Com dificuldade para inovar e aindanovibet entrarrecessão, indústria se diz otimista para 2020: 'Nunca estivemosnovibet entrarsituação como a atual':novibet entrar

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Legenda da foto, "Provavelmente nós nunca estivemosnovibet entraruma situaçãonovibet entrarque as condições macroeconômicas se aproximavamnovibet entraruma favorabilidade como a atual", diz o ex-presidente da fabricante globalnovibet entrarrodas automotivas Iochpe-Maxion, Dan Ioschpe

Ioschpe, que também preside o conselhonovibet entraradministração do Sindipeças e integra o conselhonovibet entraradministração das empresas da WEG, Profarma, Cosan, BRF e Marcopolo, minimiza a ausêncianovibet entrarmedidas específicasnovibet entrarestímulo ao setor. Mas cita especialmente o contingenciamentonovibet entrarprogramas que estimulam a inovação, área considerada prioridade pelo empresário. "Existe volta e meia um graunovibet entrarcontingência que para a nossa atividade não deveria existir. Gera uma incerteza e desestimula a agressividade das empresas para acelerar esse tiponovibet entrarassunto [inovação na indústria]. Mas é fato que se você não tiver a macroeconomia ajustada, provavelmente o resto sem a macroeconomia é jogar dinheiro fora".

Também adota tom cauteloso ao dizer que, no meio ambiente, o governo tem causado mais barulho do que deveria, o que não ajuda a intenção da indústrianovibet entrarespalhar seus produtos pelo mundo. "Nessa área [a do meio ambiente] é bom você não ter eventos, não ser um assunto. Em geral, quando você é visto como um país pode estar gerando desequilíbrios, é melhor que isso não ocorra. É melhor que você estejanovibet entrarequilíbrio, bem visto, do que eventualmente com preocupação. Não vai ajudar nas cadeias produtivas globais que você receba um evento ambiental."

Leia os principais trechos da entrevista:

novibet entrar BBC News Brasil — A indústria perdeu muita participação no emprego e na economia durante a recessão. Como avaliam as políticas do governo Bolsonaro para o setor?

novibet entrar Dan Ioschpe — Eu acho que mais do que nada a direção macroeconômica é adequada, e isso é muito importante. Se você fosse escolher o fator mais destrutivo dos últimos anos não foram políticas setoriais, mas a própria macroeconomia desajustada. Choques e períodos muito curtosnovibet entrartranquilidade, uma volatilidade extremada, inflação, problemas cambiais.

novibet entrar BBC News Brasil — Que medida o senhor destacaria?

novibet entrar Dan Ioschpe — Em termos gerais, o gruponovibet entrarmedidas que o governo tomou até agora na agenda econômica vem ajudando a que tenhamos um ambiente macroeconômico saudável. Bem expresso na taxa cambial e na inflação, que são dois indicadores muito importantes, talvez a gente não tenha vivido uma situação análoga nos últimos 40, 50 anos, ou talvez nunca. Provavelmente nós nunca estivemosnovibet entraruma situaçãonovibet entrarque as condições macroeconômicas se aproximavamnovibet entraruma favorabilidade como a atual.

A reforma da Previdência, que foi muito importante, acabou ajudando porque as contas públicas, que eram a parte mais débil desse arranjo nos últimos dez anos, podem ter sim um equacionamento. Quando você soma essas últimas proposições, da reforma do Estado, reforma administrativa, elas vãonovibet entrarnovo majoritariamente nessa direção do ajuste das contas públicas, considerando que essa é a parte mais fraca do arranjo.

O governo ainda não está debruçadonovibet entrarpolíticas setoriais [para a indústria], até por uma hierarquianovibet entrarfatores.

novibet entrar BBC News Brasil — Acha natural?

novibet entrar Dan Ioschpe — Natural e também existe uma visão majoritária do governonovibet entrarque com uma conjuntura macro bem ajustada, provavelmente o resto é bem mais fácil. A gente concorda, mas também defende que existem ações que podem ser feitas, como o fomento à pesquisa e inovação, defendido pelo Iedi. Vamos fazer coisas novas, mas tem muitas coisas jánovibet entrarcurso no Brasil que são muito valiosas, como o sistema Embrapii, do Ministério da Ciência e tecnologia.

novibet entrar BBC News Brasil — Houve cortes nesses programas?

novibet entrar Dan Ioschpe — Existe volta e meia um graunovibet entrarcontingência que para a nossa atividade não deveria existir. Gera uma incerteza e desestimula a agressividade das empresas para acelerar esse tiponovibet entrarassunto [inovação na indústria]. Mas é fato que se você não tiver a macroeconomia ajustada, provavelmente o resto sem a macroeconomia é jogar dinheiro fora. Então, também não está errada essa prioridade.

