Joãobet pix 365 entrarDeus: como trabalha a força-tarefa que investiga denúnciasbet pix 365 entrarabuso sexual contra médium:bet pix 365 entrar

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Em fotografiabet pix 365 entrar2012, mulher é atendida pelo médium Joãobet pix 365 entrarDeusbet pix 365 entrarum espaço público da Casabet pix 365 entrarDom Ináciobet pix 365 entrarLoyola

Desde então, as mensagens começaram a se avolumar e já superam o númerobet pix 365 entrar500, mas não se sabe quantas sãobet pix 365 entrarpessoas que dizem ser vítimas. Um novo balanço está sendo feito e deve aumentar o númerobet pix 365 entrarpossíveis vítimas.

Para lidar com esse volumebet pix 365 entrarrelatos, tanto o Ministério Público como a Polícia Civilbet pix 365 entrarGoiás criaram forças-tarefas, coordenadas entre si. Em Goiás, há sete promotores e sete delegados trabalhando no caso. Em São Paulo, Estadobet pix 365 entrarorigembet pix 365 entrargrande parte das denunciantes, também foi criado um grupobet pix 365 entrarapoio à força-tarefa goiana no Ministério Público, com três promotoras - entre elas, Gabriela Manssur.

Crédito, João Sérgio/Ascom MPGO

Legenda da foto, Promotores Luciano Miranda Meireles e Patricia Otoni Pereira, da força-tarefa do Ministério Públicobet pix 365 entrarGoiás que apura as denúnciasbet pix 365 entrarabuso sexual contra o médium Joãobet pix 365 entrarDeus

Enviobet pix 365 entrarrelatos e coletabet pix 365 entrardepoimentos

A investigação começa com o recebimentobet pix 365 entrarrelatosbet pix 365 entrarpossíveis vítimas por e-mails, telefonemas e outros canaisbet pix 365 entrarcontato dos órgãosbet pix 365 entrarinvestigação. O principal deles é o e-mail do Ministério Públicobet pix 365 entrarGoiás, disponibilizado após a denúncia do caso no programabet pix 365 entrarPedro Bial, da TV Globo.

"Nossa preocupação foi criar um canal para dar voz a essas mulheres. E, no segundo momento, acolher essas mulheres, orientá-las, caso queiram fazer a denúncia formal. É muito importante que as vítimas compareçam", diz a promotora Patrícia Otoni, que integra a força-tarefabet pix 365 entrarGoiás.

Logo no primeiro dia, o órgão recebeu 40 mensagensbet pix 365 entrarmulheres que se apresentavam como vítimasbet pix 365 entrarJoãobet pix 365 entrarDeus. No dia seguinte pela manhã, o númerobet pix 365 entrarrelatos já havia saltado para 78. Ao fim do dia, o volume tinha chegado a impressionantes 206 mulheres. A partir daí, o Ministério Público deixoubet pix 365 entrarcontar quantas das novas mensagens erambet pix 365 entrarpossíveis vítimas.

O passo seguinte é fazer contato com as mulheres que enviaram relatosbet pix 365 entrarabusos, para verificar se gostariambet pix 365 entraragendar um depoimento nos seus Estadosbet pix 365 entrarorigem e fazer uma denúncia formal. Em Goiás, já foram ouvidas maisbet pix 365 entrar20 mulheres, no Ministério Público ou na Polícia Civil. Em São Paulo, foram maisbet pix 365 entrar30 - todo o material foi encaminhado para Goiás. Também foram ouvidas mulheres no exterior, por vídeoconferência.

"Não necessariamente serão processados todos os casos, vai depender da narrativa. É um trabalho que temos feitobet pix 365 entrarmaneira individualizada,bet pix 365 entrarforma muito séria e muito técnica", afirma Otoni.

A promotora Manssur foi uma das que colheram depoimentosbet pix 365 entrarSão Paulo,bet pix 365 entrarapoio à força-tarefabet pix 365 entrarGoiás. Ela conta que chegou a ser procurada até no Facebook e no Instagram por mulheres que queriam fazer denúncias contra Joãobet pix 365 entrarDeus.

