Brasil está entre piores países do mundonovibet emailimpunidadenovibet emailassassinatosnovibet emailjornalistas:novibet email

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Crédito, Antônio Cruz/Agência Brasil

Legenda da foto, O Brasil está entre os países com mais impunidadenovibet emailassassinatonovibet emailjornalistas. De 2008 a 2018, houve 17 casosnovibet emailque criminosos não foram condenados

"Outros países, como o México, por exemplo, têm taxas mais altasnovibet emailviolência contra jornalistas, mas o que vemos no Brasil é ação vagarosa, ou completa inação, por parte das autoridades para resolver esses assassinatos."

Segundo a gerente-executiva da Associação Brasileiranovibet emailJornalismo Investigativo (Abraji), Marina Atoji, mesmonovibet emailcasosnovibet emailque o crime foi desvendado e houve prisões e condenações, os mandantes permanecem desconhecidos ou impunes.

"Esse índice acaba refletindo um padrão que o Brasil infelizmente apresenta já há bastante tempo", diz Atoji à BBC News Brasil. "A impunidade é ruimnovibet emailqualquer tiponovibet emailcrime, seja contra jornalista ou não. No caso dos jornalistas, serve quase como um incentivo - sai muito barato, não custa nada matar um jornalista. Isso é perigoso para a liberdadenovibet emailexpressão."

Crimes sem solução

Pelo menos 324 profissionaisnovibet emailimprensa foram mortos ao redor do mundo no período analisado pelo CPJ e,novibet email85% dos casos, ninguém foi condenado.

Desde 2008 o Índicenovibet emailImpunidade é divulgado anualmente pelo CPJ para marcar o Dia Internacional para Acabar com a Impunidadenovibet emailCrimes contra Jornalistas,novibet email2novibet emailnovembro. Entram na relação países com pelo menos cinco casosnovibet emailassassinatosnovibet emailjornalistas que ficaram impunes no períodonovibet emaildez anos analisado.

O levantamento atual traz 14 países e é encabeçado pelo quarto ano consecutivo pela Somália, com 25 casos sem solução, seguida pela Síria e pelo Iraque. O Brasil está na 10ª posição. Outros dois países latino-americanos integram a lista: México,novibet email7º lugar, com 26 casos, e Colômbia,novibet email8º, com cinco.

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Crédito, Fernando Frazão/Agência Brasil

Legenda da foto, A classificação do Brasil piorounovibet emailrelação ao ano passado, quando o país ficounovibet email8º lugar, com 15 casos impunes

A colocaçãonovibet emailcada país é calculada pelo númeronovibet emailassassinatos sem puniçãonovibet emailum períodonovibet emaildez anos dividido pelo númeronovibet emailhabitantes, com basenovibet emaildadosnovibet emailpopulação do Banco Mundialnovibet email2017.

São incluídos no relatório somente os crimesnovibet emailque os profissionais foram atacados especificamente por causanovibet emailseu trabalho. Jornalistas mortosnovibet emailcombate ounovibet emailcoberturas perigosas, como protestos, não entram na lista.

A relação inclui apenas casosnovibet emailimpunidade completa, quando não houve condenação, mesmo que suspeitos estejam sob custódia. Casosnovibet emailque alguns entre vários suspeitos foram condenados são classificados como "impunidade parcial", e não entram no levantamento.

Perfil das vítimas

Alguns dos países da lista estão mergulhadosnovibet emailguerras e conflitos armados, mas esse não é o caso do Brasil. Vários dos jornalistas brasileiros assassinados atuavamnovibet emailpequenas cidades e denunciavam casosnovibet emailcorrupção local. Segundo o CPJ, muitas vezes os suspeitos têm influência política e econômica e conseguem escapar da Justiça.

Entre os casos mais recentes analisados pelo CPJ estão as mortes dos radialistas Jefferson Pureza Lopes,novibet email39 anos, assassinado com três tiros na varandanovibet emailsua casanovibet emailEdealina (GO)novibet email17novibet emailjaneiro deste ano, e Jaironovibet emailSouza, 43 anos, morto com dois tirosnovibet emailBragança (PA)novibet email21novibet emailjunho. Ambos costumavam criticar e denunciar políticos locais e vinham recebendo ameaças antesnovibet emailserem assassinados.

"Algo que vemos com frequência no Brasil é que os jornalistas alvonovibet emailassassinato tendem a ser repórteres locais, geralmente radialistas,novibet emailáreas rurais,novibet emailmercados menores. Há um risco maior para eles, especialmente se estiverem fazendo reportagens sobre atividades do governo, corrupção, crime organizado", salienta Southwick.