O que eu acho que a gente pode fazer, já que estamos caminhando aqui no nível um, é no próximo nível ir tomando as medidas e melhores caminhos para que a gente agilize e não perca temponovibet entrarassuntos, por exemplo: nós temos a questão da indústria 4.0, para fazer a expansão dessa ideia a nível nacionalnovibet entrarque governo, entidade e empresas podem se ajudar e coordenar e fazer uma busca no fim do dia. Assuntos quenovibet entrargeral outros governos acabam fomentando e tratando.

Mas se for fazer uma análisenovibet entrarquanto se andou numa direção adequada, a gente vê com muito bons olhos e tratanovibet entrardar ideias para que se façanovibet entraroutras áreas.

novibet entrar BBC News Brasil — Mas já é suficiente para que a indústria volte a investir? Ou falta o quê?

novibet entrar Dan Ioschpe — É óbvio que se não houver um crescimento minimamente robusto, o investimento é uma decorrêncianovibet entrarnecessidades. Ou você precisanovibet entrarcapacidade, ounovibet entrarautomação, desenvolver novos produtos.

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Legenda da foto, 'Hoje o investimento mais relevante é justamente na inovação, na modernização, na automação, na buscanovibet entrarmaior competitividade', diz Dan Ioschpe

novibet entrar BBC News Brasil — Mas como está a indústria agora?

novibet entrar Dan Ioschpe — Tem vários setores que tiveram uma retomada. O automotivo é um deles [subiu 2,7%novibet entrarjan-setnovibet entrar2019]. Bensnovibet entrarcapital, alguns casos. Mas vamos para 2020 com um ambiente mais aquecido do que 2019, e talvez essa retomada deva continuar.

Onde nós achamos que hoje o investimento mais relevante é justamente na inovação, na modernização, na automação, na buscanovibet entrarmaior competitividade. Precisamos lembrar que parte desse conjunto da obra é a inserção do Brasil nas cadeiasnovibet entrarvalor mundial, com acordosnovibet entrarcomércio e iniciativas dessa forma. E aí tem um grande desafio que é como a gente luta contra o custo Brasil e a questão da competitividade, como a gente chama, "da porta para fora" da fábrica nas empresas.

novibet entrar BBC News Brasil — novibet entrar O que está faltando para o governo fazer?

novibet entrar Dan Ioschpe — Eu acho que a redução desse custo Brasil, por melhor que o governo trabalhe, ela será longa. Infraestrutura, segurança patrimonial, questões tributárias, insegurança jurídica logística, você não resolve essas questõesnovibet entrarum ano, três. Algumas podem levar dez anos. Se você for pensar na questão da segurança patrimonial, que é um custo muito significativo no Brasil. Você ter guardas armados 24 horas por dianovibet entrarportarias, é um custo que outros países não têm. Há países que não têm nem guarda armado, nem ninguém, nem portaria. Isso é custo. Quando você estánovibet entrarcadeias competitivas,novibet entrarque a margem é apertada e a competição acirrada, isso faz a diferença. Você ajusta issonovibet entrarpouco tempo? Não. Então o foco das empresasnovibet entrardiversos setores agora é ganhar produtividade, competitividade, até porque capacidadenovibet entrargeral ainda existe.

novibet entrar BBC News Brasil — E emprego?

novibet entrar Dan Ioschpe — Você pode ter, inclusive, investimento, que naquele setor não vai aumentar o emprego. Por exemplo, se você está falandonovibet entrarinvestimentonovibet entrarautomação, que é muito necessário, ele talvez no líquido não seja um geradornovibet entraremprego. Tem indústrias que têm empregonovibet entraraltíssima qualidade, mas não geram muito.

Eu acho que vamos ver uma recuperação do emprego, não a galope, mas com determinada velocidade, mas precisamos que a economia venha como um todo. Já vemos não no Brasil todo, masnovibet entrarSão Paulo, o setor da construção civil tendo uma retomada dos lançamentos, isso vai acabar ajudando o emprego. Enovibet entrarcerta forma, ajuda a indústria. Você já está tendo uma recuperação do emprego, mas no momento você tem também uma recuperaçãonovibet entrarquem quer emprego. As duas coisas estão crescendo. O percentualnovibet entrardesemprego ainda não mudou muito porque, quando você vê a perspectivanovibet entrartrabalho, as pessoas voltam a procurar.

