'Tudo aponta para possível envolvimentocassino móvelpoliciais', afirma coordenador criminal do MPF no Rio sobre Marielle:cassino móvel

Marielle Franco

Crédito, EPA

Legenda da foto, Vereadora foi morta a tiros quando saíacassino móvelevento no Riocassino móvelJaneiro

"A formacassino móvelorganização do crime, o fatocassino móvela assessora não ter sido alvejada diretamente e o fatocassino móvelo motorista ter levado um tiro por trás denota um certo graucassino móvelplanejamento (da ação) que leva a colocar policiais como suspeitos da prática do delito", afirmou.

Ele disse, porém, que outras hipóteses também precisam ser investigadas.

"Dentrocassino móveluma análise inicial soa pouco provável que, por exemplo, traficantescassino móveldrogascassino móveluma determinada comunidade saíssem armados para seguir o carrocassino móveluma vereadora que saicassino móvelum evento à noite na Lapa. Mas não deve ser descartada essa hipótese porque, quando você investiga, você não descarta nenhuma possibilidade", ressaltou.

Juíza Patrícia

Nacassino móvelavaliação, o caso lembra o da juíza Patrícia Acioli, mortacassino móvel2011 com 21 tiros na portacassino móvelsua casacassino móvelNiterói (RJ). Ela era titular da 4ª Vara Criminalcassino móvelSão Gonçalo e atuavacassino móveldiversos processoscassino móvelque os réus eram PMs do município, o que levou à prisão cercacassino móvel60 policiais ligados a milícias e a gruposcassino móvelextermínio. Onze policiais militares foram condenados pelo seu assassinato.

O procurador considera que "o pontocassino móvelpartida" para as investigações do assassinato da vereadora é o fatocassino móvelMarielle ter denunciado a violência policial. Quatro dias antes do assassinato, a vereadora denunciou supostos abusoscassino móvelagentes do 41º Batalhão da Polícia Militar na favelacassino móvelAcari, na zona norte do Rio.

"O que ela fez que é diferente e poderia incomodar as atuações expostas? É a questão da violência policial. Dos elementos que se apresentam, tudo aponta para possível envolvimentocassino móvelpoliciais ou milicianos no crime", reforçou.

Protesto no Rio

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Legenda da foto, Assassinato gerou protestoscassino móveldiversas cidades do país

Apesarcassino móvelver indícios do envolvimentocassino móvelpoliciais, Panoeiro manifestou confiançacassino móvelque a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual do Riocassino móvelJaneiro tenham independência para investigar o caso, assim como foi feito no casocassino móvelAcioli. Embora a segurança do Riocassino móvelJaneiro esteja sob intervenção federal militar, as autoridades estaduais continuam responsáveis pelas investigações dos crimes.

"A gente não pode generalizar. Ainda que tenha policiais envolvidos, não significa que toda a polícia está envolvida", disse Panoeiro.

No início desta tarde, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, também manifestou essa confiança por meiocassino móvelnota, mas ao mesmo tempo instaurou procedimento para eventual "federalização" do caso. Ou seja, a PGR agora vai acompanhar o desenrolar das investigações para avaliar a possibilidadecassino móvelpedir ao Superior Tribunalcassino móvelJustiça (STJ) que retire o caso das autoridades estaduais e passe a apuração para o Ministério Público Federal.

Esse procedimento costuma ser adotadocassino móvelcrimes contra os direitos humanos e quando as autoridades estaduais falham no seu papelcassino móvelinvestigação. Recentemente, por exemplo, foi federalizada a investigação da chacinacassino móveldez trabalhadores ruraiscassino móvelPau D'Arco, no Pará, devido a envolvimentocassino móvelpoliciais no crime.

Pedido do presidente

A nota da Procuradoria Geral da República (PGR) destaca que "a vereadora (Marielle) se notabilizou por ser defensoracassino móveldireitos humanos e por dar voz às vítimascassino móvelviolência no Estado". Informa ainda que "o Ministério Público está unido e mobilizadocassino móveltorno do assunto" e que foram destacados três procuradores para se reunir com o procurador-geralcassino móvelJustiça do Rio, Eduardo Gussen, e acompanhar o início das investigações. Entre eles está o secretáriocassino móvelDireitos Humanos da PGR, Andrécassino móvelCarvalho Ramos.

Soldado no Rio

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Legenda da foto, Marielle Franco fez diversas críticas a açãocassino móvelpoliciais e militares no Rio

Independentemente da federalização do caso, o presidente Michel Temer solicitou ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que coloque a Polícia Federal à disposição para ajudar na investigação.

A BBC Brasil procurou a Secretariacassino móvelSegurança do Rio para comentar as suspeitascassino móvelenvolvimentocassino móvelpoliciais no assassinato da vereadora. Em nota, o órgão afirmou que "o Secretáriocassino móvelEstadocassino móvelSegurança, Richard Nunes, determinou à Divisãocassino móvelHomicídios ampla investigação sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e Anderson Pedro Gomes, além da tentativacassino móvelhomicídio da assessora que a acompanhava".

Já a Polícia Civil dissecassino móvelum comunicado que "a investigação está sob sigilo e não descarta nenhuma possibilidade sobre a motivação do crime".

O chefecassino móvelPolícia Civil, Rivaldo Barbosa, se reuniu, nesta manhã, com o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), e os delegados Fábio Cardoso e Giniton Lages, que estão assumindo as titularidades da Divisãocassino móvelHomicídios e da Delegaciacassino móvelHomicídios da Capital (DH/Capital), respectivamente.