'A gente não quer mais ser visto como doente': a vidamultiplas limitadas bet365quem é alvomultiplas limitadas bet365gordofobia:multiplas limitadas bet365

Legenda da foto, YouTuber criou um canalmultiplas limitadas bet365que relata preconceitos com gordos | Foto: Arquivo Pessoal

O termo recente é utilizado para definir o preconceito enfrentado por quem tem sobrepeso. Apesarmultiplas limitadas bet365ter ganhado uma definição, os atos não são considerados crimes.

O problema não é recente. Olhares tortos para pessoas gordas já eram comuns na Idade Média, quando a igreja passou a considerar a gula como um dos sete pecados capitais. "O cristianismo fez com que tudo fosse muito ponderado, inclusive o corpo. Então a pessoa não poderia ser muito gorda, porque isso seria um pecado. Além disso, a comida era extremamente escassa na Europa, durante os períodos frios. Não havia alimentação para todos e não era interessante que as pessoas fossem gordas", explica a historiadora Débora Casanova.

"Na Idade Média, havia a necessidademultiplas limitadas bet365a igreja ser responsabilizada pela fome. Para justificar que a pessoa não poderia comer muito e acabar deixando o outro sem nada, a gula se tornou pecado", acrescenta.

A gordofobia chama a atençãomultiplas limitadas bet365um país cuja população está cada vez mais acima do peso. Conforme levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde neste ano - por meiomultiplas limitadas bet365análise da Pesquisamultiplas limitadas bet365Vigilânciamultiplas limitadas bet365Fatoresmultiplas limitadas bet365Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) -, a população obesa no País passoumultiplas limitadas bet36511,8%multiplas limitadas bet3652006 para 18,9%multiplas limitadas bet3652016.

A mesma pesquisa apontou que o excessomultiplas limitadas bet365peso também aumentou nos últimos 10 anos. Em 2006, o número era correspondente a 42,6% dos entrevistados. O índice subiu para 53,8% no ano passado. Os levantamentos são feitos com base no Índicemultiplas limitadas bet365Massa Corporal (IMC) da população.

A discriminação

Os comentários maldosos e a sensaçãomultiplas limitadas bet365ser diferente acompanharam Alexandra Gurgel desde a infância. "Eu sou gorda desde sempre. Quando criança, tentei muitas dietas, mas nada dava certo, porque era tudo muito restritivo", relembra. Na adolescência, o sobrepeso começou a incomodar ainda mais a youtuber. "Eu era a única pessoa gorda na minha família e entre os meus amigos. Os meus parentes costumavam dizer que eu não era normal e que poderia ter um infarto e morrer a qualquer momento."

As críticas vindas da própria família também eram ouvidas pela universitária Isabela Venâncio,multiplas limitadas bet36523 anos. "Eu comecei a engordar na infância e isso preocupou a minha mãe. Hoje temos uma relação melhor, mas ela sempre repetia: 'se você emagrecer vai ser melhor e vai ficar mais bonita'", conta. A jovem também lidava com comentários maldosos na escola. "Na pré-adolescência, os meninos me xingavam e as meninas não andavam comigo. Certa vez, um menino me falou uma coisa muito pesada e eu comecei a chorar na sala. Eu não lembro o que ele falou, parece que meu cérebro deletou."

Legenda da foto, Professora conta ter sofrido discriminação desde criança por ser negra e gorda | Foto: Arquivo Pessoal

A professora Laine Souza,multiplas limitadas bet36535 anos, lida com o preconceitomultiplas limitadas bet365diversas formas desde a infância. "Eu era uma criança que sofria por ser negra e gorda. A minha família teve boas condições e eu estudavamultiplas limitadas bet365bons colégios. Em algumas épocas, era a única negra e gorda da escola. As pessoas me viam diferente por isso."

Para evitar que os comentários ofensivos o afetassem, o publicitário e youtuber Bernardo Boechat,multiplas limitadas bet36527 anos, passou a criar uma espéciemultiplas limitadas bet365autoproteção. "Aprendi a lidar com isso cedo, porque sempre fui xingado na escola e sofria humilhações por ser gordo. Não havia nenhuma proteção na escola, viam isso acontecer e não faziam nada. Então, eu tive que criar uma 'casca' para que essas coisas não me afetassem tanto", diz.