"As denúncias são muito graves. É repugnante o uso da fé e da esperançabet pix 365 entrarcurabet pix 365 entrardoença para satisfaçãobet pix 365 entrardesejo sexual, contra a vontade das vítimas, manipulando essas mulheres e impedindo a resistência. Eu nunca tinha visto nada igual,bet pix 365 entrartermos do quanto vembet pix 365 entrardenúncia e do quanto chegabet pix 365 entrarpedidobet pix 365 entrarajuda. Sem dúvida, é o maior casobet pix 365 entrarabuso sexual que eu já vi e provavelmente vá verbet pix 365 entrartoda a minha carreira", relata a promotora Manssur.

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Joãobet pix 365 entrarDeus se entregou à polícia no domingo, 16bet pix 365 entrardezembro

Investigação continua após os depoimentos

Após os depoimentos, são tomadas outras medidas para verificar a validade do que foi relatado pelas vítimas. Por exemplo, diligências no local onde teriam ocorrido os crimes, para analisar se as descrições conferem ou se há alguma contradição.

"Não é apenas a palavrabet pix 365 entrarum contra a palavrabet pix 365 entraroutro. Nesse tipobet pix 365 entrarcrime, cometido na clandestinidade e quase sempre sem testemunha, tem que analisar as circunstâncias apresentadas pelas vítimas, contrapostas àquilo que é apresentado pelo denunciado", explica o promotor Luiz Henrique Dal Poz, do Ministério Públicobet pix 365 entrarSão Paulo, que denunciou o médico Roger Abdelmassih, condenado pelos estuprosbet pix 365 entrar37 mulheres,bet pix 365 entrar2010.

No casobet pix 365 entrarAbdelmassih, os relatos das diferentes vítimas eram semelhantes nos detalhes: elas descreviam o mesmo olhar do médico, o mesmo hálito, a mesma forma como ele se impunha. Também no casobet pix 365 entrarJoãobet pix 365 entrarDeus, relatos parecidos feitos por um grande númerobet pix 365 entrarvítimas também devem corroborar as acusações e dar mais força ao processo.

"Também devem ser ouvidos funcionários do local, não só na condiçãobet pix 365 entrartestemunhas, mas tambémbet pix 365 entrarcoautores, caso tenham sido coniventes", explica João Paulo Martinelli, advogado criminalista e doutorbet pix 365 entrardireito penal pela USP. "Já outros tiposbet pix 365 entrarprova são mais difíceis, não tem como fazer examebet pix 365 entrardelito muito tempo depois, por exemplo", diz Martinelli.

Polícia Civil e Ministério Público focambet pix 365 entrarcasos diferentes

A estratégiabet pix 365 entrartrabalho das forças-tarefas da Polícia Civil e do Ministério Públicobet pix 365 entrarGoiás está sendo diferente.

Segundo o delegado-geral da Polícia Civilbet pix 365 entrarGoiás, André Fernandes, o órgão está concentradobet pix 365 entrarinvestigar casos mais recentes, ocorridos nos últimos seis meses. A interpretação é que esses casos têm mais chancesbet pix 365 entrarser acolhidos pela Justiça, devido a uma regra chamadabet pix 365 entrarprazobet pix 365 entrardecadência - segundo a qual a vítimabet pix 365 entrarum crime sexual tinha apenas seis meses para pedir que a Justiça a representassebet pix 365 entraruma ação civil pública. A regra deixoubet pix 365 entrarexistirbet pix 365 entrarsetembro.

A prioridade da Polícia Civil, então, é concluir ainda nesta semana a investigaçãobet pix 365 entrarum casobet pix 365 entrarabuso sexual que teria ocorrido na Casabet pix 365 entrarDom Ináciobet pix 365 entrarLoyolabet pix 365 entraroutubro - dentro desse limitebet pix 365 entrarseis meses. "Estamos na fasebet pix 365 entrarrealizar outras diligências, com objetivobet pix 365 entrarfortalecer ainda mais as provas", diz Fernandes.

Já o MPbet pix 365 entrarGoiás está focadobet pix 365 entrarcasos ocorridos nos últimos dez anos, segundo a promotora Otoni, que faz parte da força-tarefa. Esse período se baseia no tempobet pix 365 entrarprescrição das penas, ou seja, o prazo máximo necessário para julgar um acusado após a data do crime. Transcorrido esse prazo, não há nada mais que possa ser feito.

