente apostaimpeachment,bet365 presidente aposta1998, pouco menosbet365 presidente aposta60% dos republicanos apoiavam a retirada do presidente do posto, enquanto quase 40% dos democratas desejavam o mesmo, mostram as pesquisas da época compiladas pelo FiveThirtyEight.

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