Nasa lança sonda que vai 'tocar o Sol' e deve marcar a história da ciência:código aposta ganha

Sonda da Nasa sendo lançadacódigo aposta ganhadireção ao solcódigo aposta ganha12código aposta ganhaagostocódigo aposta ganha2018

Crédito, NASA

Legenda da foto, A Parker Solar Probe, que foi lançada neste domingo, chegará mais perto do Sol do que qualquer outra missão anterior
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Se o número parece grande, é preciso pensar nas escalas astronômicas. A distância entre a Terra e o Sol, por exemplo, écódigo aposta ganha150 milhõescódigo aposta ganhaquilômetros. Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, está a 58 milhõescódigo aposta ganhaquilômetros do astro. A atual recordista, a nave Helios 2, chegou,código aposta ganha1976, a 43,5 milhõescódigo aposta ganhaquilômetros do Sol.

Para que servirá a missão

A ousada missão espacial, uma das mais complexascódigo aposta ganhatoda a históriacódigo aposta ganhaseis décadas da Nasa, deve custar cercacódigo aposta ganhaUS$ 1,5 bilhão e, esperam os cientistas, ajudar a responder uma sériecódigo aposta ganhadúvidas astronômicas.

Parker Solar Probe (PSP)

Crédito, Johns Hopkins University Applied Physics Laborator

Legenda da foto, A nave Parker Solar Probe (PSP) será o primeiro objeto construído por um ser humano a "tocar" no Sol

Com os dados obtidos pela PSP, os pesquisadores querem conseguir compreender melhor a origem do vento solar -código aposta ganhatermos práticos, essa informação pode ajudar a proteger o funcionamento dos nossos satélites artificiais, tão afetados por tais fenômenos. Vento solar é o nome que se dá para o fluxocódigo aposta ganhapartículas com carga elétrica, como prótons, elétrons e íons, que o Sol irradia pelo Sistema Solar.

"Esta será a primeira vez que vamos estudar,código aposta ganhaperto, nossa estrela Sol. Entender como funciona a corona e o vento solar vai nos ajudar a proteger nossa civilização, cada vez mais dependentecódigo aposta ganhatecnologia e satélitescódigo aposta ganhacomunicação", contextualiza o físico e engenheiro brasileiro Ivair Gontijo, cientista da Nasa, à BBC News Brasil. "Variações no vento solar podem causar sérios danos a esses satélites."

"Esperamos com essa missão entender como a corona acelera o vento solar. Quem sabe poderemos no futuro prever quando o vento solar coloca nossos satélitescódigo aposta ganharisco", completa Gontijo.

Parker Solar Probe

Crédito, NASA/Johns Hopkins APL/Ed Whitman

Legenda da foto, Membros da equipe levam a nave para um teste

Os cientistas também querem entender por que a corona, mesmo mais distante do núcleo solar, é tão mais quente do que a superfície - 2 milhõescódigo aposta ganhagraus Celsius, contra uma variaçãocódigo aposta ganha3,7 mil a 6,2 mil graus.

A PSP ainda deve trazer avanços à astrofísica. Com uma observação tão próxima do Sol, deseja-se obter dados que ajudem a compreender melhor como as estrelas funcionam.

"De forma mais geral, entendendo o Sol, estaremos também entendendo como funcionam as outras estrelas", ressalta Gontijo. "Por isso esta missão trará resultados tanto práticos, para protegermos nossos satélites, quanto científicos, na áreacódigo aposta ganhaastrofísica estelar."

Objetivamente, conforme enfatiza o astrofísico Szabo, são três as questões que a missão deve responder. "Um: por que a corona é significativamente mais quente do que a superfície do Sol. Dois: por que o vento solar se afasta do sol a velocidades supersônicas. Três: como as partículas energéticas do sol se aceleram à velocidade próxima à da luz", pontua.

Como funcionará a aproximação do Sol

"A missão Parker Solar vai se aproximar do Sol como nenhuma outra antes e um escudo protetorcódigo aposta ganhaquase 12 centímetroscódigo aposta ganhaespessura, feitocódigo aposta ganhacompostocódigo aposta ganhacarbono, vai protegê-la do intenso calor e da radiação presente", explica o físico brasileiro.

De acordo com informações da Nasa, a nave PSP pesa 612 quilos e mede 3 metroscódigo aposta ganhacomprimento por 2,3 metroscódigo aposta ganhalargura. O tal escudo térmico mede 1,3 centímetrocódigo aposta ganhaespessura e foi feito com um compostocódigo aposta ganhaaltíssima tecnologia. E,código aposta ganhaacordo com o cientista Szabo, o desenvolvimento dessa proteção foi um dos pontos mais difíceiscódigo aposta ganhatodo o projeto. A nave será lançada pelo foguete Delta IV Heavy.

O segredo da aproximação solar da PSP estácódigo aposta ganhaVênus. Na realidade, segundo o projeto dos cientistas, é a gravidade do planeta vizinho que irá "arremessar" a nave, que deve desenvolver uma órbitacódigo aposta ganhaespiral, aproximando-se cada vez mais do Sol.

Parker Solar Probe (PSP)

Crédito, NASA/JHUAPL/Ed Whitman

Legenda da foto, A nave é colocada numa câmaracódigo aposta ganhavácuo termal para simular as condições que enfrentará

Esse primeiro empurrãozinhocódigo aposta ganhaVênus irá ocorrercódigo aposta ganha3código aposta ganhaoutubro, quando a PSP se aproximar do planeta. Então, no dia 6código aposta ganhanovembro, a nave vai realizar a primeira aproximação do Sol: estará a 24 milhõescódigo aposta ganhaquilômetros do astro, ou seja, já terá batido o recordecódigo aposta ganhaartefato humano que mais se acercou do Solcódigo aposta ganhatoda a história.

Essas órbitas vão se tornar recorrentes. E, então, conforme o cronograma desenvolvido pelos cientistas da Nasa, entre dezembrocódigo aposta ganha2024 e junhocódigo aposta ganha2025,código aposta ganhasuas últimas voltas ao redor do Sol, é que a nave chegará aos pontoscódigo aposta ganhamaior aproximação.

E vai bater ainda outro recorde: terá embalado a 700 mil quilômetros por hora e se tornará o objeto mais rápido já fabricado pelo ser humano - para efeitoscódigo aposta ganhacomparação, o planeta Terra viaja a 1 milhãocódigo aposta ganhaquilômetros por hora.

O nome da nave

A Parker Solar Probe recebeu esse nomecódigo aposta ganhahomenagem ao astrofísico americano Eugene Parker, hoje com 91 anos. Ele foi o primeiro cientista a prever a existência do vento solar.

Em 1958, ele apresentou uma teoria mostrando como as altas temperaturas da corona solar acabavam disseminando partículas energéticas, formando o fenômeno, depois comprovado.