O tempobet pix 365 entrarprescrição variabet pix 365 entraracordo com o crime e, no casobet pix 365 entrarJoãobet pix 365 entrarDeus, cai pela metade, porque ele tem maisbet pix 365 entrar70 anos. Assim, a depender do tipobet pix 365 entrarcrime sexualbet pix 365 entrarque as denúncias contra Joãobet pix 365 entrarDeus podem ser enquadradas, a prescrição no caso do médium variabet pix 365 entrar6 até o máximobet pix 365 entrar10 anos.

"O foco do Ministério Público ébet pix 365 entrar10 anos para cá. Mas o MP está sendo procurado por vítimas muito mais antigas. Elas também serão ouvidas", afirma a promotora Otoni.

Crédito, Reprodução

Legenda da foto, Reproduçãobet pix 365 entrartrecho do recurso do Ministério Públicobet pix 365 entrarGoiás,bet pix 365 entrar2012, contra a absolviçãobet pix 365 entrarJoãobet pix 365 entrarDeusbet pix 365 entrarprimeira instância,bet pix 365 entrarum casobet pix 365 entrarabuso sexualbet pix 365 entraruma menor, ocorridobet pix 365 entrar2008. Mesma promotora deve denunciar Joãobet pix 365 entrarDeus pelos casos que vieram à tona este ano

Promotora já havia denunciado Joãobet pix 365 entrarDeus dez anos atrás

Após a conclusão das investigações, a denúncia contra Joãobet pix 365 entrarDeus deve ser oferecida por Cristiane Marquesbet pix 365 entrarSouza, promotorabet pix 365 entrarAbadiânia há 11 anos.

Não será a primeira vez que a promotora terá denunciado o médium. Cristiane já atuoubet pix 365 entrarum casobet pix 365 entrarabuso sexual que teria sido cometido por ele há dez anos. A vítima era uma jovembet pix 365 entrar16 anos.

Na ocasião, Joãobet pix 365 entrarDeus foi absolvidobet pix 365 entrarprimeira instância por faltabet pix 365 entrarprovas. O caso, então, foi para segunda instância.

No recurso, a promotora relatou o que havia ocorrido: "Com o fitobet pix 365 entrarsatisfazerbet pix 365 entrarlascívia, o denunciado acariciou os seios, barriga, nádegas e virilha da vítima. Não satisfeito, o denunciado segurou a mão da vítima, por cima da roupa, sobre seu órgão genital e começou a movimentá-la para cima e para baixobet pix 365 entrarmovimentos constantes, enquanto afirmava que ela estava recebendo 'o espírito' e que iria ser curada".

"Em ato contínuo, o denunciado sentou-sebet pix 365 entraruma cadeira e ordenou a vítima que ajoelhasse nabet pix 365 entrarfrente e mais uma vez, valendo-se da mão da menor, manipulou seu próprio órgão genital, sempre repetindo que se tratavabet pix 365 entrarparte do 'tratamento'. Assustada e acuada pelas circunstâncias, notadamente a condição do denunciado, a vítima não conseguiu pedir ajuda, limitando-se a chorar compulsivamente".

A seguir, a promotora Cristiane concluiu: "Constata-se não existir nenhuma contradição que venha a afastar a autoria do fato atribuída a João Teixeirabet pix 365 entrarFaria. Assim, dúvidas não há quanto à autoria do delito, que recai inconteste sobre o acusado, tampouco da materialidade, confirmada pela prova testemunha produzidabet pix 365 entrarjuízo".

O médium, porém, acabou sendo absolvido tambémbet pix 365 entrarsegunda instância.

Já agora, ao oferecerbet pix 365 entrarsegunda denúncia contra o médium, a promotora Cristiane poderá se basearbet pix 365 entrarum grande númerobet pix 365 entrardepoimentos. Mesmo acusações que já perderam prazos legais podem ser usadas como testemunhas, para corroborar os depoimentos das vítimas cujos casos podem ser julgados.

Além disso, dessa vez é possível que a denúncia contra Joãobet pix 365 entrarDeus inclua outros tiposbet pix 365 entrarcrime - no casobet pix 365 entrardez anos atrás, a acusação era violação sexual mediante fraude. Já agora, o MP "trabalha com a possibilidadebet pix 365 entrarenquadramento dos casosbet pix 365 entrarestupro, estuprobet pix 365 entrarvulnerável e violência sexual mediante fraude", diz a promotora Patrícia Otoni, da força-tarefabet pix 365 entrarGoiás.

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