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'Para o pobre, R$ 100 fazem falta': o que pensam 3 desempregados que terão seguro taxado pelo governo:roleta nomes aleatórios
A nova taxa vai arrecadar R$ 12 bilhõesroleta nomes aleatórioscinco anos e suprir o desfalque que o Verde Amarelo causará nas contas do governo, pois o programaroleta nomes aleatóriosBolsonaro promete reduzir a cargaroleta nomes aleatóriosimpostos para o empregador que contratar jovens entre 18 e 29 anos. Além da contribuição para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), as empresas não precisarão recolher tributos para o Sistema S, salário-educação, entre outros.
A oposição tem criticado a medida, pois ela obrigaria milhõesroleta nomes aleatóriosdesempregadosroleta nomes aleatóriosmá situação financeira a abrir mãoroleta nomes aleatóriosum valor mensal importante.
Por outro lado, o governo argumenta que a taxa "é uma troca que beneficia o trabalhador", nas palavrasroleta nomes aleatóriosRogério Marinho, secretário especialroleta nomes aleatóriosPrevidência e Trabalho,roleta nomes aleatóriosentrevista recente. Apesarroleta nomes aleatóriosperder o dinheiro, o trabalhador ganharia o temporoleta nomes aleatóriosserviço pararoleta nomes aleatóriosaposentadoria, o que não acontecia antes.
Mas o que pensam os desempregados que terãoroleta nomes aleatóriosperder 7,5% do seu benefício para que outros empregos sejam criados? A BBC News Brasil ouviu as históriasroleta nomes aleatóriostrês trabalhadores que perderam seus empregos recentemente e devem se encaixar na nova taxa criada por Bolsonaro.
1 - 'Para o pobre, R$ 100 fazem falta'
Para Rosivaldo da Silva Santos,roleta nomes aleatórios30 anos, perder 7,5% do benefício não é uma boa notícia. "Parece pouca coisa, mas, para o pobre, R$ 100 vão fazer falta, sim", diz, na porta do Cate (Centroroleta nomes aleatóriosApoio ao Trabalho e Empreendedorismo), órgão da Prefeituraroleta nomes aleatóriosSão Paulo onde ele dava entrada no seguro-desemprego.
Santos é sushiman e foi demitido há duas semanas, quando o restaurante onde ele trabalhou por quatro anos faliu. Ganhava R$ 2.000 por mês — e seu seguro-desemprego ficarároleta nomes aleatóriosR$ 1.300,roleta nomes aleatórioscinco parcelas. Ou seja, a nova alíquota vai comer R$ 97,50 por mêsroleta nomes aleatóriosseu benefício.
Santos conta que descobriu que seu antigo patrão não depositava mais seu Fundoroleta nomes aleatóriosGarantia por Temporoleta nomes aleatóriosServiço (FGTS) havia quatro anos, valor que poderia aliviar as contas nesse momento. Recebeu apenas R$ 2.000roleta nomes aleatóriosFGTS, e sem a multaroleta nomes aleatórios40% a que tem direito por lei.
"Penseiroleta nomes aleatóriosprocessá-lo, mas ele é estrangeiro. Está falido. Dificilmente eu conseguiria rever esse dinheiro, deixei para lá", diz Santos.
Alémroleta nomes aleatóriosoutras contas fixas, o sushiman paga R$ 700roleta nomes aleatóriosaluguelroleta nomes aleatóriosuma casaroleta nomes aleatóriosArtur Alvim, periferia da zona leste paulistana. "Com todas as contas, vai sobrar menosroleta nomes aleatóriosR$ 500 para eu passar o mês", explica.
Naturalroleta nomes aleatóriosLagoa do Ouro (PE), Santos chegouroleta nomes aleatóriosSão Paulo há onze anos. Aprendeu o ofícioroleta nomes aleatóriossushiman para trabalharroleta nomes aleatóriosrestaurantes do bairro da Liberdade, onde muitos nordestinos atuam nesse setor. Toda a família ainda viveroleta nomes aleatóriosPernambuco — apenas uma irmã mora na capital paulista.
Agora, sem muitos recursos, ele pensaroleta nomes aleatóriosretornar para junto dos pais caso não arrume emprego nos próximos dias. "Não posso ficar parado", diz.
2 - 'Talvez eu não consiga pagar as contas'
Blanca Monje Uribe, 27, ganhava R$ 3,5 mil como advogadaroleta nomes aleatóriosum escritório da região do ABC paulista, na Grande São Paulo. A empresa entrouroleta nomes aleatóriosrecuperação judicial e ela foi demitida. Recebeu R$ 6 milroleta nomes aleatóriosFGTS, mas parte dele foi usado para pagar dívidas.
Uribe tem direito ao teto do seguro-desemprego, R$ 1.735,29,roleta nomes aleatórioscinco parcelas — segundo o novo pacote, R$ 130 desse montante sairiaroleta nomes aleatóriossua conta com destino ao INSS.
