O dramapalpites bets hojeJuan e das centenaspalpites bets hojecrianças venezuelanas que cruzam sozinhas a fronteira com o Brasil:palpites bets hoje

Crédito, Ceclilia Trombesi/BBC

Legenda da foto, Quase 400 crianças e adolescentes cruzaram a fronteira da Venezuela com o Brasil totalmente sozinhos entre agostopalpites bets hoje2018 e junho deste ano

Encaminhado depois ao Conselho Tutelarpalpites bets hojePacaraima, o menino foi reconhecido por uma conselheira que confirmou que ele tentava migrar sozinho para o Brasil pela segunda vez, "pedindo ajuda para fugir dos maus-tratos dos pais".

Na primeira tentativa, foi devolvido à Venezuela e encaminhado ao Conselho Tutelar da cidadepalpites bets hojeSanta Elena, após os conselheiros venezuelanos garantirem às autoridades brasileiras que ele seria encaminhado para um abrigo.

Crédito, Cecilia Trombesi/BBC

Legenda da foto, Juan tentou por duas vezes migrar sozinho para o Brasil, fugindo da miséria na Venezuela e das agressões dos pais

Pelo visto, foi devolvido aos pais e à vida na rua.

"Observa-se inúmeras marcas no corpo da criança e ele afirma que são todas causadas pelas agressões físicas cometidas por seus pais", diz o relatório do comitêpalpites bets hojetriagem a que a BBC News Brasil teve acesso.

Para impedir que o menino fosse entregue novamente aos pais, os defensores federais o encaminharam para uma casapalpites bets hojeacolhimentopalpites bets hojecrianças e adolescentes na capitalpalpites bets hojeRoraima, "para que seja cuidado pela legislação brasileira".

Quase 2 mil crianças

Juan é uma das 1.896 crianças e adolescentes que, para fugir da violência e da miséria na Venezuela, cruzaram a fronteira até o Brasil sozinhos ou acompanhadospalpites bets hojepessoas que não são seus responsáveis legais, entre agostopalpites bets hoje2018 e junho deste ano.

Quase 400 deles chegaram à cidadepalpites bets hojePacaraima totalmente desacompanhados, segundo dados inéditos obtidos pela BBC News Brasil junto à Defensoria Pública da União.

Esses números impressionam porque representam 52,8% do totalpalpites bets hojejovens venezuelanos com menospalpites bets hoje18 anos que migraram ao Brasil no período e foram atendidos pela Defensoria.

Crédito, Defensoria Pública

Legenda da foto, Desenhos feitos pelas crianças acabaram pregados nas paredes do escritório onde defensores públicos atuam no atendimento aos venezuelanos que pedem refúgio no Brasil

Destes, 11,8% são crianças e adolescentes que chegaram a Pacaraima completamente sozinhos. O restante, 41,7%, são menores que vieram acompanhadospalpites bets hojeadultos que não são seus responsáveis legais, como tios, irmãos, avós ou pessoas que simplesmente se apresentam como conhecidos ou amigos dos pais deles.

Enquanto são atendidas pelos funcionários do setorpalpites bets hojetriagem na fronteira do Brasil com a Venezuela, as crianças recebem papel e lápispalpites bets hojecera. Grande parte dos desenhos mostra o amor desses pequenos refugiados pela Venezuela e pelo Brasil, o país que escolheram como acolhida.

Mas a tarefa dos defensorespalpites bets hojeidentificar a real situação da criança e o melhor destino para elas não é fácil. A faltapalpites bets hojedocumentação é citada pelos funcionários brasileiros como uma das maiores dificuldades no atendimento dos menores que chegam ao Brasil.

"Mesmo nos casospalpites bets hojeque a criança vem acompanhada dos pais, há a dificuldadepalpites bets hojefaltapalpites bets hojedocumentação que comprove o parentesco. Nesses casos, é feito um trabalhopalpites bets hojediálogo com as crianças e adolescentes, verificação e interlocução com outras pessoas para confirmar as informações", diz a secretáriapalpites bets hojeDireitos Humanos da Defensoria Pública da União, Lígia Prado da Rocha.

