Após tiros e sob tensão, Lula encerra caravanam vaidebetCuritiba horas depoism vaidebetdiscursom vaidebetBolsonaro na cidade:m vaidebet
Na viagem pela região, que começou pelo Rio Grande do Sul, passou por Santa Catarina e agora se encerra no Paraná, a caravanam vaidebetLula recebeu ovadas, pedradas e assistiu a confrontos entre manifestantes anti-Lula e militantes petistas.
Lula subiu ao palco na praça por volta das 20h, e acompanhou os últimos discursos da longa listam vaidebetcorreligionários e apoiadores que estavam lá, da ex-presidente Dilma Rousseff e a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, a Manuela D'Ávila e Guilherme Boulos, pré-candidatos a presidência pelo PCdoB e PSOL, respectivamente.
O ex-presidente narrou, um a um, os casosm vaidebetagressão sofridas ao longo da caravana no sul, como a chegada a Chapecó,m vaidebetSanta Catarina, onde manifestantes "não queriam que a gente entrasse na cidade, depois ameaçaram com rojão, depois ameaçaram ocupar a pista do aeroporto, cercaram o hotel, e não queriam que a gente fosse para a praça."
"Eu não sei quem é essa gente, só sei que não são democratas. Estão mais para fascistas e nazistas do que qualquer coisa. Tudo menos democracia", disse.
Acusou a imprensam vaidebetter sido conivente com os ataquesm vaidebetvaidebetincitar o ódio com a cobertura difamatória contra ele, que teria incluído "60 horas do Jornal Nacional" e "70 capasm vaidebetrevista" dedicadas a "falar mal" do petista. "Eles não se conformam que quanto mais falam maism vaidebetmim, mais eu cresço nas pesquisas", disse enquanto era aplaudido.
Enquanto Lula falava, uma panela solitária era batida veementemente à distância,m vaidebetum dos prédios opostos à praça, com bandeiras do Brasil penduradas da janela. Quando dos mesmos prédios alguém soltou rojões, Lula disse para economizá-los para a festam vaidebetsua posse no dia 1ºm vaidebetjaneiro - umam vaidebetdiversas falas reforçandom vaidebetcandidaturam vaidebet2018 e a energia "de 30 anos" que ainda teria para ser presidente do Brasil.
Embora a condenaçãom vaidebetLulam vaidebetsegunda instância tenha sido confirmada pelo TRF-4 na segunda-feira, o petista disse não acreditar que vai ser preso - "porque para ser preso tem que ter um crime."
"Eu não tenho nada contra a Lava Jato, mas eu tenho contra mentira", disse, chamando a acusaçãom vaidebetfavorecimento no tríplex do Guarujám vaidebetuma sequênciam vaidebetmentiras que teria envolvido a imprensa, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e o juiz Sergio Moro, que proferiu a primeira sentença que o condenou.
"Eles invadiram minha casa, levantaram meu colchão, abriram meu fogão e não encontraram nada. Aí foram na casa do Geddel (Vieira Lima, ex-ministro que teve maism vaidebetR$ 50 milhõesm vaidebetespécie encontradosm vaidebetum apartamento no ano passado) e encontraram. Foram na casa do Rodrigo Roucha Loures (ex-assessorm vaidebetTemer, que recebeu malasm vaidebetdinheirom vaidebetJoesley Batista), do Cabral (ex-governador do Rio), foram na Suíça e encontraram", disse. "Eu desafio todo dia a que a provar um crime que eu tenha cometido."
Ao longo do ato, não faltaram críticas à conduta do pré-candidato Jair Bolsonaro. A senadora Gleisi Hoffmann afirmou que não sabia quem tinha dado os tiros contra a caravana, mas que a incitaçãom vaidebetódio promovida por Bolsonaro teria levado à ação. A ex-presidente Dilma Rousseff disse que o país entrada uma "grave manifestaçãom vaidebetfascismo"
"A construção fraudulenta do meu processom vaidebetimpeachment permeou o ódio. E ódio só semeia a violência", afirmou, afirmando que os tiros queriam atingir o ex-presidente Lula, mas "pelas graçasm vaidebetDeus" não conseguiram.
'Aqui tem ovo'
Mais cedo, nesta quarta-feira, a animosidade contra a presença do petista se expressavam vaidebetcamisetas, pixulecos e cartazes no Aeroporto Internacionalm vaidebetCuritiba. O ato era para recepcionar o pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) - que disputou as atenções com Lula na capital paranaense antesm vaidebetseguir caminho para uma agendam vaidebetPonta Grossa, no interior do Estado.
Sobre um carrom vaidebetsom com a faixa "Lula ladrão: Em Curitiba só na prisão", Bolsonaro abriu seu discurso fazendo referência aos ovos jogados contra os ônibus e integrantes da caravana:
"Aqui não tem mortadela - aqui tem ovo!", gritou para uma plateiam vaidebetseguidores, acenando com uma caixam vaidebetovosm vaidebetsuas mãos, com a estrela vermelha do PT e um desenhom vaidebetLula vestido como presidiário estampado na embalagem.
O encerramento do atom vaidebetBolsonaro no aeroporto se deu com uma convocação para que todos os presentesm vaidebetreunissem na chamada Praça do Homem Num vaidebetvaidebetlá partissem juntos para fazer oposição ao ato petista no centrom vaidebetCuritiba, marcado para as 17h.