O perfil mais combativo é adotado por algumas pessoas que são alvosmultiplas limitadas bet365gordofobia, como no caso da empresária Allyne Turano,multiplas limitadas bet36531 anos. Ela engordou durante a adolescência e passou a ser alvomultiplas limitadas bet365piadas. "Eu comecei a perceber os xingamentos e sempre os respondia. Nunca deixei as pessoas me diminuírem", pontua. Para ela, qualquer tipomultiplas limitadas bet365comentário sobre o peso é uma espéciemultiplas limitadas bet365invasão. "A pessoa quando engorda, parece que viramultiplas limitadas bet365domínio público e todo mundo tem o direitomultiplas limitadas bet365falar o que quiser, com a desculpamultiplas limitadas bet365que é uma ajuda. Na verdade, é porque o gordo incomoda."

A psicóloga Iolete Silva explica que a gordofobia traz consequências como constrangimento e dificuldademultiplas limitadas bet365socialização. "As pessoas se sentem inadequadas, como se houvesse algo errado com elas. É como se elas não fossem boas o suficiente para estar com os outros e para receber afeto", conta. Ela detalha que a psicologia pode ter papel fundamental para auxiliar quem enfrenta tais situações. "A gente tenta mostrar que a pessoa que exprime esse preconceito é quem está errada e não quem é o alvo."

"É fundamental que as pessoas que passam por situações assim possam expressar seus sofrimentos, para que possam ser acolhidas o quanto antes. Muitas vezes elas escondem esse sentimento e isso é ainda mais prejudicial", acrescenta Iolete.

Dificuldades do cotidiano

Os comentários relacionados ao peso não incomodam mais o publicitário Bernardo Boechat, que afirma quemultiplas limitadas bet365maior preocupação atual é com a acessibilidade. "A primeira coisa que precisamos fazer é olharmultiplas limitadas bet365volta, para ver se cabemos no mundo. Sempre analiso, antesmultiplas limitadas bet365sair, preciso avaliar se as cadeiras vão suportar meu peso. Em avião e ônibus, sempre pesquiso se a cadeira vai me aguentar, por isso cheguei a ficar quatro anos sem viajar", conta.

"Não interessa o quanto eu me ame e me aceite, a sociedade continua sendo contra mim. Não é porque eu me amo que vou conseguir passarmultiplas limitadas bet365uma catracamultiplas limitadas bet365ônibus, que vou conseguir assento no avião ou que vou encontrar roupa com facilidade. Não adianta eu me achar lindo e maravilhoso, porque a estrutura gordofóbica vai dizer que não faço parte daquilo ali", completa Boechat.

O episódio da faltamultiplas limitadas bet365extensor no cintomultiplas limitadas bet365segurança é apenas uma das situações que Alexandra Gurgel cita sobre casosmultiplas limitadas bet365inacessibilidade. Ela se recordamultiplas limitadas bet365diversos problemas enfrentados por pessoas próximas. "Eu fui com um amigo ao teatro, para assistir a um show, e não havia cadeira para ele sentar. Ele ficou desconfortável na ponta da cadeira, a gente assistiu cinco músicas e foi embora. Eu também tenho uma amiga que está grávida e não tem onde ter o filho, porque a maca não suporta o tamanho dela."

"É muito mais fácil emagrecer e se encaixar a um padrão, para não passar por esse tipomultiplas limitadas bet365problema, do que mudar a sociedade. Muita gente não se pergunta o porquêmultiplas limitadas bet365as pessoas gordas não terem os mesmos direitos que as outras", assevera.

A dificuldade para comprar roupas é relato constante entre as pessoas que vivem acima do peso. A universitária Isabela Venâncio conta que sempre sofriamultiplas limitadas bet365buscamultiplas limitadas bet365alguma peça que lhe coubesse. "As lojas oferecem até determinado número. Em muitas não há roupa no meu tamanho, já enfrentei isso várias vezes. Hojemultiplas limitadas bet365dia existem lojas que nem perco meu tempo entrando, porque sei que vou passar raiva e ficar triste", relata. Hoje, ela compra a maioria das roupasmultiplas limitadas bet365lojas plus size.