Ela ressalta que o númeronovibet emailcasos pode ser ainda maior, já que às vezes é difícil comprovar que o motivo do crime está ligado à atividade profissional da vítima.

Outras entidades que monitoram violência contra jornalistas também destacam os riscos da profissão no Brasil. Em abril deste ano, a organização internacional Repórteres Sem Fronteiras divulgou levantamento que coloca o Brasil como segundo país com maior númeronovibet emailprofissionaisnovibet emailimprensa assassinados entre 2010 e 2017 na América Latina, com 26 mortes, atrás apenas do México.

Agressões

Além da impunidadenovibet emailcasosnovibet emailassassinato, os profissionaisnovibet emailcomunicação no Brasil também enfrentam um recente aumento no númeronovibet emailagressõesnovibet emailmeio à campanha política encerrada com a eleição deste domingo.

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Crédito, Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Legenda da foto, Desde o início do ano, a Abraji identificou maisnovibet email140 ataques físicos ou por meios digitais contra jornalistasnovibet emailcontexto político, partidário e eleitora

Desde o início do ano, a Abraji identificou maisnovibet email140 ataques físicos ou por meios digitais contra jornalistasnovibet emailcontexto político, partidário e eleitoral.

Na semana passada, às vésperas do segundo turno da eleição, a Abraji, o CPJ e outras quatro organizações não-governamentais divulgaram uma nota citando casosnovibet emailque jornalistas foram ameaçados após a publicaçãonovibet emailreportagens críticas a candidatos e dizendo que ambos os candidatos à Presidência deveriam "denunciarnovibet emailforma contundente as ameaças e atosnovibet emailviolência contra jornalistas que cobrem a campanha eleitoral".

"O assédio e intimidaçãonovibet emailjornalistas ocorrenovibet emailum contextonovibet emailpolarização e aumento da violência política contra pessoas LGBT, mulheres, negros e aqueles que expressam visões políticas diferentes das dos agressores", diz a nota.

Em outras partes do mundo, mesmonovibet emailpaíses que não aparecem entre os pioresnovibet emailtermosnovibet emailassassinatos com impunidade, jornalistas enfrentam repressão, perseguição e prisão.

Um levantamento mundial publicado anualmente pelo CPJ revela que, no ano passado, pelo menos 262 jornalistas estavam presos por causanovibet emailseu trabalho, um número recorde. Desses, 73 estavam presos na Turquia, 41 na China e 20 no Egito, os três países líderesnovibet emailaprisionar profissionaisnovibet emailimprensa.

Southwick adverte que não é possível traçar uma ligação direta entre retórica agressiva contra a mídia e assassinatosnovibet emailjornalistas, mas ressalta que esforços intencionais por partenovibet emailautoridades para enfraquecer e desacreditar a imprensa têm impacto sobre como a violência contra jornalistas é percebida.

"Se pessoasnovibet emailposiçõesnovibet emailpoder dizem que não estão preocupadas com a segurança da imprensa, isso sinaliza às autoridades que estão investigando os casos e a outros que não é um problema que precise ser levado a sério. E isso pode encorajar aqueles que desejam levar adiante ameaças contra jornalistas, (porque) podem sentir que não haverá consequências."

novibet email O ÍNDICE

1 - Somália - 25 casos - população: 14,7 milhões - 1.696

2 - Síria - 18 casos - população: 18,3 milhões - 0.985

3 - Iraque - 25 casos - população: 38,3 milhões - 0.653

4 - Sudão do Sul - 5 casos - população: 12,6 milhões - 0.398

5 - Filipinas - 40 casos - população: 104,9 milhões - 0.381

6 - Afeganistão - 11 casos - população: 35,5 milhões - 0.310

7 - México - 26 casos - população: 129,2 milhões - 0.201

8 - Colômbia - 5 casos - população: 49,1 milhões - 0.102

9 - Paquistão - 18 casos - população: 197 milhões - 0.091

novibet email 10 - Brasil - 17 casos - população: 209,3 milhões - 0.081

11 - Rússia - 8 casos - população: 144,5 milhões - 0.055

12 - Bangladesh - 7 casos - população: 164,7 milhões - 0.043

13 - Nigéria - 5 casos - população: 190,9 milhões - 0.026

14 - Índia - 18 casos - população: 1,33 bilhão - 0.013