Vencida a segunda denúncia, o que esperar da reta final do governo Temer?:minimo de saque brabet
No cenário ideal do governo, a reforma será aprovadaminimo de saque brabetnovembro na Câmara dos Deputados e até março no Senado. Depois disso, a fervura eleitoral tende a inviabilizar qualquer pauta mais sensível, reconhecem políticos da base.
Após a votaçãominimo de saque brabetontem, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, admitiu que o projeto aprovado no iníciominimo de saque brabetmaio na comissão especial - que já havia sofrido alteraçõesminimo de saque brabetrelação à proposta inicial do governo - deve passar por mais mudanças no plenário da Casa.
"Claro que vamos precisar reduzir o tamanho da reforma. Vai ser difícil (aprovar), mas mais difícil vai ser entrar 2018 num incêndio fiscal", argumentou Maia.
"Mesmo que se vote esse ano (na Câmara), não será suficiente para o que o Brasil precisa", reconheceu também o líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
'Proposta justa'
Um dos pontos alvosminimo de saque brabetdisputa, por exemplo, é a adoçãominimo de saque brabetuma idade mínima para aposentadoria, que o governo pretendia fixarminimo de saque brabet65 anos para homens e mulheres. Na comissão, a exigência baixou para 62 no caso das mulheres.
No plenário, outro aliadominimo de saque brabetTemer, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SD-SP), mais conhecido como Paulinho da Força, quer que a idade mínima caia para 60 anos para homens e 58 anos para mulheres. Defende também regrasminimo de saque brabettransição mais suaves.
"Se o governo fizer uma proposta justa (para a previdência), acho que é possível aprovar. Eu topo até ajudar. Agora, se for essa que está aí, não consegue aprovar, não. Entrando ano eleitoral, nenhum deputado é malucominimo de saque brabetse enterrar junto com o governo", prevê Paulinho.
O governo, porminimo de saque brabetvez, defende que fixar uma idade mínima mais alta é uma medida justa, com impacto sobre os trabalhadoresminimo de saque brabetmaior renda que hoje, naminimo de saque brabetmaioria, se aposentam cedo, por tempominimo de saque brabetcontribuição.
Um dos principais aliados do presidente, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) diz que a idade mínima e o "fim dos privilégiosminimo de saque brabetservidores públicos" (acabar com aposentadoria com valor integral e a paridade com servidores da ativa) são pontosminimo de saque brabetque o governo não abrirá mão. Apesarminimo de saque brabetTemer contar com apenas 3%minimo de saque brabetaprovaçãominimo de saque brabetpesquisasminimo de saque brabetopinião, o deputado sustenta que o governo conta com outro tipominimo de saque brabetapoio para conseguir aprovar a reforma.
"O governo não tem popularidade, mas tem as forças produtivas, tem a base política (no Congresso), tem a maioria da imprensa, tem as elites, que ajudam", ressaltou.
Apesar da confiança do governo na força do empresariado, José Augusto Fernandes, diretorminimo de saque brabetpolíticas e estratégia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra-se pouco confiante com a aprovação da reforma. À BBC Brasil, ele disse que o setor está mais otimista com mudanças que exijam apenas maioria simples dos parlamentares (alterações na previdência, por mexerem na Constituição, demandam três quintos dos votos no Congresso).
Para o próximo ano, ele vê boas perspectivas para a aprovaçãominimo de saque brabetnovas regras que fortaleçam as agências reguladoras, assim como a alteração dos processosminimo de saque brabetlicenciamento ambiental. Essa última pauta sofre forte resistênciaminimo de saque brabetambientalistas. Segundo eles, a proposta articulada pela base governista e o setor privado vai flexibilizar o licenciamento, trazendo grandes riscos ao meio ambiente.
Já a reforma tributária, outra promessaminimo de saque brabetTemer, vai ficar para o próximo governo, acredita Fernandes. No máximo, deve ser aprovada a propostaminimo de saque brabetsimplificação das informações que as empresas devem fornecer aos fiscos federal e estaduais para evitar duplicações.
"É positivo, mas não é revolucionário", diz Fernandes.
'Temer não é Sarney'
Apesar do cenário difícil, o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, professor da Universidade Federalminimo de saque brabetPernambuco (UFPE), diz acreditar que Temer não desistirá facilmenteminimo de saque brabetmodificar a previdência, já que tenta emplacar o reformismo como marcaminimo de saque brabetseu impopular governo.
Embora as comparações com presidente José Sarney (1985-1990), que governou enfraquecido por escândalosminimo de saque brabetcorrupção e grave crise econômica tenham aumentado desde que Temer foi gravado por Batista, Lavareda vê diferenças importantes entre os dois peemedebistas.
Naminimo de saque brabetvisão, o fatominimo de saque brabeta economia dar sinaisminimo de saque brabetretomada indica alguma chanceminimo de saque brabetTemer recuperar um poucominimo de saque brabetpopularidade no próximo ano, na medidaminimo de saque brabetque aumente a geraçãominimo de saque brabetemprego. O cenário é bem diferente do final do governo Sarney, quando a hiperinflação criou caos econômico no país. Os anos 80 entraram para a história como a década perdida.
Outro fator que dá alguma força a Temer, observa, é o controle que ele tem do PMDB, partido do qual era presidente até assumir o comando do país. Sarney, porminimo de saque brabetvez, era neófito na legenda quando virou presidente.
Maior partido do país, com o maior númerominimo de saque brabetprefeituras, "é o aliado dos sonhos" nas campanhas majoritárias (disputas para presidente, governadores e senadores), ressalta Lavareda.
"No caso do Temer, o PMDB é um ativo que lhe reforça. É o partido com maior capilaridade no país e com mais tempominimo de saque brabetpropagandaminimo de saque brabetrádio e tv", acrescenta.
Lava Jato passou?
Se permanece a dúvida sobre que força Temer terá para governar, a incerteza sobre seu governo chegar ao fim caiu sensivelmente.
Para Esther Solano, professoraminimo de saque brabetsociologia da Universidade Federalminimo de saque brabetSão Paulo (Unifesp), a operação Lava Jato perdeu potencialminimo de saque brabetimpacto sobre o destino do presidente.
Embora ainda pairem ameaças, por exemplo o risco do ex-ministro Geddel Vieira Lima fechar um acordominimo de saque brabetdelação, Solano vê pouco espaço para mobilização popularminimo de saque brabettorno da pauta anticorrupção, tantominimo de saque brabetmovimentos mais à direita como à esquerda.
"A gente percebe um pontominimo de saque brabetsaturação social (com as denúncias). Chegou-se ao pontominimo de saque brabetque o brasileiro acredita que todo o sistema é corrupto. O efeito é um sentimento antipartidário generalizado, não um movimento articulado contra o presidente", observa.
"A quedaminimo de saque brabetTemer já não interessa a nenhuma força política. O foco agora está na eleiçãominimo de saque brabet2018", acrescenta.