Crédito, Guadalupe Pardo/Reuters

Legenda da foto, Há uma preocupação por partepalpites bets hojedefensores e juizespalpites bets hojeque adultos que se dizem parentespalpites bets hojecrianças na fronteira com o Brasil não sejam,palpites bets hojefato, familiares

No total, 3.597 crianças e adolescentes venezuelanos cruzaram a fronteira até Pacaraima e foram atendidos pela Defensoria Pública da Uniãopalpites bets hojeagostopalpites bets hoje2018 a junhopalpites bets hoje2019.

Desses, 28% não carregavam qualquer documento ou cópiapalpites bets hojeidentidade e 47% das crianças e adolescentes acompanhados do suposto pai ou mãe não tinham documentos que pudessem comprovar esse parentesco.

Especializado no atendimentopalpites bets hojejovens refugiados, o juiz Paulo Fadigas, da Vara da Infância e Juventudepalpites bets hojeSão Paulo, explica que a faltapalpites bets hojedocumentação é um problema grave, porque há o riscopalpites bets hojeo adulto que se diz parente da criança não ter qualquer vínculo com o menor.

Na Venezuela, a escassezpalpites bets hojeprodutos e a deterioração dos serviços públicos tem tornado a espera por um passaporte ou segunda viapalpites bets hojedocumento extremamente longa. Além disso, o país não emite carteirapalpites bets hojeidentidade para crianças menorespalpites bets hoje9 anos.

"Quando o fluxopalpites bets hojemigrantes e refugiados é muito grande, corre-se o riscopalpites bets hojeestabelecer casamentos ilegais ou adoções ilegais. Há casospalpites bets hojecasamentos infantis. O homem diz que é tio, primo ou irmão, mas está explorando a criança ou adolescente", disse Fadigas à BBC News Brasil.

Qual é o perfil do menor que migra sozinho?

A defensora federal Lígia Prado da Rocha afirma que a maioria dos menores que chegam ao Brasil sozinhos, sem qualquer parente ou adulto responsável, tem entre 15 e 17 anos, e vempalpites bets hojebuscapalpites bets hojetrabalho. Alguns moravam nas ruas oupalpites bets hojesituaçãopalpites bets hojemiséria, enquanto outros querem juntar dinheiro para ajudar a família.

Mas há também alguns casos como opalpites bets hojeJuan,palpites bets hojecrianças com menospalpites bets hoje12 anos. "São casos mais pontuais. Algumas dessas crianças relatam maus tratos ou trabalhopalpites bets hojecondições desumanas", explica Rocha.

Outra situação delicada é quando a criança chega acompanhadapalpites bets hojeum adulto com quem não tem qualquer parentesco.

Crédito, Defensoria Pública da União

Legenda da foto, Defensores entrevistam as crianças que chegam desacompanhadas ou com adultos que não são seus responsáveis legais

"É difícil apurar a intenção desse adulto com essa criança muito pequena. Nesse caso, a gente procede com a institucionalização da criança e, com relação ao adulto, é feito um procedimentopalpites bets hojeinvestigação para apurar as circunstâncias que o levaram ao convívio com a criança", diz a defensora.

Também chama a atenção o grande númeropalpites bets hojecasaispalpites bets hojeadolescentes oupalpites bets hojegarotas menorespalpites bets hojeidadepalpites bets hoje"união estável" ou "casadas" com homens mais velhos.

"Em Pacaraima, observa-se no dia a dia situaçõespalpites bets hojeadolescentes entre 14 e 16 anos acompanhadospalpites bets hojesupostos parceiros com grande diferença geracional oupalpites bets hojeterceiros que não demonstram afeto ou vínculo familiar", diz relatório deste mês da Defensoria Pública da União.

Nesses casos, o trabalho dos defensores públicos e conselheiros tutelares é verificar se o adolescente não está sendo explorado, traficado ou submetido a uma relação contra apalpites bets hojevontade.

"A gente conversa com o casal, verifica se há um vínculo afetivo. Se desconfiarmos da situação, principalmente se houver discrepânciapalpites bets hojeidade, encaminhamos a menor para casaspalpites bets hojeacolhimento", explica Lígia Prado da Rocha.