"Acho esse plano do governo um absurdo", diz. "As pessoas podem pensar: 'é tão pouco dinheiro...'. Mas fala isso para quem está desempregado. Para mim, R$ 130 a menos significa que talvez eu não consiga pagar uma contaroleta nomes aleatóriosluz,roleta nomes aleatóriosgás, um boleto do banco. São contas que hoje eu pagoroleta nomes aleatóriosdia, mas, se tirarem esse dinheiro, vou conseguir? Não sei dizer, a situação pode piorar."
A advogada e o marido moramroleta nomes aleatóriosaluguelroleta nomes aleatóriosum apartamentoroleta nomes aleatóriosSão Bernardo do Campo — R$ 1.300 por mês. Também pagam R$ 500 da prestaçãoroleta nomes aleatóriosum carro.
"Depois que perdi o emprego, nossa renda mensal caiu pela metade. Nós deixamosroleta nomes aleatórioscomprar muita coisa. Fico pensando: o governo tirando dinheiro dos trabalhadores, não pode ter um efeito inverso? As pessoas vão deixarroleta nomes aleatóriosconsumir, o que pode gerar mais desemprego", afirma.
Uribe também espera conseguir um emprego registrado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), pois, segundo ela, "a legislação dá mais garantias do que bicos informais."
Sobre o Programa Verde Amerelo, ela acredita ser importante gerar novos empregos, mas não tirar dinheiroroleta nomes aleatóriosquem já está parado eroleta nomes aleatóriosdificuldade financeira. "Não acho justo eu terroleta nomes aleatóriostirar uma parte do meu benefício para o governo se o seguro-desemprego é um direito meu. Quando eu trabalhava, eu já contribuía com o INSS", diz.
3 - 'Você usa o dinheiro para comprar o almoço'
Há 20 dias, Jéssica Aparecida dos Santos, 33, foi demitida depoisroleta nomes aleatóriosentrarroleta nomes aleatóriosum acordo com a empresaroleta nomes aleatóriosmarketing onde trabalhou nos últimos quatro anos. "Eu achava que ganhava muito mal para minha qualificação e decidi procurar outra oportunidade", diz.
Mas essa nova chance ainda não apareceu, apesarroleta nomes aleatóriosela ter feito algumas entrevistas.
Formadaroleta nomes aleatóriosadministraçãoroleta nomes aleatóriosempresas e pós-graduadaroleta nomes aleatóriosfinanças, Santos tinha um salárioroleta nomes aleatóriosapenas R$ 1,6 mil, brutos.
No seu caso, o projeto do governo Bolsonaro vai retirar R$ 97,50 mensais dos R$ 1,3 mil do seguro-desemprego para injetar no INSS. O benefício vai ser a única renda da casa onde ela mora com a mãe nos próximos cinco meses, caso a jovem não consiga outro trabalho.
"Para mim, R$ 1 já faz diferença. O seguro é muito importante para quem está desempregado. Não apenas para pagar as contas e as necessidades básicas: você usa o dinheiro para ir fazer entrevistaroleta nomes aleatórioslocal distante, para pagar o almoço", diz.
Santos e a mãe moramroleta nomes aleatóriosum apartamentoroleta nomes aleatóriosum conjuntoroleta nomes aleatórioshabitação socialroleta nomes aleatóriosSanto André, na Grande São Paulo. Pagam parcelasroleta nomes aleatóriosR$ 300 pela casa, fora as contasroleta nomes aleatóriosluz, telefone e internet.
Sua mãe,roleta nomes aleatórios61 anos, era auxiliarroleta nomes aleatórioslimpeza, mas parouroleta nomes aleatóriostrabalhar neste ano ao dar entrada na aposentadoria. Porém, meses depois, o INSS ainda não aprovou seu processo, conta Santos. Quando finalmente sair, os quatro primeiros pagamentos da aposentadoria vão diretamente para o advogado que está cuidando do caso.
Santos chegou a trabalhar como motoristaroleta nomes aleatóriosaplicativosroleta nomes aleatóriostransporte para fazer uma renda extra, mas precisou vender o carro para economizar. "No Uber, para você conseguir ganhar um dinheiro bom, precisa trabalhar muitas horas, todos os dias", diz.
Por ora, a jovem ainda está focadaroleta nomes aleatóriosconseguir um emprego emroleta nomes aleatóriosárearoleta nomes aleatóriosformação. "Acho que não precisava ter incentivo para contratar pessoas jovens, e sim para os mais velhos. Existe muito preconceito contra os mais velhos e contra as mulheres, já sinto isso na minha faixa etária", afirma.
"Tenho experiênciaroleta nomes aleatóriosvendas,roleta nomes aleatóriosmarketing, tenho pós-graduação. Meu currículo é muito bom. Não tenho preguiça, trabalho desde os 15 anos. Mas as coisas ainda não estão acontecendo. Se nada der certo nos próximos meses, vou me abrir para vagasroleta nomes aleatóriosoutras áreas."
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