Eleições 2018: Como votosem quem apostar na copabranco e nulos podem beneficiar Bolsonaro no 2º turno:em quem apostar na copa
"A comparação (com outros anos) é problemática", explica o cientista político Fábio Wanderley Reis, professor da UFMG. "Estamos dianteem quem apostar na copauma situação sui generis."
Entre as características singulares do pleito deste ano está o fatoem quem apostar na copaque as alianças partidárias e o tempoem quem apostar na copaTV tiveram muito menos importância do queem quem apostar na copaoutros anos, por exemplo, com a internet e as redes sociais assumindo um papel muito maior.
Neste ano, os nulos e brancos somaram 8,79% do totalem quem apostar na copavotos no primeiro turno - um número que está na média dos registrados nas eleições presidenciais desde o fim da ditadura. O menor índice foiem quem apostar na copa6,4%em quem apostar na copa1989 e o maior,em quem apostar na copa10%em quem apostar na copa2002 eem quem apostar na copa2014.
Em 2014, votos brancos e nulos somaram 10% do total no primeiro turno e caíram para 6% no segundo. Em 2010, eles foram 7,1% no primeiro turno e 6,7% no segundo.
Já as abstenções (pessoas que simplesmente não vão votar) tradicionalmente aumentam: foram 19% dos eleitores registrados no primeiro turnoem quem apostar na copa2014 e 21% no segundo.
De acordo com a última pesquisa Ibope, a intençãoem quem apostar na copanulos e brancos para o segundo turno é ligeiramente superior à registrada no primeiro,em quem apostar na copa9%.
Como a rejeição afeta nulos e brancos?
Na disputa pelos votos no segundo turno, os dois candidatos têmem quem apostar na copacomum altos índicesem quem apostar na coparejeição.
Na pesquisa Ibope desta segunda-feira, 35% dos eleitores disseram que não votariamem quem apostar na copajeito nenhumem quem apostar na copaBolsonaro e 47% rejeitaram Haddad.
A um dia do primeiro turno, a situação era inversa: o capitão reformado tinha 43%em quem apostar na coparejeição e o petista, 36%, conforme a pesquisa Ibopeem quem apostar na copa6em quem apostar na copaoutubro.
"Tem muita gente que está declarando votoem quem apostar na copabranco pela incerteza, pela rejeição ao que é visto como dois extremos", afirma Reis. No entanto, diz ele, não é possível afirmar que a polarização vai desestimular o eleitor a votar.
Pelo contrário: o extremo desgosto com um dos candidatos pode incentivar pessoas que não escolheram no primeiro turno a se posicionar para neutralizá-lo.
Uma possibilidade é inclusive que a polarização faça com que, além dos brancos e nulos, o númeroem quem apostar na copaabstenções também caia.
Essa é a opinião do professor Lucio Rennó, do Institutoem quem apostar na copaCiência Política da Universidadeem quem apostar na copaBrasília.
"É difícil especular, mas quanto mais competitiva uma eleição, maior pode ser o comparecimento. Tenderia a dizer que a competitividade pode nos mostrar o outro lado da moeda (diminuir a abstenção)", afirma Rennó.
Questão matemática
Outro ponto importante, na visão dos analistas, é que, na prática, uma das candidaturas sempre acaba se beneficiando dos votos nulos e brancos - isso porque, matematicamente, eles ajudam quem está na frente, tanto no primeiro quanto no segundo turno.
Não é que o voto vá para alguém, mas, quando o eleitor vota nulo ou branco, esses votos não são contados entre os votos válidos. Isso faz com que, quanto maior o volumeem quem apostar na copabrancos e nulos, mais fácil seja obter a maioria.
Isso porque, para eleger um presidente, é preciso maisem quem apostar na copa50% dos votos válidos, não do total da votação.
Um exemplo: Se a eleição fosseem quem apostar na copauma classeem quem apostar na copadez alunos e todos votassemem quem apostar na copaum dos dois candidatos, para obter maioria e vencer seriam necessários 6 votos. Mas se 3 alunos votassem nulo ou branco, para obter maioria e vencer seriam necessários apenas 4 votos. Ou seja, fica mais fácil obter maioria e mais fácil vencer.