Mariana, 16, 'mulher'palpites bets hojeJosé, 34

Crédito, Cecilia Trombesi/BBC

Legenda da foto, Mariana,palpites bets hoje16 anos, chegou acompanhada do susposto companheiropalpites bets hoje34. Os defensores suspeitaram que a jovem sentia medo do homem e a encaminhou para um abirgopalpites bets hojeBoa Vista

Foi o casopalpites bets hojeMariana*,palpites bets hoje16 anos, que chegou grávidapalpites bets hojesete meses ao postopalpites bets hojetriagempalpites bets hojePacaraima acompanhada do "suposto companheiro"- um homempalpites bets hoje34 anos. Logo as autoridades brasileiras perceberam algo estranho.

O homem disse aos funcionários da defensoria pública que os dois moravampalpites bets hojeCaracas, capital venezuelana, e que estavam juntos havia oito meses. Segundo ele, o plano no Brasil era encontrar amigospalpites bets hojeManaus que haviam prometido ajudá-los a encontrar emprego.

Mas a história era repletapalpites bets hojelacunas e o casal não demonstrou ter um vínculo afetivo. "Quando questionados sobre os nomes dos familiares e amigos que iriam ajudá-lospalpites bets hojeManaus, observa-se pequenas pausas, forte indíciopalpites bets hojehistória inverídica", diz o parecer da defensoria pública.

"Observa-se grande distância entre os dois. É importante relatar também que a adolescente está sempre buscando esperar o suposto companheiro falar e apenas concorda com as falas do mesmo", diz o relatório.

Os funcionários da defensoria também perceberam certo "temor" por parte da jovempalpites bets hojerelação ao homempalpites bets hoje34 anos. "Quando é solicitada uma resposta, Mariana fala com dificuldades, outro indíciopalpites bets hojemedo."

Neste caso, foi tomada a decisãopalpites bets hojeseparar o casal e encaminhar a adolescente para o Conselho Tutelarpalpites bets hojePacaraima, para que fosse acolhida num abrigopalpites bets hojemenores.

Mas há situaçõespalpites bets hojeque a diferençapalpites bets hojeidade não é grande e os defensores conseguem identificar vínculo afetivo.

Foi o que ocorreu quando entrevistaram Joana*,palpites bets hoje17 anos, e Mário*,palpites bets hoje18, no dia 22palpites bets hojejunho deste ano. Os dois disseram que estão casados há três anos e demonstraram naturalidade e afeto um com o outro.

As autoridades brasileiras decidiram, então, recomendar a emancipação da jovem para que, junto ao marido, pudesse fazer o pedidopalpites bets hojerefúgio e buscar trabalho no Brasil.

Adolescentespalpites bets hojebuscapalpites bets hojeemprego

Crédito, REUTERS/Guadalupe Pardo

Legenda da foto, Uma preocupação comum entre os adolescentespalpites bets hoje14 a 17 anos que chegam sozinhos ao Brasil é arrumar emprego para "sustentar" os pais e irmãos que ficaram na Venezuela

Uma preocupação comum entre os adolescentespalpites bets hoje14 a 17 anos que chegam sozinhos ao Brasil é arrumar emprego para "sustentar" os pais e irmãos que ficaram na Venezuela.

Nesses casos, os defensores avaliam a maturidade do adolescente para decidir se devem ser encaminhados para casaspalpites bets hojeacolhimentopalpites bets hojemenorespalpites bets hojeidade ou se podem ser emancipados. Também é feita uma busca por parentes que possam se responsabilizar pelo jovem no Brasil.

Juan*,palpites bets hoje15 anos, disse aos defensores,palpites bets hoje15palpites bets hojeoutubropalpites bets hoje2018, que cruzou a fronteira para se juntar ao irmão, Marcos,palpites bets hoje20 anos. Ele relatou que a mãe "sofre violência doméstica do atual esposo", que é padrasto dos dois.

A vontadepalpites bets hojese mudar para o Brasil é motivada pela vontadepalpites bets hoje"estudar e futuramente trabalhar e ajudar a mãe e os irmãos", conforme informações do relatório do subcomitêpalpites bets hojetriagem que atendeu o jovem.

Nesse caso, a defensoria recomendou que o irmãopalpites bets hoje20 anos assumisse a guarda do meninopalpites bets hoje15, para que os dois pudessem pedir refúgio e buscar oportunidades no Brasil.