Legenda da foto, Publicitário diz já ter ficado quatro anos sem viajar porque poltronasmultiplas limitadas bet365avião e ônibus não eram adequadas | Foto: Caio Cal

Bernardo Boechat acredita que o mercado plus size é fundamental para a inserção da pessoa gorda na sociedade. "Não é raro a gente ver as pessoas vestindo roupas e chorando, porque imaginaram que nunca conseguiriam isso. É como se elas percebessem que também têm esse direito", diz. O publicitário revela que há um ano se emocionou ao colocar, pela primeira vez, uma camiseta. "Parece bobo, porque quase ninguém passa por isso, mas pra mim foi muito importante", relata.

Os contratempos para encontrar roupas também fizeram parte da rotina da empresária Allyne Turano. Em uma das vezes, ela buscava uma lingerie para comemorar os oito anosmultiplas limitadas bet365casamento, porém não encontrou nenhuma do seu tamanho. "Acho que as pessoas pensam que gordas só devem usar roupas largas e se esconder", diz.

Diante da dificuldade, decidiu criar uma loja virtual especializadamultiplas limitadas bet365lingeries para mulheres com sobrepeso. "A minha marca existe há três anosmultiplas limitadas bet365modo online e há um mês criei um espaço físico. O meu intuito é mostrar para outras meninas que gorda também pode ser sensual."

Emagrecimento

O históricomultiplas limitadas bet365diversas tentativasmultiplas limitadas bet365emagrecimento faz parte das vidas das pessoas gordas. "Eu brinco que se uma pessoa quer saber sobre uma dieta, pode conversar com uma pessoa gorda. Eu já fiz muitas dietas restritivas, nas quais ficava até quatro dias sem comer. Já tomei remédios e perdi maismultiplas limitadas bet36550 quilos, mas nada disso era saudável", diz Bernardo Boechat.

Para conseguir emagrecer, a professora Laine Souza decidiu procurar o primeiro emprego, aos 19 anos. "Consegui trabalhar como recepcionista e com o meu primeiro salário comprei remédios para emagrecer", se recorda.

Ela perdeu 12 quilosmultiplas limitadas bet365um mês, porém começou a ter diversos problemasmultiplas limitadas bet365saúde. "Eu comecei a ter distúrbios por conta dos medicamentos. Eu ouvia coisas que não existiam, passava muito mal, mas não falava nada disso para ninguém. Eu pensava: 'estou sofrendo, mas ao menos estou magra'", diz.

Na adolescência, Alexandra Gurgel desenvolveu depressão. "Você têm doenças paralelas por conta dessa pressão estética. Eu sofri com crisesmultiplas limitadas bet365ansiedade", diz. Aos 19 anos, ela fez uma dieta com a qual conseguiu emagrecer 15 quilosmultiplas limitadas bet365duas semanas. "Era uma coisa muito louca, eu apenas bebia água e não comia nada, mas logo desisti disso e recuperei todo o peso."

Em 2012, ela ganhou um presente da mãe: uma lipoaspiraçãomultiplas limitadas bet365diversas partes do corpo. "Hoje, acredito que esse procedimento seja uma agressão ao corpo. Antes dele, eu tinha 90 quilos e depois fui para 80. O médico tirou nove litrosmultiplas limitadas bet365gordura. Isso é muito mais que o permitido", comenta. Após a cirurgia, a depressão da jornalista se intensificou. "Eu voltei a engordar tudomultiplas limitadas bet365novo e isso me deixou muito mal."

Durante esse período, Alexandra enfrentou o episódio que considera dos mais difíceismultiplas limitadas bet365sua vida. "Eu não aceitei que estava engordando novamente e comecei a me culpar muito. Por isso, tentei me matar tomando todos os tiposmultiplas limitadas bet365remédios possíveis", relata. Ela foi socorrida a tempo e se recuperou meses depois.

Para a nutricionista Marcela Kotait, especialistamultiplas limitadas bet365transtorno alimentar e obesidade, situaçõesmultiplas limitadas bet365gordofobia fazem com que a pessoa se sinta obrigada a emagrecer.

