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O que pode detonar uma epidemia urbanabetmotion r$20 grátisfebre amarela:betmotion r$20 grátis
Diante desse cenário, a BBC Brasil conversou com especialistas para saber o que poderia causar um surtobetmotion r$20 grátisfebre amarela nas cidades do país. A faltabetmotion r$20 grátiscontrole do Aedes e uma sériebetmotion r$20 grátisfatores seriam necessários para que isso ocorresse. Confira:
Como saber se a contaminação foi 'silvestre' ou 'urbana'?
Uma das diferenças centrais entre a febre amarela urbana e a silvestre está nos mosquitos que transmitem o vírusbetmotion r$20 grátiscada ambiente.
Enquanto nas florestas insetos dos gêneros Haemagogus e Sabethes disseminam a doença, nas cidades o Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya, é a espécie com potencialbetmotion r$20 grátistransmissão do vírus.
Vale lembrar que os mosquitos silvestres têm predileção por sanguebetmotion r$20 grátismacacos e o Aedes, pelo humano - essas preferências vembetmotion r$20 grátismilhõesbetmotion r$20 grátisanosbetmotion r$20 grátisevolução e adaptação genética desses dois tiposbetmotion r$20 grátisinseto.
De acordo com pesquisador Ricardo Lourenço, chefe do Laboratóriobetmotion r$20 grátisMosquitos Transmissoresbetmotion r$20 grátisHematozoários do Instituto Oswaldo Cruz, será necessário fazer três tiposbetmotion r$20 grátisinvestigação para determinar se o homembetmotion r$20 grátisSão Bernardo do Campo foi infectado pelo mosquito Aedes aegypti:
- Mapear a rotina do paciente, para saber se ele passou por zonas onde existe a presençabetmotion r$20 grátismosquitos silvestres,betmotion r$20 grátismacacos oubetmotion r$20 grátisoutras pessoas infectadas. É o que os infectologistas chamambetmotion r$20 grátisinvestigação epidemiológica.
- Detectar o momento exatobetmotion r$20 grátisapresentação dos primeiros sintomas, para estimar o momentobetmotion r$20 grátisque houve a contaminação pela picada do mosquito.
- Coletar e examinar mosquitos que habitam as áreas por onde o homem infectado passou, para verificar quais espécies apresentam o vírus - a chamada investigação "entomológica".
A partir dessas análises seria possível, segundo Lourenço, identificar se mosquitos silvestres ou urbanos infectaram o paciente.
O que seria necessário para um Aedes aegypti se infectar e transmitir febre amarela?
Segundo o pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz, alguns fatores combinados precisam estar presentes para que o Aedes aegypti passe a transmitir febre amarela nas cidades.
Primeiro, seria preciso que uma pessoa infectada com alta concentração do vírus no sangue entrassebetmotion r$20 grátisuma área com grande infestaçãobetmotion r$20 grátisAedes aegypti. É importante lembrar que um mosquito não necessariamente é infectado ao picar uma pessoa doente, ou contrai uma quantidade suficiente do vírus para passá-lo adiante.
E, para que o vírus se propague a pontobetmotion r$20 grátiscausar um surto urbano, os Aedes infectados por essa primeira pessoa teriam que estar próximos a populações humanas vulneráveis a ele, ou seja, que não tenham tomado a vacina.
Após ser picado, o ser humano só mantém o vírusbetmotion r$20 grátisconcentração suficiente para infectar mosquitos por dois ou três dias, diz Lourenço.
Uma pesquisa do Instituto Oswaldo Cruz mediu a capacidade do Aedes aegyptibetmotion r$20 grátistransmitir o vírus da febre amarela. Para realizar os testes, os pesquisadores coletaram ovos dos mosquitos nas cidades ebetmotion r$20 grátisáreasbetmotion r$20 grátismata do Riobetmotion r$20 grátisJaneiro, Manaus e Goiânia. O estudo mostrou que ele é capazbetmotion r$20 grátispassar a doença, masbetmotion r$20 grátiseficiência como vetor variabetmotion r$20 grátisacordo com a populaçãobetmotion r$20 grátisinsetos.
Os Aedes aegypti do Riobetmotion r$20 grátisJaneiro apresentaram o maior potencialbetmotion r$20 grátisdisseminar a febre amarela, com 10% dos mosquitos apresentando partículas do vírus na saliva 14 dias após a alimentação por sangue infectado. Ou seja, pelo estudo, a cada 100 mosquitos que picassem uma pessoa infectada, 10 se contaminariam.
Daí a necessidadebetmotion r$20 grátisvários fatores combinados para a disseminaçãobetmotion r$20 grátismeio urbano, como quantidade suficientebetmotion r$20 grátisvírus no sangue do ser humano infectado e presençabetmotion r$20 grátismuitos Aedes para picar esse ser humano e retransmitir a doença no meio urbano.
Ainda assim, a capacidadebetmotion r$20 grátistransmissão do vírus pelos mosquitos urbanos verificada na pesquisa é considerada preocupante pelos pesquisadores.
"Os dados apontaram que os insetos fluminenses das espécies Aedes aegypti são altamente suscetíveis a linhagens virais no Brasil. A competência vetorial dos mosquitos Aedes também foi verificadabetmotion r$20 grátisManaus e,betmotion r$20 grátismenor grau,betmotion r$20 grátisGoiânia. O achado reforça a importânciabetmotion r$20 grátismedidas preventivas, como a vacinação e o controle do Aedes aegypti", diz Lourenço.
