Prédioarbety botmoradia estudantil no Tocantins recebe prêmio internacionalarbety botarquitetura:arbety bot

Crédito, Estúdio Palma

Legenda da foto, Projeto tem o objetivoarbety botresolver um problema comumarbety botzonas rurais no Brasil: as grandes distâncias que separam muitas vezes o aluno da escola

A obra tem uma grande cobertura metálica, que gera uma sombra generosa. Abaixo dela, há um andar todo vazado, sem paredes e sem vidros, com divisóriasarbety botmadeira à meia altura, permitindo uma grande ventilação.

"O projeto tem como ponto alto a criação da sombra, uma grande varanda, que permite que a criança ocupe esse lugar com uma sériearbety botbrincadeiras", fala o arquiteto.

Já os dormitórios, no térreo, combinam técnicasarbety botconstrução tradicional com tecnologia mais moderna. Um exemplo é uma parede mais grossa, que leva mais tempo para trocararbety bottemperatura com o exterior, construída com um tipoarbety bottijolo aprimorado a partir do adobe,

Essas escolhas arquitetônicas amenizam o forte calor da região, que beira os 40˚C nos dias mais quentes. O prédio chega a ficar até 7˚C mais fresco, sem necessidadearbety botusoarbety botar condicionado. Uma consequência inusitada foi que a escola teve que comprar cobertores para os alunos.

Crédito, Vinicius Postiglioni

Legenda da foto, Os arquitetos Gustavo Ultrabo e Pedro Duschenes, do escritório Aleph Zero, que recebeu prêmio pelo projetoarbety botmoradia estudantil

Outra inovação foi a construção do projetoarbety botconjunto com a comunidade. Foram as próprias crianças que definiram,arbety botuma atividadearbety botdinâmica corporal, qual era o tamanhoarbety botcada quartoarbety botalojamento.

O reconhecimento é oferecido pelo Royal Institute of British Architects (Riba) para projetosarbety botarquitetura arrojada e impacto social significativo. É considerado um dos prêmiosarbety botarquitetura mais rigorosos do mundo, já que especialistas internacionais visitam e avaliam as obras in loco.

Segundo o presidente do Riba, Ben Derbyshire, a moradia estudantilarbety botTocantins "oferece um ambiente excepcional, destinado a melhorar a vida e o bem-estar das crianças da escola, e ilustra o valor imensurável do design educacional bem feito".

Esse não é o primeiro reconhecimento que a moradia estudantil recebe. Também foi agraciada com o prêmioarbety botMelhor Edifícioarbety botArquitetura Educacional do mundo, da premiação Building Of The Year,arbety bot2018, e o American Architecture Prize 2017 na categoria habitação social.

Moradia dos estudantes foi concebidaarbety botconjunto com a comunidade

Antesarbety boto prédio ser erguido, já havia um alojamento estudantil no local, mas os estudantes não consideravam que aquela eraarbety bot"casa".

"Quando a gente chegou ali, vimos que crianças não reconheciam o local comoarbety botprópria casa. Falavam que viviam na escola", lembra o designer Marcelo Rosenbaum, que coordenou a empreitada. O objetivo então foi construir um local que as crianças pudessem perceber comoarbety botprópria casa.

Para isso, o engajamento com a comunidade local na criação do novo edifício foi fundamental.

A equipe do projeto organizou uma espéciearbety botfestival com a participação da comunidade, ao longoarbety botcercaarbety bot15 dias. Durante esse tempo, foram realizadas diversas atividades com pais e filhos para perceber o que seria importante para elesarbety botuma moradia estudantil e que pudesse gerar uma sensaçãoarbety bot"casa".

Crédito, Leonardo Finotti

Legenda da foto, Obra tem cobertura metálica e um andar todo vazado, sem paredes nem vidros

"A arquitetura é partearbety botuma ciência. Então, o nosso trabalho é quebrar esse olhar acadêmico. A gente chega para trocar com a comunidade, não para impor algo", diz Rosenbaum. O designer criou uma metodologiaarbety bottrabalho voltada justamente a estabelecer esse tipoarbety bottroca com as comunidades.