"O padrãomultiplas limitadas bet365beleza émultiplas limitadas bet365extrema magreza. Enquanto um perfil é valorizado demais pela magreza, o outro é rechaçado pela gordura", comenta. Marcela explica que a saúde vai além do peso corporal. "As pessoas com excessomultiplas limitadas bet365peso e obesidade sofrem com um estigma muito grande. Existe a crençamultiplas limitadas bet365que alguém acima do peso é doente. Isso não é verdade", argumenta.

"Uma pessoa obesa que faz atividade física e se alimentamultiplas limitadas bet365maneira adequada pode ter os exames laboratoriais estáveis. Ela pode estar bem e saudável. Não necessariamente esse peso vai ser um fatormultiplas limitadas bet365risco isolado", completa.

Segundo a nutricionista, uma pessoa gorda deve ter os mesmos cuidados que alguém magro. "As pessoas devem se alimentarmultiplas limitadas bet365modo equilibrado, não pode fazer restriçõesmultiplas limitadas bet365grupos alimentares nem dietas malucas. A gente sabe que 95% das pessoas que fazem esse tipomultiplas limitadas bet365dieta vão ganhar novamente o peso. Isso aumenta a culpa, a sensaçãomultiplas limitadas bet365fracasso e colabora com a pechamultiplas limitadas bet365que todo gordo é preguiçoso."

A especialista ainda relata que o Índicemultiplas limitadas bet365Massa Corporal não é um método confiável para definir se alguém possui sobrepeso. "O IMC vai avaliar simplesmente o peso pela altura, multiplicado ao quadrado. Se a pessoa for muito forte, vai pesar muito. Ele não consegue caracterizar a composição corporal. Uma das metodologias mais adequadas é a variação da composição corporal, percentualmultiplas limitadas bet365gordura ou percentualmultiplas limitadas bet365massa magra."

Problemasmultiplas limitadas bet365saúde

Para as pessoas gordas, a ligação entre obesidade e doença é um dos estigmas que mais causam preocupação. "A nossa luta é para que a obesidade seja retirada da categoriamultiplas limitadas bet365doenças. O corpo gordo,multiplas limitadas bet365si, não causa doença nenhuma. O que pode causar problemas são as várias doenças que podem ser associadas", justifica Bernardo Boechat.

"A gente quer deixarmultiplas limitadas bet365ser visto como pessoa doente. Queremos que nos enxerguem como seres humanos. É importante também que haja uma medicina que nos abrace, para que possamos ser a versão mais saudávelmultiplas limitadas bet365nós mesmos", complementa.

Legenda da foto, Dificuldade para encontrar roupas inspirou empresária a criar marcamultiplas limitadas bet365lingerie

Allyne Turano afirma que as diversas críticas relacionadas à saúde costumam incomodá-la. "Usam sempre essa questão como desculpa. Dizem que devemos emagrecer por questõesmultiplas limitadas bet365saúde, mas ninguém pergunta se você está realmente doente", comenta.

Segundo ela, o estereótipo que relaciona a pessoa acima do peso a doenças dificulta diagnósticosmultiplas limitadas bet365médicos. "A gente acaba não se consultando com frequência por medomultiplas limitadas bet365receber ataques,multiplas limitadas bet365vezmultiplas limitadas bet365medicação. Certa vez fui ao endocrinologista para fazer procedimentosmultiplas limitadas bet365rotina e saímultiplas limitadas bet365lá com exames para uma cirurgia bariátrica, mesmo sem ter pedido", relembra.

A dificuldade para receber um diagnóstico foi vivenciada pelo bacharelmultiplas limitadas bet365Direito João Vitor Dias,multiplas limitadas bet36533 anos. O rapaz acredita que demorou nove anos para descobrir que possuía problemas nos rins, pois os médicos acreditavam que suas mazelas se restringiam ao sobrepeso. "Durante anos, meu principal diagnóstico foi a obesidade, sómultiplas limitadas bet3652015 descobri que sofromultiplas limitadas bet365insuficiência renal crônica."

