Por que tirosplataforma de apostas esportivasarmaplataforma de apostas esportivasfogo acabam confundidos com outros tiposplataforma de apostas esportivasferimentos?:plataforma de apostas esportivas
"Não existe dificuldadeplataforma de apostas esportivasdiagnóstico porque o relato do paciente auxilia o médico a compreender o caso, se é um assalto, cenaplataforma de apostas esportivastiroteio ou outra situação. Mas há algumas dificuldades que são ligadas ao momento pela qual a saúde brasileira passa. Ela está subfinanciada, os equipamentos (hospitalares) estão sucateados, não estão disponíveis, o que impacta o diagnóstico", afirma o cirurgião Lincoln Lopes Ferreira, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB).
Feridas por armasplataforma de apostas esportivasfogo
As lesões causadas por projéteis têm características específicas e não deveriam ser confundidas com outros tiposplataforma de apostas esportivasferimentos, explica Breno Caiafa, presidente da Sociedade Brasileiraplataforma de apostas esportivasAngiologia e Cirurgia Vascular do Rioplataforma de apostas esportivasJaneiro e cirurgião cardiovascular do Hospital Central da Polícia Militar.
Ao chegar na emergência do hospital, o paciente geralmente é atendido por um cirurgião geral, que irá ouvir a história e colher elementos para fazer o diagnóstico - por exemplo, uma pessoa que esteve próximaplataforma de apostas esportivasárea violenta ou presenciou um tiroteio tem grandes chancesplataforma de apostas esportivaster sido ferida por bala.
E, mesmo que o paciente não saiba como se machucou, há características específicas da lesão por armaplataforma de apostas esportivasfogo que permitem ao médico diagnosticar a origem do ferimento. "Normalmente, existe um orifícioplataforma de apostas esportivasentrada e um orifícioplataforma de apostas esportivassaída. Noplataforma de apostas esportivasentrada, há bordas da pele invertidas, o que mostra que houve uma contusãoplataforma de apostas esportivasfora para dentro. A dimensão (do orifício) é pequena, às vezes arredondada, e há lesões da pele causadas pelo projétil", explica Caiafa.
Quando há orifícioplataforma de apostas esportivassaída da bala, a ferida tem dimensões maiores que aplataforma de apostas esportivasentrada,plataforma de apostas esportivasforma é irregular e possui bordas evertidas - o que significa que a pele está projetada para fora, detalha o cirurgião.
No entanto, se o paciente lava, limpa ou faz curativos nas áreas afetadas, isso pode dificultar o diagnóstico clínico, que é aquele baseado apenas na observação do médico. Nessas situações, o profissional pode pedir diferentes exames, como radiografias simples, tomografia computadorizada e ultrassonografia, dependendo da região do corpo afetada, e oferecer o tratamento adequado.
O problema é que muitas vezes os médicos não têm a estrutura necessária para fazer os exames que poderiam salvar vidas. Em determinados casos, por faltaplataforma de apostas esportivascapacitação adequada, os profissionais não pedem os exames necessários para uma investigação mais profunda, o que acarretaplataforma de apostas esportivaserros que podem ser fatais para o paciente.
Precarização da saúde
Eventos adversosplataforma de apostas esportivashospitais brasileiros, como erros dos profissionaisplataforma de apostas esportivassaúde, são a segunda maior causaplataforma de apostas esportivasóbitos no país, responsáveis por 302.610 mortesplataforma de apostas esportivas2016, segundo números do Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil, produzido pela Faculdadeplataforma de apostas esportivasMedicina da Universidade Federalplataforma de apostas esportivasMinas Gerais (UFMG)plataforma de apostas esportivascooperação com o Institutoplataforma de apostas esportivasEstudosplataforma de apostas esportivasSaúde Suplementar (IESS).