"Vamos enfrentar os vermelhos que vão estar na Praça Santos Andrade", disse um locutor no carrom vaidebetsom antesm vaidebetterminar o evento.
Outros adversários do petista na corrida presidencial repudiaram o ataque contra o pré-candidato. Geraldo Alckmin, do PSDB, que ensaiou uma crítica ao dizer, ainda na terça-feira, que o "PT colhe o que planta", tuitou nesta quarta-feira que "toda formam vaidebetviolência deve ser condenada" e pediu que as autoridades apurem e punam os autores do ataque.
Pedras, tiros e pneu furado
Na noitem vaidebetterça-feira, a caravana deixou o municípiom vaidebetQuedas do Iguaçu, no interior do Estado, e se dirigia para Laranjeiras do Sul quando passageiros do ônibus que carregava jornalistas ouviram o que imaginaram ser pedras jogadas contra o veículo. Alguns quilômetros depois, o ônibus foi obrigado a parar porque os pneus começaram a murchar.
Haviam sido atingidos por "miguelitos", objetos pontiagudos colocados nas vias para furar pneusm vaidebetveículos. Foi então que perceberam as perfurações na lataria do veículo. O ônibus da imprensa fora atingido por dois tiros, e o que carregava convidados da caravana petista, por um disparo. O terceiro veículo, onde estava Lula, não foi atingido.
Marcio Macedo, vice-presidente nacional do PT e coordenador das caravanasm vaidebetLula pelo Brasil, afirma que todos ficaram abalados.
"Claro que a gente se assustou. Foram tiros com a intençãom vaidebetacertar. Poderiam ter atingido o presidente (Lula) ou qualquer umm vaidebetnós", conta Macedo. "Graças a Deus não houve nenhum incidente mais grave e vamos seguir com o planejamentom vaidebetencerrar a caravana hojem vaidebetCuritiba,m vaidebetpaz e harmonia."
Na segunda-feira, durante passagem da comitiva por Francisco Beltrão, no Paraná, seguranças do ex-presidente foram acusadosm vaidebetagredir um repórter do jornal O Globo.
Dois dias antes,m vaidebetChapecó (SC), o ex-deputado federal petista Paulo Frateschi foi atingido por um objeto durante um confronto entre militantes pró e contra Lula que deixou mutilada partem vaidebetsua orelha.
Pesquisasm vaidebetopinião apontam Lula como o pré-candidato à Presidência com maior intençãom vaidebetvotos nas eleiçõesm vaidebet2018. Em segundo lugar, está Bolsonaro.
Na segunda-feira, o TRF-4 negou recurso da defesam vaidebetLula e confirmou a condenaçãom vaidebetsegunda instância do ex-presidente a 12 anos e um mêsm vaidebetprisão pelo caso do tríplex do Guarujá. Em tese, assim, o ex-presidente já estaria inelegível pela lei da Ficha Limpa.
Uma eventual prisão do petista depende agoram vaidebetdecisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que marcou para o dia 4m vaidebetabril a sessão para julgar o habeas corpus preventivo pedido pela defesa.
A pressão pela decisão dos ministros da Suprema Corte se soma à tensãom vaidebetCuritiba, berço da Lava Jato, com panfletos distribuídos na rua afirmando que "O Brasil é maior que o STF".
Ato no Paraná
À medida que se aproximava o horário do ato petista, grupos anti-Lula começaram a se deslocarm vaidebetdireção à praça, alguns vistos carregando caixasm vaidebetovos.
No início da noite, antes mesmo que o ex-presidente chegasse ao ato, a situação na praça começou a ficar mais tensa. Um grupom vaidebetmanifestantes anti-Lula se aproximou dos militantes petistas e começou a bradar "Lula na cadeia". Eles foram chamadosm vaidebetfascistas pelos militantes pró-Lula.
Agentes da Tropam vaidebetChoque e da Cavalaria da PM se colocaram entre os manifestantes para evitar confronto aberto.
Disputam vaidebetnarrativas
Desde terça-feira, a assessoriam vaidebetimprensa do ex-presidente e os assessores do governo do Paraná disputam versões sobre as condiçõesm vaidebetsegurança da comitiva. A equipem vaidebetLula afirmou ter pedido escolta policial ao Estado, o que teria sido negado pelo secretariado do governador Beto Richa (PSDB). Já o governo paranaense nega que tenha sido pedido um reforço na segurança.
"Nós planejamos isso há muito tempo e passamos todo o nosso cronograma para as autoridadesm vaidebetsegurança do Estado. Isso foi previamente combinado. Queremos garantir a segurançam vaidebettodos que estarão na praça. Queremos que o Estado cumpra o seu dever constitucionalm vaidebetgarantir o direito da sociedadem vaidebetse manifestar livremente", disse Marcio Macedo.
Em nota, a assessoria do governo do Paraná afirmou que "não houve qualquer pedido formalm vaidebetescolta da caravana do ex-presidente nem ao próprio ex-presidente, embora ele tenha esta prerrogativa. Tanto é que o paradeiro dele é incerto e não sabido".
Um inquérito da Polícia Civil do Paraná vai apurar o ataque contra a caravana.