novibet entrar BBC News Brasil — Que achou das medidasnovibet entrarcriaçãonovibet entraremprego para jovens? Gerou polêmica o fatonovibet entrarse taxar o seguro-desemprego para financiá-las.

novibet entrar Dan Ioschpe — A ideianovibet entrarincentivar o empregonovibet entrarum estrato etário que tem os maiores índicesnovibet entrardesemprego, é uma iniciativa meritória. Em especial pelo possível efeitonovibet entrargerar experiência para esse público, que talvez sem essa iniciativa não conseguiria isso, ficando inabilitado para o mercadonovibet entrartrabalho. Fazer isso sem gerar buracos orçamentários também parece ser um bom caminho. E, finalmente, fazer uma iniciativa com o final pré-determinado, permitindo uma avaliaçãonovibet entrarresultados, também parece ser um método adequado. Quanto à efetividade, teremos que aguardar. Mas o desenho e implementação parecem ser adequados.

novibet entrar BBC News Brasil — E o pacotenovibet entrarmedidas fiscais?

novibet entrar Dan Ioschpe — Direcionalmente parece adequado. Você estánovibet entrarnovo tentando ao longo do tempo recuperar as condições do Estado. Acabar com essa cunhanovibet entrarque os gastos da Previdência acabam ocupando cada vez mais espaço dentro da arrecadação. Talvez seja um caminho adequado para isso. Por outro lado também vai ser importante que haja um pacto legislativonovibet entrarcomo esse excesso vai ser utilizado por Estados e municípios para que não voltemos onde estamos hoje. Se você usar esse excesso fiscal para contratar serviços desnecessários ou aumentar folhanovibet entrarpagamento, pode não dar um uso adequado.

novibet entrar BBC News Brasil — E novibet entrar fora a agenda econômica? Como a indústria vê as políticas para o meio ambiente, por exemplo?

novibet entrar Dan Ioschpe — Eu acho que o meio ambiente é uma agenda chave que não está apartada da economia. Hoje você tem uma comunicação entre a percepção do produto,novibet entraronde ele foi feito, como ele foi feito, uma rastreabilidade do produto, para acordos. O meio ambiente não está apartado e não é uma visão romântica, é uma parte significativa do arranjo produtivo, econômico e socioeconômico também. Então acho que,novibet entrargeral, hánovibet entrarse ter muita cautela com esses assuntos e há que se ter uma visão avançada e determinadanovibet entrarque a gente estejanovibet entrarlinha com as melhores práticas e expectativas que se tem ao redor do mundo.

Claro que no caso do Brasil a gente tem que se ter um pouconovibet entrarcuidado entre aquilo que se está fazendo e eventualmente aquilo que se é comunicado. Nosso foco tem que ser naquilo que se está fazendo.

novibet entrar BBC News Brasil — Na semana passada, por exemplo, o governo revogou o decreto que proibia a produçãonovibet entrarcana no Pantanal e na Amazônia.

novibet entrar Dan Ioschpe — Te confesso que nem vi, deveria ter visto.

novibet entrar BBC News Brasil novibet entrar Existe posicionamento na indústria também nesses temas?

novibet entrar Dan Ioschpe — A posição da indústria nesse caso específico do meio ambiente é que não está fora [da economia], está dentro. Que a percepção, como te falei, você não vai conseguir apartar. Agroindústria, por exemplo, você não vai poder dizer eu tenho um manejo irresponsável e quero colocar produtos ao redor do mundo. Isso não vai acontecer.

novibet entrar BBC News Brasil — Coloca a atividadenovibet entrarrisco?

novibet entrar Dan Ioschpe — Coloca. Você tem hoje responsabilidade socioambiental daquilo que você faz há muito tempo. E acho que a nossa prática é boa, ela é,novibet entraralguns casos, acima da média. Temos que separar um pouco percepçãonovibet entrarrealidade.

novibet entrar BBC News Brasil — Mas e sobre as políticas do governo para o meio ambiente, vocês têm alguma posição? Está na direção correta?

novibet entrar Dan Ioschpe — Eu acho que houve eventosnovibet entrardemasia nessa área. Melhor se não houvesse.

novibet entrar BBC News Brasil — Eventos negativos?

novibet entrar Dan Ioschpe — Eventos (risos). Nessa área [a do meio ambiente] é bom você não ter eventos, não ser um assunto. Em geral, quando você é visto como um país pode estar gerando desequilíbrios, é melhor que isso não ocorra. É melhor que você estejanovibet entrarequilíbrio, bem visto, do que eventualmente com preocupação. Não vai ajudar nas cadeias produtivas globais que você receba um evento ambiental.

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