O mesmo vale se os 3 alunos faltarem à votação. Para o resultado final, os votos brancos, nulos e as abstenções (pessoas que faltam à votação) têm o mesmo efeito: ficam fora da contagem dos votos válidos.
Mas como isso tende a beneficiar o favorito nas pesquisas - que, no caso, é Jair Bolsonaro?
Considerando o total das intençõesem quem apostar na copavoto, o ex-capitão está à frente, com 52%, enquanto Haddad tem 37%,em quem apostar na copaacordo com a última pesquisa Ibope, desta segunda-feira. Há, portanto, uma diferençaem quem apostar na copa15 pontos entre os dois candidatos.
A intençãoem quem apostar na copabrancos e nulos éem quem apostar na copa9% e os indecisos somam 2%.
Quando se consideram só os votos válidos, contudo, Bolsonaro sobe 7 pontos e tem 59% das intenções, ao mesmo tempoem quem apostar na copaque Haddad sobe 4 pontos e chega a 41%. A distância se aprofunda para 18 pontos.
Isso acontece porque, sem os nulos e brancos na conta, cada voto individual "vale" um pouquinho mais e, portanto, quem hoje tem mais votos sobe mais pontos.
"Não se posicionar acaba contribuindo pra quem está ganhando", afirma Reis.
Para votarem quem apostar na copabranco, basta clicar no botão "branco" presente no teclado da urna. Para anular, porem quem apostar na copavez, é preciso digitar um número que não corresponda a nenhum candidato e apertar confirma.
Como isso afeta as campanhas
Durante a campanha eleitoral, muitos apoiadoresem quem apostar na copaBolsonaro têm tentado aproveitar essa vantagem matemática: depois do primeiro turno, diversos militantes pró-Bolsonaro passaram a incentivar o votoem quem apostar na copabrancoem quem apostar na copaquem rejeita o candidato.
Mas quem realmente precisa correr para conquistar os eleitores que votaram branco e nulo é a campanha do candidato do PT - ele precisa atrair uma boa parte deles se quiser superar a diferençaem quem apostar na copa18 pontos contra o adversário.
"Certamente é uma questão mais crucial, mais decisiva para Haddad, que tem que conquistar o pessoal que não votou e ganhar votosem quem apostar na copaquem declarou voto a Bolsonaro", explica Reis.
Essa é também a opinião do sociólogo Thiagoem quem apostar na copaAragão, diretor da consultoria Arko.
"A ondaem quem apostar na copacrescimento que Bolsonaro teve no primeiro turno continua. Se a gente tem um candidato favorito, ele tem a vantagemem quem apostar na copanão precisar se reinventar", afirma Aragão
A campanhaem quem apostar na copaHaddad tentou se reinventar: mudou a identidade visual para ter menos vermelho e mais verde e amarelo, afastou a imagemem quem apostar na copaLula e fez um aceno ao centro e aos que ainda não decidiram ou pretendem votarem quem apostar na copabranco.
Segundo os analistas, o fatoem quem apostar na copater chegadoem quem apostar na copasegundo lugar no segundo turno e a necessidadeem quem apostar na copaatrair esses votos fez com que Haddad tenha sido empurrado para essa estratégia.
"Se reforçasse o caráterem quem apostar na copaesquerda, iria consolidar os votos que teve, mas correria o riscoem quem apostar na copaalienar os indecisos e eleitoresem quem apostar na copaoutros candidatos no primeiro turno.", afirma Aragão.
No entanto,em quem apostar na copaacordo com o especialista, mesmo que essa estratégia seja bem sucedida, ela não será suficiente para ajudar o candidato do PT a virar o jogo. "Haddad dependeem quem apostar na copaalgum acontecimento extraordinário ouem quem apostar na copaum erro do adversário para ganhar", avalia.
"Os principais pontos negativos que ameaçaram Bolsonaro no primeiro turno estão ligados a coisas que foram ditas porem quem apostar na copaequipe. O que mais o prejudica é seu próprio pessoal."
Ou seja,em quem apostar na copaacordo com ele, Bolsonaro nem precisaria se preocupar com nulos e brancos, abstenções ou eleitores indecisos. "Em tese ele já tem o que precisa para ganhar. Basta ter uma campanha discreta e não cometer nenhum erro", diz o especialista.
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