Os mosquitos silvestres têm capacidade muito maiorbetmotion r$20 grátistransmitir a febre amarela. Segundo o estudo do Instituto Oswaldo Cruz, o percentualbetmotion r$20 grátisHaemagogus do Riobetmotion r$20 grátisJaneiro infectados chegou a 20%. Entre os Sabethes locais, esse percentual alcançou 31%.
Controle da populaçãobetmotion r$20 grátisAedes é essencial
O professor Aloisio Falqueto, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), diz que a populaçãobetmotion r$20 grátismosquito Aedes aegypti existente hoje no Brasil ainda é, por enquanto, considerada pequena para ser capazbetmotion r$20 grátisprovocar uma epidemiabetmotion r$20 grátisfebre amarela urbana.
Segundo ele,betmotion r$20 grátisperíodosbetmotion r$20 grátischuvas e calor- ambiente mais propício para proliferaçãobetmotion r$20 grátismosquitos -, a existênciabetmotion r$20 grátisfocosbetmotion r$20 grátisAedes alcança até 5% das casas brasileiras. Na África, onde há epidemiabetmotion r$20 grátisfebre amarela urbana, esse percentual variabetmotion r$20 grátis20% a 40%.
"Se tivesse uma densidade grandebetmotion r$20 grátisAedes no Brasil, existiria a condiçãobetmotion r$20 grátisdisseminar a doença na cidade. Por enquanto, a densidade baixa do mosquito não permitiu que a doença se disseminasse."
Falqueto destaca, porém, que é preciso manter açõesbetmotion r$20 grátiscombate ao mosquito para evitar que o riscobetmotion r$20 grátisepidemia urbana aumente.
"No Brasil, raramente chegamos a ter 5% das casas com focobetmotion r$20 grátisAedes. Mas esse já seria um nível crítico. A partir daí a gente teria que se preocupar com o vírusbetmotion r$20 grátistransmissão urbana."
O Ministério da Saúde diz que é "baixa" essa possibilidadebetmotion r$20 grátistransmissão. De acordo com a pasta, as açõesbetmotion r$20 grátisvigilância com capturabetmotion r$20 grátismosquitos urbanos e silvestres não encontraram, até o momento, presença do vírus no Aedes.
"Já há um programa nacionalmente estabelecidobetmotion r$20 grátiscontrole do Aedes aegyptibetmotion r$20 grátisfunçãobetmotion r$20 grátisoutras arboviroses (dengue, zika, chikungunya), que consegue manter níveisbetmotion r$20 grátisinfestação abaixo daquilo que os estudos consideram necessário para sustentar uma transmissão urbanabetmotion r$20 grátisfebre amarela", disse a pasta,betmotion r$20 grátisnota.
"Além disso, há boas coberturas vacinais nas áreasbetmotion r$20 grátisrecomendaçãobetmotion r$20 grátisvacina e uma vigilância muito sensível para detectar precocemente a circulação do vírusbetmotion r$20 grátisnovas áreas para adotar a vacinação oportunamente."
Medidasbetmotion r$20 grátisprevenção
Como o tamanho da populaçãobetmotion r$20 grátisAedes aegypti determina o riscobetmotion r$20 grátiscontaminação por febre amarela, os pesquisadores ressaltam que é essencial a participação da população para prevenir o aumento do númerobetmotion r$20 grátismosquitos nas cidades e nos quintaisbetmotion r$20 grátiscasas pertobetmotion r$20 grátismatas.
"Com esse numerobetmotion r$20 grátiscasosbetmotion r$20 grátisfebre amarela pipocando, se por alguma razão as densidadesbetmotion r$20 grátisAedes aumentarem, o riscobetmotion r$20 grátisfebre amarela urbana aumentarábetmotion r$20 grátismaneira assustadora", diz o médico infectologista Eduardo Massad, professor da Universidadebetmotion r$20 grátisSão Paulo (USP).
É preciso estar atento ao acúmulobetmotion r$20 grátiságua paradabetmotion r$20 grátisgarrafas, pratosbetmotion r$20 grátisplantas e outros objetos deixadosbetmotion r$20 grátisjardins e varandas, assim como fazer a manutençãobetmotion r$20 grátiscalhas e manter caixas d'água e outros depósitos vedados.
Os especialistas do Instituto Oswaldo Cruz também recomendam que o Brasil considere exigir a imunizaçãobetmotion r$20 grátispessoas vindasbetmotion r$20 grátispaíses que são alvobetmotion r$20 grátisfebre amarela, sobretudo da África, onde há a doençabetmotion r$20 grátiscentros urbanos. O país já exige Certificado Internacionalbetmotion r$20 grátisVacinação a pessoas vindasbetmotion r$20 grátisAngola e da República Democrática do Congo.
Além disso, vacinar populaçõesbetmotion r$20 grátisáreasbetmotion r$20 grátisrisco é essencial para evitar a proliferação da doença, segundo os pesquisadores.
"Eliminar os criadouros e controlar a proliferação do Aedes aegypti é uma medida importante para evitar a reemergência da febre amarela urbana no Brasil, além da questão básica e já amplamente conhecidabetmotion r$20 grátisele ser também responsável pela transmissão dos vírus da dengue, zika e chikungunya", diz Dinair Couto Lima, pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz e uma das autoras da pesquisa sobre mosquitos transmissores.
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