Atualmente, Dias faz tratamentomultiplas limitadas bet365hemodiálise e perdeu 42 quilosmultiplas limitadas bet365razão dos procedimentos médicos.

Em paz com o peso

De diversas formas, as pessoas gordas tentam buscar meios para lidar da melhor maneira com o peso. Laine Souza mudou a visão que possuíamultiplas limitadas bet365si mesma após ouvir uma aluna lamentar o sobrepeso. "Ela tinha os mesmos problemas que eu quando mais jovem. Então, decidi que poderia lidar melhor com isso e ajudar diversas pessoas, principalmente adolescentes, que passam por essa pressão estéticamultiplas limitadas bet365um modo muito grande."

Ela conta que sofre mais preconceito por ser negra do que gorda. "Acho que por eu me aceitar como gorda, e como negra também, as pessoas não chegam tanto para falar comigo sobre o meu peso. Masmultiplas limitadas bet365relação à raça, eu vejo nos lugares. Diversas vezes já estivemultiplas limitadas bet365lojas e os seguranças ficarammultiplas limitadas bet365olhomultiplas limitadas bet365mim", comenta. Mesmo com as adversidades, Laine tenta não se abater. "Estoumultiplas limitadas bet365uma fase da vidamultiplas limitadas bet365que as pessoas podem falar o que quiserem pois vou continuar fazendo o que tenho vontade."

Uma das sensações mais libertadoras para Allyne Turano aconteceu há dois anos,multiplas limitadas bet365uma praia. "Eu nunca tive grandes problemas com meu peso, mas mesmo assim tinha meus receios. Um dia, fuimultiplas limitadas bet365maiô para a praia, por conforto e também porque me boicotei para não irmultiplas limitadas bet365biquíni. Mas eu peguei sol, fiquei com a barriga branca e odiei. Depois disso, coloquei o biquíni. Foi uma experiência incrível", rememora.

O biquíni também foi um dos meiosmultiplas limitadas bet365libertaçãomultiplas limitadas bet365Alexandra Gurgel. "As pessoas me olhavam, mas eu não me importava. São várias amarras que existem na cabeça da pessoa gorda, mas hoje vou para a praiamultiplas limitadas bet365biquíni, sem paranoias", explica. Além da roupamultiplas limitadas bet365banho, ela também conta que começou a fazer terapia, logo após se recuperar da tentativamultiplas limitadas bet365suicídio, e passou a estudar sobre minorias.

"Eu digo que uma das minhas maiores ajudas para me recuperarmultiplas limitadas bet365tudo isso foi descobrir sobre o feminismo, porque ele me ensinou que eu não sou obrigada a nada e posso ser da forma que quiser. Entendi a gordofobia e peguei essa causa para mim", diz.

Desde 2015, ela possui um canal no qual fala sobre situações relacionadas a pessoas gordas. "Eu costumo dizer que a câmera é a minha terapeuta", conta Alexandra, que costuma ignorar as críticas ofensivas que recebe emmultiplas limitadas bet365página. "Não vale a pena me importar com isso, porque descobri que são pessoas frustradas."

Bernardo Boechat também encontrou na produçãomultiplas limitadas bet365conteúdo para a internet uma alternativa para ajudar outras pessoas. Um dos vídeos dele, no qual explica sobre gordofobia, possui maismultiplas limitadas bet3651,5 milhãomultiplas limitadas bet365visualizações no Facebook.

"Costumo receber muitas mensagensmultiplas limitadas bet365pessoas que me dizem que não sabiam que poderiam reclamarmultiplas limitadas bet365determinado fato. Elas percebem que não são os únicos que passam por isso. Os gordos normalmente se sentem muito sozinhos."

Assumidamente homossexual, o rapaz conta que sempre sofre mais preconceitomultiplas limitadas bet365razão do peso. "O movimento LGBT está muito avançado, há diversos debates sobre o assunto, então é mais esclarecido. Porém, o movimento gordo ainda está ganhando visibilidade, porque antes não havia isso", comenta. Ele torce para que a causa das pessoas acima do peso passe a ganhar mais visibilidade. "A gente quer uma sociedade inclusiva, aberta a todos, independentemultiplas limitadas bet365a pessoa ser gorda ou não."