Para Ferreira, da AMB, a dificuldadeplataforma de apostas esportivasmédicosplataforma de apostas esportivasdiagnosticar corretamente está relacionada a uma "precarização geral da saúde brasileira", que vai desde a formação dos novos médicos às condiçõesplataforma de apostas esportivastrabalho enfrentadas por esses profissionais.
"Há um apagão. Os contratos, a remuneração e as condiçõesplataforma de apostas esportivastrabalho na saúde pública afastam os bons profissionais, e o excessoplataforma de apostas esportivasescolas médicas sem qualidade afeta a formação dos novos médicos", diz.
Faltaplataforma de apostas esportivasprotocolos
A faltaplataforma de apostas esportivasprotocolos claros para a atenção emergencialplataforma de apostas esportivaspacientes com ferimentos por armaplataforma de apostas esportivasfogo também dificulta a atuação dos médicos e resultaplataforma de apostas esportivasum atendimento ruim, afirma Maria Manuela Alves dos Santos, presidente do Consórcio Brasileiroplataforma de apostas esportivasAcreditação (CBA), que certifica hospitais brasileirosplataforma de apostas esportivasparceria com a Joint Commission International.
"Nas salasplataforma de apostas esportivasemergências, você não tem os processos bem desenhados. Se houver protocolos, médicos e enfermeiros podem fazer tratamento seguro", afirma. "Emergência não é um serviço comum. Por isso precisaplataforma de apostas esportivasregras e protocolos."
Médicos, emplataforma de apostas esportivasformação, aprendem a identificar diferentes tiposplataforma de apostas esportivasferimentosplataforma de apostas esportivasdisciplinas como medicina legal e cirurgia geral - mas para que sejam assertivos no diagnóstico a diferentes tiposplataforma de apostas esportivaslesões é necessária experiência. No entanto, argumenta Santos, faltam profissionais experientes e bem capacitados nas emergências.
"Há um problema que são profissionais jovens sem supervisão. O melhor médicoplataforma de apostas esportivasemergência é quem tem 10 a 20 anosplataforma de apostas esportivasprofissão", diz. Sem profissionais experientes, o correto seria investirplataforma de apostas esportivastreinamento e capacitaçãoplataforma de apostas esportivasjovens médicos. Mas Estados falidos e sem pagar salários - como o Rioplataforma de apostas esportivasJaneiro - não têm a capacidade financeira para investimentos do tipo.
"O Rioplataforma de apostas esportivasJaneiro tinha famaplataforma de apostas esportivaster as melhores emergências no país; as universidades públicas, como a UFF, eram famosas por isso. Isso foi há 20 ou 30 anos. Hospitais com ótimas emergências, como o (Hospital Municipal) Miguel Couto e o (Hospital) Getúlio Vargas, treinavam médicos americanos. Havia essa fama, mas o problema é que, se não houver investimento, comoplataforma de apostas esportivasqualquer área, isso acaba", afirma.
Além do "apagão" da saúde, a ondaplataforma de apostas esportivasviolência que assola o país, que registrou, segundo o Fórum Brasileiroplataforma de apostas esportivasSegurança Pública, o recordeplataforma de apostas esportivas61.283 mortes violentasplataforma de apostas esportivas2016 - a maioria por armaplataforma de apostas esportivasfogo -, também está transformando as salasplataforma de apostas esportivasemergência e trazendo casos cada vez mais graves para dentro dos hospitais, o que desafia os profissionaisplataforma de apostas esportivassaúde.
"Nossas emergências estão ficando cada vez mais graves, e o que aparece é mais complexo agora. São complicadores extras", diz Santos.
Para resolver dois problemas complexos e sistêmicos como saúde e segurança é preciso enfrentar questões crônicas dessas áreas, opina Ferreira, da AMB. "Há um crônico desfinanciamento da saúde, como se ninguém nunca fosse adoecer, ninguém nunca fosse precisarplataforma de apostas esportivasum pronto-atendimento, como se fossemos sadios e imortais. É um círculo e acabaplataforma de apostas esportivasresultados indesejados."