Pesquisadores brasileiros criam pomada contra picada letalblazejogoaranha:blazejogo
"Ou seja, menor do que a necessária para ser considerado antibiótico. Mas a empregamosblazejogouma dosagem capazblazejogointerferir na atividade da esfingomielinase D, proteína que é o componente principal do veneno da aranha e que está envolvida no processoblazejogoinflamação eblazejogodestruição do tecido (necrose) e outros efeitos."
Alémblazejogolesão cutânea - que ocorreblazejogo80% dos casos e pode levar meses para ser curada -, a picada da Loxosceles também pode provocar, nos outros 20% das vítimas, efeitos sistêmicos, como hemólise (alteração, dissolução ou destruição dos glóbulos vermelhos do sangue), agregação plaquetária (que causa coágulos nos vasos sanguíneos, que dificultam ou impedem a circulação), inflamação e falência renal, que podem levar à morte.
Origem da pomada
A história das pesquisasblazejogoDenise que levaram à criação da pomada é longa. Ela começou o trabalho para decifrar os principais componentes da toxina da aranha-marromblazejogo1994. Para isso, ela eblazejogoequipe lançaram mão da engenharia genética.
Como cada Loxosceles produz muito pouco veneno - apenas cercablazejogo30 microgramas - seria muito difícil conseguir a quantidade necessária para os estudos. Então, os pesquisadores inseriram um gene dela na bactéria Escherichia coli, criando assim uma biofábrica da esfingomielinase D, passando a produzi-lablazejogovolume suficiente para as pesquisas.
Ao longo do trabalho, Denise eblazejogoequipem descobriram que o veneno da aranha-marrom pode causar, alémblazejogoefeitos já conhecidos, reações secundárias, que são desencadeadas principalmente pela proteína esfingomielinase D.
"Costumo dizer que o veneno só dá o 'start' e a proteína altera as células", explica. "Depois, ocorre uma desregulação do organismo, que leva à produçãoblazejogoproteases - enzimas cuja função é quebrar as ligações químicasblazejogooutras proteínas, o que, porblazejogovez, causa a morte celular e a necrose. São essas proteases, portanto, que devem ser inibidas pela pomada."
Resumindo, o estudo coordenado por Denise decifrou o mecanismoblazejogoação do veneno lançado pela aranha-marrom e também a forma sistêmica e cutânea da doença.
Testando o antídoto na pele
Os primeiros testes, realizadosblazejogoculturablazejogocélulasblazejogopele humana, mais especificamente queratinócitos e fibroblastos, eblazejogoanimais começaram a ser feitosblazejogo2005 e se estenderam até agostoblazejogo2018.
"Realizamos vários experimentos, aplicando o veneno da aranha-marrom nas culturas", explica Denise. "Como esperávamos, as células morriam. Depois, as expomos à toxina e à tetraciclina,blazejogovárias dosagens, ao mesmo tempo. Constatamos, então, que o veneno não era mais capazblazejogomatar as células."
Os pesquisadores passaram, então, para o passo seguinte do trabalho, que foi o testeblazejogoanimais. "Os coelhos foram escolhidos por serem um bom modelo para o estudo da necroseblazejogopele causada pela toxina da Loxosceles", explica Denise. "A lesão deste animal é parecida com a que se forma no ser humano. Injetamos o veneno na pele deles e depoisblazejogoalgumas horas começamos a tratá-los com uma pomada que continha tetraciclina e lanolina. Esta última entrou na composição porque é capazblazejogolevar a droga para as camadas mais profundas da pele."
Os resultados foram animadores. Nos coelhos tratados com tetraciclina, a lesão regrediu rapidamente. "A pomada reduziu o tamanho da lesãoblazejogocercablazejogo80%", conta Denise. "Diante desses resultados, partimos para os testes clínicosblazejogoseres humanos."
Como a tetraciclina é uma droga já testada para várias infecções e, por isso, usada comercialmente, não é necessário passar pelas várias fasesblazejogoensaios exigidos pelos protocolosblazejogopesquisa para a liberaçãoblazejogomedicamentos. Ela pode ser testada diretamenteblazejogohumanos. "Na verdade, estamos apenas dando uma nova aplicação a esta substância", diz a pesquisadora.
Essa fase começoublazejogooutubro. Serão tratados no total 240 pacientes, 120 com a pomada e 120 com placebo,blazejogo61 hospitaisblazejogoSanta Catarina, estado onde ocorre o maior númeroblazejogopicadas e no qual Denise tem várias parcerias, inclusive com a Universidade Federalblazejogolá (UFSC), alémblazejogomédicos, enfermeiros e profissionais da áreablazejogofarmácia eblazejogosaúde. Até o momento, 20 pacientes já estão sendo tratados.
Aqueles que recebem placebo não ficarão sem tratamento. Eles receberão o que é usado hoje para a picada, que é o soro específico antiveneno da aranha-marrom ou um inespecífico, contra toxinasblazejogoaracnídeosblazejogogeral. As picadas também podem ser tratadas com medicamentos chamados corticosteróides, mais conhecidos com corticóides.
Se os resultados dos testes clínicos forem os esperados, a pomada poderá chegar às farmácias. Mas não há prazo para isso. Depoisblazejogoaprovada nos ensaios, ela ainda precisa ser liberada para usoblazejogousoblazejogohumanos e comercialização pela Agência NacionalblazejogoVigilância Sanitária (Anvisa). Se e quando isso ocorrer, seu mercado poderá ser maior que apenas o do Brasil.
Alémblazejogoacidentes com Loxosceles nas Américas do Sul, Central e do Norte, nos últimos anos, ocorreram também picadas na Europa, com relatosblazejogocasosblazejogopaíses como Espanha, França, Portugal e Itália - este chegou a registrar um casoblazejogomorte.
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