"Os adolescentes,palpites bets hojegeral, vêm buscar melhores condiçõespalpites bets hojevida, trabalho, formaspalpites bets hojesustentar a família que ficou na Venezuela", diz Lígia Prado da Rocha.

"Esse interesse por trabalhar tem que ser considerado, mas observando a legislação brasileira, que permite trabalho como menor aprendiz para maiorespalpites bets hoje14 anos."

Alguns jovens, no entanto, enfrentam grande dificuldade para conseguir emprego formal no Brasil, especialmente porque a portapalpites bets hojeentrada, Pacaraima, é uma cidade pobrepalpites bets hojeRoraima, que oferece poucas oportunidadespalpites bets hojetrabalho.

Crédito, Defensoria Pública

Legenda da foto, Faltapalpites bets hojedocumentação é grande dificuldade enfrentada pelos defensores para se assegurar que os adultos que se dizem parentes das crianças são,palpites bets hojefato, quem eles afirmam ser

Para seguir viagem para outras regiões do Brasil, é preciso dinheiro e,palpites bets hojealguns casos, documentação.

Miguel*,palpites bets hoje17 anos, esbarrou nessas dificuldades quando cruzou a fronteira no início deste ano. Ele deixou, na cidade venezuelanapalpites bets hojeAnaco, os pais, irmãos e a esposa grávidapalpites bets hojetrês meses.

O objetivo era trabalharpalpites bets hojeBoa Vista, capitalpalpites bets hojeRoraima, para enviar dinheiro para casa e "comprar o enxoval do bebê".

Mas, sem condições financeiraspalpites bets hojeseguir viagem nem documentação, passou a trabalhar como carregador no centropalpites bets hojePacaraima.

"Durante a noite, ele dormepalpites bets hojecimapalpites bets hojeum bilharpalpites bets hojeum comércio, onde estão vivendo outros migrantes venezuelanos", diz relatóriopalpites bets hoje4palpites bets hojemarçopalpites bets hoje2019 da Defensoria Pública da União.

Dificuldadepalpites bets hojeacomodar tantos adolescentes

A defensora Lígia Prado da Rocha diz que Pacaraimba não possui casaspalpites bets hojeacolhimentopalpites bets hojemenorespalpites bets hojeidade. Portanto, as crianças desacompanhadas são encaminhadas para instituiçõespalpites bets hojeBoa Vista.

O númeropalpites bets hojemigrantes continua a crescer e, segundo ela, será preciso ampliar a infraestruturapalpites bets hojeacolhimentopalpites bets hojeRoraima para abrigar todos os menores que chegam via Pacaraima.

Crédito, Elias Benaroch/EPA

Legenda da foto, Segundo a Defensoria Pública da União, é preciso ampliar a capacidadepalpites bets hojeacolhimentopalpites bets hojecrianças e adolescentes venezuelanospalpites bets hojeRoraima

"Em Pacaraima, não tem acolhimento institucional. Tudo é feitopalpites bets hojeBoa Vista. Nosso maior desafio é a capacidadepalpites bets hojeo Estado atender essa quantidadepalpites bets hojecrianças e adolescentes", diz Rocha.

Um dos caminhos, diz ela, é tentar ampliar a redepalpites bets hoje"famílias acolhedoras", que são brasileiros que se dispõem a receber jovens venezuelanospalpites bets hojesuas casas.

O númerpalpites bets hojemigrantes venezuelanospalpites bets hojetodo o mundo chegou a 4 milhõespalpites bets hojejunhopalpites bets hoje2019. É a segunda população com maior diáspora, seguida pelos sírios. A Colômbia já recebeu maispalpites bets hoje1,3 milhãopalpites bets hojemigrantes. O Brasil recebeu 168 mil segundo dados da Organização Internacional para Migrações (OIM).

Antes africanos, agora Venezuelanos

Em São Paulo, há um departamento vinculado ao Tribunalpalpites bets hojeJustiçapalpites bets hojeSão Paulo inteiramente dedicado a cuidarpalpites bets hojecrianças e adolescentes refugiados ou vítimaspalpites bets hojetráficopalpites bets hojepessoas.