Assim, arquitetos e comunidade escolar definiram que o tamanho dos quartos iria diminuir. De 40 criançasarbety bot20 beliches, o dormitório passaria a ter 6 criançasarbety bot3 beliches. Além disso, foram criadas salasarbety botTV, áreasarbety botestudo, espaços livres, muito jardim.

Uma outra estratégia para criar a noçãoarbety botcasa foi muito simples: construir o prédio um pouco afastado da escola, para que as crianças tivessem um trajeto para percorrer ao sair dali, como se fosse o caminho até chegararbety botcasa.

Poder público teria como fazer um projeto como esse?

O custo da obra, pago pela Fundação Bradesco, não foi divulgado. No entanto, a equipe responsável defende que projetos como esse também podem ser feitos pelo poder público.

"É um projeto muito simples: cobertura metálica, madeira pré-fabricada, pisoarbety botcimento e o tijolo feito no local. Isso tornou a execução da obra mais barata e rápida - a construção levou somente 14 meses. Então, eu acho que seria totalmente possível que o poder público fizesse uma edificação como essa, não vejo porque não", defende Utrabo.

Assim, a dificuldade não é técnica e orçamentária, acredita Utrabo, mas política. "São poucos os casosarbety botque o setor público tem um comprometimento com a arquiteturaarbety botbenefício da população. Eles pensam (os políticos) que é mais importante resolver o problema logo, do que resolver bem o problema", conclui.

O arquiteto também afirma que um projeto bem pensado pode gerar benefíciosarbety botsegunda ordem, como reduçãoarbety botcustos (não ter que pagar a conta do ar condicionado, por exemplo), preservação ambiental (com projetos mais sustentáveis) e maior durabilidade.

Crédito, Leonardo Finotti

Legenda da foto, Equipe responsável defende que projetos como esse também podem ser feitos pelo poder público

"A estruturaarbety botmadeira usada na obra tem garantiaarbety bot20 anos. Na França, por lei, todos os jardinsarbety botinfância devem ser feitosarbety botestruturaarbety botmadeira, porque é a mais segura que existe. Resiste ao fogo por mais tempo que qualquer outra", explica Utrabo.

Além da obraarbety botsi, o poder público poderia se valer da metodologiaarbety bottrabalho que foi aplicada, que envolve a troca com a comunidade. "Isso é absolutamente replicável e escalável", afirma Marcelo Rosenbaum.

"Na maioria das vezes, a arquitetura é desconectada do ser humano. É feita a partir do saber técnico e científico,arbety botcima para baixo, dizendo o que é que as pessoas precisam. É algo padronizado:arbety botqualquer região do país, rural ou urbana", diz o arquiteto. "Precisamos mudar isso."

"O espaço urbano é feito por ser humano. Se não está conectado com o que as pessoas daquele lugar querem e precisam, as construções ficam fadadas ao abandono, ao não cuidado, ao não pertencimento", fala o designer.

Crédito, Diego Cagnato

Legenda da foto, Marcelo Rosenbaum (à esq.) coordenou construção da moradia estudantil

arbety bot Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube arbety bot ? Inscreva-se no nosso canal!

Pule YouTube post, 1
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosarbety botautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaarbety botusoarbety botcookies e os termosarbety botprivacidade do Google YouTube antesarbety botconcordar. Para acessar o conteúdo cliquearbety bot"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdoarbety botterceiros pode conter publicidade

Finalarbety botYouTube post, 1

Pule YouTube post, 2
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosarbety botautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaarbety botusoarbety botcookies e os termosarbety botprivacidade do Google YouTube antesarbety botconcordar. Para acessar o conteúdo cliquearbety bot"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdoarbety botterceiros pode conter publicidade

Finalarbety botYouTube post, 2

Pule YouTube post, 3
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosarbety botautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaarbety botusoarbety botcookies e os termosarbety botprivacidade do Google YouTube antesarbety botconcordar. Para acessar o conteúdo cliquearbety bot"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdoarbety botterceiros pode conter publicidade

Finalarbety botYouTube post, 3