Guerra entre facções Comando Vermelho e Comando Classe A deixa maiscbet location50 mortoscbet locationpresídio no Pará:cbet location

Crédito, Google

*texto atualizado às 22h30cbet locationsegunda-feira, 29cbet locationjulho

cbet location Um confronto entre presos deixou ao menos 52 mortos no Centrocbet locationRecuperação Regionalcbet locationAltamira, no Pará, na manhã desta segunda-feira.

De acordo com o governo paraense, 16 presos foram decapitados e os outros mortos tinham sinaiscbet locationsufocamento. Os presidiários chegaram a fazer dois agentes penitenciárioscbet locationreféns, mas estes foram soltos logo após o massacre.

Segundo o governo, os assassinatos ocorreram durante uma briga entre duas facções que dividem o presídio: Comando Classe A e Comando Vermelho.

Integrantes do Comando Classe A aproveitaram o momentocbet locationque as celas são destrancadas no início da manhã, quando os presos tomam café da manhã, para invadir o espaço do Comando Vermelho. Depoiscbet locationmatar parte dos rivais, os integrantes da facção local atearam fogo no pavilhão.

Nenhuma armacbet locationfogo foi encontrada com os presos após uma revista feita na cadeia após o ataque, apenas artesanais. Os envolvidos na ocorrência foram isolados.

Segundo o pesquisador Roberto Magno Reis Netto, que estudou o tráficocbet locationdrogascbet locationmestrado na Universidade Federal do Pará, o Comando Classe A surgiucbet locationAltamira e chegou a ser aliado do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores redes criminosas que atuam na Região Norte.

Um relatório divulgado pelo Conselho Nacionalcbet locationJustiça apontou que o presídio tem capacidade para 163 presos, mas nesse mês contava com 343. Segundo o magistrado que realizou a vistoria, as condições estruturais da cadeira eram "péssimas".

O secretário da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), Jarbas Vasconcelos, disse que nem todos os corpos tinham sido retirados do presídio até o fim da manhã.

"Nós encontramos corpos decapitados e os outros mortos por asfixia. Não tiramos todos porque o local ainda está quente. É uma unidade antiga,cbet locationformatocbet locationcontêiner, e esquenta muito", afirmou.

De acordo com Vasconcelos, os relatórios do serviçocbet locationinteligência do presídio não apontaram nenhum possível ataque entre as facções.

"Eles (confrontos) ocorrem no sistema como um todo e diariamente nós transferimos presos (para evitar)", afirmou.

Segundo o secretário, desde 2013 o governo constrói um novo complexo penitenciáriocbet locationAltamira. A previsão para inauguração é dezembrocbet location2019.

O Departamentocbet locationMonitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário ecbet locationMedidas Socioeducativas do Conselho Nacionalcbet locationJustiça pediu que o Tribunalcbet locationJustiça do Pará forneça esclarecimentos como: nomes dos presos mortos; a situação processual dos detentos até o momentocbet locationsuas mortes; o último relatóriocbet locationinspeção judicial realizada na unidade prisional; a quantidadecbet locationpessoas custodiadas e o quantitativocbet locationvagas da unidade prisional; e a quantidadecbet locationservidorescbet locationatividade na unidade prisional no dia do fato que resultou na morte dos detentos.

O CNJ também quer acompanhar as medidas tomadas para responder ao conflito.

Por que Norte e Nordeste são as regiões com mais homicídios

Norte e Nordeste vêm se revezando, nessa década, na ingrata posiçãocbet locationregião mais violenta do Brasil.

Em 2017, os nove estados nordestinos chegaram novamente ao topo do ranking, segundo o Atlas da Violência - levantamentocbet locationhomicídios relatados pelo Sistema Únicocbet locationSaúde (SUS).

No Nordeste, a taxacbet locationhomicídios chegou a 48 mortes por 100 mil habitantescbet location2017. Já os sete estados do Norte bateram a marcacbet location47 assassinatos por 100 mil. Em 2007, esses índices eram menores que 30.

Como comparação, no Sudeste o índice médiocbet locationhomicídios foicbet location26,7cbet location2017.

O Atlas da Violência resume o cenário. "Nos últimos anos, enquanto houve uma residual diminuição (da taxacbet locationhomicídios) nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, observou-se certa estabilidade do índice na região Sul e crescimento acentuado no Norte e no Nordeste."

Por Estado, os números são ainda mais dramáticos. Enquanto São Paulo registra 10,3 homicídios por 100 mil pessoas - a menor taxa do país -, os nordestinos Rio Grande do Norte e Ceará bateram 62,8 e 60,2, respectivamente.

Já o Acre (62,2) e o Pará (54,7) despontam como campeõescbet locationhomicídios no Norte.

A superlotação dos presídios, dizem especialistas, é parte importante da explicação. Outro fator é o fortalecimento das facções criminosas.

A região Norte é estratégica por dois motivos: serve como escoamentocbet locationdrogas para a Europa e é uma rotacbet locationtransportecbet locationdrogas produzidascbet locationpaíses vizinhos, como Colômbia e Peru.

"O crescimento econômico das regiões Norte e Nordeste também formou novos mercados consumidorescbet locationdrogas que antes não eram encontradas. Não é que o Nordeste e o Norte apenas são rotascbet locationpassagem para o tráfico, eles também passaram a consumir", diz Luiz Fábio Paiva, professorcbet locationsociologia e pesquisador do Laboratóriocbet locationEstudos da Violência da Universidade Federal do Ceará.

"Além disso, tem a dinâmica do crime organizado", diz Renato Sergiocbet locationLima, pesquisador do Fórum Brasileirocbet locationSegurança Pública.

"Enquanto 15 Estados do país reduziram a violência, 12 puxaram o crescimento para cima, e eles estão justamente nessas regiões (Norte e Nordeste). 2017 foi o ápice da briga por rotas nacionais e internacionaiscbet locationdrogas e armas."

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