Criadopalpites bets hoje2015, o órgão coordenado pelo juiz da Vara da Infância e Juventude Paulo Fadigas tem um nome grande: chama-se Setor Anexopalpites bets hojeAtendimentopalpites bets hojeCrianças e Adolescentes Solicitantespalpites bets hojeRefúgio e Vítimas Estrangeiraspalpites bets hojeTráfico Internacionalpalpites bets hojePessoas (Sancast).

Em quatro anos, ele atendeu 420 crianças estrangeiras que pediram refúgio no Brasil.

Até a crise venezuelana estourar, a grande maioria dos menorespalpites bets hojeidade que chegavam ao Brasil desacompanhados vinha da África, principalmentepalpites bets hojeAngola, Nigéria e da República Democrática do Congo disse o juiz à BBC News Brasil.

"Geralmente chegam indocumentados epalpites bets hojesituaçãopalpites bets hojegrande vulnerabilidade, por vezes vítimaspalpites bets hojetraficantes internacionaispalpites bets hojepessoas, que retêm seus documentos durante a jornada", conta Fadigas.

"Esses jovenspalpites bets hojeAngola, Nigéria e da República Democrática do Congo vêmpalpites bets hojezonaspalpites bets hojeconflito armado,palpites bets hojeescravidão, servidão. Uma das meninas foi estuprada 20 vezes. São crianças que carregam traumas muito diferentes dos jovens brasileiros e, por isso, é preciso tratamento psicológico especializado."

Crédito, Defensoria Pública da União

Legenda da foto, Ao receber papel e lápis, grande parte das crianças manifesta amor pela Venezuela e o Brasil

Os jovens encaminhados ao Sancast são levados a um abrigo no bairro da Penha, na capital paulista. Lá recebem tratamento psicológico e fazem aulaspalpites bets hojeportuguês. Muitos querem começar a trabalhar o quanto antes para conquistar autonomia e sustentar as famílias nos seus paísespalpites bets hojeorigem.

Por isso, a Vara da Infância firmou parcerias com organismos internacionais e organizações não-governamentais para que ajudem a proporcionar treinamento e trabalho como menores aprendizes aos adolescentes com maispalpites bets hoje14 anos.

São Paulo, por ser a maior cidade brasileira, acaba sendo um dos destinos mais procurados pelos refugiados. Mas, diante da crise na Venezuela, o fluxopalpites bets hojeadolescentes desacompanhados que migram e buscam refúgio no Brasil se deslocou para Roraima.

Fadigas explica que não há previsão legal para a transferênciapalpites bets hojejovens e adolescentes do sistemapalpites bets hojeConselho Tutelarpalpites bets hojeum Estado para outro.

"Sem lei, nenhum município é obrigado a receber os refugiados que entraram por outro canto do país. E a tendência é não receber se não houver um aumentopalpites bets hojereceita. Isso cria empecilhos para o reassentamentopalpites bets hojerefugiados".

O juiz defende que a estruturapalpites bets hojeassistência a refugiados criadapalpites bets hojeSão Paulo seja replicadapalpites bets hojeoutras partes do país onde há migraçãopalpites bets hojecrianças desacompanhadas, como Roraima.

Crédito, Defensoria Pública

Legenda da foto, Prédiopalpites bets hojeatendimento da defensoriapalpites bets hojeRoraima está hoje repletopalpites bets hojedesenhospalpites bets hojecrianças

"Nós não tivemos nenhum gasto financeiro adicional com essa estrutura. Criamos uma especialização no atendimento e firmamos parcerias com diferentes órgãos e organizações. É possível replicar o modelo", diz.

Fadigas destaca que as crianças e adolescentes que escolhem o Brasil como refúgio costumam demonstrar grande carinho e apreço pelo novo país. E esse afeto é visível na forma como se dedicam na escola, no trabalho e no trato com as pessoas ao redor.

"O pessoal gosta muito dos solicitantespalpites bets hojerefúgio. Esses jovens consideram o Brasil a terrapalpites bets hojeacolhida, então costumam ser muito prestativos e colaborativos apesarpalpites bets hojetoda a violência e trauma que sofreram."

* Os nomes das crianças foram trocados a fimpalpites bets hojeproteger a identidade delas.

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