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Em Harvard, Moro cita cenabet betano'O Poderoso Chefão' para ilustrar corrupção no Brasil:bet betano
A metáfora cinematográfica, continuou, servia para mostrar que, "nos esquemasbet betanocorrupção sistêmica, não necessariamente você vai encontrar uma troca especifica, 'isso por aquilo'."
Segundo a tesebet betanoMoro, episódios envolvendo agentes públicos podem revelar sistemas corruptos, mesmo que não haja trocas imediatas. Ele citou a Petrobras como exemplo.
"Em alguns casos, com réus confessos da Petrobras, quando se pergunta a eles porque pagaram ou receberam a propina, às vezes eles dizem que esta era a regra do jogo", disse Moro. "'O que você recebeubet betanotroca?'", repetiu o juiz. "E às vezes eles nos deram essa resposta estranha: 'Paguei porque era essa a regra do jogo, para ter uma boa relação com os executivos da Petrobras".
Ainda sobre o tema, Moro leu partebet betanouma decisão da Justiça dos EUA que considerou "bem interessante".
"É suficiente se o oficial público entendeu que se esperava que ele ou ela exercesse alguma influência a favorbet betanoalguém quando oportunidades aparecessem", dizia o texto.
'Revolução'
No evento organizado pela Harvard Law Brazilian Studies Association, Moro falou depoisbet betanoimportantes autoridades brasileiras, como a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso e seu par na Justiça Federal do Riobet betanoJaneiro, juiz Marcelo Bretas, também da Operação Lava Jato.
Respondendo a perguntas do moderador, o juiz paranaense defendeu o cumprimentobet betanopena para réus condenados após julgamentosbet betanosegunda instância como "uma espéciebet betanorevolução no Brasil".
"É preciso se estabelecer essa regrabet betanouma vez no Brasil, sem possibilidade que ela seja alterada, para podermos conversar sobre outros avanços necessários neste momento", afirmou.
A fala era um recado para o Supremo Tribunal Federal, que deve julgar a legalidade da prisão enquanto não se esgotam as possibilidadesbet betanorecursos - um julgamento que pode tirar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da prisão (ele ainda não foi julgado nem pelo Superior Tribunalbet betanoJustiça nem pelo STF).
Tanto Barroso quanto Dodge e Bretas, seus antecessores, fizeram a mesma defesa perante à plateia.
A falabet betanoMoro foi seguida por uma mesa sobre compliance e ética apresentada por uma porta-voz da Fiesp (Federação das Indústrias do Estadobet betanoSão Paulo), uma das patrocinadoras do evento, liderada pelo pré-candidato ao governobet betanoSão Paulo, Paulo Skaf.
'Democracia não estábet betanorisco'
O juiz não quis falar sobre os sem-teto que, durantebet betanofala, ocupavam o tríplex associado por Moro ao ex-presidente Lulabet betanodecisão judicial.
Sem conversar com jornalistas durante o evento, ele abriubet betanofala defendendo as instituições brasileiras.
"Vou ser claro: a democracia não estábet betanorisco no Brasil. Absolutamente não. O que está acontecendo é a luta pelo Estadobet betanoDireito", afirmou, dizendo que o caminho é "justamente o oposto" e que, "ao final, nós teremos uma democracia e uma economia ainda mais fortes."
Durante a fala,bet betanolinha com os antecessores, afirmou que as investigações da Lava Jatobet betanoCuritiba revelaram fatos "vergonhosos", mas disse que a melhor formabet betanointerpretá-los é positiva.
"Há outra formabet betanoolhar para o Brasil agora, e acho que esta é maneira certabet betanoolhar para o que está acontecendo. As autoridades e a sociedade brasileira estão fazendo seu melhor para impor a lei contra a corrupção espelhada pelo país", afirmou.
"A luta contra impunidade nos dá esperançabet betanoque, no fim, teremos menos corrupção no Brasil."
Durante a fala, Moro citou o presidente americano Theodore Roosevelt, ex-aluno da faculdadebet betanoDireitobet betanoHarvard, que "resume o que deveríamos pensar sobre o momento brasileiro".
"A exposição e punição da corrupção pública honram uma nação, não a desgraçam", afirmou. "A vergolha está na tolerância (à corrupção), não embet betanocorreção".
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