O que é o Índicepixbet e bomDesenvolvimento Inclusivo, indicadorpixbet e bomprosperidade propostopixbet e bomDavos:pixbet e bom
"O crescimento (do PIB) é necessário, mas não é mais uma única condição suficiente para um aumento robusto no padrãopixbet e bomqualidadepixbet e bomvida", afirma a organização. Segundo ela, surgiu um "consenso mundial da necessidadepixbet e bomum modelo mais inclusivo e sustentávelpixbet e bomcrescimento e desenvolvimento que promove alto padrãopixbet e bomvida para todos", acrescentou no relatório.
A validade econômica e política do novo índice, no entanto, divide opiniões.
A posição do Brasil
Hoje o Brasil tem um PIB per capita nominal (a divisãopixbet e bomtudo que é produzido no país pela quantidadepixbet e bomhabitantes)pixbet e bomUS$ 8.649 dólares ao ano, segundo dados do Banco Mundial - o equivalente a R$ 28 mil, considerando a cotação do dólar a R$ 3,23 desta quarta-feira. Em comparação, o dos Estados Unidos épixbet e bomUS$ 57.638 (R$ 186 mil) e o da Noruega,pixbet e bomUS$ 70.911 (R$ 229 mil).
A média mundial épixbet e bomUS$ 10.191, o equivalente a R$ 33 mil.
O Brasil se mantém na antepenúltima posição no ranking que compara 50 países membros e associados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) - fica à frente apenas da África do Sul e Colômbia. A liderança épixbet e bomLuxemburgo.
No ranking do IDI, porpixbet e bomvez, o país estápixbet e bom37º lugarpixbet e bomum grupopixbet e bom74 nações, e apresenta uma tendênciapixbet e bom"piora moderada". Apesarpixbet e bomestar mais bem colocado no geral (próximo do meio e longe da lanterna), o prognóstico do Fórum Econômico Mundial é levemente pessimista.
"A concentraçãopixbet e bomriqueza no Brasil está entre as mais altas tanto da América Latina quanto das economias emergentes, e tem aumentado vagarosamente nos últimos anos. Com a recuperação econômica lenta do Brasil, os fatorespixbet e bomcrescimento e desenvolvimento do IDI devem melhorar, ao mesmo tempo que tendências futuras poderão ser afetadas pelas reformas promotoraspixbet e bomcrescimento propostas pelo governo para combater as atuais limitações fiscais", afirma o documento.
Na avaliação do IDI, o top dez das nações não inclui Estados Unidos (23), nem China (26). Países com forte tradiçãopixbet e bomigualdade social é que se destacam, nessa ordem: Noruega, Islândia, Luxemburgo, Suíça, Dinamarca, Suécia, Holanda, Irlanda, Austrália e Áustria.
O relatório afirma ainda que "a descoberta-chavepixbet e bomque um crescimento relativamente forte não pode por si só ser responsável por gerar progresso socioeconômico inclusivo e ampla melhora no padrãopixbet e bomvida".
O papel do PIB
O cálculo do Produto Interno Bruto é um conceito que vem sendo discutido há três séculos. Sua criação é atribuída ao economista inglês William Petty (1623-1687), muito embora tenha se aprimorado e adquirido o nome PIB após ajustes propostos pelo economista russo-americano Simon Kutznets, já no século 20.
O PIB costuma ser calculado por área (país) dentropixbet e bomum determinado período (ano). E há três maneiraspixbet e bomfazer isso: pelo lado da oferta, pelo lado da demanda (consumo) e pelo lado da renda.
No cálculo da oferta, soma-se tudo o que é produzido pelos setores agropecuário, indústria e serviços, considerando-se apenas produtos finais. Na versão da demanda, soma-se tudo o que é consumido por famílias, investido pelo governo e por empresas.
No cálculo da renda, entram todas as remunerações, como salários, rendimentos, juros, aluguéis e lucros distribuídos. Em nações com comércio internacional, exportações e importações são descontadas da conta.
"A vantagem do PIB é apixbet e bomrelativa simplicidade e o fatopixbet e bomque está altamente relacionado aos outros indicadores. Por si só é uma medida imperfeitapixbet e bombem-estar social, mas resiliente, porque é metodologicamente simples", defende o professor Ugo Panizza, do Institutopixbet e bomGraduaçãopixbet e bomGenebra.
Qual o objetivo?
Apesarpixbet e bomser um novo índice, o conceito do IDI já vem sendo debatido há tempos.
"Não dá para resumir tudo a dinheiro. Essa é uma questão que vem sendo abordada há tempo. As Nações Unidas criaram o Índicepixbet e bomDesenvolvimento Humano. Há também o coeficiente Ginipixbet e bomdesigualdade", diz Panizza.
"Está comprovado que o aumento do PIB por si só não reduz a desigualdade, então por isso esse índice é válido. Mas precisamos destacar que eles estão comparando maçãs e peras, então é uma escolha política", opina o economista Cláudio Frischtak.
O professor Cláudio Considera, da Fundação Getulio Vargas (FGV), engrossa esse argumento, ressaltando que a escolha dos pesos dados aos componentes da fórmula do índice é aleatória, e por isso épixbet e bomse questionar qual a intenção do Fórum ao fazer essa escolha, que ele também chamapixbet e bom"política".
"A primeira coisa que você tem que se perguntar é: que fatores compõem esse índice? Educação tem mais peso? Saúde? Longevidade? O que eles estão querendo promover com isso?"
Para Considera, a organização "está fazendo um discurso" usando os dados econômicos para mostrar que está "mais social" na tentativapixbet e bomapaziguar seus críticos.
Frischtak, porpixbet e bomvez, avalia que a posição do Fórum está sincronizada com as ameaças do cenário político mundial.
"A necessidadepixbet e bomum índice como esse é contrapor-se às forças do populismo no mundo. Sem dúvida, há uma agendapixbet e bomdefesa dos interesses da ideologia democrática liberal capitalista, como nos moldes da França e da Alemanha", conclui.
'Experiências conceituais'
Já o ministro Wellington Moreira Franco, da Secretariapixbet e bomGoverno - pasta responsável por gerenciar investimentos estratégicos - disse à BBC Brasil que aplicar no Brasil políticas públicaspixbet e bombem-estar social semelhantes às praticadas nos países do topo da lista seria irrisório.
"Não dá pra você transplantar experiências conceituais, intelectuais, que foram geradaspixbet e bomuma sociedade que tem uma cultura, que tem uma história, que tem um espaço socioeconômico própriopixbet e bomuma outra sociedade diferente que tem outro espaço, outra cultura, outro tempo e outra articulação social-econômica", argumenta.
"Eu creio que, no nosso caso, nós temos que enfrentar os nossos problemas primeiro. E segundo, os economistas têm que acabar com essa volúpiapixbet e bomquerer usar a sociedade brasileira como experimento para criar novas teorias econômicas."
"Por exemplo, o grande fracasso do governo Dilma foi querer criar uma nova matriz econômica partindo do pressupostopixbet e bomque o que gera crescimento é o consumo. A sociedade humana já provou pro mundo que o que gera crescimento não é o consumo. É investimentopixbet e bomprodutividade e tecnologia", defendeu Moreira Franco, que também foi ministro da ex-presidente.